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EFEITOS DO TREINAMENTO CONCORRENTE EM INDIVÍDUOS TREINADOS NA CIDADE DE ARACI-BA

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Efeitos do treinamento concorrente em indivíduos treinados 
de academia em Araci-Ba 
 
 Erivaldo de Souza 
Everton de Jesus 
Laiane Góes¹ 
Aline Borges² 
 
RESUMO 
Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os efeitos do treinamento concorrente 
em indivíduos treinados de academia em Araci-Ba. Materiais: Quantos aos aspectos materiais e 
metodológicos, o estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva a partir de uma 
abordagem de caráter qualitativa. Amostra: A população do estudo foi composta por todos os 
alunos matriculados na academia no turno matutino, num total de 156 alunos. Desse montante, a 
amostra foi composta por 3 pessoas, com idades entre 16 a 42, todas residentes na cidade de 
Araci-Ba, Brasil, que foram designidas aleatoriamente para o Grupo Experimental (GE) e Grupo 
Controle (GC). Resultados: Houve diminuição das medidas de Torax, Cintura e Abdômen de 
todos os voluntários que participaram desse estudo, além disso, os membros inferiores, a exemplo 
do quadril e coxa, apresentaram aumento significativo do volume muscular nessas regiões. 
Conclusão: Contudo, conclui-se que a utilização do modelo de treino concorrente, faz com que 
seus praticantes diminuam significativamente o percentual de gordura corporal, influenciando 
dessa forma para a diminuição do risco de adquirir doenças crônicas e cardiovasculares. Aumenta 
o ganho de massa corporal magra, que influencia na redução de fatores associados à obesidade. 
 
Palavras-chave: Exercício físico, treinamento concorrente, treino resistido 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A inatividade física é um dos maiores males que devastam a sociedade atual, a inatividade 
física esta associada a acomodação das pessoas em relação a falta de movimentação corporal, 
 a inatividade física tem se tornado um dos grandes problemas de saúde pública na sociedade 
atual, a população não estão atingindo os níveis mínimos da pratica de exercício físico 
recomendado para a manutenção de um estilo de vida saudável.(GUALANO,2011). 
Vários fatores contribuem para o crescimento dessa inatividade física, entre eles está os 
avanços tecnológicos que influenciam no crescimento desses índices, pois atividades que antes 
exigiam um esforço físico hoje em dia se fazem através dos celulares e notbooks, influenciado 
dessa forma a inatividade física e como consequência disso surge a obesidade. Os avanços 
tecnológicos induziram as pessoas a se tornarem menos ativas nas últimas décadas, o tempo gasto 
por elas em frente aos aparelhos eletrônicos contribuem de forma significativa no aumento da 
adiposidade, resultando no sedentarismo e contribuindo para a prevalência do sobrepeso e da 
obesidade. (BAUGHCUM et al., 2000 apud CORSO et al., 2018). 
A prática de exercício físico surge como forma de combater essa inatividade física que 
está impregnada na rotina diária das pessoas, o exercício físico são atividades que 
aumentam/mantém a aptidão física de seus praticantes, o mesmo tem como objetivo principal a 
manutenção de um estilo de vida saudável. 
O presente trabalho tem como objetivo analisar os efeitos do treinamento concorrente em 
indivíduos treinados de academia em Araci-Ba. Assim como evidenciar a importância da prática 
do exercício físico para a manutenção de um estilo de vida saudável, e/ou o controle de doenças 
crônicas. 
A utilização do modelo de treino concorrente é uma ótima opção de treino, pois esse 
modelo de treinamento se caracteriza pela a associação do exercício aeróbio que ajuda na 
diminuição do percentual de gordura corporal e do exercício resistido que auxilia no ganho de 
massa magra “A associação de exercícios aeróbios e resistidos, denominado de "treino 
concorrente" (TC), pode propiciar resultados mais efetivos do que a realização isolada de um 
dos modelos” ( MONTEIRO,2013,p.18 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
É comprovado os benefícios tanto do treinamento resistido como do treinamento com 
predominância aeróbia para a saúde do seu praticante, a partir de tais evidências surgiram 
metodologias de programa de treinamento com esses dois tipos de exercícios físicos para uma 
mesma sessão denominado de treinamento concorrente. Segundo o American College of Sports 
Medicine (2009) o exercício físico possibilita a diminuição dos fatores de risco para doenças 
cardiovasculares, tais como a redução da pressão arterial, lipoproteínas de baixa densidade (LDL-
C), triglicerídeos (TG), aumento nas lipoproteínas de alta densidade (HDL-C), além da melhora a 
tolerância à glicose. 
Nessa vertente, Laurentino (2005) aponta que várias modalidades esportivas necessitam 
de um planejamento de programas de treinamento que combinem a força e a resistência aeróbia 
de modo a otimizar seu rendimento em jogos e competições, dependendo do tipo, da intensidade, 
da duração e da frequência de treinamento. Esse modelo de treino tem evidências comprovadas 
em adultos, crianças e adolescentes que apresentam obesidade, perfil lipídico alterado e síndrome 
metabólica. O treinamento de força tem sido recomendado como complementar ao aeróbio, 
objetivando reforçar o tratamento, controle e a prevenção de doença cardiovascular, em que o 
treinamento concorrente tem a capacidade de gerar em um efeito hipotensor aditivo, gerado pela 
associação de ambas as atividades. 
Segundo Dubley e Fleck (1987) as adaptações provocadas por um programa de 
treinamento de força incluem aumento da massa corporal magra, aumento da massa óssea, 
melhora na coordenação inter e intramuscular e aumento da área de secção transversal das fibras 
musculares do tipo I, IIa e IIb. Kraemer et al (1985) esclarece que o treinamento de força tem 
demonstrado alteração na razão testosterona/cortisol, a favor do anabolismo, sendo um maior 
aumento na concentração de testosterona quando comparada a concentração de cortisol. De 
acordo com o ACSM (2009) o treinamento de força é essencial em programas de saúde, e podem 
se integrar em exercícios cardiovasculares, treinamento de flexibilidade, intervenções nutricionais 
e outros. 
Lima (2016), Kraemer (1985), Stone et al. (2001) e o ACSM (2009) os benefícios 
primários do treinamento de força são o aumento da força máxima, potência muscular, resistência 
muscular localizada, coordenação, velocidade, agilidade, equilíbrio e prevenção de lesões, além 
da melhora do sistema cardiovascular, sistema endócrino, perfil lipídico, na composição corporal, 
do estresse fisiológico, aumento da densidade mineral óssea da taxa metabólica de repouso e 
diminuição da pressão arterial. 
Ainda para o ACSM (2009) as estratégias e intervenções apropriadas para perda de peso e 
prevenção da recuperação do peso, enfatizaram restrição nutricional e exercício aeróbio, para isso 
o gasto energético diário pode ser dividido em componentes, como a TMR (taxa metabólica de 
repouso), efeito térmico do alimento e gasto energético associado com a atividade física. A 
atividade física promove aumento do gasto energético total tanto de forma, aguda quanto de 
forma crônica. A primeira condição refere-se ao próprio gasto energético durante a realização do 
exercício e durante a fase de recuperação e a segunda está relacionada as alterações da taxa 
metabólica de repouso. 
Farinatti (2013) o treinamento resistido tem sido utilizado por seu efeito na composição 
corporal, como o ganho de massa corporal magra (MCM) o qual pode auxiliar na redução dos 
fatores de risco associados à obesidade. A pratica desse treinamento, como estudado na literatura 
promove ganhos funcionais relacionados a prevenção de problemas osteomioarticulares e 
melhoria do condicionamento físico, sendo indispensável em programas de reabilitação 
cardiovascular. Para Foureaux (2006) o exercício físico de alta intensidade provoca o efeito 
EPOC - consumo de oxigênio excessivo pós-exercício, provocando a alta oxidação de gorduras e 
o aumento da taxa metabólica, ainda que a oxidação de lipídios não seja grandedurante o 
exercício de alta intensidade. 
Para Lima (2016) o efeito agudo após o término do exercício está que o consumo de O2 
não retorna aos valores de repouso imediatamente, nesse efeito EPOC o excesso de consumo de 
oxigênio após o exercício consiste em um componente rápido e um componente prolongado, no 
componente rápido do EPOC ocorre dentro de 1h. 
Ainda que a causa precisa dessas respostas não esteja bem esclarecida, esses fatores 
contribuem, possivelmente para a ressíntese de ATP/CP, redistribuição comportamental dos íons 
(aumento na atividade da bomba de sódio e potássio), remoção do lactato, restauração do dano 
tecidual, assim como restauração do aumento da FC e do aumento da temperatura corporal. 
Hakkinen et al (2003). Aponta que o treinamento de resistência aeróbia aumenta o 
consumo máximo de oxigênio (VO2máx), a atividades das enzimas oxidativas, os estoques de 
glicogênio intramuscular, a densidade e capacidade mitocondrial dos músculos, melhora a 
capacidade de difusão pulmonar, o débito cardíaco, a densidade capilar e o controle da saturação 
da hemoglobina. Farinatti (2013) discutindo a relação ao tratamento da obesidade por meio da 
prática de exercícios físicos, os modelos de treinamento mais utilizados são aqueles que incluem 
atividades aeróbias. Segundo estudos esse tipo de treinamento está fortemente associado ao 
aumento do gasto energético e ativação da lipólise, melhoria do quadro de resistência à insulina e 
perfil lipídico alterado. 
Farinatti (2013) aponta que diversos estudos demonstraram que uma única sessão de 
exercício aeróbio, de força ou concorrente seria capaz de reduzir a pressão arterial (PA) por 
algumas horas, efeito conhecido na literatura como hipotensão pós-exercício (HPE), sendo níveis 
pressóricos observados no período de recuperação inferiores aqueles aferidos na situação pré-
treino ou mesmo aqueles verificados em um dia-controle sem realizar exercícios. 
A importância desses resultados é que a hipertensão arterial é um problema grave em 
saúde pública, que tem associação direta com o maior risco de desenvolvimento de diversas 
outras doenças. O referido autor salienta ainda que existe uma alta resistência vascular periférica 
(RVP) após o treinamento de força e concorrente, tendo respostas mais elevadas de frequência 
cardíaca após o treinamento concorrente, em consequência da maior RVP após exercício de 
força, é interessante que posicioná-lo antes do aeróbio em uma sessão de treinamento concorrente 
evitando comprometer o efeito hipotensivo, uma vez que, segundo estudos o efeito hipotensivo 
do treinamento concorrente é superior ao do treinamento de força isolado segundo Farinatti 
(2013). 
Nesse prisma, fica notória a importância da prática de exercícios físicos, nesse caso 
especificamente TC, sobretudo, planejada por um profissional de Educação Física que identifica 
as variáveis envolvidas, efeitos, respeitando os princípios do treinamento, traçando os objetivos a 
serem alcançados ao longo das sessões, ainda por meio da prática e orientações contribuir na 
melhoria da saúde do praticante. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Quantos aos aspectos materiais e metodológicos, o estudo caracterizou-se como uma 
pesquisa descritiva a partir de uma abordagem de caráter qualitativa. Segundo Gil (2008) a 
pesquisa descritiva tem como finalidade descrever as características de determinadas populações 
ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta 
de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. De acordo com Godoy (1995) 
abordagem qualitativa tem um caráter exploratório, uma vez que estimula o entrevistado a pensar 
e a se expressar livremente sobre o assunto em questão. Na pesquisa qualitativa, os dados, em vez 
de serem tabulados, de forma a apresentar um resultado preciso, são retratados por meio de 
relatórios, levando-se em conta aspectos tidos como relevantes, como as opiniões e comentários 
do público entrevistado. Contudo, a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade 
numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma 
organização. Portanto, essa abordagem qualitativa busca explicar o porquê dos fatos. 
 
Amostra 
A população do estudo foi composta por todos os alunos matriculados na academia no 
turno matutino, num total de 156 alunos. Desse montante, a amostra foi composta por 3 pessoas, 
com idades entre 16 a 42, todas residentes na cidade de Araci-Ba, Brasil, que foram designidas 
aleatoriamente para o Grupo Experimental (GE) e Grupo Controle (GC). 
Como critério de inclusão, ficou estabelecido que os voluntários do estudo deveriam 
aceitar os Termos do Consentimento Livre e Esclarecido e se prontificar a aplicação do 
treinamento de força, além disso, foram selecionados alunos que seguiam um programa de 
treinamento regular durante 3 vezes na semana. Quanto aos critérios de exclusão determinou-se 
que seriam retiradas do estudo aquelas que apresentassem alguma patologia ou especificidade 
para execução dos exercícios. 
 
Antropometria e Bioimpedância 
 
A determinação do perfil da amostra e quantificação dos efeitos do Treinamento Resistido 
sobre a composição corporal e musculares foram realizadas pela medição da massa corporal (MC 
em kg), estatura (m), índice de massa corporal (IMC em kg/m²), percentual de gordura (%G), 
massa corporal magra (MCM em kg) e massa de gordura absoluta (MGA em kg). 
Nesse sentido, antes de iniciar a proposta do estudo foi realizado uma avaliação física 
com os alunos selecionados, no qual foram aferidos dados antropométricos, a bioimpedância e 
avaliação postural, que serão detalhados no decorrer do texto. As avaliações foram efetuadas na 
sala de Avalição Física da academia pelo mesmo avaliador, em horários padronizados (das 
8h00min às 10h00min), estando a amostra em completo estado de repouso e trajando a mínima 
indumentária possível. Todos os instrumentos antropométricos utilizados se encontravam em 
condições de adequada conservação, manutenção e devidamente calibrados pelo Instituto de 
Metrologia e Qualidade Industrial da Paraíba (IMEQ-PB). 
 O peso corporal foi mensurado em uma balança de plataforma, digital, marca Onrom, 
modelo, com precisão de 0,1 kg, e a estatura foi obtida em um estadiômetro de madeira com 
precisão de 0,1 cm, de acordo com os procedimentos descritos por GORDON et al. (1988). Todos 
os indivíduos foram medidos e pesados descalços, vestindo roupas leves. 
O índice de massa corporal (IMC) foi determinado pelo quociente peso corporal/estatura2 
, sendo o peso corporal expresso em quilogramas (kg) e a estatura em metros (m). A composição 
corporal foi avaliada pela técnica de Bioimpedância, na balança Omron, modelo HBF-214-LA. 
Os dados mensurados pela balança foram os seguintes: % de gordura, Gordura visceral, % de 
massa muscular, Idade Cronológica e Metabolismo Basal. Além disso, foi realizado a aferição da 
perimetria dos alunos antes e após as 12 semanas de treinamentos. Para tanto, as medidas aferidas 
foram, ombro, Braço esquerdo e direito relaxado/contraído, antebraço esquerdo e direito, tórax, 
cintura, abdômen, quadril, coxa esquerda e direita proximal/medial/distal e panturrilha. 
 
Treinamento resistido 
 
O GE realizou o Treinamento Resistido por um período de 8 semanas, sendo executadas 
três sessões semanais em dias alternados em uma academia de musculação lotada na cidade de 
Araci – BA, Brasil. Em seu período de duração, o Treinamento Resistido foi realizado de forma 
subdividida, havendo inicialmente uma fase de adaptação e outra específica, como indica 
Campos e Coraucci (2004). A fase de adaptação teve duração de quatro semanas e a específica 
oito, sendo ambas caracterizadas por séries por movimentos uni e multiarticulares, realizadas de 
forma que abrangessem o recrutamento dos grupos musculares dos membros inferiores, 
superiores e tronco.No que compete aos exercícios, na primeira fase foram realizados cinco de caráter 
neuromuscular, com execução de três séries de 12 repetições intervaladas por períodos de 60 
segundos. Por sua vez, o treinamento da fase específica apresentou sete exercícios executados em 
4 séries de 8 a 12 repetições, com momentos de 30 a 60 segundos de descanso, e variando os 
métodos de treinos. Foram utilizados os seguintes aparelhos, todos da marca Physicus (Brasil) e 
JVC (Brasil): Agachamento Livre, Leg Press 45º, Hack, Cadeira Extensora, Cadeira Flexora, 
Mesa Flexora, uma bola suíça, 1 colchonete emborrachados com medidas de 81 × 47, Puxador 
articulado, Remada articulada, Cross Over, Supino reto, Supino declinado e Peck Deck. Para o 
controle da intensidade dos exercícios, utilizou-se a escala Rating of Perceived Exertion de Borg 
(1982), em que se determinou para as fases de adaptação e específica as faixas de classificação 13 
(ligeiramente cansativo) a 15 (cansativo) e 16 (cansativo) a 17 (muito cansativo), respetivamente. 
Se durante a execução dos movimentos a intensidade se encontrasse fora dos parâmetros 
estabelecidos, eram feitas reduções ou acréscimos de carga. Tratando-se do controle de 
intensidade do exercício, o uso das escalas de percepção subjetiva de esforço é inúmeras vezes 
questionado, porque sem os devidos esclarecimentos, o indivíduo avaliado pode apresentar erros 
de interpretação e entendimento, e ter suas cargas de treinamento sub ou superestimadas. Sabe-se 
que o uso da escala de Borg em atividades caracterizadas pelo deslocamento de cargas ainda é 
limitada, no entanto, estudos já demonstraram a sua viabilidade (Day, McGuigan, Glenn, & 
Foster, 2004; Lagally, McCaw, Geoff, Medema, & Thomas, 2004; Monteiro, Simão, & Farinatti, 
2005). 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O quadro 1 mostra os resultados da avaliação antropométrica antes das 8 semanas de 
treinamento, o quadro 2 por sua vez apresenta os resultados coletados após as 8 semanas de 
treinamento. Depreende-se dessas informações que houve diminuição das medidas de Torax, 
Cintura e Abdômen de todos os voluntários que participaram desse estudo. Os resultados do 
estudo indicam que o GE apresentou reduções significativas no %G de todos os colaboradores do 
estudo, haja visto os dados pré e pós 8 semanas do Treinamento Resistido (ver quadro 3 e 4). 
Além disso, os membros inferiores, a exemplo do quadril e coxa, apresentaram aumento 
significativo do volume muscular nessas regiões, esses dados ficam evidenciados quando são 
analisados as informações dispostas nos quadros 1 e 2, no qual nota-se a diferença das 
perimetrias do quadril e coxa antes e após as 8 sessões de treinamentos. É cabível sinalizar que 
todos os sujeitos envolvidos nesse estudo apresentaram diminuições no percentual de gordura 
corporal. Por outro lado, houve um aumento no percentual de massa magra e diminuição nos 
Índice Massa Corporal. 
Considerando os resultados obtidos, nota-se que o treinamento de força, ou como também 
é conhecido, treinamento resistido, têm se tornado um dos programas de exercícios mais 
populares a nível mundial. Fleck e Kraemer (2014) conceitua esse tipo de treinamento como um 
tipo de exercício que exige que a musculatura do corpo se mova contra uma força. Por outro lado, 
Rodrigues (2001) aponta: Treinamento contra a resistência é um terno geralmente usado para 
descrever uma grande variedade de métodos e modalidades que aprimoram a força muscular. 
Apesar de ser utilizado como sinônimo de “treinamento com pesos”, o treinamento contra 
a resistência inclui também as resistências impostas através de hidráulica, elásticos, molas e 
isometria (p.10) O treinamento resistido é de fácil execução e acesso, inclusive pode ser praticado 
por atletas profissionais e amadores, bem como, pode ser exercitado por crianças, adolescentes, 
adultos e pessoas com algumas patologias. No entanto, é crucial ressaltar que deve ser feito um 
acompanhamento por um profissional de Educação Física habilitado e registrado no 
CONFEF/CREF (DITTRICH, 2018). 
 
Quadro 1: Dados da avaliação antropométrica antes das 8 semanas de treinamento 
Antropometria Sujeito 1 (T) Sujeito 2 (Z) Sujeito 3 (J) 
Tórax 91cm 90,5cm 90,5cm 
Cintura 84cm 79,5cm 79cm 
Quadril 94,5cm 96cm 105cm 
Abdômen 88cm 87cm 89cm 
Braço Direito 28cm 28cm 29cm 
Braço Esquerdo 27,5cm 28cm 29vm 
Coxa Direita Proximal 55cm 58cm 65cm 
Coxa Esquerda Proximal 57cm 57cm 65cm 
Panturrilha Direita 34cm 36cm 35cm 
Panturrilha Esquerda 34cm 35,5cm 36cm 
 
Quadro 2: Dados da avaliação antropométrica após as 8 semanas de treinamento. 
Antropometria Sujeito 1 (T) Sujeito 2 (Z) Sujeito 3 (J) 
Tórax 93cm 85cm 88cm 
Cintura 83cm 78cm 77cm 
Quadril 95cm 98,5cm 108cm 
Abdômen 87cm 87cm 85cm 
Braço Direito 27cm 26cm 31cm 
Braço Esquerdo 28cm 28cm 31vm 
Coxa Direita Proximal 59cm 58,5cm 67cm 
Coxa Esquerda Proximal 58cm 58,5cm 68cm 
Panturrilha Direita 34cm 36cm 36cm 
Panturrilha Esquerda 34cm 36cm 36cm 
 
 
Quadro 3: Dados da avaliação de Bioimpedância antes das 8 semanas de treinamento. 
Bioimpedância Sujeito 1 (T) Sujeito 2 (Z) Sujeito 3 (J) 
Peso 61,9kg 61,8kg 73,5kg 
%G 38% 37% 37% 
%MM 26% 27% 26% 
IMC 25,5 26 26 
GV 6 6 6 
Idade Cronológica 49 anos 50 43 
Metabolismo Basal 1.286Kcal 1.285Kcal 1491 
 
Quadro 4: Dados da avaliação de Bioimpedância após as 8 semanas de treinamento. 
Bioimpedância Sujeito 1 (T) Sujeito 2 (Z) Sujeito 3 (J) 
Peso 61kg 60kg 71,5kg 
%G 35% 34% 33% 
%MM 29% 30% 30% 
IMC 25 25 24 
GV 6 6 6 
Idade Cronológica 45 anos 48 40 
Metabolismo Basal 1.296Kcal 1.285Kcal 1525Kcal 
 
 
Power e Howley (2014) traz que o treinamento resistido provoca uma série de mudanças e 
adaptações ao corpo humano, especialmente na composição corporal, força, explosão, aptidão 
física, hipertrofia muscular e desempenho motor. Essas mudanças e adaptações são provenientes 
do treinamento, bem como do objetivo de cada praticante. A esse respeito o Conselho Federal de 
Educação Física - CONFEF (2010) ressalta que tudo vai depender do público e objetivo do aluno, 
isto é, o treinamento resistido tem finalidades diferentes para um fisiculturista e um idoso por 
exemplo. 
Não obstante, é necessário compreender que o treinamento de força é responsável por 
várias adaptações e respostas ao metabolismo humano, isso ocorre independente do público e 
objetivo do cliente. Nessa perspectiva, esse tipo de treinamento produz adaptações 
neurofisiológicas, morfológicas e metabólicas. Uma das adaptações mais recorrentes aos 
praticantes quando iniciam um programa de exercício físico, diz respeito as respostas e 
adaptações que ocorrem no musculo esquelético, foco central desse estudo. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Contudo, conclui-se que a utilização do modelo de treino concorrente, faz com que seus 
praticantes diminuam significativamente o percentual de gordura corporal, influenciando dessa 
forma para a diminuição do risco de adquirir doenças crônicas e cardiovasculares. Aumenta o 
ganho de massa corporal magra, que influencia na redução de fatores associados à obesidade. 
Ratificando a importância da prática regular do exercício físico concorrente para a manutenção de 
um estilo de vida saudável, assim como a preservação de uma vida ativa e por consequência mais 
duradoura. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – 
Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
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2010. 
 
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	Erivaldo de Souza
	Everton de Jesus
	Laiane Góes¹
	RESUMO
	1. INTRODUÇÃO
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	REFERÊNCIAS

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