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ALFABETIZAÇÃO E ELETRAMENTO II UNIDADE III

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Prévia do material em texto

GUIA DE ESTUDO
UNIDADE III
Alfabetização e Letramento 2
1
AlfAbetizAção e letrAmento ii
 UnidAde iii
PArA início de conversA
Olá Caro(a) Estudante!
Seja bem-vindo a nossa disciplina Alfabetização e Letramento II. Espero contar com a sua dedicação 
nesta nova jornada de estudos. Será um prazer proporcionar a você informações importantes com relação 
a nossa disciplina!
Preparado (a)? Tenho certeza que sim!
 
orientAções dA disciPlinA
Caro (a) aluno (a) em nossa jornada de estudo você terá a sua disposição vários recursos com o objetivo de 
facilitar seu aprendizado. Aconselho antes de iniciar a leitura do guia de estudo faça a leitura de seu livro 
texto. Você tem à sua disposição a nossa Biblioteca virtual para fazer pesquisas e agregar novos conhe-
cimentos. Ao final da nossa unidade acesse o Ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. 
Em caso de quaisquer dúvidas pergunte ao seu tutor!
Vamos lá!
1. A sUbstitUição ProgressivA de formAs gráficAs não identificAdAs Por letrAs 
O desenvolvimento da escrita pelas crianças passa por diversas etapas, como já vimos nas unidades 
anteriores. Essa evolução da escrita é influenciada pelas escolas, ou qualquer outra instituição educativa 
em que a criança tem acesso, podendo seguir e respeitar as etapas da evolução da escrita ou ignorar 
algumas etapas do processo, trazendo prejuízos futuramente para a criança. Ela precisa passar por todas 
as etapas, resolvendo problemas de natureza lógico, como ocorre com qualquer área do conhecimento. 
 
Meu caro(a), como já vimos antes, na unidade I, as crianças começam a se expressar por meio de de-
senhos. O desenho é usado como uma forma da criança se relacionar com a realidade e com a cultura, 
usando uma expressão gráfica. No princípio os desenhos são emaranhados de linhas, pontos, círculos, 
preenchendo os espaços do papel. 
 
2
PArA resUmir
Para compreendermos melhor essa fase de substituição de formas gráficas não definidas por letras, va-
mos fazer um breve retorno aos conceitos que estudamos na Unidade I. Preparados?
recapitulando...
A ligação entre o desenho e a escrita, compreende em seguir os caminhos paralelos entre o desenho e 
a escrita a partir dos sistemas de representação. De acordo com Piaget, a representação possui dois 
sentidos, sendo a primeira conceitual e a segunda, simbólica. Essas representações se relacionam com-
preendendo a imagem como um símbolo concreto e o conceito, abstrato. 
 “Se pensar consiste em interligar significações, a imagem será um ‘significante’ e o conceito, um ‘signi-
ficado’.” Piaget (1978, p.87)
Piaget apresenta cinco condutas representativas: 
1. Imitação diferida: quando uma criança imita um comportamento de alguém que não está mais 
presente. Aqui, nessa fase, começa a aparecer um significante diferenciado;
2. Jogo simbólico: nessa conduta, a criança brinca criando um mundo imaginário e faz gestos 
imitativos com objetos;
3. Desenho: se trata de uma ligação inicial entre o jogo simbólico e imagem mental. A criança 
desenha o que sabe, não o que vê;
4. Imagens mentais: são as representações internalizadas;
5. Verbalização: a criança se torna capaz de evocar verbalmente ações passadas. 
e como ocorre a substituição de formas gráficas não identificadas por letras? 
Bom, como vimos ainda na Unidade I, a criança - durante o processo de aquisição da escrita - segundo 
Piaget (1971), passa por 4 fases: Garatuja, Pré-esquematismo, Esquematismo, Pseudonaturalismo. 
Durante a primeira fase, a garatuja (fase que precede o desenho), tem duas etapas: Desordenadas (são 
feitas com movimentos amplos e desordenados) e Controladas (nesse momento, as garatujas já tem uma 
certa definição). Vejamos as figuras abaixo:
 
Figura 1: Garatuja desordenada
Fonte: (REVISTA ESCOLA, 2013)
3
 
Figura 2: Garatuja ordenada
Fonte: (REVISTA ESCOLA, 2013).
Já na fase do Pré-esquematismo, a criança passa a atribuir significados aos desenhos, fazendo rabiscos 
(horizontal, vertical, espiral e círculos). Nessa fase, como já estudamos, ela está descobrindo as relações 
entre o desenho, o pensamento e a realidade. Nesse sentido, a partir dessa fase, é possível perceber o 
progresso que existe da forma gráfica não identificada por letras. 
 
Figura 3: Desenho do pré- esquematismo.
Fonte: (REVISTA ESCOLA, 2013).
Na fase do Esquematismo, a criança faz uma relação do desenho com a realidade, o que reforça esse 
progresso entre a forma gráfica e a letra propriamente dita. 
Segundo Marthe Berson, a criança passa por três estágios: Vegetativo Motor, Representativo e Comuni-
cativo. 
1. Vegetativo Motor: ocorre por volta dos 18 meses de idade. Caracteriza-se por um traçado arre-
dondado ou alongado. A criança desenha círculos e não tira o lápis da folha (ou qualquer outro 
suporte para desenhar), formando turbilhões;
2. Representativo: ocorre entre os dois e três anos de idade. Aparecem formas isoladas. A criança 
faz traços descontínuos. E os desenhos passam a ter explicações;
3. Comunicativo: ocorre por volta dos 3 anos de idade. Há vontade de escrever, de comunicar-se. O 
traçado apresenta forma de dentes de serra, a criança procura reproduzir a escrita dos adultos. 
4
Bom, como vimos, nessa fase, a criança já passa pelo progresso evolutiva de formas não identificadas 
por letras. É um processo lento, com várias fases, segundo diversos autores acima citados, e todas essas 
etapas precisam ser respeitadas. 
2. A imPortânciA do trAbAlho com o nome PróPrio 
 
Figura 4: Nomes próprios.
Fonte: (REVISTA ESCOLA, 2013).
Caro(a) estudante, você já se perguntou qual a importância do nome próprio para a fase de alfabetização 
da criança? 
Na escola, as crianças são incentivadas a identificar tudo que lhe pertencem usando nomes nas etique-
tas, para haver uma familiarização com o conjunto de letras ali presente. Quando a criança observa seu 
nome escrito em vários locais, ela o memoriza. Então, começa a relação com a escrita representando 
sua identidade.
Acredita-se que a escrita foi fonetizada devido ao uso de nomes próprios, já que os pictogramas (“Dese-
nho esquemático normalizado destinado a significar, notadamente, nos lugares públicos, certas indica-
ções simples”) não davam conta de registrar a diversidade de pessoas.
Com isso, podemos entender que o processo de desenvolvimento da criança é lento e segue um longo 
caminho até chegar à fase de independência. Nesse momento, a criança já construiu sua identidade, tem 
consciência de sua existência como um sujeito entre outros sujeitos na sociedade. 
O conceito de identidade parte da ideia de distinção, de algo que marca a diferença entre as pessoas, 
começando pelo nome, que é único (mesmo quando temos várias pessoas com o mesmo nome), além das 
características físicas, a personalidade e a história do sujeito.
conceito: Identidade é a qualidade de idêntico. É o reconhecimento de que o indiví-
duo é o próprio. É o conjunto de caracteres particulares, que identificam uma pessoa, 
como nome, data de nascimento, sexo, filiação, impressão digital etc. 
Fonte: http://www.significados.com.br/identidade/
http://www.significados.com.br/identidade/
5
Vamos lá, a construção dessa identidade parte da interação do sujeito com o mundo, no caso das crianças, 
o convívio familiar é o primeiro contato (geralmente). Na escola, educação infantil, a criança tem contato 
com outras crianças e adultos com culturas diferentes, o que colabora na construção de sua identidade 
étnico-racial. 
Com o nome próprio, a criança se reconhece e é reconhecida. É importante trazer para o processo de 
alfabetização, palavras que são conhecidas das crianças e que remetam a algo significativo para elas. 
 
leitUrA comPlementAr
Que tal para ampliar nosso conhecimento sobre esse tema, vamos acessar esse texto 
da revista Escola. Vamos lá?
Esse primeiro contato com a escrita (o uso do primeiro nome), serve como fonte de informação para a 
criança, ela observa, compara, faz reflexões importante a partir do contato coma escrita do seu nome. 
Nesse momento as crianças também quebram alguns conceitos. A ideia de que pessoas grandes possuem 
nomes grandes. 
 
vejA o vídeo!
Para refletirmos mais sobre isso, vejamos o seguinte vídeo, com duração de 21m37s, 
“A conquista do nome próprio”.
Caro(a) estudante, ainda temos muito o que aprender sobre o universo da alfabetização de crianças. O 
professor deve, nesse espaço, promover atividades em que os alunos possam reconhecer seus nomes e 
os nomes dos colegas mesmo sem saber ler. Esse modo de pré-leitura incentiva a aquisição e reconheci-
mento de novas palavras. 
3. o Processo de constrUção de novAs PAlAvrAs 
 
Figura 5: nome próprio como palavra geradora
Fonte: http://lugarondevivemos.weebly.com/turmas-de-2ordm-anos.html
http://revistaescola.abril.com.br/nome-proprio/por-que.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=MfiEJ_Y22Bc
http://lugarondevivemos.weebly.com/turmas-de-2ordm-anos.html
6
Como vimos anteriormente, de acordo com Emília Ferreiro e Ana Teberosky, os problemas relacionados 
à aprendizagem da leitura e da escrita têm sido colocados como uma questão de método. Logo, foram 
desenvolvidos diversos métodos para alfabetização afim de resolver os problemas relacionados a isso.
Dentre os métodos de alfabetização, temos: Alfabético ou Fonético; Silabação; Palavração; Sentenciação; 
Conto ou Historioneta; Natural. Ao longo do processo, a criança é apresentada a novas palavras, porém, 
os professores utilizam métodos para que a criança consiga, sozinha, criar novas palavras a partir das que 
já conhece. 
 
exemPlo
Por exemplo, no método da Palavração, inicia-se com uma história, que faz parte do contexto do aluno. 
Então, a partir dela, destaca-se uma palavra, essa palavra é evidenciada para que a criança reflita sobre 
seu significado e contexto. Em seguida, a palavra é desmembrada em silabas originando novas palavras. 
No método de Sentenciação, uma sentença é elaborada a partir da vivência de um grupo de alunos. Essa 
sentença é colocada num mural na sala de aula para facilitar a visualização das palavras que a constrói e 
a ordenação das mesmas. Em seguida, depois que os alunos já estão familiarizados, a frase é desmem-
brada destacando os artigos, os substantivos, adjetivos e verbos que constitui a sentença. Propõe-se que 
cada aluno tenha essa frase registrada no seu caderno, em que será ilustrado com desenhos feitos pelos 
próprios alunos. 
A riqueza vocabular é destacada nesse método. Parte-se da frase para a palavra, da palavra para a sílaba, 
e, depois, constroem-se outras palavras a partir das sílabas. 
“Diante do mundo, o homem estabelece uma relação sujeito-objeto da qual nasce o conhecimento, que 
ele expressa por uma linguagem. Esta relação e feita também pelo analfabeto, o homem comum”. (FREI-
RE, 1981).
vejA o vídeo!
Para ajudar nosso cotidiano, segue um vídeo (de 09m57s) com uma dica de material 
lúdico para o processo de formação de novas palavras, espero que goste.
você sAbiA?
Você sabia que para o educador, Paulo Freire, é importante nesse processo a utilização de um universo 
temático, dar sentido e significado ao processo de alfabetização? Pois é, o educador precisa fazer um 
levantamento vocabular a partir do que os alunos já conhecem e selecionar as mais usadas por eles, o 
que servirá de base para as lições. Essas palavras são chamadas de “geradoras”. A partir das palavras 
já conhecidas pelos alunos, deve-se fazer o processo de alfabetização. Dialogar com as crianças sobre 
situações concretas, reais. 
???
https://www.youtube.com/watch?v=aww4Xn9-lsk
7
As palavras geradoras: palavras geradoras em seu contexto existencial ele a redescobre num mundo 
expressado em seu comportamento. Conscientiza a palavra como significação que se constitui em sua 
intenção significante, coincidente com intenções de outros que significam o mesmo mundo. Este – o 
mundo – é o lugar do encontro de cada um consigo mesmo e os demais.
O educador elaborou um método que é por três etapas: 
Investigação – o professor passa a reconhecer quais palavras fazem parte do contexto do aluno;
Tematização – análise das palavras e conscientização sobre o mundo; 
Problematização – nesse momento, o professor busca a conscientização do aluno para que ele seja capaz 
de mudar seu contexto, superá-lo.
De acordo com Freire (1981), “a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de forma para 
dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto, somente 
ajustado pelo educador”. (FREIRE, 1981). 
 
Figura 6: ilustração de Paulo Freire
Fonte: https://www.greenme.com.br/component/tags/tag/118-escola
 
vejA o vídeo!
Agora que já compreendemos um pouco mais sobre as palavras geradoras, seguem 
dois vídeos como dicas para nossos estudos. O 1º é um vídeo curto (04m41s) ilustrativo 
que trata sobre o método sociolinguístico de aprendizagem usando palavras geradoras 
na alfabetização: . Já o segundo, um vídeo de 07min, para deixar nosso estudo ainda 
mais interessante, uma entrevista com Paulo Freire para conhecermos um pouco mais 
sobre esse educador que foi, e ainda é, tão importante para nossa educação.
Muita informação, não é? Lembre-se do seu tutor ele aguarda sua sinalização para lhe ajudar no que for 
preciso. Vamos continuar.
https://www.greenme.com.br/component/tags/tag/118-escola
https://www.youtube.com/watch?v=_XJ-fNbhr40
https://www.youtube.com/watch?v=Ul90heSRYfE
8
4. A descobertA dos vAlores sonoros 
 
Figura 7a: desenho de criança – hipótese silábica com valor sonoro
Fonte: http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/
 
PAlAvrAs do Professor
Agora que já vimos como o processo de alfabetização é bem diversificado, existindo várias possibilidades 
para alfabetizar, vamos compreender um pouco mais sobre a importância dos valores sonoros para esse 
processo, visto que é importante para a compreensão do sistema alfabético da escrita a sua relação com 
a fala. 
“No mesmo período – embora não necessariamente ao mesmo tempo – as letras podem co-
meçar a adquirir valores sonoros (silábicos) relativamente estáveis, o que leva a uma corres-
pondência com o eixo qualitativo: as partes sonoras semelhantes entre as palavras começam a 
se exprimir por letras semelhantes. E isto também gera suas formas particulares de conflito.” 
(FERREIRO, 2010, p.29)
Em outras palavras, podemos entender que a criança, com a intenção de registrar as silabas orais da pa-
lavra, busca escrever apenas uma letra correspondente a um dos fonemas para registrar uma sílaba oral. 
Ela ainda não consegue perceber que o som que forma a sílaba. Por isso, usa uma letra para representar 
uma silaba de cada palavra, usualmente escolhem as vogais. 
 
Figura 7b: desenho de criança – hipótese silábica com valor sonoro
Fonte: http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/
http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/
http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/
9
Porém, quando as palavras são pequenas, tendo apenas 3 letras, as crianças tendem a “corrigir” colo-
cando mais letras nas palavras. Elas passam a duvidar da hipótese silábica. Já nas palavras em que as 
vogais são repetidas, as crianças usam apenas as vogais para registrar as silabas. Como por exemplo: 
babá; tevê; coco, podem ser representados como AA, EE, OO na escrita das crianças. Elas acreditam que 
apenas as vogais seriam o suficiente para registrar as sílabas, levando-as a duvidar da hipótese silábica. 
exemplo:
 
Figura 8: desenho de criança – hipótese silábica com valor sonoro
Fonte: http://ninguemparatras.no.comunidades.net/
Caro(a) aluno(a), esse período é marcado pela Fonetização da escrita: “Este nível está caracterizado pela 
tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita. (...) cada letra vale por 
uma sílaba” (FERREIRO e TEBEROSKY, 1999, p.209)
 
vejA o vídeo!
Para ajudar a pensar mais sobre esse tema, e enriquecer nosso conhecimento, que tal 
assistirmos à entrevistade Emília Ferreiro, para a Revista Nova Escola, sobre o tema? 
Vídeo de 08m24s, “Consciência Fonológica é pré-requisito para escrever?”:
5. A conqUistA dA bAse AlfAbéticA 
Agora que estamos no final da Unidade III, vamos retomar alguns conceitos já estudados anteriormente 
sobre as fases da alfabetização. 
http://ninguemparatras.no.comunidades.net/
https://www.youtube.com/watch?v=B0cyJgzkB6w
10
PArA resUmir
Recapitulando...
O processo de construção da escrita, segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky, se dá em cinco fases: 
Fase 1 – reprodução de traços básicos, a criança, nessa fase, acredita que o nome tem relação com o 
tamanho do objeto ou ser que ela se refere;
Fase 2 – combinação de várias formas de letras que é possível ser feita. Quando a criança tenta escrever, 
procura seguir duas regras: a quantidade de letras – sempre com mais de três – e a variedade – as letras 
não podem ser repetidas;
Fase 3 – a fase do valor sonoro, é o momento da hipótese silábica, como vimos anteriormente. Cada letra 
representa uma sílaba. Nesse momento, a criança pode confundir a hipótese silábica e a quantidade 
mínima de letras na palavra
Fase 4 – nessa fase, a criança já começa a sair da fase da hipótese silábica e passa para a alfabética. A 
criança, tendo um contato maior com a escrita, começa a perceber que o ato de escrever é representar 
partes sonoras de uma palavra. 
Fase 5 – na última fase, a criança atinge a fase da escrita alfabética. A criança compreende o que é letra 
e sua correspondente sonoridade. Tem noção de letra quanto unidade.
Caracteriza-se pela correspondência entre fonemas e grafias. Geralmente as crianças já conseguem ler 
e expressar graficamente o que pensa ou fala. Compreende a logicidade da base alfabética da escrita. 
Exemplo: G + A = GA / T + O = TO , formando assim a palavra GATO.
Fonte: http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br/2011/11/niveis-da-escrita.html
Nesse momento, a criança faz distinção entre letra e sílaba, além de palavra e frase/sentença. Ela já 
compreende que a sílaba pode ter até três letras (admite que pode haver, inclusive, uma letra para re-
presentar uma sílaba). Agora, a criança pode perder a noção do todo, e não apenas a palavra como uma 
parte. Segue, abaixo, um exemplo ilustrativo:
 
Figura 9 – escrita de criança na fase alfabética
Fonte: http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br
http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br/2011/11/niveis-da-escrita.html
http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br
11
leitUrA comPlementAr
Agora para ilustrar e potencializar nosso conhecimento, que tal lermos esse texto da 
Revista Escola? Texto “As particularidades das escritas silábico-alfabéticas”, espero 
que goste e faça um excelente proveito. Disponível no link.
 
 
PAlAvrAs do Professor
Bom meu caro(a) estudante, encerramos por aqui a nossa terceira unidade.
Espero que tenha gostado deste encontro que antecede o final desta disciplina. 
Fique atento, temos muito que estudar em nossa caminhada acadêmica e gostaria de fazer parte de mo-
mentos positivos.
Nos veremos em breve, até lá.
referênciAs bibliográficAs
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Editora Cortez, 2010
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 
1999.
http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br/2011/11/niveis-da-escrita.html
“Pictograma”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: http://www.priberam.pt/dlpo/pictograma
“Identidade”, in Significados: http://www.significados.com.br/identidade/
 
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/particularidades-escritas-silabico-alfabeticas-683014.shtml
http://pedagogia-unimontes.blogspot.com.br/2011/11/niveis-da-escrita.html
http://www.priberam.pt/dlpo/pictograma
http://www.significados.com.br/identidade/

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