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PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: LEVANTAMENTO DOS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DAS PRÁTICAS UTILIZADAS

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PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
LEVANTAMENTO DOS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DAS PRÁTICAS 
UTILIZADAS 
FREITAS, Ivana de Oliveira
1
; 
SILVA, André Luis Silva da
2
. 
 
Resumo: O presente artigo relata as partes mais importantes do eixo um (1) da disciplina 
Cotidiano da Escola: Observação. Um dos principais pontos trata do entendimento das 
práticas pedagógicas mais utilizadas em sala de aula pelos professores da educação básica da 
rede pública. Num segundo momento, houve o relato das observações que ocorreram durante 
o Estágio de Observação, no qual se procura identificar os destaques positivos e negativos de 
cada disciplina observada. E como consideração final, um levantamento das partes negativos 
e positivos em comum entre as cinco disciplinas observadas. 
 
Palavras-chave: Estágio. Observação. Prática Pedagógica. 
 
Abstract: This article presents the most important parts of the shaft one (1) Everyday 
discipline of School: Note. A major focus is the understanding of teaching practices 
commonly used in the classroom for the basic education of public school teachers. 
Secondly, there was the story of the observations that occurred during the observation 
stage, in which it seeks to identify the positive and negative results of each discipline 
observed. And as a final consideration, a survey of negative and positive parts in 
common among the five disciplines observed. 
 
Keywords: Phase. Note. Teaching Practice. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A Prática Pedagógica é uma das grandes dúvidas, principalmente de professores 
principiantes, pois durante sua formação esperam que haja uma fórmula ou receita de como 
ser um bom professor. Durante a graduação percebemos que não existe nenhuma receita, e 
prendemos que cada um terá uma maneira diferente de forma que seu aluno seja capaz de 
construir seu conhecimento. 
 Tratando-se de Prática Pedagógica, alguns autores atribuem distintas concepções. 
Para Caldeira diferentes significados podem ser atribuídos à Prática Pedagógica, como por 
exemplo, histórico-crítico, além de perspectivas positivista e interpretativa. De acordo com 
Caldeira (2010, p. 1) “a Prática Pedagógica é entendida como uma prática social complexa, 
 
1
 Graduando no curso de Licenciatura em Ciências Exatas, Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA, 
ivana_freitas97@hotmail.com . 
2
 Professor adjunto do Magistério Superior – ensino de Química, Universidade Federal do Pampa – 
UNIPAMPA, andreluis.quimica@ibest.com.br . 
mailto:ivana_freitas97@hotmail.com
mailto:andreluis.quimica@ibest.com.br
 
acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no cotidiano de professores e alunos, e de 
modo especial, na sala de aula, mediada pela interação professor-aluno-conhecimento”. 
Diversos autores falam em seus trabalhos sobre Prática Pedagógica e educação, 
como por exemplo, Paulo Freire, sendo este um dos autores mais conceituados na área da 
educação. As ideias e concepções de Freire são, para muitas pessoas da área da educação tidas 
como atuais, devido os desafios que a educação brasileira enfrenta hoje. A reflexão crítica 
sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir 
virando blablablá e a prática, ativismo. (FREIRE, 1996) O docente deve fornecer as 
ferramentas necessárias aos discentes de modo que possam tornar-se seres críticos perante a 
sociedade e saibam lidar com situações de stress na sociedade ao qual estão inseridos. 
Em suas obras Freire sita a educação bancária como sendo uma forma inadequada 
em relação à educação, além do conceito de “transmissão de conhecimento”. Em relação a 
isto, Freire diz em um trecho de seu livro Pedagogia da Autonomia: 
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, 
reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de 
suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com 
que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não 
tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do 
objeto ou do conteúdo. (FREIRE, 1996, p. 13) 
 
Sobre Práticas Pedagógicas ainda é possível falar sobre a concepção de Educação 
Tradicional. A palavra Tradição, epistemologicamente significa conhecimento que provém da 
transmissão oral de hábitos durante um longo espaço de tempo e que passa de geração em 
geração (GREIA, 2011). Adotando este conceito de Tradição, podemos concluir que para se 
enquadrar como Educação Tradicional, a aula deve ser ministrada pelo docente de maneira 
repetitiva, independente da metodologia adotada por este profissional da educação. Uma vez 
que a maneira com que a aula é orientada é sempre da mesma maneira, seja com o auxílio de 
quadro e giz, livros, ou ainda tecnologias, esta aula é considerada tradicional. 
Este artigo baseia-se, levando tais dados citados anteriormente como base, na 
maneira com que cada docente ministra suas aulas, e fazer um levantamento da maneira 
citadas pelos autores e dos métodos utilizados pelos professores em sala de aula durante o 
Estágio de Observação. 
 
2. MATERIAL E MÉTODOS 
Este artigo trata-se do primeiro eixo da disciplina de Cotidiano da Escola: 
Observação. Este primeiro eixo é o primeiro eixo do primeiro de seis (6) estágios obrigatórios 
para o curso de Ciências Exatas da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA. 
 
Neste eixo, foi observada a Prática Pedagógica que os professores de Física, Química, 
Matemática do ensino fundamental e do ensino médio e Ciências utilizam durante as suas 
aulas, a metodologia empregada por estes em sala de aula, além de outros aspectos que serão 
citados e descritos ao decorrer do artigo. 
 Para realizar as propostas deste eixo, foram observadas as aulas de três (3) professores 
diferentes no Instituto Estadual de Educação Dinarte Ribeiro, localizada na cidade de 
Caçapava do Sul/RS, sendo que dois (2) destes professores ministram duas (2) disciplinas das 
quais foram observadas, sendo elas: Matemática do ensino médio e Física disciplinas 
ministradas pelo Professor A, Química e Ciências pelo Professor B e Matemática do ensino 
fundamental pelo Professor C. 
Para cada disciplina, assim como para cada professor observado, algumas regras forma 
sugeridas no eixo um (1). Essas regras podem ser visualizados no quadro um (1), assim como 
cada passo que compões cada uma das duas (2) regras. Importante enfatizar de que também 
era necessário serem realizadas observações pelo estagiário em cada uma das disciplinas e 
descritas em um (1) Diário de Bordo. 
Quadro 1 - eixo 1: prática pedagógica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
No Diário de Bordo deveria conter, além de cada uma das regras e seus passos, o 
conteúdo e/ou exercício que cada professor passava em sua aula, assim como a quantidade de 
alunos presentes em aula, e a qual turma estes alunos pertencem, o horário que a aula iniciava 
e o horário que o professor adentrava a sala de aula, o horário de término da aula, descrição da 
prática pedagógica utilizada pelo professor, situações que se destacaram durante as aulas, 
1- Sugestões do que observar durante as aulas: 
a) Introdução da aula (como ela é desenvolvida) 
b) Desenvolvimento do conteúdo (há uma contextualização? De que maneira é feita?) 
c) Metodologias ou estratégias de ensino utilizadas (aula expositiva, aula expositiva dialogada, 
resolução de problemas, laboratório didático, ...) 
d) Uso de recursos (didáticos, multimídia, laboratoriais) 
e) Tipos de exercícios trabalhados 
f) Relação CTS 
 
2- Relato metodológico/impressões pessoais do aluno: 
a) Descrição da metodologia utilizada pelo professor. 
b) Momentos de interação professor x aluno. 
c) Aspectos positivos na perspectiva de um ensino mediado pela pesquisa. 
d) Aspectos a serem melhorados, com justificativa.conduta pro do professor frente a situações conflitantes e a conduta dos alunos durante as 
atividades propostas pelo professor. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Em cada disciplina observada foram feitas anotações e reflexões tanto sobre o 
desempenho e interesse dos alunos, quanto do próprio professor, assim como o que o 
professor propunha para os seus alunos. 
A primeira aula foi a de Matemática para o ensino médio. Esta disciplina é ministrada 
pelo Professor A. Esta aula teve duração de dois (2) períodos, sendo cada período com 
duração de cinquenta (50) minutos, com início as 08h05min AM e termino as 09h45min AM. 
A turma em questão era de primeiro ano do ensino médio e o tópico estudado dentro da 
disciplina de matemática era Intervalos. 
Nesta primeira aula observada havia vinte e nove (29) alunos presentes em sala, sendo 
que há trinta e oito (38) alunos matriculados na disciplina, e destes trinta e oito (38), cinco (5) 
foram transferidos para outras escolas. 
Observou-se que os alunos que sentam no fundo da sala de aula conversam baste, mais 
que os alunos que se sentam na frente, todavia, alguns destes alunos demonstram grande 
interesse na aula ministrada pelo professor, além de participarem frequentemente dos 
questionamentos e resolução dos exercícios. 
Quando observado a metodologia utilizada pelo professor, notou-se que ele faz uso 
somente do recurso didático, ou seja, apenas usa o livro que o estado envia para a escola e um 
polígrafo, sendo este o mesmo polígrafo há algum tempo. Já em relação ao professor e os 
alunos para analisar se há ou não diálogo e interação professor x aluno, se observou que há 
sim, tanto diálogo quanto interação, porém, às vezes não é apenas só sobre o conteúdo 
estudado, mas também sobre outros assuntos como, por exemplo, o Exame Nacional Ensino 
Médio – ENEM. 
Já sobre os exercícios propostos pelo professor é importante ressaltar que a maioria 
dos alunos demonstrou certo nível de dificuldade ao tentar resolvê-los, mas que mesmo com 
tal empecilho a maioria dos alunos tentou resolvê-los pedindo uma explicação para o 
professor. No quadro dois (2) podem-se ver tanto os exercícios que o professor propôs aos 
alunos, quanto às respostas. 
 
 
 
Quadro 2 - exercícios propostos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Após todos os alunos resolverem os exercícios o professor propôs que alguns alunos, 
escolhidos aleatoriamente, fossem até o quadro para resolverem. Ficou evidente que nem 
todos os alunos demonstraram plena confiança em ir até a frente da sala de aula e 
consequentemente, à frente dos demais colegas para resolver os exercícios, mas com o auxílio 
do professor esses alunos conseguiram. 
A segunda aula observada foi da disciplina de Matemática do ensino fundamental, 
tendo como responsável o Professor C. Esta aula teve duração de dois (2) períodos, tendo 
início as 14h40min PM e termino às 16h30PM, na turma de nono ano do ensino fundamental. 
Compareceram nesta aula vinte e oito (28) alunos, sendo que nesta disciplina possui trinta 
(30) alunos matriculados. 
Nesta aula, o professor conduziu todos os alunos até o laboratório da escola, porém, 
não permaneceu por muito tempo com eles, saindo logo em seguida e pedindo que uma das 
alunas presente escrevesse alguns exercícios propostos pelo professor, que eram continuação 
da última aula, no quadro para os demais colegas. Devido a esta ausência do professor, os 
alunos ficaram muito agitados e conversaram bastante até o professor regressar para o 
laboratório e pedir que os alunos se acalmassem. Infelizmente, logo após seu regresso, o 
professor tornou a se ausentar, desta vez voltando somente próximo ao final da aula. 
Ao observar os exercícios que a aluna passava no quadro para seus colegas, notou-se 
que se tratava de exercícios de conjuntos. Nos quadros três (3) e quatro (4) pode-se observar 
1- Dados os intervalos: 
a- {x  IR/ -2 ≤ x ≤ 0} 
b- {x  IR/ 2 ≤ x < 3} 
c- [-4, 3] 
d- [-5, 5] 
e- ]-∞, 1[ 
 
 Calcule: 
1) A Ո B 
2) A U B 
3) C Ո B Ո E 
4) C U B U E 
5) (C U B) Ո E 
6) A U E 
7) A Ո E 
 
 
2- Dados os intervalos: 
a- ]-∞, 1[ 
b- ]0, 2] 
c- [-1, 1] 
 
 Calcule: 
1) A U B 
2) A U C 
3) A U B U C 
4) B U C 
5) A Ո B 
6) A Ո C 
7) B Ո C 
8) A Ո B Ո C 
9) (A U B) Ո (B Ո C) 
10) (A Ո B) U (A Ո C) 
 
 
9- Considerando-se os conjuntos: 
A- {x  IN/ x < 4} 
B- {x  Z/ 2x + 3 = 7} e 
C- {x  IR/ x2 + 5x + 6 = 0}, é verdade que: 
 
[01] A U B = A 
[02] A Ո C = {2, 3} 
[04] A – B = {0, 1, 3} 
[08] A U B = IR 
[16] (B Ո C)  A 
[32] CZ A = Z
*
 
Escreva a soma das afirmações verdadeiras:_______ 
 
 Resolução: 
A= {0, 1, 2, 3} 
B= 2x + 3 = 7 
 2x = 7 – 3 
 2x = 4 
 x = 4/2 
 x = 2 
 Logo, B= {2} 
os exercícios de cinco (5) a nove (9), sendo que o exercício nove (9) está com a solução, que o 
professor propôs ao alunos. 
Quadro 3- exercícios sobre conjuntos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 0 próprio autor 
 
Quadro 4- exercício com solução sobre conjuntos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
5- Dados dois conjuntos E e F, sabe-se que: 
1- 45 elementos pertencem a pelo menos um dos conjuntos. 
2- 13 elementos pertencem a ambos. 
3- F tem 8elementos a mais que E. 
Quantos elementos possui cada um dos conjuntos? 
 
6- Complete com os símbolos , ,  de modo que a tornar verdadeira cada uma 
das sentenças a seguir: 
a) 7,33 _____ Q 
b) IN ______ Q 
c) 0,7 ______ Z 
d) 7/5 ______IN 
e) IN______Z 
f) Q______Z 
g) 2,48_______Q 
 
 
 
7- Usando  ou , complete: 
a) -____IR 
b) 2,66____IR 
c) -9_____IR 
d) -16___IR 
 
C= x
2
 + 5x + 6 = 0 
 x = -5  25 – 24 
 2 
 x = -5  1 
 2 
 x’ = -5 + 1= -2 
 2 
 x” = -5 – 1= -3 
 2 
Logo, C= {-2, -3} 
 
8- Classifique em V ou 
F: 
a) ( ) Z  IR 
b) ( ) Z+  IR
*
 
c) ( ) IR+ Ո IR- = Ø 
d) IR* U IR- = IR
*
 
 
 
Uma das maiores dificuldades para a resolução do exercício nove (9) se dá ao fato de 
que os alunos ainda não haviam visto a fórmula de Báskara, desta maneira, o professor acabou 
por ter de resolver este exercício para que os alunos conseguissem resolver futuros problemas 
que envolvam esta mesma fórmula. Ao se aproximar do final da aula, o professor pediu que 
os alunos terminassem de resolver este exercício em casa e que trouxessem na próxima aula. 
Esta foi uma aula cuja metodologia utilizada pelo professor não pode ser identificada, 
pois mesmo levando os alunos para o laboratório a única mudança que pode ser notada foi o 
fato de que ao invés dos alunos estarem dispostos em classes uma atrás da outra, eles 
sentaram-se em grupos. Outro fator que impossibilitou a visualização da didática e 
metodologia utilizadas pelo professor se deu devido ele permanecer ausente a maior parte do 
tempo, dificultando também o diálogo e interação entre professor x aluno. 
A disciplina seguinte a ser observada foi a de Química, ministrada pelo Professor B. A 
aula foi em uma turma de terceiro ano do ensino médio, com duração de dois (2) períodos, 
começando as 8h05min e termino às 9h45min. De acordo com a professora há 35 alunos 
matriculados na disciplina, porém, no dia em questão apenas 26 alunos estavam presentes. 
A primeira atitude a ser tomada pela professora foi passar a de a continuação dos 
exercícios que foram propostos por ela na última aula. Após, pergunta se os alunos possuem 
alguma dificuldade na resolução dos exercícios, e mesmo não obtendo respostas, vai ao 
encontro dos alunos para sanar algumas possíveis dúvidas. 
Quando comparada com as aulas dos demais professores observados até o presente 
momento, o que nota-se é que os alunos demonstraram-se muito mais interessados e que, 
aparentemente, fez com que a aula fosse mais rentável em nível de construção do 
conhecimento. 
O tópico estudadopelos alunos, e consequentemente, os exercícios que eles deveriam 
resolver eram de Química Orgânica. Foram propostos dois (2) exercícios, sendo que no 
quadro cinco (5) é possível ver o primeiro exercício e no quadro seis (6) o segundo. 
Quadro 5- exercício 1 proposto pela professora 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
1- Elabore a fórmula estrutural dos seguintes compostos: 
 
a) Metil – ciclo – butano 
b) Etil – ciclo – pentano 
c) Metil – benzeno 
d) Isopropil – benzeno 
e) 1, 3, 5 – trimetil – benzeno 
f) 1, 3 – dimetil – ciclo – hexano 
g) 1, 2 – dimetil – ciclo – hexano 
h) t – butil – benzeno 
 
 
Quadro 6- exercício proposto pela professor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
De acordo com a professora, alguns alunos demonstraram algumas dificuldades em 
relação à matéria a qual pertencem os exercícios, como por exemplo, o significado da 
nomenclatura e associar o nome do composto com sua fórmula estrutural. 
Todos os exercícios que são propostos em sala de aula estão em um polígrafo com as 
unidades de “Química Orgânica I e II” das apostilas do Totem 2014, mas segundo a 
professora, quando necessário ela utiliza de outro livro que não está à disposição dos alunos 
na biblioteca da escola. 
A quarta disciplina observada foi a de Física com o professor Paulo Rubens Marques 
Severo, que também ministra a disciplina de Matemática do ensino fundamental. Do mesmo 
modo que as demais aulas até agora relatadas, a duração desta aula foi de dois (2) períodos, 
iniciando às 10h20min AM até às 11h50min AM. Está aula ocorreu em uma turma de 
2- Dê o nome dos seguintes HC: 
 
a) H3C – CH - CH2 - CH2 – CH3 
 | 
 CH3 
 
b) H3C – CH – CH - CH3 
 | | 
 CH3 CH3 
 
c) CH3 
 | 
H3C – CH – CH2 – CH – CH3 
 | | 
 CH3 CH3 
 
d) CH3 – CH2 – CH – CH2 – CH3 
 | 
 CH – CH3 
 | 
 CH3 
 
e) H2C = CH – CH – CH3 
 | 
 CH3 
 
f) H3C – CH – C  C – CH3 
 | 
 CH3 
 
primeiro ano do ensino médio, na qual há 39 alunos matriculados, mas que no dia em que foi 
realizada a observação da aula, apenas 28 alunos estavam presentes. 
No primeiro momento o professor sugeriu alguns exercícios de Movimento Retilíneo 
Uniforme – MRU, de modo que fossem resolvidos em aula, e num segundo momento o 
professor começou a explicar um novo conceito para os aluno, que no caso tratava-se de 
Encontro de dois Móveis. 
A forma com que o professor ministra esta disciplina é similar a outra disciplina 
também ministrada por ele, há certo diálogo entre o professor e os alunos, como por exemplo, 
próximo ao fim desta aula uma aluna perguntou ao professor sobre um tema transversal, que 
neste caso tratava-se da redução da maioridade penal. Assim como o diálogo, também há 
interação professor x aluno, todavia, em um determinado momento, um fato chamou a 
atenção de todos na sala. Durante a resolução dos exercícios o professor chamou a atenção de 
um aluno, de modo que este se sentiu constrangido e envergonhado, apenas porque este pediu 
uma explicação sobre como fazer o exercício. 
No quadro sete (7) está a resolução do primeiro exercício, no quadro oito (8) está o 
segundo exercício e a sua solução e no quadro nove (9) é possível ver o conceito de Encontro 
de dois Móveis explicado pelo professor. Importante salientar que os exercícios foram 
respondidos por alguns alunos no quadro, 
Quadro 7: resolução do primeiro exercício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
1- d = do + v. t 
d = 50 + 8.t (SI) 
a) do= 50m v= 8m/s 
b) d= 50 + 8.t 
d= 50 + 8 . 20 
d= 50 + 160 
d= 210 m 
 
c) t= 9s => d= 50 + 8.9 
 d= 50 + 72 
 d= 122 m 
 
 t= 10s => d= 50 + 8.10 
 d= 50 + 80 
 d= 130 m 
 
 d = 130 – 122 
 d = 8 m 
 
Quadro 8 - segundo exercício com resposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
 
Quadro 9 - conceito de Encontro de dois móveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
2- Um corpo movimenta-se sobre uma trajetória retilínea de acordo 
com a seguinte função horária: 
d = 60 – 10 . t (SI) 
Determine: 
a) Sua posição inicial e a velocidade do carro. 
So= 60 m 
 V= -10 m/s 
b) Sua posição no instante 3s. 
d= 60- 10 . 3 
d= 60 – 30 
d= 30 m 
c) O instante em que o móvel passa pela origem das posições. 
0= 60 – 10. t 
t= 60/10 
t= 6 s 
d) A distância percorrida entre os instantes 1s e 10s. 
d= 60 – 10 . 1 
d= 60 – 10 
d= 50 m 
 
d= 60 – 10 . 10 
d= 60 – 100 
d= -40 m 
 
d= -40 – 50 
d = -90 m 
 A_______________________dA____________________B 
 dB 
(sempre adotar o ponto mais a esquerda como ponto referencial) 
 
dA= do + v.t 
dB= do – v.t 
 
dA= dB 
v.t = do – v.t 
 
Velocidade Relativa 
1) Mesma direção e sentido: 
 
----A----> ----B----> VR = VA – VB 
<---A--- <---B----- 
 
2) Mesma direção e sentidos contrários: 
----A----> <---B----- VR = VA + VB 
<---A--- ----B----> 
 
 
Durante a resolução dos exercícios e da explicação do novo conceito, muitos alunos 
não se demonstraram interessados, uma vez que era possível notar que estes alunos apenas 
copiavam sem ao menos direcionar o olhar para o professor. 
Por fim, a última disciplina observada foi a de Ciências para o ensino fundamental, 
para uma turma de nono ano, sendo que esta disciplina é dividida em quatro (4) aulas 
semanais, sendo que em duas (2) trabalha-se Química e nas outras duas (2) trabalha-se Física. 
Esta disciplina é ministrada pela Professora C, que também é a responsável pela disciplina de 
Química no terceiro ano do ensino médio. A aula teve duração de dois (2) períodos, assim 
como as demais disciplinas observadas, tendo início às 13h05min PM e termino às 14h45min 
PM, com vinte e seis (26) alunos presentes em aula, apesar de que há trinta (30) alunos 
matriculados nesta disciplina. 
A princípio estas duas (2) aulas seriam destinadas para a disciplina de Química, porém 
no lugar desta aula, foi dado exercícios de Física, pois os alunos teriam prova no dia seguinte. 
Referente aos exercícios, nem todos os alunos estavam empenhados em resolver, e 
alguns que estavam interessados enfrentavam muitas dificuldades, a ponto da professora ter 
de retomar toda a matéria que eventualmente constituiria a avaliação do dia seguinte e 
conseguir corrigir em um primeiro momento apenas o primeiro exercício, dos nove (9) que 
foram propostos. 
O quadro dez (10) mostra os exercícios que foram propostos pela professora e que 
deveriam ter sido resolvidos todos em aula. O tópico ao qual pertencem tais exercícios é sobre 
Velocidade Média, algo relativamente simples, mas que os alunos demonstraram extrema 
dificuldade de compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 10 - exercícios de velocidade média propostos pela professora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: o próprio autor 
Durante a resolução dos exercícios um fato chamou a atenção de todos, deixando os 
alunos um pouco desconfortáveis diante da situação. E um determinado momento da 
explicação, a professora, alegando que uma aluna estava um pouco agitada e conversando 
muito que, eventualmente, segundo a professora, atrapalharia o rendimento da aula, a retirou.Após a retirada desta aluna da sala de aula, outras alunas continuaram a perturbar com 
conversas paralelas a explicação da professora, atrapalhando aqueles que estavam 
interessados. Todavia, em relação a estas alunas a professora não tomou nenhuma atitude, 
fazendo com que este fato ficasse impune. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir dos dados obtidos com as observações realizadas durante o Estágio de 
Observação e os dados coletados sobre Prática Pedagógica, é possível perceber que todos os 
professores cujas aulas foram observadas enquadram-se em Educação Tradicional. É 
importante ressaltar que tal característica das aulas observadas dos professores, pois já havia 
um conhecimento prévio das Práticas utilizadas por cada docente, uma vez que em outras 
oportunidades foi possível observar suas aulas, antes do estágio. 
Como já citado anteriormente no começo deste artigo, não há receita de como ser um 
bom professor, pois a Prática Pedagógica que um professor utiliza com uma determinada 
turma, pode não dar certo com outra turma. O docente dá seu estilo e seu perfil á prática 
1- Calcule a velocidade: 
a) Um atleta que percorre 400 m em 80 s. 
b) Um veículo que percorre 320 km em 4 h. 
2- Calcule a distância percorrida por: 
a) Uma tartaruga que desloca-se a 10 cm/s durante 50 s. 
b) Um automóvel que desloca-se a 360 km/h durante 1 minuto. 
3- Um atleta correu 500 m em 70 s. Qual sua velocidade? 
4- Qual a distância em metros, percorrido em 50 s por uma tartaruga com velocidade média de 10 cm/s? 
5- Um cavalo que costuma ter uma velocidade de 16 m/s leva quanto tempo para percorrer 400 m? 
6- Um carro manteve sua velocidade de 72 km/h ao longo de 1 km. Quanto tempo em segundos, ele 
levou para percorrer essa distância? 
7- Alguns falcões, quando mergulham para capturar uma presa atingem 360 km/h. Calcule então quem é 
mais rápido: 1 falcão a 360 km/h ou um avião a 200 m/s? 
8- Calcule o tempo gasto para: 
a) Percorrer 400 m a 16 m/s. 
b) Atravessar uma piscina de 100 m a 4 m/s. 
9- Um móvel mantém a velocidade de 72 km/h num percurso de 100 m. Quanto tempo durou esse 
movimento? Dê a resposta em segundos. 
 
adotada por ele, sendo talvez este um dos fatores que levem diferentes professores a não 
possuírem o mesmo êxito em uma mesma turma utilizando a mesma Prática Pedagógica. 
 A cerca de tais informações, uma maneira de comprovar que a mesma Prática pode 
não ter total eficácia com diferentes docentes, é a partir das Práticas utilizadas pelos docentes 
observados. Com os relatos de cada aula observada fica claro que cada docente utilizou a 
mesma Prática Pedagógica, porém, em determinados casos, como por exemplo, a do Professor 
B, que ao se ausentar da sala de aula fez com que a Prática se perdesse. 
Cada professor deve utilizar a Prática Pedagógica que melhor se adapta ao seu perfil 
como pessoa, além do perfil de cada turma de alunos ao qual ele ministra suas disciplinas. 
Importante ressaltar que o docente deve estar disposto a se autoinventar e autoavaliar como 
docentes. O docente deve saber que ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a 
qualquer forma de discriminação (FREIRE, 1996), e saber que não é só porque aceitamos o 
novo que devemos usá-lo, assim como não devemos recusar o velho, pois se o velho consegue 
se adequar ao novo, ele continuará novo. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª 
ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
CALDEIRA, A. M. S.; ZAIDAN, S. Prática Pedagógica. In: DICIONÁRIO Trabalho, 
Profissão e condição docente. Belo Horizonte, UFMG Faculdade de Educação, 2010. 
Disponível em: http://www.gestrado.org/?pg=dicionario-verbetes&id=328 . Acesso em 11 jul. 
2015 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 
 
GREIA, J. Educação no contexto Tradicional em Moçambique, jan 2011. Disponível em: 
<HTTP://pt.slideshare.net/johnbank1/educacao-tradicional-em-
moc?from_action=save&from=fblanding> Acesso em: 11 jul. 2015

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