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LINGUAGEM ORAL, LINGUAGEM ESCRITA E DIFERENTES LINGUAGENS
A linguagem permeia o trabalho na educação infantil, junto com a brincadeira e a interação, constitui os eixos da ação pedagógica junto às crianças. Quando falamos em linguagem é comum remetermos à linguagem verbal e escrita, igualmente fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas professoras acabam priorizando essas duas formas de linguagem na educação das crianças, em detrimento de outras, privando-as de novas vivências, novas experiências que ampliem seus conhecimentos. Nesse sentido, a educação infantil vem buscando superar esse entendimento de linguagem e considerando que a criança se comunica e se expressa por meio de múltiplas linguagens.
A linguagem oral faz parte do cotidiano das crianças e dos adultos, logo, está presente, na instituição de educação infantil e na vivência das crianças com suas famílias. As crianças falam umas com as outras, os adultos se comunicam entre si e com as crianças, transmitem ideias, vontades, sentimentos.
Procuramos estabelecer práticas como, conversas com as crianças durante os momentos de higiene, alimentação, nas rodas, isto é, interagir de forma a tornar presentes na educação das crianças pequenas à linguagem oral. Quanto mais a criança puder falar em diferentes situações como contar história, explicar uma brincadeira, solicitar ajuda, contar o que fez em casa mais ela ampliará sua capacidade comunicativa. A linguagem é a mediação entre o sujeito e o ambiente. Toda a fala é interação social. Quanto mais enriquecemos a linguagem das crianças mais tornaremos seu pensamento ágil, sensível e pleno.
As várias formas de linguagem, além de mediarem as múltiplas relações que são estabelecidas com as crianças numa Instituição de Educação Infantil, necessitam também ser pensadas e trabalhadas intencionalmente nos currículos dessas instituições, como sistemas simbólicos que têm funções sociais e estruturas específicas, que constituem acervos culturais ricos e importantes e cumprem papéis fundamentais no desenvolvimento das crianças.
O recurso audiovisual possui uma linguagem própria que instiga uma interpretação de seus diversos aspectos e recursos, sejam eles, projetados nos sons, cores, personagens, cenários, roteiro etc. Ele é uma forma de diversão, no entanto, torna-se um meio importantíssimo no processo de educar e aprender, pois, é rico em informações, que prendem nossa atenção, devendo assim, ser analisado criticamente.
Nesse processo de aquisição de novas imagens, sons e novas palavras com a mediação visual e musical, há um ganho muito significativo no processo de aquisição da linguagem oral, pois é uma função primordial para o desenvolvimento da criança, já que além de promover aspectos relacionados à sociabilidade e comunicação, esse processo pode promover também o conhecimento de mundo.
As artes têm o poder de provocar os sentidos das pessoas, de nos “tirar do chão”. Diante dessa magia, como trabalhar essas linguagens na educação das crianças? Cada vez mais as crianças vivenciam suas infâncias em um espaço coletivo de educação e cuidado que ainda estamos conhecendo e procurando transformar.
Pensamos que superar formas descompromissadas e sem intencionalidades do trabalho com as linguagens, por meio da arte, constitui um desafio para nós educadores, uma vez que as artes visuais estão presentes no cotidiano da educação infantil. A todo o momento, a criança cria: Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia, no papel, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, folhas, pedras) e montar uma escultura, ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das artes visuais para se expressar.
As artes visuais na educação infantil têm um papel fundamental. Dispõe para a criança uma experiência estética que a “sacode”, aguça a sua sensibilidade, além de envolver aspectos cognitivos e culturais. Observamos em nossa prática que possibilitar momentos em que a criança possa se expressar e se colocar dentro de uma produção artística é também fazer com que ela se envolva e se sinta parte da obra, se sensibilize com a sua construção e com a dos outros, sejam crianças, adultos ou artistas consagrados.
As artes visuais possibilitam às crianças que, por meio do contato com suas próprias obras, com a das outras crianças e as obras de artistas reconhecidos, amplie seu conhecimento do mundo e de cultura. Oferece para a criança, que ela ao produzir arte, na atividade de desconstruir e construir peças, pintar, rabiscar, colar, descolar, sobrepor materiais, desenvolva o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação como forma de comunicação e expressão.
LEITURA LITERÁRIA ENTRE PROFESSORES E ALUNOS
Estamos diante de um mundo repleto de imagens e informações que nos chegam cada vez mais rápido, vindas dos mais variados pontos do planeta, disseminadas pelos múltiplos meios de comunicação desenvolvidos pelo mundo moderno. As novas tecnologias de comunicação favorecem a difusão e a democratização dos bens culturais, e a senha para que o sujeito possa acessar esse mundo da cultura, coberto de informações é, precisamente, a leitura. Por meio da leitura, em função de práticas do letramento, o sujeito torna-se apto a participar, inferir, transformar realidades existentes, ou seja, exercer efetivamente a sua cidadania.
Se considerarmos que a escola tem como uma de suas funções primordiais a formação do indivíduo leitor, pois ela ocupa o espaço privilegiado de acesso a leitura, é imprescindível que a escola crie possibilidades que oportunizem o desenvolvimento do gosto pela leitura por intermédio de textos significativos para os alunos. A literatura infantil aparece nesse contexto, como uma valiosa ferramenta que pode ser utilizada pela escola na construção do aluno leitor. O professor como mediador entre a criança e o texto literário, utilizando de uma prática pedagógica voltada para a formação do leitor, deve promover a ampliação do horizonte da criança, a partir da valorização dos saberes culturais vividos em seu cotidiano.
É possível afirmar que a literatura infantil contribui para a formação do leitor literário quando a obra literária propõe indagações ao leitor, estimulando a curiosidade e instigando a produção de novos conhecimentos. Para isso, é preciso que o livro infantil seja agradável aos olhos e possua um texto encantador, estimulando o imaginário infantil.
Percebe-se, atualmente, a crescente circulação dos textos infanto-juvenis nos ambientes escolares, ainda que a promoção desses textos literários tenha, quase sempre, a intencionalidade voltada ao exercício didático e transferência de informação. Acredita-se que a literatura vem solidificar o espaço da leitura na escola enquanto formação de leitores, sendo assim, torna-se importante que o educador não dê a todos os gêneros textuais um caráter utilitário, porque o prazer de ler está relacionado ao prazer de criar novas situações, de adentrar por meio das histórias infantis, num mundo diferente, num mundo de sonhos e ações dos personagens, desmistificando preconceitos, relacionando fatos com sua própria vida, pensando assim, uma forma de tornar o mundo compreensível e mais humano.
É preciso rever a postura do educador que se preocupa em formar leitores sem analisar profundamente para que quer formar leitores. Essa revisão implicará, sem dúvida, na construção e uso de uma metodologia mais adequada para a formação do leitor literário, promovendo como práticas literárias na escola a leitura efetiva dos textos, rompendo com atividades estéreis de literatura, ou seja, que exigem o domínio das informações sobre a literatura ou em que impera a ideia que o importante é que o aluno leia, não importando o que, pois o que o importa é prazer de ler. 
O leitor, quando envolvido numa relação de interação com a obra literária, encontra significado no ato de ler, procura compreender o texto e relaciona-o com o mundo à sua volta, construindo e elaborando novos significados ao que foi lido. Só assim, a leitura podecontribuir de forma significativa em uma sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual.
É incontestável afirmar que os livros de literatura infantil, no espaço escolar, concedem à criança o acesso ao saber, pois a leitura proporciona a integração do aluno ao universo letrado. Por esse motivo, os educadores que desenvolvem atividades com a leitura literária em sala de aula precisam estar conscientes de sua responsabilidade na formação de leitores literários, pois a partir de como foi efetivada sua prática pedagógica, a aprendizagem do aluno como leitor literário pode ser bem ou malsucedida.

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