Buscar

- ED. ESPECIAL 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE FUTURA
Guiomar Cordeiro dos Santos 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROJETO PRÁTICO
 ÁGUA BOA
2021
FACULDADE FUTURA
Guiomar Cordeiro dos Santos 
PROJETO PRÁTICO
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado- Educação Especial, da Faculdade Futura, no Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação.
 
ÁGUA BOA
ANO 2021
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO- MÉTODOS E TÉCNICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
RESUMO- Este projeto visa o estudo e análise de estudos de métodos e técnicas de alfabetização utilizadas na Educação Especial, considerando sua construção histórica e tendências pedagógicas para a concretização curricular, enfocando o processo ensino-aprendizagem como uma prática capaz de subsidiar condições necessárias para que os alunos desenvolvam suas capacidades. Para tanto, é preciso começar pelo debate e compreensão do que vem a ser educação inclusiva, seus fundamentos e seus princípios norteadores, esclarecida esta dimensão conceitual, é possível avançar o estudo com o objetivo de apresentar bases científicas e empíricas, e consequentes intervenções no campo das estratégias para alfabetização de alunos da Educação Especial. Com a intervenção norteada pelos documentos oficiais e por um corpo sólido de autores que destacam na Educação Especial dentre eles: o Método Fonético e o Método Sodré aplicado desde 2006, denominado de Desafio de Aprender, pretende-se registrar as ações empregadas e pôr à prova seus impactos sobre aprendizagem de alunos matriculados na Educação Especial. 
PALAVRAS-CHAVE: Métodos. Desafios. Alfabetização. Educação Especial 
			
	
SUMÁRIO
Introdução
 
2. DESENVOLVIMENTO8
2.1.Educação inclusiva, seus fundamentos e seus princípios norteadores	8
2.2.Educação inclusiva: Função da escola e do professor	11
 2.3 . Proposta de intervenção pedagógica na sala de aula para alunos com baixa visão/ ensino regular.......................................................................................14
3. CONCLUSÃO	16
			
	
1. INTRODUÇÃO
2.1. O presente trabalho pedagógico baseia seus resultados através de pesquisas bibliográficas e científicas, o estudo e análise de estudos de métodos e técnicas de alfabetização utilizadas na Educação Especial, considerando sua construção histórica e tendências pedagógicas para a concretização curricular, enfocando o processo ensino-aprendizagem como uma prática capaz de subsidiar condições necessárias para que os alunos desenvolvam suas capacidades. A escola inclusiva constrói-se. Depende de enquadramento legislativo que lhe dá suporte, mas só se consolida com a prática dos atores que a implementam, que está, por seu lado, intimamente ligada não apenas ao saber-fazer, mas também à atitude com que se perspectiva. Relativamente à intervenção pedagógica, isto é, ao saber-fazer, é fundamental que os intervenientes envolvidos neste processo, em particular os professores, se sintam capazes de responder adequadamente ao desafio que a diferença representa. No que diz respeito à atitude para com a inclusão, sobretudo se esta se refere a alunos com deficiência ou com necessidades educativas especiais, este é um ponto crítico. É necessário querer fazer e acreditar que é possível construir uma escola e, obviamente, uma sociedade, onde todos têm um lugar. Proposta de intervenção pedagógica na sala de aula para alunos com baixa visão/ ensino regular, essa proposta de trabalho se faz importante com o propósito de que por meio dessa intencionalidade, possa-se pensar em uma educação digna para a inclusão- baixa visão. É necessário, contudo que se tenha cautela ao inserir o aluno com necessidades educativas especiais no ensino regular, estando atento a documentos legais; ao fato de que o ambiente escolar requer preparo no que diz respeito à estrutura física do estabelecimento e na capacitação dos profissionais da educação tanto no cognitivo quanto no afetivo
 2. DESENVOLVIMENTO 
2.2. Educação inclusiva, seus fundamentos e seus princípios norteadores
Os grupos acolhidos pela educação inclusiva são: alunos com deficiência, alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista e alunos com altas habilidades ou superdotação. Os princípios gerais que regem a educação inclusiva são:
Toda criança tem direito à educação e oportunidade de atingir um nível adequado de aprendizagem.
Este grande princípio é fundamental e ele trata justamente de que todas as crianças, sejam elas especiais ou não, têm direito de atingir um nível adequado de aprendizagem. E este nível de aprendizagem só é atingido quando escolas regulares assumem a missão e a obrigação de educar e desenvolver plenamente estudantes que possuem necessidades especiais.
As características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem são únicas.
Todos são diferentes entre si. E este é um princípio fundador da educação inclusiva. Inclusive, o ideal, na hora de lecionar é apresentar práticas pedagógicas com um olhar para as habilidades e individualidades dos estudantes e não suas limitações. 
Educação Especial, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional - lei 9394/96, é a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos que por possuírem necessidades próprias e diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes a sua idade, requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas e adaptadas para que possam apropriar-se dos conhecimentos oferecidos pela escola. As diferenças ocorrem em função de altas habilidades, condutas típicas, deficiência física motora, visual, auditiva, mental, bem como condições de vida material precária. A história nos mostra que existem pessoas diferentes desde os tempos mais remotos da civilização, mas são poucos os relatos escritos a respeito dessas pessoas. Na Antiguidade havia duas posturas em relação às pessoas doentes, idosas ou deficientes: uma postura era de aceitação, tolerância; outra, majoritária, que optava pela eliminação, menosprezo ou destruição. Esse período é caracterizado pela ignorância e não aceitação do ser deficiente. Com o advento do Renascimento, quando a cultura e os valores se voltaram para o homem, ocorre a mudança dessa fase de ignorância e rejeição do indivíduo deficiente e começa a falar em direitos e deveres dos deficientes. O Renascimento é um movimento que caracterizou os séculos XV e, principalmente, XVI e tinha valores contrários aos que vigoravam na Idade Média. A partir do período renascentista, segundo Jimenèz (1994) surgem os primeiros interessados com as deficiências, como: - Bauer (1443-1485) que em seu estudo denominado “De Invention Dialéctica” faz referência a um surdo-mudo que se comunicava por escrito. A partir deste fato o médico Jerônimo Cardan (1501-1576), pode questionar o princípio defendido por Aristóteles de que “o pensamento é impossível sem a palavra”. -O frade Pedro Ponce de León (1509-1584) dedicou-se a educação de 12 crianças surdas com grande sucesso e escreveu o livro Doctrina para los surdos-mudos, é considerado o iniciador do ensino para surdos e criador do método oral. - Joubert (1529-1582) médico francês que em sua obra “Erros Populares relativos à Medicina e ao Regime de Saúde”, dedicou um capítulo ao ensino dos surdos-mudos, onde defendia o princípio de Aristóteles: “O homem é um animal social com habilidade para se comunicar com os outros homens”.Binet (1579-1633) escreveu “Reducción de la letras y arte de enseñar a hablar a los surdos”. - Charles Michel de l'Epée (1712-1789) cria a primeira escola pública para surdos em 1755. -Valentin Haüy (1746-1822) criou em Paris um instituto para crianças cegas em 1784. Era aluno do instituto o cego Louis Braille (1806-1852), criador do famoso sistema de leiturae escrita conhecido precisamente por sistema Braille. Conforme Carmo (1991), nessa época tiveram grandes personalidades no campo da cultura, ciência, arte e música que eram deficientes como: Luís de Camões, que perdeu um de seus olhos em luta, Galileu Galilei ficou cego no final de sua vida. Johannes Kepleer aos quatro anos de idade passou a ser deficiente visual, causado por sarampo. Ludwig Von Beethoven no final de sua vida fica surdo; Antonio Francisco Lisboa, “O Aleijadinho”, vítima de uma tromboangite obliterante. Observa-se que nenhum dos deficientes eram mentais, apenas físicos. O deficiente mental continuava segregado e não tinha destaque na sociedade, pois a esses era negado às oportunidades de aprendizagem. O segundo momento da história da Educação Especial é conhecido por era das instituições ou fase de segregação institucional que compreendem finais do século XVIII e começo do século XIX. É nesse período que a Educação Especial realmente iniciou, quando parte da sociedade admite a necessidade de prestar alguma assistência às pessoas com deficiências. Os deficientes continuam discriminados, marginalizados e excluídos da sociedade e da família e atendidos por instituições cuja filosofia era mais assistencialista, filantrópica e segregacionista, a preocupação era mais assistencial do que educativa. Eram instituições voluntárias, em suas maiorias religiosas, tinham permissão do governo, mas sem nenhum outro tipo de ajuda (CARMO, 1991). Com o intuito de proteger a pessoa normal da não normal, e vice-versa, surge à necessidade de escolas e instituições para atender essa clientela, que de forma camuflada prioriza a segregação, discriminação. Apesar de ter sido um período segregativo, foi um avanço para a Educação Especial, que foi beneficiada em alguns aspectos com o desenvolvimento científico e técnico. Nesse período, era das instituições, os fatos que marcaram foram: a criação de escolas para deficientes; a tentativa de encontrar métodos de tratamento e com o desenvolvimento científico e técnico, a Educação Especial passou a contar com métodos de avaliação e tratamento. A Educação Especial começa a fundamentar em princípios norteadores. De acordo com BRASIL/SEESP-MEC (1994), além de seguir os princípios democráticos de igualdade, liberdade e respeito à dignidade, a educação especial é regida por princípios norteadores, dentre eles os mais citados são: princípios da normalização, integração e individualização. Desde a década de 90, as pesquisas em educação especial têm enfatizado a inclusão, que é considerada terceira fase da educação especial. A inclusão determina que todos os alunos façam parte do mesmo contexto escolar, participando das mesmas atividades comuns, embora adaptadas para atender as diferenças individuais. Em 1990 esse direito é confirmado na Declaração Mundial sobre Educação Para Todos, independentemente de suas diferenças particulares. É reforçado pelas diversas declarações das Nações Unidas, que culminaram na Declaração de Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência, assinado em 1993 e publicado em 1994, garantindo que a educação de pessoas deficientes seja parte integrante do sistema educativo. Em junho de 1994, o governo espanhol e a UNESCO realizaram uma conferência mundial, com mais de 300 representantes de 92 governos e de 25 organismos internacionais, com o objetivo de promover uma educação para todos, garantida pelos Estados e que fizesse parte integrante do sistema educativo, surgindo assim a Declaração de Salamanca, um documento de princípios, política e prática para as necessidades educativas especiais. Com base nesse documento, começou a discutir a integração e a inserção, assunto enfatizado em quase todos os seminários. Professores, pesquisadores e pais têm tentado mudar a concepção a respeito da educação dessas pessoas. Tentam oferecer uma educação capaz de reconhecer e conviver com a diversidade.
2.3. Educação inclusiva: Função da escola e do professor
O desafio é grande, afinal, não existem resposta nem formas prontas, mas é preciso ousar, nos adiantar e, às vezes, também retroceder para analisar o que já foi feito. A proposta inicial é de ensinar e ou aprimorar a comunicação e leitura, escrita (alfabetização) em alunos da educação inclusiva, como já se foi descrito, mas nada nos impedirá de trabalharmos com outras áreas de conhecimento, caso haja necessidade. Estamos vivenciando a Inclusão Educacional e gostaríamos que este estudo fosse uma nota introdutória às possibilidades do professor, de acordo com sua realidade, se aprofundar em alguma dessas formas de interagir com seu aluno. Todos os passos devem ser dados em busca de melhoras na educação. Há pessoas que comungam das mesmas ideias e também acreditam que:
A adaptação de métodos de ensino necessária para receber inclusive crianças com dificuldades intelectuais é tudo o que a escola atual precisa para finalmente oferecer um ensino de qualidade no Brasil; as escolas precisam disso para ontem, tendo ou não pessoas com deficiência mental nas salas de aula. Esses métodos são extremamente salutares e benéficos a todos, pois devem estar baseados na cooperação mútua entre os alunos e na construção do conhecimento individual, dentro de suas potencialidades, que podem ficar além ou aquém daquilo que seria tradicionalmente transmitido pela professora nas aulas baseadas em palestras, que já não conquistam o interesse dos alunos. (FÁVERO, 2002, p.34-36).
 
Desta forma, o movimento de inclusão traz como premissa básica, propiciar a Educação para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. No entanto, sabemos que a realidade desse processo inclusivo ainda é bem diferente do que se propõe na legislação e requer ainda muitas discussões relativas ao tema. O que podemos perceber é que numa comparação entre a legislação e a realidade educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma desejada, a proposta de educação atual vigente ainda não oferece nem garante condições satisfatórias para ser considerada efetivamente inclusiva. Ainda, se faz necessária uma maior competência profissional, projetos educacionais mais elaborados, uma maior gama de possibilidades de recursos educacionais. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. Então, a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que se precisa se adaptar às necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na escola, o seu máximo desenvolvimento. Ou seja, na educação inclusiva, a uma escola deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa escola, apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio da escola hoje é trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Com certeza, de modo geral, as escolas têm conhecimento das leis acerca da inclusão bem como da obrigatoriedade da garantia de vaga para os alunos com necessidades educacionais especiais, no entanto apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturaisacerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação. Sabemos que, para que a inclusão se efetue não basta a garantia apenas na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio-econômico, além de serem gradativas planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade. Por outro lado, o processo de Inclusão já está posto e não se trata de desativar o que está funcionando, mas sim de buscar alternativas e formas de articulações que possibilitem esse novo modo de ver e pensar a escola. Além disso, a educação inclusiva favorece não só o aluno com necessidades educacionais especiais, mas, também os demais alunos que passam a adquirir atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem uma metodologia de ensino diferenciada e da disposição de maiores recursos. Numa concepção histórico-crítica, segundo Saviani (2001), o papel do professor nesse processo de inclusão é fundamental, uma vez que, ele é o mediador do processo ensino/aprendizagem. Na verdade, cabe-nos até, alguns questionamentos: a oferta de ensino aos alunos com necessidades especiais na rede regular deve acontecer porque está na Lei, ou porque acreditamos em suas condições de aprendizagem real? Devemos incluí-los porque nos causam pena ou porque vemos neles a possibilidade real de participação e contribuição na sociedade? Mantoan (2006) afirma que é necessário recuperar, urgentemente, a confiança dos professores em saberem lidar e desenvolver o processo de ensino-aprendizagem com todos os alunos, sem exceções. Para isso, é oportuno possibilitar aos docentes a participação em cursos que discutam estratégias educacionais visando à participação ativa e consciente de todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Esses cursos devem atender as necessidades de preparo que os professores têm para desenvolver práticas docentes realmente inclusivas. Nas palavras de Carvalho, 2004, p. 77:
A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras... 
Portanto, para que a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino se efetive, possibilitando o resgate de sua cidadania e ampliando suas perspectivas existenciais, não basta a promulgação de leis que determinem a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem a obrigatoriedade de matrícula nas escolas da rede pública. Estas são, sem dúvida, medidas essenciais, porém não suficientes. Sabemos que ensinar, é uma tarefa que envolve principalmente: conhecimento acerca de como se dá o processo de ensino/aprendizagem; domínio do conhecimento a ser socializado; competência técnico-pedagógica; planejamento; intencionalidade pedagógica; competência para perceber e atender às especificidades educacionais de seus alunos. Como vimos, incluir pessoas com necessidades educacionais especiais na escola regular pressupõe uma grande reforma no sistema educacional. Isto implica na flexibilização ou adequação do currículo, com modificação das formas de ensinar e avaliar; trabalhar com grupos em sala de aula e a criação de estruturas físicas facilitadoras do ingresso e circulação de todas as pessoas. É um grande desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, é preciso garantir o avanço na aprendizagem, bem como, no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais. Estamos conscientes de que o desafio colocado aos professores é grande e que parte significativa continua “não preparado” para desenvolver estratégias de ensino diversificado, mas o aluno com necessidades especiais está na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível. Nesse sentido, direcionamos nossa atenção para as ações que cabem aos professores realizar na prática pedagógica no intuito de favorecer a aprendizagem de todos os alunos envolvidos no processo. Sugerimos algumas Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas), possíveis de serem aplicadas.
De acordo com o MEC, as adaptações curriculares são: Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais: a) de acesso ao currículo; b)de participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível; (BRASIL, 2000, p. 7)
Essas adaptações, são assim chamadas, justamente por não exigirem autorização de instâncias superiores e terem sua implementação totalmente realizada através do trabalho docente. De modo geral dentre essas adaptações que fazem parte do currículo, para garantir a inclusão e a permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino regular, estão: A criação de condições físicas, materiais e ambientais na sala de aula; Favorecer o melhor nível possível de comunicação e interação do aluno com toda a comunidade escolar; Permitir e favorecer a participação do aluno em toda e qualquer atividade escolar; Lutar pela aquisição de equipamentos e materiais específicos necessários; Realizar adaptações em materiais de uso comum em sala de aula; Permitir sistemas alternativos de comunicação, tanto no decorrer das aulas como nas avaliações, para alunos que não utilizam a comunicação oral; Colaborar na eliminação de sentimentos de baixa autoestima, inferioridade, menos valia ou fracasso. As adaptações de pequeno porte (não significativas) constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. Além dessas adaptações gerais, é importante refletir também nas adaptações mais específicas de acordo com cada necessidade. É importante ressaltar ainda, que antes de se iniciar um trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, no ensino regular, é necessário que se faça um preparo dos demais alunos, no sentido de conscientização da importância da convivência na diversidade e no respeito às diferenças. As orientações de adaptações, dadas a seguir possuem como referência principal, o Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola, produzido em Brasília no ano de 2000, pelo Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial.
2.4. Proposta de intervenção pedagógica na sala de aula para alunos com baixa visão/ ensino regular
A presente proposta de trabalho poderá ser desenvolvida com os alunos de baixa visão matriculados no Ensino Regular.
Objetivo geral dessa proposta é de compreender o processo de inclusão no ensino regular com intervenção junto aos alunos de baixa visão em favor de uma aprendizagem significativa e inclusiva. 
Objetivos específicos: 
· Entender como se constrói o conhecimento pelos alunos com baixa visão no Ensino Regular; 
· Tecer ações efetivas de inclusão dos alunos no processo de ensino e aprendizagem;
· Analisar o processo de interação entre professor e aluno com baixa visão e demais colegas; 
· Contribuir na melhoria da autoestima dos alunos, bem como na elaboração de materiais e propostas de atividades adaptados.
 Metodologia e Estratégia de Ação Pedagógica 
Realizar observações diretas e indiretas em sala de aula, com análise das aulas, material distribuídoao aluno com necessidades educacionais especiais, com critérios de análise sobre as atividades escritas, de leitura, socialização e exploração do ambiente escolar. A partir desse processo de observação, pela proposta de trabalho realizar algumas intervenções a fim de que os objetivos sejam alcançados no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com baixa visão. As intervenções podem ter os seguintes encaminhamentos: 
1- Interação com a comunidade escolar, professores e alunos da turma. 
2- Observação e mediação do aluno em relação à posição da carteira a qual o mesmo permanece diariamente.
3- Averiguação da iluminação da sala e demarcação dos corredores e possíveis reparos.
4- Orientação aos alunos (com baixa visão) para o preenchimento de um questionário que será o norteador das próximas estratégias, com os seguintes questionamentos: a) Você sabe o que é acuidade visual? b) Frequenta a sala multifuncional? c) As atividades realizadas na sala multifuncional são semelhantes ao do Ensino Regular? d) Que atividades são iguais? e) Caso sejam diferentes, descreva as atividades realizadas em cada um dos lugares. f) Qual a melhor posição na sala de aula que facilita sua visualização no quadro e professor? g) Você utiliza materiais ópticos (lupas, barra de leitura) e não ópticos (cadernos com linhas largas, lápis 6B, luminária) na sala de aula? h) Que tipo de aula facilita sua aprendizagem, quando o professor expõe as informações ou quando você tem acesso a materiais concretos e adaptados? 5- Professores da sala, averiguando o conteúdo trabalhado, confeccionando material adaptado como adequação à metodologia e condução aos alunos de baixa visão a uma participação efetiva para que haja interesse e aprendizagem. 6- Exposição dos materiais adaptados para os demais alunos do colégio. 
É possível a Educação Inclusiva de Alunos com baixa visão no Ensino Regular? Vale considerar que a responsabilidade e ações práticas inclusivas envolve também a família e os gestores com políticas públicas. Para isso, a metodologia do trabalho consiste em desenvolver observações sobre o uso do material pedagógico que vem sendo oferecido aos alunos com baixa visão, além das observações pensa-se num trabalho de intervenção diretamente com os alunos, no intuito de instrumentalizar a inclusão do mesmo por meio da adaptação do ambiente, material didático e de estudo em favor da ampliação do conhecimento e autoestima do aluno com baixa visão. Para alunos com baixa visão, tornam-se imprescindíveis: a promoção da utilização de recursos ópticos (lupas manuais e eletrônicas) e não ópticos (cadernos de pauta ampliada, iluminação, lápis e canetas adequadas, como facilitadores ou seja, auxiliares da aprendizagem. Nesse sentido, conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ, 2007) pode-se inferir algumas que são de grande importância no trabalho da educação inclusiva, a fim de contribuir no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com baixa visão, a saber:
 Organização do espaço e orientação para o uso adequado do mesmo pelo aluno, permitindo a construção da autonomia do aluno; 
 Desenvolvimento das potencialidades motoras, com a orientação para a coordenação dos movimentos pelo aluno; 
 Envolvimento do aluno com os demais colegas na sala de aula, em situações de interação social a fim de haver a troca de leituras e aprendizagem entre colegas, sendo esses momentos mediados pelo professor. 
 Na aprendizagem da leitura e escrita – saber ler e escrever a linguagem comum é de grande importância, possibilitando aos alunos a compreensão do conhecimento articulado com o contexto real e significativo que o envolve, seja em formato de comunicações adequadas as suas limitações de visão. 
Por essas razões, a preocupação maior com essa questão centra-se na busca do melhor uso da visão que o indivíduo possui, obtida tanto por meio de desenvolvimento de recursos ópticos, tecnológicos e educacionais para melhorar a capacidade visual, como pelo incentivo para o treinamento dessa visão. A Lei nº 9394/96 (Brasil, 1996), que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu título V, Capítulo V,art. 58, parágrafo 1º, cita que “[…] haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial”. Em relação ao aluno cego ou com baixa visão, é determinado que os mesmos têm o direito de frequentar a sala multifuncional, no ensino regular não há acompanhamento específico de apoio especializado, somente o atendimento individualizado do professor regente da turma. A escola inclusiva para Heredero (2005) supõe a passagem da escolarização dos Centros especiais, das chamadas Escolas de Educação Especial, para a Escola Regular para que os alunos se desenvolvam com outros alunos na sua faixa etária. Verifica-se que o envolvimento de trabalhos e pesquisas ficou centrado nas áreas do conhecimento médico, pedagógico e tecnológico. Estudos e pesquisas sobre os efeitos dessa condição no desenvolvimento psíquico do ser humano, ou sobre as dificuldades afetivo - emocionais que atingem aqueles que se veem limitados no uso da visão, é ainda um assunto pouco explorado. Com base no que os autores escrevem, e fazendo uma somatória de informações, pode-se afirmar que as interações sociais, a família interagir com a escola, as afetividades, a boa comunicação entre os personagens da escola e o aluno, a possibilidade de uma boa vivência social entre todos, tudo isso cria o desempenho importante na formação da personalidade dos alunos.
 3. CONCLUSÃO
 A história nos mostra que as pessoas com necessidades educacionais especiais têm causado inquietação na sociedade, que tratou-as de formas diferente.
 Atualmente, existem amparos legais para que as pessoas com necessidades especiais tenham acesso a saúde, educação e ao trabalho, mas é preciso discutir ainda forma para acessar essas necessidades básicas do homem. Nos últimos anos na tentativa de incluir todos os alunos no ensino regular muitas discussões estão sendo realizadas, especialmente, no que se refere ao local que essas pessoas deveriam estudar. Nos dias atuais ainda se constata certas dificuldade da aceitação do diferente no seio da sociedade, principalmente quando se trata de deficiências múltiplas e graves. Estas não são vistas como sujeitos de direitos sociais. Percebe-se que o preconceito e a discriminação ainda estão vivos em nossa sociedade. A educação inclusiva tem força transformadora e aponta para uma nova era, não somente educacional, mas também de cunho social. Para atender esta nova realidade educacional e social, a instituição escolar precisa organizar mudanças arquitetônicas na estrutura física, exonerar as burocracias, reorganizar as matrizes curriculares, proporcionar maior ênfase à formação humana dos professores e harmonizar a relação família-escola, propondo uma prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível.
 
  
 REFERÊNCIAS        
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/julho_2016/dee_anexo3.pdf
https://www.una.br/blog/alfabetizacao-de-criancas-especiais-como-se-qualificar/#:~:text=Alguns%20m%C3%A9todos%20s%C3%A3o%20utilizados%20de,facilitar%20o%20aprendizado%20da%20crian%C3%A7as. 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/553804/2/eBook%20-%20Educacao%20Inclusiva.pdf
JIMENEZ, R. B. (org) Necessidades educativas especiais. Dinalivro: Lisboa, 1997.
CARMO, Apolônio Abadio do. Deficiência física: a sociedade brasileira cria, “recupera” e discrimina. Brasília: Secretaria dos Desportos/PR, 1991.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, Brasília.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Declaração de Salamanca, Brasília, 1994.
JIMENEZ, R. B. (org) Necessidades educativas especiais. Dinalivro: Lisboa, 1997.
___________Materiais adaptados: Disponívelem: www.menegathy.com.br acesso 
. 
MELETTI, Silvia Marcia Ferreira e KASSAR, Mônica de Carvalho Magalhães. (organizadores).
 Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013. Série de Educação Geral. Educação Superior e Formação Continuada do Educador.Cap. 6 BRUNO, Marilda Moraes Garcia PARANÀ, Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículo. Disponível em www.fcee.sc.gov.br acesso em 09/02/2021 às 20h58min

Continue navegando