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MATERIAL ESTUDO DE CASO

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Para realização deste trabalho será utilizada a pesquisa bibliográfica, a partir de grandes autores como Piaget, Vygotsky, Kismoto, Borba, Fröebel.
Para que possamos entender melhor A Importância do Brincar na Educação Infantil, vamos compreender o que é EDUCAR/BRINCAR.
Educar
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que contribui para o seu desenvolvimento e inserção social. Executando um papel socializador, oferecendo o desenvolvimento da identidade das crianças por meio de aprendizagens diferentes, realizadas em situações de interação.
Oferecendo ás crianças, condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas provenientes de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelo adultos. Com isso, revelamos que essas aprendizagens, de natureza diferente, acontecem de forma integrada no processo desenvolvimento infantil.
Com tudo é importante que a formação da criança seja vista como algo inacabado,sempre sujeito a novas inserções,a novos recuos, a novas tentativas.
Brincar
O brincar associado ao educar proporciona grande eficácia em relação à assimilação de conteúdo, sem dúvidas é um instrumento que merece importância e pesquisas. Esperamos que a pesquisa contribua para a clareza metodológica e teórica da apropriação e empregabilidade do lúdico na Educação Infantil. Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Neste contexto, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Neste sentido, o objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil, pois, segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa. O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras.
A Importância do Brincar na Educação Infantil para alguns autores importantes na educação infantil.
Vygotsky
No brincar, a criança consegue separar pensamento (significado de uma palavra) de objetos, e a ação surge das ideias, não das coisas. Por exemplo: Isso representa uma grande evolução na maturidade da criança.Essa separação do significado do objeto se dá de maneira espontânea: a criança não percebe que atingiu esse desenvolvimento mental. Dessa forma, por meio do brinquedo, a criança começa a compreender frequentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências. 
A relação entre o desenvolvimento, o brincar e a mediação são primordiais para a construção de novas aprendizagens. O mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair”
É por meio do brinquedo e de sua ação lúdica que a criança expressa sua realidade, ordenando e desordenando, construindo e desconstruindo um mundo que lhe seja significativo e que corresponda às necessidades intrínsecas para seu desenvolvimento global. O brincar estimula a criança em várias dimensões, como a intelectual, a social e a física. 
O papel que a criança representa e a relação dela com o objeto sempre derivarão das regras. Vygotsky (1998) fala ainda que a criança experimenta a subordinação às regras ao renunciar a algo que deseja, e é essa renuncia de agir sob impulsos imediatos que mediará o alcance do prazer na brincadeira .O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. Durante o brincar, ela se solta e se permite mais, vai além do comportamento habitual para sua idade e de suas atitudes diárias. Ela se torna maior do que realmente é na realidade. Assim, o brincar vai desperta aprendizagens que se desenvolverão e se tornarão parte das funções psicológicas consolidadas do indivíduo.
Para entendermos o desenvolvimento da criança, é necessário levar em conta as necessidades dela e os incentivos que são eficazes para colocá-las em ação. A criança satisfaz certas necessidades no brinquedo, mas essas necessidades vão evoluindo no decorrer do desenvolvimento. Assim, como as necessidades das crianças vão mudando, é fundamental conhecê-las para compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.
A brincadeira revela-se como um instrumento de extrema relevância para o desenvolvimento da criança. Sendo uma atividade normal da fase infantil, merece atenção e envolvimento. A infância é uma fase que marca a vida do individuo e o brincar nunca deve ser deixado de lado, mas, pelo contrário, deve ser estimulado, já que é responsável pelo auxílio nas evoluções psíquicas.
As crianças utilizam o brinquedo para externar suas emoções, construindo um mundo a seu modo e, dessa forma, questionam o universo dos adultos. Na brincadeira, ocorre o processo contrário: são as normas que se encaixam em seu mundo. No brincar, a criança constrói e recria um mundo onde seu espaço esteja garantido. As pressões sofridas no cotidiano de uma criança são compensadas por sua capacidade de imaginar; assim, fantasias de super-heróis, por exemplo, são construídas. Por meio do brinquedo, ela revive de maneira ativa tudo o que sofreu de maneira passiva, modificando um final que lhe foi penoso, consentindo relações que seriam proibidas na vida real. “Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera imaginária.
Os estudos de Vygotsky contribuíram muito para a construção de conhecimentos acerca do desenvolvimento infantil e para as noções de brinquedo nesse desenvolvimento, trabalhando com a noção de que o brincar satisfaz certas necessidades da criança e que essas necessidades são distintas em cada fase da criança, pois vão mudando no decorrer de sua maturação. Com isso, o brincar toma novos contornos, modificando-se, também, para atender às novas necessidades que vão surgindo no contexto da criança. O crescimento da criança vai evidenciar que, por meio do brinquedo, ela liberta seu pensamento para que não fique estritamente ligado aos estímulos perceptuais. Ela consegue imaginar uma situação, desligando-se do mundo material, concreto do qual tem contato, desenvolvendo assim capacidade de se desprender do real significado do objeto, (da madeira, por exemplo), podendo imaginá-lo como um boneco. 
Vygotsky conclui que o brinquedo surge dessas necessidades não realizáveis de imediato esse mundo é o brincar. Entra em cena a imaginação, a qual é um processo psicológico novo para a criança. Para Vygotsky , a imaginação surge originalmente da ação. Assim, podemos inverter a velha frase que afirma que o brincar da criança é a imaginação em ação. A situação imaginária de qualquer brincar está incutida de normas de comportamento. É possível concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas a priori; o brincar está envolvido em regras da sociedade. Por exemplo: a criança imagina-se como mãe de uma boneca; nesse brincar ela irá obedecer às regras do comportamento maternal. 
Há o percurso natural do desenvolvimento definido pela maturação humana, mas é o aprendizado junto ao contato do individuo com um ambiente cultural que possibilita o acontecer dos processos psicológicos internos. O desenvolvimento da pessoa está extremamente ligado a sua relação com o ambiente sócio-cultural e só irá vingar se tiver o contato e o suporte de outros indivíduos de sua espécie. O desenvolvimento fica impedido de ocorrer na falta de situações propícias ao aprendizado. Com isso, é possível entender que o brincarauxilia a criança nesse processo de aprendizagem. Dessa forma, é imprescindível a utilização de brincadeiras no meio pedagógico.
Tizuko Morchida Kismoto
A compreensão da brincadeira e jogos é bastante ampla aonde, a obra vem trazer tais abordagens que podem ser usadas para aprendizado da criança. Podemos enxergar diversas brincadeiras, sendo elas as brincadeiras tradicionais, que prevalece a questão cultural em que o sujeito está inserido que vai passando de gerações em gerações, as brincadeiras de faz - de - conta, que trata - se de uma brincadeira simbólica onde a imaginação do indivíduo irá prevalecer que estimula a oralidade tratando de crianças de 2 e 3 anos, quando a realidade da criança muda às brincadeiras também se modificam. Através dos brinquedos que a criança vem desenvolver sua comunicação, o brinquedo é um objeto de socialização, a brincadeira ou brinquedo aparece na realidade para que se possa viajar em meio às fantasias e explorar o mundo que irá se encontrar. O material pedagógico usado pelo educador não deve ser utilizado com um objeto de estética e sim ir além do que a o mesmo proporciona fazendo assim, um relação para que o aluno desenvolva seu potencial de aprendizado, com o objetivo de aprender brincando. Criança ao brincar tem uma ligação direta a cultura lúdica de certa comunidade ou sociedade, essa cultura dispõe a criança que libere sua imaginação e crie fantasias bem distantes da realidade, durante essa fantasia permite se que a criança crie uma distancia das influencias do mundo. Brincar não é uma dinâmica interna, mais sim uma atividade em que precisa de interação. Uma característica do jogo consiste efetivamente no fato de não dispor de nenhum comportamento especifico que permitiria separar claramente a atividade lúdica de qualquer outro comportamento. Aprendizagem se torna possível no ato de brincar, desde bebe quando a mãe começa a brincar e incentivar a criança ela esta aprendendo, nessa fase a mãe é mais um brinquedo do que uma parceira. Jogo, desde os tempos passados, aparece como relaxamento necessário à atividade que exigem esforço físico e intelectual. No brincar existem características como atividade representativa, prazer, autodeterminação, valorização do processo de brincar. Brincadeira é importante para o desenvolvimento da criança, brincar e falar constituem os elementos pelos quais a criança vive.
Friedrich Fröbel(Froebel)
A prática de aliar o jogo aos primeiros estudos parece justificar o nome de ludus atribuído ás escolas responsáveis pela instrução elementar, semelhante aos locais destinados a espetáculos e á prática de exercícios de fortalecimento do corpo e do espírito.Para Froebel as brincadeiras é fundamental para o crescimento da criança.Através da observação das atividades das crianças com os jogos e brinquedos,Froebel um dos primeiros pedagogos a falar de auto-educação,um conceito que só começaria no início do século 20,graças ao movimento da Escola Nova,de Maria Montessori(1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966).
Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20, graças ao movimento da Escola Nova, de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966), entre outros.
Dessa forma seria possível aos alunos exteriorizar seu mundo interno e interiorizar as novidades vindas de fora - um dos fundamentos do aprendizado, segundo o pensador. 
Além do misticismo e da unidade, a natureza continha, de acordo com Froebel, um sistema de símbolos conferido por Deus. 
Froebel considerava a Educação Infantil indispensável para a formação da criança - e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação que vieram depois dele. As atividades e o material escolar eram determinados de antemão, para oferecer o máximo de oportunidades de tirar proveito educativo da atividade lúdica. A atividade dos sentidos e do corpo despertariam o germe do trabalho, que, segundo o educador alemão, seria uma imitação da criação do universo por Deus.
No período propriamente escolar, seria a vez de trabalhar religião, ciências naturais, matemática, linguagem e artes.
Froebel defendia a educação sem imposições às crianças porque, segundo sua teoria, elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas, antecipando as ideias do suíço Jean Piaget (1896-1980). 
Uma das tendências é a valorização da infância - que passou, entre os séculos 18 e 19, a ser encarada como uma fase da vida com particularidades bem marcantes e com duração longa (é dessa época também o surgimento do conceito de adolescência). 
Na Idade Média, segundo o historiador francês Philippe Ariès, a idéia de infância simplesmente não existia: as crianças eram adultos à espera de adquirir a estatura "normal". 
Outra tendência histórica marcante do período em que Froebel viveu foi o individualismo burguês, simbolizado pela figura de Napoleão, que encarnava o ideal do homem que se fez sozinho e se tornou imperador da França.
Ângela Meyer Borba
A criança, pelo fato de se situar em um contexto histórico e social, ou seja, em um ambiente estruturado a partir de valores, significados, atividades e artefatos construídos e partilhados pelos sujeitos que ali vivem, incorpora a experiência social e cultural do brincar por meio das relações que estabelece com os outros. A brincadeira é uma palavra estreitamente associada á infância e ás crianças. Porém, ao menos nas sociedades ocidentais, ainda é considerada irrelevante ou de pouco valor do ponto de vista da educação formal assumindo frequentemente a significação de oposição ao trabalho, tanto no contexto da escola quanto no cotidiano familiar. Nossas práticas têm conseguido incorporar o brincar como dimensão cultural do processo de constituição do conhecimento e da formação humana.
A brincadeira está entre as atividades frequentemente avaliadas por nós como tempo perdido.Por que isso ocorre? Porque é fruto da ideia que a brincadeira é uma atividade contrária ao trabalho.E é essa concepção que faz que diminua os espaços e tempos do brincar á medida que avançam as séries.Seu lugar e seu tempo vão se limitando á ‘’hora do recreio’’,assumindo contornos cada vez .
mais definidos e restritos em termos de horários.
A imaginação,construtiva do brincar e do processo de humanização dos homens,é um importante processo psicológico,iniciado na infância,que permite aos sujeitos se desprenderem das restrições opostas pelo contexto imediato e transformá-lo .
É importante ressaltar que a brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano,ou seja, aprende-se a brincar desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e com a cultura.O brincar envolve múltiplas aprendizagem.O brincar envolve múltiplas aprendizagens.Vou tentar explicar algumas delas.
Um primeiro aspecto que posso apontar é que o brincar não apenas requer muitas aprendizagens,mas constitui um espaço de aprendizagem.
O Professor Brinca com seu Alunos?A diferença do professor de antigamente para o professor da atualidade
A EDUCAÇÃO INFANTIL NA NOVA LDB
A expressão educação infantil e sua concepção com primeira etapa da educação básica está agora na lei maior da educação do país, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDB ), sancionada em 20 de dezembro de 1996.
LEI Nº 9.9394/96
TÍTULO III-DO DIREITO Á EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR
Art.4- O dever do Estado com a Educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de :
IX- atendimento gratuito em creches e pré-escolas ás crianças de zero a seis anos de idade.
TÍTULO IV-DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art.11-Os Municípios incumbir-se-ão de:
V- oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas e,com prioridade,o ensino fundamental,permitida a atuação em outros níveis somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recurso acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federalá manutenção e desenvolvimento do ensino .
Art.18- Os sistemas municipais de ensino compreendem:
I- as instituições de ensino fundamental,médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público Municipal;
II- as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada.
TÍTULO V- DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E DE ENSINO
 CAPÍTULO I-DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES 
Art.21-A educação escolar compõe-se de:
I- educação básica,formada pela educação infantil,ensino fundamental e ensino médio.
 CAPÍTULO II-DA EDUCAÇÃO BÁSICA
 SEÇÃO I
Art.29-A educação infantil,primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança ate seis anos de idade,em seus aspectos físico,psicológico,intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade.
Art.30- A educação infantil será oferecida:
I- em creches,ou entidades equivalentes,para crianças ate três anos de idade;
II- em pré –escolas,para crianças de quatro a seis anos de idade.
Art.31-Na educação infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento,sem o objetivo de promoção,mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

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