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OCLUSÃO - parte 2

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RESUMO OCLUSÃO – PROVA 2
Distúrbios Oclusais
· Relação cêntrica: 
· Côndilos articulados na região mais ântero-superior da fossa mandibular, apoiados nas vertentes posteriores das eminências articulares.
· Posição musculo-esqueletal, fisiológica, reprodutível, independente de contato dental.
· Máxima Intercuspidação habitual:
· Posição em que ocorre o maior número possível de contatos entre os dentes superiores e inferiores.
· Os músculos elevadores da mandíbula entram em atividade máxima.
· Independe da posição condilar.
· Fatores:
· Genéticos;
· Psicológicos;
· Traumáticos;
· Patológicos;
· Ambientais;
· Comportamentais;
· Neuromusculares;
· Oclusais.
· Tratamentos: 
· Odontologia;
· Fisioterapia;
· Psicologia;
· Fonoaudiologia;
· Nutrição;
· Medicina.
· “Alterações para absorver e dissipar essas forças anormais que são criadas, de acordo com a capacidade adaptativa/adaptação biológica de cada sistema, podendo resultar em compensações fisiológicas ou patológicas.”
· Os distúrbios oclusais trazem consequências como abrasão oclusal acentuada, bruxismo e alterações neuromusculares das ATMs.
· Trauma oclusal:
· Contato oclusal prematuro ou deflectivo (cêntrico)
· Interferência oclusal (excursivo)
· Ausência de estabilidade oclusal e/ou guia anterior e alteração da dimensão vertical.
· Trauma oclusal primário 
· Causa lesão por forças oclusais excessivas em um periodonto sadio.
· Não há perda de inserção, é reversível, deve-se eliminar a causa (força oclusal excessiva).
· Trauma oclusal secundário
· Causa lesão por forças oclusais excessivas em um periodonto com doença periodontal inflamatória.
· Periodontite avançada, com perdas de inserção acentuadas.
· Contato oclusal:
· É o contato entre as superfícies oclusais dos dentes antagonistas ao final do movimento de fechamento da mandíbula.
· Cêntrico
· Contato fisiológico que dá estabilidade mandibular no fechamento.
· Forças dirigidas para o longo eixo dos dentes;
· Oclusão ideal, não há distúrbios oclusais;
· Contato cúspide-fossa.
· Prematuro deflectivo
· Não fisiológico;
· Dificulta ou impede o fechamento da mandíbula em ORC, gerando um deslize da mandíbula para anterior, em direção à linha média ou contrário à linha média;
· Instabilidade aos côndilos, hiperatividade muscular e estresse ao periodonto.
· Interferência oclusal: 
· Contato oclusal não fisiológico;
· Dificulta ou impede os movimentos mandibulares excursivos de protrusão e lateralidade.
· Interferência oclusal em protrusão:
· Não há guia anterior (fenômeno de Christensen);
· Instabilidade condilar, hiperatividade muscular;
· Forças laterais entre os dentes antagonistas.
· Interferência oclusal em lateralidade (lado de trabalho)
· Ausência de guia em canino;
· Instabilidade condilar, hiperatividade muscular;
· Forças laterais entre os dentes antagonistas.
· Interferência oclusal em lateralidade (lado de balanceio)
· Ausência de guia em canino;
· Instabilidade condilar, hiperatividade muscular;
· Forças laterais entre os dentes antagonistas.
Parafunções
· São atividades que ocorrem sem qualquer proposito funcional e caracteriza-se por contrações musculares prolongadas diurnas ou noturnas, podendo afetar a dentição, o periodonto, os músculos mastigatórios e a ATM.
· Quando hiperatividade muscular provocar alguma alteração na mecânica mastigatória, as estruturas mais fracas mostrarão sinais de colapso. 
· Hábito de ranger ou apertar os dentes, roer unhas, chupar dedos, morder bochechas, mascar chicletes.
· Podem causar:
· Desgaste excessivo dos dentes
· Dor muscular e/ou articular,
· Desvios nos movimentos mandibulares e articulares,
· Degeneração articular,
· Descompasso côndilo-disco,
· Hipertrofia muscular,
· Limitações nos movimentos
· Lesão periodontal
· Bruxismo
· Caracteriza-se pelo hábito inconsciente de apertar e ranger os dentes sem objetivo funcional.
· O fator psicológico tem sido observado como um dos agravantes de condições musculares alteradas.
· Estudos têm revelado que pessoas expostas a vários fatores estressantes demonstram um aumento da hiperatividade.
· Mudanças Proliferativas:
· Aposição óssea no côndilo e/ou disco;
· Hipercementose;
· Exostose do osso alveolar;
· Espessamento da lâmina dura e do ligamento periodontal.
· Mudanças Patológicas ou Degenerativas:
· Dor de cabeça crônica;
· Distúrbios na ATM (perfuração do menisco, osteoporose da fossa);
· Desgaste prematuro dos dentes;
· Fratura de cúspide;
· Pulpites;
· Dor facial;
· Dor no pescoço e no ombro;
· Espasmos musculares;
· Reabsorção do osso alveolar;
· Desarranjo periodontal.
Disfunção Temporomandibular (DTM)
· É um tipo de dor orofacial;
· Conjunto de condições musculoesqueléticas e neuromuscular que envolvem os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) ou ambos.
· Etiologia:
· Multifatorial: vários fatores etiológicos desencadeantes.
· Qualquer desarmonia que ocorre nas relações morfofuncionais dos dentes, suas estruturas de suporte;
· Maxilares; ATMs; músculos da mastigação; músculos dos lábios, língua, pescoço e os suprimentos vasculares e neurais das estruturas supracitadas.
· O fator emocional é o componente determinante da maior parte dos quadros de DTM.
· Pode estar associada a: ansiedade, depressão, problemas otológicos ou neurológicos, dores generalizadas no pescoço, ombros, costas e quadril.
· Queixas mais comuns: 
· Dor e sensibilidade nos músculos mastigatórios (trismo muscular)
· Dor e sensibilidade na região pré-auricular ou ATM;
· Limitação e assimetria nos movimentos mandibulares;
· Ruídos na articulação;
· Hipertrofia dos músculos mastigatórios;
· Desgaste oclusal atípico associado à parafunção;
· Dores de cabeça, ouvido, facial e mandibular.
· Precipitante: 
· Macrotrauma – socos, acidentes na ATM.
· Microtrauma – restaurações, apertamento.
· Hábitos deletérios – chiclete, unha, lápis. 
· Predisponente: 
· Sistêmicos - artrite reumatoide
· Psicológicos e estruturais – frouxidão ligamentar.
· Perpetuador: 
· Desvantagens mecânicas e tensos musculares;
· Problemas metabólicos;
· Fatores genéticos;
· Alterações comportamentais, sociais e emocionais. 
 
· Exame Extra-oral: 
· Palpação das ATMs na abertura e fechamento da mandíbula em busca de ruídos (estalidos ou crepitação). Se houver, verificar se é na abertura ou fechamento.
· Sons ou Ruídos na região da ATM
· Estalido articular é um som único, seco, de curta duração que pode ocorrer durante a abertura e o fechamento mandibular.
· Está frequentemente relacionado a problemas no disco articular.
· Crepitação é um som múltiplo e acompanha praticamente todo o trajeto condilar.
· Indica provavelmente lesão do disco e o barulho é característico de contato ósseo do côndilo com a eminência articular.
· É comum nas doenças degenerativas.
· Verificar amplitude do movimento de abertura de boca máxima (abertura máxima menor que 40mm)
· Avaliar presença de tensões musculares, dor local ou dor referida (que irradia para outro lugar), observando a classificação da intensidade de dor referida pelo paciente.
· Palpação dos músculos da mastigação
· Exame Intra-oral
· Contatos Prematuros
· Interferências Oclusais
· Desgastes Oclusais
· Facetas
· Espaço de Christensen
· Lado de Trabalho
· Lado de Balanceio
· Delimitações na língua
· Exame de Imagem (só quando necessário):
· Radiografias: panorâmica e transcraniana
· Tomografia computadorizada
· Ressonância magnética - Avaliação de várias anormalidades da ATM como: degeneração do disco da ATM, mudanças edematosas e inflamatórias no ligamento posterior do disco, entre outras.
· Exames Complementares:
· Eletromiografia;
· Classificação das DTMs:
· Desordens Articulares:
· Deslocamento do disco (com/sem redução):
· Caracterizadas por uma relação anormal entre o disco articular e do côndilo.
· Um descompasso entre disco e côndilo pode, na translação, provocar ruídos articulares ou estalidos.
· POSSÍVEIS CAUSAS:
· Pressão excessiva na ATM (apertamento ou trauma com dentes ocluídos) pode alterar o fluido sinovial lubrificante entre a superfície superiordo disco e a eminência, criando uma área de resistência ou de adesão (componente friccional prejudicial);
· Desequilíbrio da atividade muscular.
· Afinamento da borda posterior do disco: perda da capacidade de auto assentamento do disco.
Com redução:
· CARACTERÍSTICAS:
· Alongamento dos ligamentos dos discos;
· O côndilo fica em contato com a borda posterior do disco quando em repouso.
· SINAIS/SINTOMAS:
· Pode ter limitação de abertura de boca;
· Desvio na abertura de boca para o lado afetado;
· Estalido duplo (abertura – captura; fechamento – redução);
· Pode ou não ter dor.
· Conscientização do paciente;
· Terapia com placa estabilizadora;
Sem redução: 
· CARACTERÍSTICAS:
· O côndilo fica em contato com a borda posterior do disco quando em repouso;
· Perda da elasticidade da lâmina retrodiscal superior (dificulta a recaptura);
· EXAME CLÍNICO:
· Abertura de boca limitada (máx de 25 a 30 mm);
· Desvio na abertura (lado afetado);
· Não apresenta estalido;
· Normalmente tem dor.
AGUDO:
· Deslocamento de disco sem redução, agudo, é doloroso devido à inflamação na cápsula articular, na inserção posterior e/ou nos ligamentos discais.
· Além do envolvimento capsular, a atividade do temporal e do masseter no lado envolvido é, por vezes, aumentada.
CRÔNICO:
· No deslocamento de disco sem redução, crônico, o disco é permanentemente deformado, e o ligamento posterior disfuncional.
· Com o tempo, um grau de movimento mais normal retorna à medida que a inserção posterior e os ligamentos discais continuam a se alongar e provavelmente se rompem.
· EXAME COMPLEMENTAR:
· Ressonância Magnética - Alta sensibilidade para diagnóstico de deslocamento de disco.
· Subluxação da ATM:
· CARACTERÍSTICAS:
· Movimento súbito do côndilo para frente durante o último estágio de abertura;
· Deslocamento auto-redutível do côndilo anteriormente à eminência articular;
· Hipermobilidade mandibular;
· Abertura – pausa – salto súbito.
· FATORES PREDISPONENTES:
· Tensão emocional;
· Hábitos parafuncionais;
· Abertura excessiva bucal: bocejos.
· Obs: O paciente deve ser orientado a fazer fisioterapia!
· Luxação da ATM:
· Abertura máxima de boca que resulta em deslocamento do côndilo para fora da cavidade glenóide, posicionando-se na face anterior da eminência articular;
· Não é auto-redutível;
· TRAVAMENTO DE BOCA ABERTA!
· É preciso uma manobra manual do côndilo para redução.
· PROCEDIMENTO DE REDUÇÃO:
· O paciente deve ser inicialmente orientado para abrir a mandíbula contra resistência no sentido de relaxar os músculos elevadores.
· Orientar o paciente para bocejar o mais amplamente possível, enquanto que o profissional exerce uma pressão para baixo e para posterior no mento.
· Posicionar os dedos polegares sobre os dentes posteriores inferiores e os outros dedos na base da mandíbula para manipulação da mandíbula para baixo, para trás e para cima.
· Movimento para redução da mandíbula.
· RECOMENDACOES AO PACIENTE:
· Em casos crônicos, orientar o paciente para ele mesmo reduzir a mandíbula.
· Exercícios de fortalecimento muscular.
· Desordens Inflamatórias:
· ETIOLOGIA
· Sobrecarga da ATM devido ao bruxismo, trauma, pressão ou infecção, pode causar resposta inflamatória na cápsula fibrosa, membrana sinovial e tecidos retrodiscais.
· Essas desordens são caracterizadas por dor contínua e profunda, normalmente acentuada pela função.
CAPSULITE E SINOVITE
· ETIOLOGIA
· Trauma
· Desordens coexistentes
· Inflamação de estruturas adjacentes
· CARACTERÍSTICAS
· Dor
· Edema
· Dor à palpação
RETRODISCITE
· Os tecidos retrodiscais são altamente inervados e vascularizados, incapazes de tolerar forças excessivas.
· ETIOLOGIA
· Trauma externo agudo no mento, forçando os côndilos para posição retrodiscal;
· Microtrauma repetitivo: perda de suporte dental posterior, côndilos deslocados posteriormente.
· CARACTERÍSTICAS
· Dor constante
· Edema
· Dor à palpação posterior e lateral da ATM
· Dor aumenta pelo apertamento
· Doenças Degenerativas:
· Mudanças degenerativas são o “caminho” final patológico para todas as doenças, danos e degenerações que afetam a articulação no ciclo da vida.
· ETIOLOGIA:
· Sobrecarga que excede a capacidade regenerativa da articulação;
· Capacidade adaptativa reduzida por fatores sistêmicos ou idade.
OSTEOARTRITE
· Dor articular localizada e constante, devido à inflamação secundária na ATM;
· Pode ter dor após o repouso, rigidez articular ao acordar e crepitação;
· Dor: limitação no grau de movimento mandibular;
· Início gradual e autolimitante, na maioria dos casos;
· Mialgia e espasmos musculares podem ocorrer: tentativa dos mm de evitar a mobilidade da ATM dolorosa;
· Alteração radiográfica nos estágios tardios.
· São formações ósseas em forma de gancho que se desenvolvem em certos casos de afecções reumáticas.
· O processo degenerativo, até mesmo na ausência de terapia definitiva da ATM, parece desaparecer usualmente dentro de um período de 3 anos. A dor desaparece, um grau aceitável de mobilidade retorna, e os ruídos parecem diminuir. Entretanto, alguma alteração estrutural óssea no côndilo ou fossa permanece.
· Esta condição é, algumas vezes, referida como Osteoartrose, devido ao desaparecimento da inflamação e dor.
OSTEOARTROSE
· Fase adaptativa estável. O paciente não relata mais sintomas.
· Se a demanda funcional exceder a adaptabilidade, a osteoartrite começa, caso contrário a osteoartose permanece.
POLIARTRITE
· Doenças Poliartríticas sistêmicas:
· Artrite reumatóide: 34 a 75% dos pacientes têm envolvimento da ATM.
· Artrite infecciosa
· Desordens metabólicas: hiperuricemia (alto nível de ácido úrico no sangue).
· Desordens Musculares
· A queixa predominante de pacientes com desordens musculares é a mialgia.
· A dor pode levar a uma restrição do movimento mandibular.
· Contratura Muscular:
· HISTÓRIA CLÍNICA:
· Injúria causada por injeção anestésica;
· Injúria causada por abertura ampla decorrente de tratamento dental prolongado;
· Trauma;
· O evento ocorreu há 1 ou 2 dias.
· Resposta imediata à impulsos alterados, estando relacionada com o evento que causou.
· Não é uma condição patológica, mas uma resposta fisiológica normal do sistema muscular;
· O estiramento muscular dá origem a um reflexo que gera contração dos músculos, induzido pelo SNC;
· Pode evoluir para mioespasmo.
· CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
· Limitação funcional;
· Pode haver sensação de fraqueza muscular;
· Em repouso, mínima dor. Em função, dor aumentada.
· TRATAMENTO:
· Terapia de suporte: restringir o uso da mandíbula dentro do limite indolor, dieta pastosa;
· Analgésico por curto período;
· Terapia de relaxamento muscular simples.
· Mioespasmo
· CARACTERÍSTICAS:
· Contração muscular involuntária, súbita, anormal, induzida pelo SNC;
· Queixa de mialgia relacionada a algum evento que alterou a estrutura, só que perpetuada por mais tempo;
· Geralmente acompanhada por dor localizada e enrijecimento prolongado do músculo, podendo gerar trismo.
· Não é tão comum;
· A dor aumenta com a função, e pode até desaparacer em repouso.
· O paciente relata súbita restrição de movimentos mandibulares, usualmente acompanhados por rigidez muscular.
· TRATAMENTO:
· Terapia de suporte: restringir o uso da mandíbula dentro do
· limite indolor, dieta pastosa;
· Placa oclusal miorrelaxante;
· Analgésicos;
· Fisioterapia (calor, spray anestésico, calor úmido, massagem, ultra-som).
· Miosite
· CARACTERÍSTICAS:
· Inflamação local do músculo resultante de causa local (traumas externos, apertamento, acidentes, tensão muscular prolongada).
· Leva à mialgia (dor) mesmo em repouso, havendo exacerbação da dor quando em função.
· EXAME CLÍNICO:
· Músculos extremamente doloridos à palpação.
· TRATAMENTO:
· Terapia de suporte: restrição dos movimentos mandibulares,
· alimentação pastosa ou líquida.
· Placa oclusal miorrelaxante;
· Anti-inflamatórios não esteroidais;
· Fisioterapia.
· Dor Miofascial (TRIGGER POINTS ou PONTOS GATILHO)
· Dor miogênica regional caracterizada por áreas de tecido muscular hipersensitivas.
· CARACTERÍSTICAS:
· Fonte de dor profundaconstante (pode criar pontos álgicos não somente na fonte, como também à distância);
· Aumento do nível de estresse emocional (pode iniciar ou ativar os pontos gatilhos);
· Sobrecarga muscular;
· Pontos gatilhos idiopáticos
· EXAME CLÍNICO:
· Na palpação dos músculos envolvidos, localiza-se os pontos álgicos.
· Aplicando pressão nesses pontos, haverá exacerbação da dor no localrefletido.
· TRATAMENTO:
· Eliminação da fonte de dor profunda;
· Alongamento do ponto álgico: spray anestésico gelado e alongamento muscular;
· Fisioterapia: ultra-som, exercícios, TENS (estimulação nervosa elétrica e transcutânea), correção postural;
· Terapia medicamentosa;
· Injeções analgésicas nos pontos álgicos.
· Desordens Mistas: 
· Osteoartite 
· Mudanças degenerativas na ATM e deslocamento de disco associado a dor muscular secundária.
· Tratamento das DTMs:
· Controlar a dor;
· Recuperar a função do aparelho mastigatório;
· Reeducar o paciente;
· Amenizar cargas adversas que perpetuam o problema;
· Melhora da qualidade de vida.
· Severidade;
· Grau de incapacitação;
· Tempo de instalação.
· As intervenções dependem do diagnóstico e das habilidades desenvolvidas em relação à cada intervenção.
· Método Conservador:
· Aconselhamento:
· Ganhar a confiança do paciente;
· Explicar o que ele tem;
· Aconselhar: dieta mole, evitar movimentos mandibulares bruscos (ex. bocejo), não conversar muito, usar terapia indicada com critério, evitar alguns instrumentos musicais (gaita, violino), evitar movimentos que causem dor,
· Boa postura corporal;
· Evitar situações conflitantes;
· Evitar hábitos parafuncionais: mastigar forte, roer lápis, caneta, unha, ranger dentes, celular no ombro, chiclete.
· Termoterapia (calor/frio)
Crioterapia (dor aguda ate 72h)
· Evitar o processo inflamatório: vasoconstricção, redução do edema, relaxamento da musculatura em espasmo, diminui a dor (ação analgésica).
· Vaselinar a região
· Bolsa de gelo
· Aplicar 15 seg e relaxar 5-10 seg
· Duração: 15 a 20 min
· Intervalo de 30 min
Spray criogênico:
· Localizar a área sensível;
· Proteger olho e nariz;
· Aplicar o jato à 30 cm de distância em 45° em movimentos circulares;
· Realizar exercício suave da mandíbula em direção ao movimento dolorido.
· A crioterapia pode diminuir a dor aguda, mas não existe um consenso entre os autores quando à sua eficiência a longo prazo.
Calor unido (dor crônica): 
· Calor úmido promove a vasodilatação, aumentando a circulação sanguínea local. Há maior oxigenação e liberação de toxinas inflamatórias, levando à ação anti-inflamatória local.
· Toalha molhada (água quente)
· Duração: 15 a 20 min
· Repetir a cada 2h (mínimo de 3x ao dia)
· “O calor promovido diminuiu a dor e aumentou a mobilidade mandibular em portadores de DTM”.
· Terapia Medicamentosa:
ANALGÉSICO - Dor muscular ou condição inflamatória aguda (leve e moderada) e alterações articulares, durante 3 a 4 dias.
ANTIINFLAMATÓRIO - Dor muscular ou condição inflamatória aguda (leve e moderada) e alterações articulares, durante 3 a 4 dias.
RELAXANTE MUSCULAR - Casos que necessitem aliviar a dor e provocar relaxamento muscular.
· Tratamento não deverá exceder 1 semana – rever o paciente.
CORTICÓIDE - Condições inflamatórias intra-articulares.
ANSIOLÍTICO (dor crônica) - Ansiedade e estresse;
· Ação de relaxamento muscular (reduz hábitos parafuncionais);
· Usar por curto período (dependência) – CD pode comprar!
· Associação com terapias conservadoras.
ANTIDEPRESSIVO (dor crônica) - Dor crônica, depressão, distúrbio noturno;
· Diminui bruxismo, dor.
ANALGÉSICO OPIÓIDE (dor crônica) - Usar por curto período (dependência).
· Fisioterapia: 
Exercícios:
· Alongamento dos tecidos: apertamento.
· Promove liberação dos pontos gatihos;
· Aumenta a amplitude dos movimentos;
· Corrige postura viciosa;
· Aumenta força contrátil;
· Aumenta a resistência à fadiga muscular;
· Aumenta a circulação sanguínea, favorecendo eliminação das toxinas.
· 3 repetições (intervalo de 2 a 3 min): 10 movimentos cada repetição.
· Exercícios de contração isotônica e isométrica: o músculo realiza contração e relaxamento, porém não é exposto à variação de força. Os movimentos são rítmicos e coordenados (a força do músculo não varia).
· Abertura bucal / Protrusão / Lateralidade direita e esquerda.
· Na presença de uma resistência imposta ao músculo, ocorre fortalecimento muscular. Ex: mastigação unilateral
· Hipertrofia unilateral
TENS: 
· Promove uma excitação contínua de fibras nervosas cutâneas, que diminui a percepção de dor quando é colocada sobre a área tecidual dolorosa, sendo indicada para relaxamento da musculatura mastigatória.
Ultra-som:
· Vibrações mecânicas de alta frequência.
· Redução de edema;
· Aumento do fluxo sanguíneo;
· Redução do espasmo;
· Regeneração tecidual.
· Dor aguda ou crônica;
· Contraturas musculares;
· Espasmos musculares;
· Pontos gatilhos;
· Condições inflamatórias agudas e crônicas.
· Efeitos térmicos, alteração da pressão e micromassagem:
· Aumenta a mobilidade articular;
· Aumenta a circulação sanguínea;
· Reduz o espasmo muscular;
· Alívio da dor.
· FONOFORESE - Habilidade do ultra-som em incrementar a penetração de agentes farmacologicamente ativos (agentes medicamentosos, antiinflamatórios ou analgésicos).
· Acupuntura
· Com o agulhamento, ocorre um aumento na microcirculação que, associado com a estimulação do SNC, atua na liberação de endorfinas e outras substâncias com efeito analgésico, relaxante e antinflamatório.
· Laser
· Calor superficial que para ter efeito sob as articulações necessita de integração com as células dos tecidos irradiados.
· Alívio da dor;
· Regeneração tecidual;
· Efeito: anti-inflamatório, analgésico e modulador da atividade celular.
· Hélio-neônio e emissão infravermelha (arsenato de gálio)
· Placa oclusal miorrelaxante 
· Aparelho removível, confeccionado em resina acrílica, que recobre as superfícies oclusais / incisais dos dentes em um dos arcos, criando um contato oclusal adequado com os dentes antagonistas e um melhor relacionamento côndilodisco.
Vantagens:
· Custo reduzido
· Facilidade de confecção
· Efeitos colaterais mínimos
· Terapia não invasiva e reversível
· Podem ser usados com outras formas de tratamento
· Utilizados para uma série de sinais e sintomas
· Grande aceitação por parte dos pacientes
· Atividades normais (fala, mastigação, dormir etc.) do paciente sofrem pouca interferência
· Podem ser colocados sobre dentição natural, mista, artificial ou sobre espaços protéticos
· Eficiência clínica comprovada em vários estudos
Indicação: 
· No tratamento dos distúrbios articulares
· Mudança na posição condilar
· Redução de forças dirigidas sobre a ATM
· Aumento dos espaços articulares
· Diminuição da compressão local 
· Reposicionamento do disco e do côndilo
· Permite ao disco deslizar livremente para trás e para cima na eliminação da dor muscular
· Desoclusão dos dentes
· Diminuição das forças de mordida
· Diminuição da atividade muscular prolongada
· Eliminação progressiva da inflamação.
Tipos: 
· Estabilizadores (placa miorrelaxante)
· Aparelho de mordida anterior (Jig de Lucia ou Front Plateau)
· Aparelho parcial
Cobertura parcial anterior ou Front-plateau:
· Desocluir os dentes posteriores para eliminar contatos prematuros e interferências oclusais – reposicionar o côndilo
· Cobre somente os dentes anteriores. 
Indicações: 
· Hiperatividade muscular 
· Casos emergenciais
· Trismo – impossibilidade de moldar
· Facilidade de confecção
Desvantagens: 
· O uso prolongado pode levar à extrusão dos dentes posteriores
· Uso emergencial para aliviar a dor apenas.
· Toxina botulínica
· DTM de origem miogênica ou mista
· Enfraquece seletivamente a musculatura dolorida, interrompendo o ciclo de dor (ação da acetilcolina na fenda neuromuscular).
· Associação com placa miorrelaxante, acupuntura e outras técnicas.
· Dor aguda com redução de amplitude de abertura de boca (15 a 20 mm) de origem miogênica.
· Psicologia
· Método Invasivo: 
· Cirurgia das ATMs
· Artrocentese: lavagem da ATM e sucção dos resíduosda inflamação.
· Procedimento cirúrgico menos invasivo às ATMs;
· Consiste na lavagem da ATM através de agulhas inseridas de forma transcutânea, sendo uma de entrada (para irrigar), e outra para sugar os resíduos da inflamação.
· Viscosuplementação: irrigação com ácido hialurônico;
Indicações: 
· DTM de origem articular
· Deslocamento de disco com e sem redução;
· Aderência do disco;
· Sinovite/capsulite;
· Dor relacionada com artrite traumática ou degenerativa da ATM.
· Diminui a inflamação e o quadro de dor, mas não “resolve” o problema;
· Tratamento coadjuvante, paciente pode voltar a ter dor 4 a 6 meses após o procedimento.
· Artroscopia: com microcâmera, visualiza as estruturas das ATMs e remove pequenos materiais através de pontas específicas.
· Mais invasivo que Artrocentese;
· Modalidade cirúrgica que utiliza técnica endoscópica (a inserção de uma câmera através de uma incisão cirúrgica) aplicada dentro da ATM, com objetivo de diagnosticar e tratar DTMs.
· Diagnóstica (método auxiliar/complementar no diagnóstico das artropatias da ATM e biópsia);
· Operatória (modalidade que inclui a lise/quebra de aderências e remoção de substâncias inflamatórias e mobilização discal, suturas de disco, aplicação de substâncias intra-articulares, entre outros).
· Desarranjos internos da ATM: adesões, deslocamento do disco, doença articular degenerativa, biópsia de lesões.
· Próteses articulares
· Reconstrução total da ATM
Indicação: 
· Anquilose, degenerações extensas, reabsorção das estruturas articulares.
· Utiliza-se prototipagem
Técnica de Confecção
· Placas Estabilizadoras:
1. 
2. Anamnese
3. Exame clínico
4. Moldagem inicial
5. Individualização do arco facial
6. Registro em cera da dimensão da placa
7. Montagem dos modelos em ASA
8. Alívio em gesso das ameias interproximais e áreas retentivas
9. Delimitação da área da placa estabilizadora 4-6 mm nos tecidos palatais
10. Adaptação da lâmina de cera n° 7
11. Ajuste dos contatos em cera
12. Inclusão do modelo em mufla metálica
13. Prensagem
14. Eliminação da cera
15. Preparo para inclusão de resina termopolimerizável
16. Inclusão e Prensagem da resina
17. Polimerização
18. Acabamento e Polimento
19. Instalação e ajustes oclusais

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