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1 → → → → → → → → → → DEFINIÇÃO Inabilidade dos ventrículos se encherem e se esvaziarem de sangue adequadamente (isto é, com pressões intraventriculares normais). Logo, ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender as necessidades metabólicas tissulares, na presença do retorno venoso normal ou faze-lo somente com elevadas pressões de enchimento. EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIAS FISIOPATOLOGIA Como base fisiopatológica, há diversas causas que levam ao desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Em geral, ela pode ser causada por: 2 α A estimulação dos receptores β1 sobre células justaglomerulares (JG) renais promove a liberação de renina. Essas células também liberam renina em resposta à diminuição da perfusão renal que acompanha o débito cardíaco diminuído. Renina cliva angiotensinogênio circulante em angiotensina I, subsequentemente convertida em angiotensina II (AT II) pela enzima conversora de angiotensina (ECA). AT II atua por meio dos receptores AT1 para aumentar o tônus vasomotor arterial. Também ativa vários mecanismos fisiológicos que aumentam o volume intravascular, incluindo liberação de aldosterona das glândulas adrenais (promovendo, assim, retenção de sal e água), liberação de vasopressina (ADH) da neuro- hipófise e ativação do centro da sede no hipotálamo. Além disso, AT II parece constituir importante mediador da hipertrofia vascular e miocárdica. Taquicardia e aumento de volume intravascular que acompanham a ativação desses mecanismos neuro- humorais ajudam a manter o débito cardíaco anterógrado, e a vasoconstrição sistêmica proporciona mecanismo pelo qual os centros reguladores centrais podem superar a autorregulação local do fluxo sanguíneo. Em seu conjunto, esses mecanismos possibilitam ao sistema cardiovascular manter a perfusão dos órgãos críticos com débito cardíaco reduzido. 3 Entretanto, a estimulação simpática do coração também aumenta a demanda de oxigênio do miocárdio ao aumentar tanto pós carga (constrição arteriolar) quanto pré-carga (retenção de sódio e de água). A estimulação simpática contínua resulta, por fim, em infrarregulação dos receptores β-adrenérgicos, comprometendo ainda mais a capacidade do sistema de manter o débito anterógrado. Essas alterações podem levar à deterioração progressiva da função cardíaca. Assim, inicia-se um círculo vicioso, à medida que a hiperatividade continuada do sistema renina- angiotensina leva à vasoconstrição intensa, a um aumento da pós-carga, e a uma redução ainda maior do débito cardíaco e da taxa de filtração glomerular. → A insuficiência cardíaca causada por disfunção diastólica (insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada) se desenvolve porque o músculo cardíaco se enrijece (em particular o ventrículo esquerdo) e pode ficar espesso. Por essas razões, o coração não é preenchido por sangue normalmente. Consequentemente, o sangue retorna para o átrio esquerdo e vasos sanguíneos do pulmão (pulmonares), o que causa congestão. Mesmo assim, o coração pode conseguir bombear uma porcentagem normal do sangue que recebe (mas o volume total bombeado pode ser menor). RESULTADO: disfunção diastólica > curva pressão-volume diastólica está desviada para a esquerda > aumento concomitante da pressão diastólica final no VE > sintomas de insuficiência cardíaca congestiva. Causas: diminuição do relaxamento, redução do recuo elástico, ou aumento da rigidez do ventrículo. o HAS > hipertrofia ventricular esquerda > disfunção diastólica. o Isquemia > redução do relaxamento > disfunção diastólica. → A insuficiência cardíaca causada por disfunção sistólica (insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida) geralmente se desenvolve porque o coração não consegue se contrair normalmente. Ele pode se encher de sangue, mas não consegue bombear todo o volume em seu interior porque o músculo está mais fraco ou devido a problemas no funcionamento da válvula cardíaca. Como resultado, a quantidade de sangue bombeada do coração para o corpo e pulmões é reduzida e os ventrículos geralmente se dilatam. RESULTADO: a curva de pressão sistólica isovolumétrica da relação pressão-volume é desviada para baixo > redução de volume do batimento do coração > diminuição concomitante do DC. A função sistólica pode ser estimada pela Fração de Ejeção (FE), definida como o percentual do volume diastólico final que é ejetado, ou seja: FE = DS/VDF x 100. Normal = 50-70%. o IAM > isquemia for grave > lesão irreversível dos miócitos > substituição das células contráteis por fibrose > disfunção sistólica. 4 1. O aumento do retorno do sangue ao coração (pré-carga) pode levar à contração aumentada dos sarcômeros (relação Frank-Starling). Na relação pressão-volume, o coração terá que trabalhar mais para manter o mesmo DC. O volume do batimento aumenta, mas ao custo de aumento da pressão diastólica final. 2. Liberação aumentada de catecolaminas pode elevar o débito cardíaco, tanto pelo aumento da freqüência cardíaca quanto pelo desvio para a esquerda da curva isovolumétrica sistólica. 3. Hipertrofia do musculo cardíaco e aumento do volume ventricular, o que desvia a curva diastólica para a direita. Dentro dos limites, à medida que a pré-carga e o volume diastólico final ventricular aumentam, existe um resultante aumento no débito cardíaco. Embora isso possa preservar o débito cardíaco em repouso, a resultante elevação crônica da pressão diastólica final ventricular esquerda dificulta a performance do VE, com desestruturação mecânica das fibras, levando aumento das pressões de enchimento e à redução do débito sistólico que será transmitida para o átrio e para a circulação pulmonar, causando congestão pulmonar. Logo, note que, a partir de um certo ponto, nem mesmo os ventrículos com função normal conseguem melhorar seu débito cardíaco com a dilatação ventricular... Além disso, quanto pior a função ventricular, menor será o volume diastólico final em que o ventrículo atingirá seu débito cardíaco máximo... SINAIS E SINTOMAS INSUFICIÊNCIA CARDIACA ESQUERDA SINDROME DE CONGESTÃO PULMONAR 5 INSUFICIENCIA CARDIACA DIREITA SINDROME DE CONGESTÃO SISTEMICA DIAGNOSTICO 6 PROGNOSTICO Classificação funcional prognostica segundo a New York Heart Association (NYHA), classifica o grau de comprometimento das atividades diárias do paciente. Pode ser avaliada pela anamnese ou pelo teste ergométrico, em casos de dúvida. Classificação quanto a fração de ejeção: Prediz o prognóstico independentemente da classe funcional. O ecocardiograma é o exame mais utilizado para estimar a FE e os volumes ventriculares. Avaliada de acordo com os sinais de congestão x sinais de baixo débito.
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