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UP013_PDF_FIMAIN_C1 a C8_DTCOM01_090620_V1

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Ana Claudia Silva Farche
Carolina Corsi
Fisioterapia Materno-inFantil 
CURITIBA / 2020
© Universidade Positivo 2020
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Thinkstock / © Shutterstock.
 Reitor
Pró-Reitor
Direção de EAD 
Gerência de EAD 
Coordenação de Conteúdo e KPIs 
Autoria
 Parecer
Supervisão Editorial e Audiovisual 
Projeto Gráfico da Capa 
Prof. José Pio Martins
Prof. Roberto Di Benedetto
Prof. Carlos Fernando de Araújo Júnior
Profa. Roberta Galon Silva
Profa. Aline Scaliante Coelho
Profa. Ana Claudia Silva Farche (Capítulos 1, 2, 3, 4) 
Profa.Carolina Corsi (Capítulos 5, 6, 7, 8)
Profa. Daiane Martins (Capítulos 5, 6, 7, 8)
Profa. Leslie Persch (Capítulos 1, 2, 3, 4)
Felipe Guedes Antunes
Regiane Rosa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR
DTCOM – DIRECT TO COMPANY S/A
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
Sumário
© Universidade Positivo 2020
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Curitiba-PR – CEP 81280-330
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CAPÍTULO 1 - ANATOMIA FUNCIONAL DO ASSOALHO PÉLVICO E 
NEUROFISIOLOGIA MICCIONAL.................................................................................11
Objetivos do capítulo........................................................................................................16
Tópicos de estudo..............................................................................................................16
Contextualizando o cenário.............................................................................................17
1.1 Anatomia do sistema genital feminino.....................................................................17
1.1.1 Anatomia e função das estruturas que compõe a genitália externa feminina............17
1.2.2 Anatomia e função das estruturas que compõe os órgãos femininos internos.........19
1.2 Músculos do Assoalho Pélvico (MAP).......................................................................20
1.2.1 Definição e Função..................................................................................................21
1.2.2 Musculatura superficial do assoalho pélvico............................................................22
1.2.3 Musculatura profunda do assoalho pélvico..............................................................22
1.2.3 Inervação da MAP....................................................................................................2
2
1.3 Neurofisiologia da Micção...........................................................................................23
1.3.1 Anatomia e função do sistema urinário feminino.....................................................24
1.3.2 Fisiologia Miccional.................................................................................................25
1.3.3 Padrões de normalidade..........................................................................................26
1.4 Avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher......................................................26
1.4.1 Anamnese................................................................................................................27
1.4.2 Inspeção estática e dinâmica...................................................................................27
1.4.3 Palpação e teste de força muscular (PERFECT)........................................................29
1.4.4 Testes específicos.....................................................................................................31
Proposta de Atividade.......................................................................................................32
Recapitulando....................................................................................................................33
Referências.........................................................................................................................33
CAPÍTULO 2 – RECURSOS EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER.....34
Objetivos do capítulo........................................................................................................35
Tópicos de estudo..............................................................................................................35
Contextualizando o cenário.............................................................................................35
2.1 Eletroterapia................................................................................................................36
2.1.1 Fortalecimento da Musculatura do Assoalho Pélvico intra e extracavitário..............36
2.1.2 Inibição do detrusor.................................................................................................39
2.1.3 Estimulação do detrusor..........................................................................................40
2.1.4 Analgesia perineal...................................................................................................41
2.2 Biofeedback perineal...................................................................................................41
2.2 Biofeedback perineal..................................................................................................41
2.2.2 Tipos: pressão e eletromiografia (EMG)..................................................................42
2.2.3 Indicações, contraindicações e cuidados.................................................................43
2.2.4 Forma de aplicação.................................................................................................44
2.3 Cones Vaginais.............................................................................................................44
2.3.1 Definição e objetivos terapêuticos...........................................................................45
2.3.2 Efeitos sobre a MAP................................................................................................46
2.3.3 Indicações, contraindicações e cuidados..................................................................46
2.3.4 Forma de aplicação..................................................................................................472.4 Cinesioterapia perineal...............................................................................................47
2.4.1 Definição e objetivos terapêuticos...........................................................................48
2.4.2 Exercícios de Kegel.................................................................................................49
Proposta de Atividade.......................................................................................................50
Recapitulando....................................................................................................................50
Referências.........................................................................................................................50
CAPÍTULO 3 – DISFUNÇÕES MICCIONAIS E DA MAP...52
Objetivos do capítulo........................................................................................................53
Tópicos de estudo..............................................................................................................53
Contextualizando o cenário.............................................................................................53
3.1 Incontinência urinária I...............................................................................................54
3.1.1 Definição e etiologia................................................................................................54
3.1.2 Incontinência urinária de esforço.............................................................................57
3.1.3 Incontinência urinária de urgência...........................................................................58
3.1.4 Impacto na qualidade de vida.................................................................................60
3.2 Incontinência urinária II.............................................................................................60
3.2.1 Incontinência urinária de transbordamento.............................................................61
3.2.2 Incontinência urinária mista....................................................................................61
3.2.3 Incontinência urinária funcional...............................................................................62
3.3 Prolapso dos órgãos pélvicos (POP) – distopias genitais.......................................63
3.3.1 Definição e etiologia................................................................................................63
3.3.2 Fisiopatologia..........................................................................................................64
3.3.3 Tipos........................................................................................................................65
3.3.4 Fisioterapia na reabilitação dos POP.......................................................................66
3.4 Bexiga neurogênica.....................................................................................................67
3.4.1 Definição.................................................................................................................68
3.4.2 Tipos – fisiopatologia...............................................................................................68
3.4.3 Fisioterapia na reabilitação da bexiga neurogênica.................................................69
Proposta de Atividade.......................................................................................................71
Recapitulando....................................................................................................................71
Referências.........................................................................................................................71
CAPÍTULO 4 – GESTAÇÃO, PARTO, PUERPÉRIO E CLIMATÉRIO...................74
Objetivos do capítulo........................................................................................................75
Tópicos de estudo..............................................................................................................75
Contextualizando o cenário.............................................................................................75
4.1 Fisiologia da gestação.................................................................................................76
4.1.1 Processo de fecundação e implantação do embrião.................................................76
4.1.2 Trimestres gestacionais...........................................................................................77
4.1.3 Alterações fisiológicas no período gestacional.........................................................79
4.1.4 Abordagem fisioterapêutica no período gestacional...............................................80
4.2 Parto..............................................................................................................................83
4.2.1 Parto normal e cesariana.........................................................................................83
4.2.2 Biomecânica do parto normal.................................................................................86
4.2.3 Violência obstétrica..................................................................................................87
4.2.4 Abordagem fisioterapêutica durante o trabalho de parto........................................89
4.3 Puerpério......................................................................................................................90
4.3.1 Definição e classificação..........................................................................................90
4.3.2 Sinais e sintomas.....................................................................................................91
4.3.3 Abordagem fisioterapêutica no puerpério imediato, tardio e remoto......................93
4.4 Climatério.....................................................................................................................93
4.4.1 Definição e etiologia...............................................................................................94
4.4.2 Fisiopatologia do climatério...................................................................................94
4.4.3 Sinais e sintomas.....................................................................................................95
Proposta de Atividade.......................................................................................................96
Recapitulando....................................................................................................................96
Referências.........................................................................................................................97
CAPÍTULO 5 - PEDIATRIA...............................................................................................98
Objetivos do capítulo........................................................................................................99
Tópicos de estudo..............................................................................................................99
Contextualizando o cenário.............................................................................................99
5.1 Embriologia................................................................................................................100
5.1.1 Período embrionário..............................................................................................100
5.1.2 Período fetal...........................................................................................................101
5.1.3 Fatores de risco para alterações no neurodesenvolvimento...................................102
5.2 Fisiologia fetal e neonatal........................................................................................102
5.2.1 Crescimento e desenvolvimento funcional do feto................................................1035.2.2 Adaptações do lactente à vida extrauterina...........................................................104
5.2.3 Desenvolvimento neurológico pós-natal................................................................104
5.3 Níveis de integração neurológica............................................................................105
5.3.1 Padrões de crescimento e desenvolvimento..........................................................105
5.3.2 Reflexos de sobrevivência e primitivos espinhais....................................................107
5.3.3 Reflexos tônicos do tronco encefálico....................................................................108
5.3.4 Reflexos mesencefálicos corticais..........................................................................110
5.4 Desenvolvimento motor típico................................................................................110
5.4.1 Neonato a três meses............................................................................................110
5.4.2 Três a seis meses....................................................................................................111
5.4.3 Seis a nove meses..................................................................................................112
5.4.4 Nove a dezoito meses............................................................................................113
Proposta de Atividade.....................................................................................................115
Recapitulando...................................................................................................................115
Referências........................................................................................................................116
CAPÍTULO 6 - LOREM IPSUM DOLOR.....................................................................117
Objetivos do capítulo......................................................................................................118
Tópicos de estudo............................................................................................................118
Contextualizando o cenário...........................................................................................118
6.1 Encefalopatias...........................................................................................................119
6.1.1 Encefalopatia crônica não-evolutiva.......................................................................122
6.1.2 Zika vírus e microcefalia........................................................................................122
6.2 Espinha bífida.............................................................................................................123
6.2.1 Meningocele..........................................................................................................123
6.2.2 Mielomeningocele.................................................................................................124
6.2.3 Espinha bífida oculta..............................................................................................125
6.2.4 Outros tipos de espinha bífida...............................................................................126
6.3 Paralisia braquial obstétrica....................................................................................127
6.3.1 Erb-Duchenne........................................................................................................127
6.3.2 Klumpke................................................................................................................128
6.3.3 Paralisia braquial completa....................................................................................129
6.4 Amiotrofias e distrofias............................................................................................130
6.4.1 Tipo I – Doença de Werdnig-Hoffmann...................................................................130
6.4.2 Tipo II – AME crônica..............................................................................................130
6.4.3 Tipo III – AME juvenil ou Doença de Kugelberg-Welander.......................................131
6.4.4 Distrofia muscular de Duchenne............................................................................132
Proposta de Atividade.....................................................................................................133
Recapitulando...................................................................................................................133
Referências........................................................................................................................134
CAPÍTULO 7 - SÍNDROMES PEDIÁTRICAS.............................................................136
Objetivos do capítulo.......................................................................................................137
Tópicos de estudo.............................................................................................................137
Contextualizando o cenário............................................................................................137
7.1 Síndrome de Down....................................................................................................137
7.1.1 Clássica...................................................................................................................138
7.1.2 Translocação..........................................................................................................140
7.1.3 Mosaicismo............................................................................................................141
7.2 Síndromes Raras........................................................................................................142
7.2.1 Trissomias cromossômicas.....................................................................................142
7.2.2 Deleções cromossômicas.......................................................................................144
7.3 Autismo.......................................................................................................................146
7.3.1 Transtorno do Espectro Autista (TEA)....................................................................146
7.3.2 Síndrome de Asperger............................................................................................147
Proposta de Atividade.....................................................................................................148
Recapitulando..................................................................................................................149
Referências........................................................................................................................149
CAPÍTULO 8 – ABORDAGENS FISIOTERAPÊUTICAS EM FISIOTERAPIA
PEDIÁTRICA.......................................................................................................................150
Objetivos do capítulo.......................................................................................................151
Tópicos de estudo.............................................................................................................151
Contextualizando o cenário............................................................................................151
8.1 Avaliação fisioterapêutica pediátrica......................................................................152
8.1.1 Anamnese e inspeção.............................................................................................152
8.1.2 Desenvolvimento motor e sensoria........................................................................153
8.1.3 Avaliação de tônus muscular, postura e controle motor..........................................155
8.1.4 Diagnóstico cinesiológico funcional, objetivos de tratamento e tratamento
fisioterapêutico..............................................................................................................1578.2 Intervenção precoce..................................................................................................157
8.2.1 Prematuridade.......................................................................................................158
8.2.2 Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.......................................................158
8.2.3 Patologias da infância............................................................................................159
8.2.4 Síndromes.............................................................................................................160
8.3 Fisioterapia pediátrica..............................................................................................161
8.3.1 Terapias neuromotoras intensivas..........................................................................161
8.3.2 Equoterapia...........................................................................................................162
8.3.3 Fisioterapia Aquática.............................................................................................164
8.3.4 Bandagem neuromuscular.....................................................................................165
8.4 Inclusão da criança com deficiência........................................................................166
8.4 Inclusão da criança com deficiência..........................................................................166
8.4.2 Escola....................................................................................................................167
8.4.3 Atividades esportivas............................................................................................168
 
Proposta de Atividade.....................................................................................................169
Recapitulando..................................................................................................................169
Referências.......................................................................................................................169
11
FISIOTERAPIA MATERNO-INFANTIL
CAPÍTULO 1 - ANATOMIA FUNCIONAL DO 
ASSOALHO PÉLVICO E NEUROFISIOLOGIA 
MICCIONAL
Ana Claudia Silva Farche
12
Compreenda seu livro: Metodologia
Caro aluno,
A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologias apropriadas que permitem o
desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e tem por objetivo a comunicação
bidirecional entre os atores educacionais.
O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendizagem que busca direcionar
a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização teórica-prática e das atividades
individuais e colaborativas; e fundamentado nos seguintes propósitos:
• valorizar suas experiências;
• incentivar a construção e a reconstrução do conhecimento;
• estimular a pesquisa;
• oportunizar a reflexão teórica e aplicação consciente dos temas abordados.
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Com base nessa metodologia, o livro apresenta os itens descritos abaixo. Navegue no recurso para conhecê-los.
1. Objetivos do capítulo
Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de
aprendizagem do seu curso.
2. Tópicos que serão estudados
Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo.
3. Contextualizando o cenário
Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto,
relacionando teoria e prática.
4. Pergunta norteadora
Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário
apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica.
5. Pausa para refletir
São perguntas que o instigam a refletir sobre algum ponto estudado no capítulo.
6. Boxes
São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um
contexto, dicas, curiosidades etc.
7. Proposta de atividade
Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e sistematize o que aprendeu no capítulo.
8. Recapitulando
É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, retomando os objetivos do capítulo, a pergunta
norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo.
•
•
•
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13
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1. Objetivos do capítulo
Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de
aprendizagem do seu curso.
2. Tópicos que serão estudados
Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo.
3. Contextualizando o cenário
Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto,
relacionando teoria e prática.
4. Pergunta norteadora
Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário
apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica.
5. Pausa para refletir
São perguntas que o instigam a refletir sobre algum ponto estudado no capítulo.
6. Boxes
São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um
contexto, dicas, curiosidades etc.
7. Proposta de atividade
Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e sistematize o que aprendeu no capítulo.
8. Recapitulando
É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, retomando os objetivos do capítulo, a pergunta
norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo.
•
•
•
•
9. Referências bibliográficas
São todas as fontes utilizadas no capítulo, incluindo as fontes mencionadas nos boxes, adequadas ao Projeto
Pedagógico do curso.
Boxes
Navegue no recurso abaixo para conhecer os boxes de conteúdo utilizados.
 
Afirmação
Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo.
 
Assista
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o
conteúdo estudado.
 
Biografia
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo
abordado.
 
Contexto
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstram a situação histórica, social e
cultural do assunto.
 
Curiosidade
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado.
 
14
Dica
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o
conteúdo trabalhado.
 
Esclarecimento
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada.
 
Exemplo
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto abordando a relação teoria-prática.
Apresentação
A abordagem terapêutica e o desenvolvimento de estudos com foco na saúde materno-infantil vêm ganhando cada
vez mais destaque no contexto atual, uma vez que que os cuidados gestacionais, o crescimentoembrionário, a
preparação para o trabalho de parto, e o desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida são de extrema
importância para as etapas subsequentes do desenvolvimento do indivíduo. Dessa forma, o conhecimento acerca
da atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher e da criança são fundamentais para garantir que essas
populações recebam intervenção adequada nos processos de prevenção, promoção de saúde e reabilitação. Para
isso, o fisioterapeuta necessita do conhecimento acerca de todo o sistema reprodutor feminino, embriogênese e
primeira infância. Assim, a disciplina teórico-prática de Fisioterapia Materno-Infantil abordará os aspectos
anatômicos, fisiológicos e patológicos da saúde da mulher e da criança, contemplando os principais tratamentos e
formas de avaliação voltados para essa população. Ao final da disciplina espera-se que o aluno seja capaz de
compreender os aspectos teóricos e práticos da anatomia e fisiologia básica do aparelho reprodutor feminino e da
gestação; compreender o desenvolvimento embrionário e desenvolvimento motor; entender os principais aspectos
relacionados à doenças pediátricas; identificar a possibilidade de intervenção nas diferentes fases do ciclo de vida
da mulher, bem como avaliar, elaborar diagnóstico cinesiológico funcional e propor intervenção baseada em
técnicas fisioterapêuticas na obstetrícia, nos distúrbios e afecções do aparelho geniturinário, e na pediatria.
A autoria
Ana Claudia Silva Farche
A autora Ana Claudia Silva Farche é graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos (2014).
Mestre (2016) e doutora em Fisioterapia (2020) pelo Programa de Pós Graduação em Fisioterapia da Universidade
Federal de São Carlos, e doutora em Educação e Ciências do Esporte (2020) pelo Programa "Salud, Activitat Física I
Esport" da Blanquerna - Universitat Ramon Llull em Barcelona, Espanha.
Currículo Lattes: < >.http://lattes.cnpq.br/5168161505177739
15
Dica
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o
conteúdo trabalhado.
 
Esclarecimento
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada.
 
Exemplo
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Apresentação
A abordagem terapêutica e o desenvolvimento de estudos com foco na saúde materno-infantil vêm ganhando cada
vez mais destaque no contexto atual, uma vez que que os cuidados gestacionais, o crescimento embrionário, a
preparação para o trabalho de parto, e o desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida são de extrema
importância para as etapas subsequentes do desenvolvimento do indivíduo. Dessa forma, o conhecimento acerca
da atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher e da criança são fundamentais para garantir que essas
populações recebam intervenção adequada nos processos de prevenção, promoção de saúde e reabilitação. Para
isso, o fisioterapeuta necessita do conhecimento acerca de todo o sistema reprodutor feminino, embriogênese e
primeira infância. Assim, a disciplina teórico-prática de Fisioterapia Materno-Infantil abordará os aspectos
anatômicos, fisiológicos e patológicos da saúde da mulher e da criança, contemplando os principais tratamentos e
formas de avaliação voltados para essa população. Ao final da disciplina espera-se que o aluno seja capaz de
compreender os aspectos teóricos e práticos da anatomia e fisiologia básica do aparelho reprodutor feminino e da
gestação; compreender o desenvolvimento embrionário e desenvolvimento motor; entender os principais aspectos
relacionados à doenças pediátricas; identificar a possibilidade de intervenção nas diferentes fases do ciclo de vida
da mulher, bem como avaliar, elaborar diagnóstico cinesiológico funcional e propor intervenção baseada em
técnicas fisioterapêuticas na obstetrícia, nos distúrbios e afecções do aparelho geniturinário, e na pediatria.
A autoria
Ana Claudia Silva Farche
A autora Ana Claudia Silva Farche é graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos (2014).
Mestre (2016) e doutora em Fisioterapia (2020) pelo Programa de Pós Graduação em Fisioterapia da Universidade
Federal de São Carlos, e doutora em Educação e Ciências do Esporte (2020) pelo Programa "Salud, Activitat Física I
Esport" da Blanquerna - Universitat Ramon Llull em Barcelona, Espanha.
Currículo Lattes: < >.http://lattes.cnpq.br/5168161505177739
Esta obra é dedicada a todos fisioterapeutas e alunos de fisioterapia, visando auxiliar no cuidado destinado à cada
paciente.
Carolina Corsi
A Professora Carolina Corsi é Doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com
período de sanduíche pelo (POLIMi / Milão, Itália). Graduada em Fisioterapia pela UniversidadePolitecnico di Milano
Federal de São Carlos (UFSCar).
Currículo Lattes: < >.http://lattes.cnpq.br/7520567881477577
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Dedico este material a todos os alunos, que sejam produtivos e esclarecedores!
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo você será capaz de:
• Conhecer e identificar as estruturas que compõe a anatomia urogenital feminina, bem como sua função.
• Entender a neurofisiologia da micção normal para posteriormente conseguir identificar disfunções na 
mesma.
• Entender e aplicar todos os itens e testes que compõe a avaliação fisioterapêutica na saúde da mulher, 
conforme as normas de biossegurança correlatas à área.
Tópicos de estudo
• Anatomia do sistema genital feminino
• Anatomia e função das estruturas que compõe a genitália externa feminina
• Anatomia e função das estruturas que compõe os órgãos femininos internos
• Músculos do Assoalho Pélvico (MAP)
• Definição e função
• Musculatura superficial do assoalho pélvico
• Musculatura profunda do assoalho pélvico
• Inervação da MAP
• Neurofisiologia da Micção
• Anatomia e função do sistema urinário feminino
• Fisiologia miccional
• Padrões de normalidade
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Dedico este material a todos os alunos, que sejam produtivos e esclarecedores!
Objetivos do capítulo
Ao final deste capítulo você será capaz de:
• Conhecer e identificar as estruturas que compõe a anatomia urogenital feminina, bem como sua função.
• Entender a neurofisiologia da micção normal para posteriormente conseguir identificar disfunções na 
mesma.
• Entender e aplicar todos os itens e testes que compõe a avaliação fisioterapêutica na saúde da mulher, 
conforme as normas de biossegurança correlatas à área.
Tópicos de estudo
• Anatomia do sistema genital feminino
• Anatomia e função das estruturas que compõe a genitália externa feminina
• Anatomia e função das estruturas que compõe os órgãos femininos internos
• Músculos do Assoalho Pélvico (MAP)
• Definição e função
• Musculatura superficial do assoalho pélvico
• Musculatura profunda do assoalho pélvico
• Inervação da MAP
• Neurofisiologia da Micção
• Anatomia e função do sistema urinário feminino
• Fisiologia miccional
• Padrões de normalidade
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• Avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher
• Anamnese
• Inspeção estática e dinâmica
• Palpação e teste de força muscular (PERFECT)
• Testes específicos
Contextualizando o cenário
Considerando o contexto clínico de atendimento do fisioterapeuta, muitas vezes nos deparamos com casos de
pacientes que são afetadas física e psicologicamente por disfunções relacionadas ao sistema genital feminino e ao
controle miccional. Estas pacientes são, em sua maioria, mulheres idosas e que se isolam socialmente devido aos
desfechos decorrentes da perda involuntária de urina e outras patologias associadas. Dessa forma, o fisioterapeuta
deve saber realizar o diagnóstico funcional, avaliar e intervir, focando na recuperação da capacidade funcional do
sistema geniturinário, para que a paciente consiga melhorar sua qualidade de vida.
Diante disso, questiona-se: Quais as estruturas envolvidas no sistema geniturinário feminino, como é seu
funcionamento, e qual seu padrão de normalidade?
1.1Anatomia do sistema genital feminino
O sistema genital feminino é composto pela genitália externa e pelos e órgãos genitais internos. Juntos, estes
órgãos são responsáveis pelas atividades sexuais e reprodutivas. O sistema genital feminino passa por algumas
alterações funcionais e estruturais ao longo de cada mês, a fim de se adaptar a ocorrência de uma gestação, ou não
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004).
É importante o conhecimento da estrutura e da função de cada órgão do sistema genital feminino para, no futuro,
entendermos a respeito de toda a fisiologia reprodutiva e gestacional (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004). Neste
tópico, vamos conhecer a anatomia e função da genitália externa feminina e dos órgãos genitais internos.
1.1.1 Anatomia e função das estruturas que compõe a genitália externa feminina
É considerada genitália externa feminina o conjunto de órgãos e estruturas genitais que se localizam na parte
externa do períneo, fora da pelve. São eles: monte pubiano, grandes e pequenos lábios, vestíbulo da vagina, óstio
da vagina, óstio da uretra, clitóris, e glândulas de Bartholin (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI,
2007). As estruturas da genitália externa estão representadas na figura a seguir.
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Fonte: © Montenegro / / Shutterstock
O localiza-se anteriormente à sínfise púbica e, por ser constituído por uma camada de tecidomonte pubiano
adiposo, apresenta a função de proteção contra impactos nesta estrutura óssea (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
Os se estendem desde o monte pubiano até o períneo e protegem a entrada da vagina de fungos,grandes lábios
bactérias e outros agentes infecciosos. Estas estruturas são formadas pela soma de tecido adiposo e conjuntivo
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
No interior dos grandes lábios são encontradas duas estruturas finas de mucosa denominadas pequenos lábios. Os 
 envolvem e protegem a abertura da vagina e da uretra, delimitando a região denominadapequenos lábios
vestíbulo. Tanto os grandes quanto os pequenos lábios são estruturas que possuem uma grande quantidade de
glândulas sudoríparas e sebáceas, entretanto, somente os grandes lábios possuem pelos (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O é uma região aonde se encontram o (orifício da vagina), o vestíbulo da vagina óstio vaginal óstio da uretra
(abertura da uretra), e as glândulas vestibulares maiores, também conhecidas como . Estas glândulas de Bartholin
glândulas são responsáveis por produzir a lubrificação vaginal (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO;
FATTINI, 2007).
O se localiza na parte superior da vulva e é composto de tecido erétil. Este órgão apresenta ereção duranteclitóris
o ato sexual e, por apresentar inúmeras terminações nervosas e ampla irrigação, possui a função exclusiva de gerar
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Fonte: © Montenegro / / Shutterstock
O localiza-se anteriormente à sínfise púbica e, por ser constituído por uma camada de tecidomonte pubiano
adiposo, apresenta a função de proteção contra impactos nesta estrutura óssea (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
Os se estendem desde o monte pubiano até o períneo e protegem a entrada da vagina de fungos,grandes lábios
bactérias e outros agentes infecciosos. Estas estruturas são formadas pela soma de tecido adiposo e conjuntivo
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
No interior dos grandes lábios são encontradas duas estruturas finas de mucosa denominadas pequenos lábios. Os 
 envolvem e protegem a abertura da vagina e da uretra, delimitando a região denominadapequenos lábios
vestíbulo. Tanto os grandes quanto os pequenos lábios são estruturas que possuem uma grande quantidade de
glândulas sudoríparas e sebáceas, entretanto, somente os grandes lábios possuem pelos (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O é uma região aonde se encontram o (orifício da vagina), o vestíbulo da vagina óstio vaginal óstio da uretra
(abertura da uretra), e as glândulas vestibulares maiores, também conhecidas como . Estas glândulas de Bartholin
glândulas são responsáveis por produzir a lubrificação vaginal (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO;
FATTINI, 2007).
O se localiza na parte superior da vulva e é composto de tecido erétil. Este órgão apresenta ereção duranteclitóris
o ato sexual e, por apresentar inúmeras terminações nervosas e ampla irrigação, possui a função exclusiva de gerar
prazer sexual feminino. O clitóris se localiza na parte superior da vulva, é dividido em base, corpo e glande
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Todas as estruturas que participam da composição da genitália externa feminina dependem de uma complexa
rede neural, com atuação do sistema nervoso autônomo, e uma eficaz irrigação para que possam desempenhar
suas funções de forma sinérgica e adequada, especialmente durante a relação sexual (STEPHENSON; O’CONNOR,
2004; DANGELO; FATTINI, 2007). A seguir, veremos quais são os órgãos sexuais femininos internos e suas funções.
1.2.2 Anatomia e função das estruturas que compõe os órgãos femininos internos
Os órgãos genitais femininos internos são divididos em: vagina, útero, ovários e trompas uterinas (figura a seguir).
Assim,, o conhecimento acerca da estrutura e função destes órgãos terá grande importância para entender os
processos de fecundação e gestação. (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007)
Órgãos genitais femininos internos
Fonte: © BlueRingMedia / / Shutterstock
CURIOSIDADE
A genitália externa feminina tem sua vascularização realizada pelas artérias pudenda externa e
interna; sua inervação pelos nervos ilioinguinal, genitofemoral, pudendo, cutâneo femoral
posterior da coxa (sensitivos), e plexo nervoso uterovaginal (parassimpático).
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Órgãos genitais femininos internos
Fonte: © BlueRingMedia / / Shutterstock
A é o canal genital feminino, liga o órgão sexual exterior (vulva) ao útero, e está localizada posteriormente àvagina
bexiga e à uretra, e anteriormente ao reto. O canal vaginal tem em média de 7 a 10 centímetros e possui
propriedades elásticas, com a função de acomodar o órgão reprodutor masculino (pênis) no momento do ato
sexual, e servir de canal para a menstruação e o parto (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O é um órgão muscular oco, localizado na cavidade pélvica anteriormente ao reto e póstero-superior àútero
bexiga urinária. Seu revestimento endometrial é ajustado de acordo com o período menstrual e, caso não ocorra a
fecundação, este revestimento é eliminado na menstruação e inicia-se um novo ciclo. Caso ocorra a gestação, o
útero é responsável por abrigar o feto. Esse órgão é anatomicamente dividido em três partes: colo, ístmo e corpo
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Os são as glândulas sexuais femininas e estão situadas na parte inferior do abdome, bilateralmente. Estasovários
glândulas são responsáveis por secretar os hormônios envolvidos nas características físicas femininas e no
processo de reprodução, além de produzir os óvulos, que são as células reprodutoras femininas (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
As são dois tubos responsáveis por conectar os ovários ao útero. As trompas atuam notubas ou trompas uterinas
processo de reprodução como canais de transporte do ovo fecundado ou do óvulo liberado (no caso da não
fecundação). Os órgãos genitais femininos apresentam uma rede complexa de vascularização e terminações
nervosas que possibilitam a atividade sexual e o processo de reprodução (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
Assim como a genitália externa, para que ocorra todo o processo de reprodução desde a relação sexual até a
finalização da gestação, os órgãos genitais internos necessitam da atuação de uma complexa rede neural e um
sistema de irrigação que permitam a fecundação, formação da célula ovo e o desenvolvimento fetal (STEPHENSON;
O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Agora que conhecemos os órgãos do sistema reprodutor feminino, estudaremos osmúsculos que compõe o
assoalho pélvico da mulher.
1.2 Músculos do Assoalho Pélvico (MAP)
O assoalho pélvico é formado por músculos, ligamentos e fáscias. Todas estas estruturas juntas exercem diversas e
importantes funções no organismo, tornando-se, assim, fundamental manter sua integridade e o bom
funcionamento entre elas. Uma vez que o assoalho pélvico é considerado uma “rede” de proteção e sustentação
CURIOSIDADE
Os órgãos genitais internos femininos tem sua vascularização realizada pelas artérias uterina,
ovariana, vaginal, e ilíaca interna; e sua inervação pelos nervos toracolombar, esplâncnicos
menores, hipogástrico (simpático), esplâncnicos pélvicos, e vago (parassimpático).
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Órgãos genitais femininos internos
Fonte: © BlueRingMedia / / Shutterstock
A é o canal genital feminino, liga o órgão sexual exterior (vulva) ao útero, e está localizada posteriormente àvagina
bexiga e à uretra, e anteriormente ao reto. O canal vaginal tem em média de 7 a 10 centímetros e possui
propriedades elásticas, com a função de acomodar o órgão reprodutor masculino (pênis) no momento do ato
sexual, e servir de canal para a menstruação e o parto (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O é um órgão muscular oco, localizado na cavidade pélvica anteriormente ao reto e póstero-superior àútero
bexiga urinária. Seu revestimento endometrial é ajustado de acordo com o período menstrual e, caso não ocorra a
fecundação, este revestimento é eliminado na menstruação e inicia-se um novo ciclo. Caso ocorra a gestação, o
útero é responsável por abrigar o feto. Esse órgão é anatomicamente dividido em três partes: colo, ístmo e corpo
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Os são as glândulas sexuais femininas e estão situadas na parte inferior do abdome, bilateralmente. Estasovários
glândulas são responsáveis por secretar os hormônios envolvidos nas características físicas femininas e no
processo de reprodução, além de produzir os óvulos, que são as células reprodutoras femininas (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
As são dois tubos responsáveis por conectar os ovários ao útero. As trompas atuam notubas ou trompas uterinas
processo de reprodução como canais de transporte do ovo fecundado ou do óvulo liberado (no caso da não
fecundação). Os órgãos genitais femininos apresentam uma rede complexa de vascularização e terminações
nervosas que possibilitam a atividade sexual e o processo de reprodução (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
Assim como a genitália externa, para que ocorra todo o processo de reprodução desde a relação sexual até a
finalização da gestação, os órgãos genitais internos necessitam da atuação de uma complexa rede neural e um
sistema de irrigação que permitam a fecundação, formação da célula ovo e o desenvolvimento fetal (STEPHENSON;
O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Agora que conhecemos os órgãos do sistema reprodutor feminino, estudaremos os músculos que compõe o
assoalho pélvico da mulher.
1.2 Músculos do Assoalho Pélvico (MAP)
O assoalho pélvico é formado por músculos, ligamentos e fáscias. Todas estas estruturas juntas exercem diversas e
importantes funções no organismo, tornando-se, assim, fundamental manter sua integridade e o bom
funcionamento entre elas. Uma vez que o assoalho pélvico é considerado uma “rede” de proteção e sustentação
CURIOSIDADE
Os órgãos genitais internos femininos tem sua vascularização realizada pelas artérias uterina,
ovariana, vaginal, e ilíaca interna; e sua inervação pelos nervos toracolombar, esplâncnicos
menores, hipogástrico (simpático), esplâncnicos pélvicos, e vago (parassimpático).
dos órgãos pélvicos, a disfunção ou enfraquecimento da musculatura que compõe esta região pode gerar
problemas urinários, sexuais e dificuldades relacionadas à gestação e parto (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
Entretanto, o fortalecimento como tratamento para disfunções musculares nessa região ainda é considerado um
tabu, e a maioria das pessoas apresentam dificuldade em entender e realizar os exercícios. Assim, neste tópico
poderemos conhecer a anatomia e função de cada músculo do assoalho pélvico (MAP) a fim de auxiliar
adequadamente os pacientes que precisem de atendimento fisioterapêutico neste contexto.
1.2.1 Definição e Função
O assoalho pélvico é composto principalmente por um conjunto de músculos (MAP) que atuam no fechamento da
cavidade inferior da pelve, dando sustentação aos órgãos internos, como a bexiga, útero e reto. Além da
sustentação dos órgãos, os MAP possuem ação esfincteriana e exercem transmissão de pressão bexiga-uretra,
garantindo um mecanismo de continência eficaz e contribuindo para os mecanismos de micção e defecação
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Ainda, as ações de contração e relaxamento dos MAP desempenham um papel na função sexual, e na passagem do
bebê no momento do parto. A musculatura do assoalho pélvico é dividida de acordo com sua distribuição
anatômica e funcional em: superficial e profunda (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Músculos do assoalho pélvico (MAP)
Fonte: Fonte: NETTER, 2011, p. 379.
A figura acima representa toda a região do assoalho pélvico. Nos tópicos a seguir estudaremos as musculaturas
superficial e profunda separadamente, de forma a conhecer a particularidade de cada uma delas, e suas diferenças
anatômicas e funcionais.
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1.2.2 Musculatura superficial do assoalho pélvico
A musculatura superficial do assoalho pélvico é composta pelos músculos: isquiocavernoso, bulboesponjoso,
transverso superficial e profundo. Estas estruturas tem funções relacionadas à atividade sexual, desde seu início
até o orgasmo, sendo elas: promover a ereção do pênis e do clitóris, a ejaculação e as contrações vaginais durante
o orgasmo (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo recebe essa nomenclatura devido a sua origem no ramo do ísquio e inserção no ramoisquiocavernoso
cavernoso. A principal função deste musculo é promover a ereção do clitóris (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo possui sua origem no centro tendíneo do períneo e sua inserção na fáscia do bulbo dobulboesponjoso
vestíbulo (ou do pênis no caso da anatomia masculina) . Este músculo funciona como esfíncter vaginal em
mulheres e promove o esvaziamento da uretra após a micção e ejaculação em homens (STEPHENSON; O’CONNOR,
2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Os músculos possuem origem no ramo do ísquio e inserção no corpo dotransverso superficial e profundo
períneo. Estas estruturas atuam como protetores para o músculo levantador do ânus, estabilizam o centro
tendíneo do períneo, e participam da contenção visceral pelo fechamento do hiato urogenital (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Além destas estruturas responsáveis pela atividade sexual, estudaremos também a musculatura responsável pela
sustentação, estabilização dos órgãos pélvicos e continência, realizadas pela musculatura profunda do assoalho
pélvico.
1.2.3 Musculatura profunda do assoalho pélvico
A musculatura profunda do assoalho pélvico é composta pelos músculos levantadores do ânus (puborretal,
pubococcígeo, iliococcígeo) e músculo coccígeo (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo se origina na face interna do púbis e se insere ao redor da junção anorretal. O músculo puborretal 
 apresenta origem na face interna do púbis e espinha isquiática e inserção no cóccix e ligamentopubococcígeo
anococcígeo. O músculo tem origem no arco tendíneo do músculo obturador interno e espinhailiococcígeo
isquiática e inserção no cóccix e ligamento anococcígeo. Esses músculos são responsáveis por estabilizar os órgãos
abdominais e pélvicos, pela continência urinária e fecal (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo tem origem na espinha isquiática e ligamento sacroespinhal e inserção no sacro e cóccix. Essecoccígeo
músculo tem por função reforçar a sustentação do assoalho pélvicoe auxilia os músculos levantadores do ânus.
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007)
A atuação de toda esta musculatura do assoalho pélvico ocorre a partir de uma ampla e complexa rede de controle
de inervação, que será abordada no tópico a seguir.
1.2.3 Inervação da MAP
A inervação dos MAP se dá, em sua maioria, por ramos do nervo pudendo, derivado do plexo sacro (2°, 3° e 4°
nervos sacros). Estes ramos que se originam do nervo pudendo são responsáveis pelas respostas sensitivas e
motoras do assoalho pélvico (GUYTON; HALL, 2011; MACHADO; HAERTEL, 2013).
A partir dos ramos do nervo pudendo se formam os nervos principais: retais inferiores e os nervos perineais, clique
no recurso para ver a divisão desses nervos:
Nervo dorsal do clitóris ou do pênis (ramo superficial)
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1.2.2 Musculatura superficial do assoalho pélvico
A musculatura superficial do assoalho pélvico é composta pelos músculos: isquiocavernoso, bulboesponjoso,
transverso superficial e profundo. Estas estruturas tem funções relacionadas à atividade sexual, desde seu início
até o orgasmo, sendo elas: promover a ereção do pênis e do clitóris, a ejaculação e as contrações vaginais durante
o orgasmo (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo recebe essa nomenclatura devido a sua origem no ramo do ísquio e inserção no ramoisquiocavernoso
cavernoso. A principal função deste musculo é promover a ereção do clitóris (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004;
DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo possui sua origem no centro tendíneo do períneo e sua inserção na fáscia do bulbo dobulboesponjoso
vestíbulo (ou do pênis no caso da anatomia masculina) . Este músculo funciona como esfíncter vaginal em
mulheres e promove o esvaziamento da uretra após a micção e ejaculação em homens (STEPHENSON; O’CONNOR,
2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Os músculos possuem origem no ramo do ísquio e inserção no corpo dotransverso superficial e profundo
períneo. Estas estruturas atuam como protetores para o músculo levantador do ânus, estabilizam o centro
tendíneo do períneo, e participam da contenção visceral pelo fechamento do hiato urogenital (STEPHENSON; O’
CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
Além destas estruturas responsáveis pela atividade sexual, estudaremos também a musculatura responsável pela
sustentação, estabilização dos órgãos pélvicos e continência, realizadas pela musculatura profunda do assoalho
pélvico.
1.2.3 Musculatura profunda do assoalho pélvico
A musculatura profunda do assoalho pélvico é composta pelos músculos levantadores do ânus (puborretal,
pubococcígeo, iliococcígeo) e músculo coccígeo (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo se origina na face interna do púbis e se insere ao redor da junção anorretal. O músculo puborretal 
 apresenta origem na face interna do púbis e espinha isquiática e inserção no cóccix e ligamentopubococcígeo
anococcígeo. O músculo tem origem no arco tendíneo do músculo obturador interno e espinhailiococcígeo
isquiática e inserção no cóccix e ligamento anococcígeo. Esses músculos são responsáveis por estabilizar os órgãos
abdominais e pélvicos, pela continência urinária e fecal (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007).
O músculo tem origem na espinha isquiática e ligamento sacroespinhal e inserção no sacro e cóccix. Essecoccígeo
músculo tem por função reforçar a sustentação do assoalho pélvico e auxilia os músculos levantadores do ânus.
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; DANGELO; FATTINI, 2007)
A atuação de toda esta musculatura do assoalho pélvico ocorre a partir de uma ampla e complexa rede de controle
de inervação, que será abordada no tópico a seguir.
1.2.3 Inervação da MAP
A inervação dos MAP se dá, em sua maioria, por ramos do nervo pudendo, derivado do plexo sacro (2°, 3° e 4°
nervos sacros). Estes ramos que se originam do nervo pudendo são responsáveis pelas respostas sensitivas e
motoras do assoalho pélvico (GUYTON; HALL, 2011; MACHADO; HAERTEL, 2013).
A partir dos ramos do nervo pudendo se formam os nervos principais: retais inferiores e os nervos perineais, clique
no recurso para ver a divisão desses nervos:
Nervo dorsal do clitóris ou do pênis (ramo superficial)
Suas ramificações apresentam propriedades cutêneas e sensitivas
Nervo perineal (ramo profundo)
Suas ramificações apresentam funções principais na inervação dos MAP, com propriedades motoras.
Os diferentes tipos de fibra muscular permitem que os músculos do assoalho pélvico desempenhem distintas
funções, sendo elas dependentes de contração rápida ou lenta, para que possa ocorrer relação sexual, continência
e sustentação de órgãos pélvicos, por exemplo (DANGELO; FATTINI, 2007).
1.3 Neurofisiologia da Micção
O processo de micção é controlado por uma complexa rede neural, com atuação do sistema nervoso central (SNC)
e sistema nervoso autônomo (SNA). Estes sistemas de controle atuam como reguladores da musculatura da bexiga,
uretra e períneo. Para que o processo de micção ocorra de forma eficaz, estas estruturas precisam reproduzir
contração e relaxamento de forma ordenadas (GUYTON; HALL, 2011; RIOS , 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013).et al.
Por outro lado, o comprometimento das estruturas neurológicas e/ou musculares envolvidas neste processo
podem levar a disfunções comprometam a dinâmica complexa de controle miccional (GUYTON; HALL, 2011; RIOS et
, 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013). Dessa forma, neste tópico, conheceremos as estruturas responsáveis e suasal.
atuações na neurofisiologia da micção.
CURIOSIDADE
Os MAP são compostos por:
• 30% Fibras do Tipo II - Contração Rápida: responsáveis pela estimulação dos 
reflexos perineodetrusor.
• 70% Fibras do Tipo I - Contração Lenta: responsáveis pela resistência e capazes 
de proporcionar força de contração prolongada por vários minutos.
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PAUSA PARA REFLETIR
Considerando que a inervação dessa musculatura é realizada por ramos nervosos originários dos
nervos sacros, um paciente acometido por uma lesão neurológica medular na região sacral
poderá apresentar disfunções miccionais, sexuais, alterações de sensibilidade e incontinência?
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1.3.1 Anatomia e função do sistema urinário feminino
O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra (figura a seguir). Os são as estruturasrins
responsáveis por filtrar o sangue, absorver água e solutos importantes e excretar os resíduos pela produção da
urina. Os são dois tubos condutores que ligam os rins à bexiga para o transporte da urina. A é umureteres bexiga
órgão muscular elástico responsável por armazenar a urina, sendo o músculo liso de sua parede denominado
músculo detrusor. É constituída de um corpo (região superior) e uma base, constituída pelo trígono e colo vesical. A 
 é o tubo condutor que liga a bexiga ao meio externo. Este tubo é responsável pelo transporte da urina emuretra
mulheres, e pelo transporte de urina e esperma nos homens (RIOS ., 2017; DANGELO; FATTINI, 2007).et al
Fonte: © Vecton / / Shutterstock
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1.3.1 Anatomia e função do sistema urinário feminino
O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra (figura a seguir). Os são as estruturasrins
responsáveis por filtrar o sangue, absorver água e solutos importantes e excretar os resíduos pela produção da
urina. Os são dois tubos condutores que ligam os rins à bexiga para o transporte da urina. A é umureteres bexiga
órgão muscular elástico responsável por armazenar a urina, sendo o músculo liso de sua parede denominado
músculo detrusor. É constituída de um corpo (região superior) e uma base, constituída pelo trígono e colo vesical. A 
 é o tubo condutor que liga a bexiga ao meio externo. Este tubo é responsável pelo transporte da urina emuretra
mulheres, e pelo transporte de urina e esperma nos homens (RIOS ., 2017; DANGELO; FATTINI, 2007).et al
Fonte: © Vecton / / Shutterstock
A inervação do sistema urinário é realizada pelos nervos esplâcnicos pélvicos, nervo hipogástrico e nervo pudendo,
a partir da atuação do sistema nervoso autônomo (RIOS, 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013).et al.
A principais ações relacionadas a cada um destes nervos estão detalhadas no quadro a seguir:
Inervação do sistema urinário
Fonte: MACHADO; HAERTEL, 2013. (Adaptado).
A partir do conhecimento de toda a anatomia e função do sistema urinário conseguiremos entender como ocorre
todo o complexo processo de preparação, sinalização e eliminação da urina. Assim, a fisiologia miccional será
abordada no tópico a seguir.
1.3.2 Fisiologia Miccional
A fisiologia da micção é dividida em duas fases: a) fase de enchimento ou armazenamento vesical; e b) fase de
esvaziamento vesical. Clique no recurso a seguir para saber mais sobre as fases.
Fase de armazenamento
A vesical se inicia com a formação e liberação da urina pelos rins, que cai nos ureteres efase de armazenamento
são conduzidas até a bexiga pelo aumento de ondas peristálticas nessa região. O ritmo e velocidade do
peristaltismo das paredes dos ureteres são controlados por ação da inervação simpática e parassimpática. Estas
ondas peristálticas fazem com que o óstio do ureter, que fica localizado na bexiga, se abra. Logo após o depósito
da urina, o tônus muscular do detrusor comprime a estrutura do ureter que está em contato com a bexiga,
evitando fluxo retrógrado de urina para os rins. Quando ocorre uma obstrução em algum segmento do ureter, os
nociceptores presentes em sua parede são responsáveis pelo reflexo ureterorrenal, que reduzem o volume de urina
produzido pelos rins para que não ocorra acúmulo de líquido. Esta sinalização é responsável por uma sensação de
dor (GUYTON; HALL, 2011; RIOS ., 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013).et al
Fase de esvaziamento
A vesical ocorre quando a bexiga se enche, gerando um aumento da pressão intravesical efase de esvaziamento
um estiramento de toda a parede. A ativação dos receptores de estiramento leva a uma sinalização parassimpática
até a medula sacral, que responde por arco reflexo, o reflexo de micção, e gera contração do músculo detrusor. As
contrações do músculo detrusor podem ocorrer desde o momento que a bexiga fica parcialmente cheia, entretanto
essas contrações são seguidas de relaxamento e servem como sinalizadoras para um futuro ato de micção, com o
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intuito de impedir um armazenamento exagerado. Após o reflexo da micção, que estimula a contração do detrusor,
o nervo pudendo gera um reflexo responsável pelo relaxamento do esfíncter externo da uretra, denominado
reflexo secundário. Entretanto, a micção só ocorrerá caso o reflexo secundário seja mais forte que a inibição
voluntária do esfíncter externo. Após o esvaziamento da bexiga, para que que se inicie um novo ciclo, ocorre
relaxamento do detrusor, contração dos MAP e manutenção do tônus do esfíncter externo da uretra (GUYTON;
HALL, 2011; RIOS ., 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013).et al
O processo de micção ocorre desta forma desde a infância, após o período de amadurecimento do processo de
micção, e de acordo com alguns padrões de normalidade. Estes padrões considerados normais serão abordados
para que o aluno possa, na prática clínica, reconhecer e atuar em casos patológicos ou que envolvam disfunções
do sistema urinário.
1.3.3 Padrões de normalidade
Considerando as etapas de maturação do sistema urinário, sabe-se que os bebês e crianças passam por etapas de
micção não controlada até atingir a plena capacidade de controle dos esfíncteres e do amadurecimento do
processo de micção. Ao nascer, os bebês com menos de um ano de idade apresentam micção automática por auto
reflexo, com a bexiga não inibida. De um a dois anos, inicia-se o processo de mielinização das fibras nervosas
responsáveis pelo controle miccional e as crianças já apresentam sensação de plenitude vesical. Assim, de dois a
três anos, estima-se que as crianças sem nenhuma patologia que afete o sistema urinário consigam ter o controle
miccional formado (VASCONCELOS ., 2013).et al
A capacidade vesical esperada (CVE) é representada pelo volume miccional máximo e varia de acordo com a idade.
No indivíduo adulto, a bexiga possui a capacidade de armazenamento de um volume de urina de
aproximadamente 500ml. Entretanto, o início das contrações do detrusor que funcionam como um aviso prévio do
ato miccional se iniciam com um a bexiga parcialmente cheia, com cerca de 300ml (VASCONCELOS ., 2013).et al
Após a etapa de esvaziamento é comum que fique um resíduo miccional na bexiga, que será eliminado na próxima
micção. Considerando os padrões de normalidade, espera-se que imediatamente após a micção o volume residual
de urina seja menor que 10% do volume pré-miccional. O volume residual pode ser observado através de
ultrassonografia ou scanner vesical e em casos patológicos este resíduo geralmente está aumentado. (GUYTON;
HALL, 2011).
Após conhecer todas as estruturas relacionadas aos sistemas reprodutor e urinário femininos, e seu
funcionamento, o fisioterapeuta já é capaz de iniciar uma avaliação em saúde da mulher, visando uma proposta de
intervenção adequada. Os métodos de avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher serão descritos a seguir.
1.4 Avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher
A avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher tem como objetivo coletar dados que possam trazer repercussões
à saúde da população feminina em geral, tanto em gestantes quanto em mulheres em condições patológicas ou
não. Com a avaliação fisioterapêutica é possível realizar o diagnóstico funcional, propor a intervenção adequada
considerando o contexto biopsicossocial da paciente, bem como acompanhar a evolução do quadro clínico
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
A partir do conhecimento acerca da avaliação fisioterapêutica, o profissional conseguirá entender a melhor
maneira de guiar sua conduta e abordar todos os testes envolvidos em cada caso. Dessa forma, neste tópico,
aprenderemos a conduzir a entrevista clínica e a avaliação física na saúde da mulher (STEPHENSON; O’CONNOR,
2004; POLDEN; MANTLE, 1997). Cabe ressaltar que o exame clínico em saúde da mulher deve seguir as normas de
biossegurança implementadas para a segurança paciente-terapeuta. A paciente deve conhecer e consentir na
realização de todos os procedimentos. O exame deve ser realizado em ambiente limpo, reservado e com a
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intuito de impedir um armazenamento exagerado. Após o reflexo da micção, que estimula a contração do detrusor,
o nervo pudendo gera um reflexo responsável pelo relaxamento do esfíncter externo da uretra, denominado
reflexo secundário. Entretanto, a micção só ocorrerá caso o reflexo secundário seja mais forte que a inibição
voluntária do esfíncter externo. Após o esvaziamento da bexiga, para que que se inicie um novo ciclo, ocorre
relaxamento do detrusor, contração dos MAP e manutenção do tônus do esfíncter externo da uretra (GUYTON;
HALL, 2011; RIOS ., 2017; MACHADO; HAERTEL, 2013).et al
O processo de micção ocorre desta forma desde a infância, após o período de amadurecimento do processo de
micção, e de acordo com alguns padrões de normalidade. Estes padrões considerados normais serão abordados
para que o aluno possa, na prática clínica, reconhecer e atuar em casos patológicos ou que envolvam disfunções
do sistema urinário.
1.3.3 Padrões de normalidade
Considerando as etapas de maturação do sistema urinário, sabe-se que os bebês e crianças passam por etapas de
micção não controlada até atingir a plena capacidade de controle dos esfíncteres e do amadurecimento do
processo de micção. Ao nascer, os bebês com menos de um ano de idade apresentam micção automática por auto
reflexo, com a bexiga não inibida. De um a dois anos, inicia-se o processo de mielinização das fibras nervosas
responsáveis pelo controle miccional e as crianças já apresentam sensação de plenitude vesical. Assim, de dois a
três anos, estima-se que as crianças sem nenhuma patologia que afete o sistema urinário consigam ter o controle
miccional formado (VASCONCELOS ., 2013).et al
A capacidade vesical esperada (CVE) é representada pelo volume miccional máximo e varia de acordo com a idade.No indivíduo adulto, a bexiga possui a capacidade de armazenamento de um volume de urina de
aproximadamente 500ml. Entretanto, o início das contrações do detrusor que funcionam como um aviso prévio do
ato miccional se iniciam com um a bexiga parcialmente cheia, com cerca de 300ml (VASCONCELOS ., 2013).et al
Após a etapa de esvaziamento é comum que fique um resíduo miccional na bexiga, que será eliminado na próxima
micção. Considerando os padrões de normalidade, espera-se que imediatamente após a micção o volume residual
de urina seja menor que 10% do volume pré-miccional. O volume residual pode ser observado através de
ultrassonografia ou scanner vesical e em casos patológicos este resíduo geralmente está aumentado. (GUYTON;
HALL, 2011).
Após conhecer todas as estruturas relacionadas aos sistemas reprodutor e urinário femininos, e seu
funcionamento, o fisioterapeuta já é capaz de iniciar uma avaliação em saúde da mulher, visando uma proposta de
intervenção adequada. Os métodos de avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher serão descritos a seguir.
1.4 Avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher
A avaliação fisioterapêutica em saúde da mulher tem como objetivo coletar dados que possam trazer repercussões
à saúde da população feminina em geral, tanto em gestantes quanto em mulheres em condições patológicas ou
não. Com a avaliação fisioterapêutica é possível realizar o diagnóstico funcional, propor a intervenção adequada
considerando o contexto biopsicossocial da paciente, bem como acompanhar a evolução do quadro clínico
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
A partir do conhecimento acerca da avaliação fisioterapêutica, o profissional conseguirá entender a melhor
maneira de guiar sua conduta e abordar todos os testes envolvidos em cada caso. Dessa forma, neste tópico,
aprenderemos a conduzir a entrevista clínica e a avaliação física na saúde da mulher (STEPHENSON; O’CONNOR,
2004; POLDEN; MANTLE, 1997). Cabe ressaltar que o exame clínico em saúde da mulher deve seguir as normas de
biossegurança implementadas para a segurança paciente-terapeuta. A paciente deve conhecer e consentir na
realização de todos os procedimentos. O exame deve ser realizado em ambiente limpo, reservado e com a
presença de um acompanhante caso a paciente julgue necessário. O terapeuta deve usar equipamentos de
proteção individual descartáveis (luvas, máscaras, papel de maca, etc), e todos os equipamentos dever ser
esterilizados após cada uso.
1.4.1 Anamnese
A anamnese é a entrevista que permite ao terapeuta conhecer o quadro clínico e a história pregressa do paciente.
Ela é realizada no primeiro contato e a partir dela o fisioterapeuta pode traçar os testes físicos e funcionais
adequados. Recomenda-se que para a anamnese o terapeuta crie uma ficha de avaliação para coletar os dados e
manter sempre atualizado o prontuário da paciente (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
Inicialmente são coletados os dados pessoais e a história ginecológica da mulher, como nome completo, idade,
telefone para contato, data da avaliação, dados do cuidador quando necessário, e quando iniciou a menarca
/menopausa. Após esta coleta de dados, o fisioterapeuta deve questionar a paciente sobre a história da moléstia
atual (HMA) e a queixa principal, ou seja, o motivo de ela ter procurado o serviço de fisioterapia. É importante
anotar cada detalhe relatado pela paciente, esclarecer as dúvidas que restarem, e se atentar à queixa principal. A
queixa principal da paciente deve ser a questão norteadora do tratamento e a intervenção deve ser montada ao
redor desta informação (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
Além da história da moléstia atual, a história pregressa da paciente deve ser apontada na anamnese, como o
número de comorbidades associadas, medicamentos, hábitos de vida e atividade física, número de cirurgias
prévias, dores e tensões relacionadas ao sistema musculoesquelético (lombalgias, cansaço), sintomas
cardiorrespiratórios (dispneia, varizes, edemas), sintomas digestivos principalmente em casos de gestante
(constipação, náuseas, refluxo), incontinência urinária, doenças infecciosas (DSTs, varicela, rubéola, toxoplasmose,
tuberculose etc) (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
No caso de pacientes gestantes, considerar a idade gestacional, data da última menstruação, número de gestações
anteriores, se já houve algum aborto, gravidez ectópica, tempo de aleitamento, parto, presenças de complicações
na gestação, complicações gestacionais e puerperais prévias, pré-natal, e se ela é nulípara: nunca deu à luz a um
bebê, ou multípara: já deu à luz a pelo menos um bebê.
Deve-se considerar também na anamnese os antecedentes familiares, como história de doenças crônicas na
família, gestações gemelares, alergias etc. Após a anamnese o fisioterapeuta deverá explicar os próximos
procedimentos e iniciar as etapas de inspeção estática e dinâmica, para uma avaliação mais completa
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
1.4.2 Inspeção estática e dinâmica
Para a avaliação do assoalho pélvico inicialmente deve ser realizada a observação da região genital, conhecida
como inspeção estática, e a observação da contração e relaxamento muscular do assoalho pélvico, denominada
inspeção dinâmica. Ressalta-se que o exame clínico físico somente pode ser realizado com as pacientes que
consentirem a realização do mesmo preservando assim o princípio bioético da autonomia da vontade do paciente
(STEPHENSON; O’CONNOR, 2004; POLDEN; MANTLE, 1997).
Para a inspeção estática a paciente deve ser posicionada em supino, com flexão de quadris e joelhos, e o terapeuta
deve se atentar as seguintes regiões, que você poderá ver, clicando no recurso a seguir.
Região da
vulva
Coloração, trofismo, edemas, lesões e eritema.
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R e g i ã o
perineal
Trofismo, lacerações, integridade, cicatriz de episiotomia, corrimento vaginal, prolapsos dos
órgãos pélvicos e hemorroidas.
Veja nas imagens abaixo, as regiões que o terapeuta deve obter mais atenção.
Cicatriz de episiotomia
Fonte: © Blamb / / Shutterstock
Prolapso de útero
Fonte: © rumruay / / Shutterstock
Para a inspeção dinâmica a paciente continua na mesma posição e o terapeuta orienta para que a ela realize a
contação e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. Para facilitar o entendimento da paciente o terapeuta
deve solicitar que ela faça força “ ” e pode usar de comandos verbais como “para dentro e para cima faça força para
”. Deve ser observado se há consciência perineal com contração e relaxamento da região em ritmossegurar o xixi
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R e g i ã o
perineal
Trofismo, lacerações, integridade, cicatriz de episiotomia, corrimento vaginal, prolapsos dos
órgãos pélvicos e hemorroidas.
Veja nas imagens abaixo, as regiões que o terapeuta deve obter mais atenção.
Cicatriz de episiotomia
Fonte: © Blamb / / Shutterstock
Prolapso de útero
Fonte: © rumruay / / Shutterstock
Para a inspeção dinâmica a paciente continua na mesma posição e o terapeuta orienta para que a ela realize a
contação e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. Para facilitar o entendimento da paciente o terapeuta
deve solicitar que ela faça força “ ” e pode usar de comandos verbais como “para dentro e para cima faça força para
”. Deve ser observado se há consciência perineal com contração e relaxamento da região em ritmossegurar o xixi
normais. O profissional também deve avaliar a contração muscular durante o reflexo da tosse: pedir para a
paciente tossir e observar se há contração do assoalho pélvico e perda de urina e/ou prolapso visceral. Além da
inspeção, o fisioterapeuta deverá avaliar a integridade da musculatura do assoalho pélvico. Algumas das formas de
avaliação serão relatadas nos tópicos subsequentes.
1.4.3 Palpação e teste de força muscular (PERFECT)
A palpação e o teste de força muscular estão descritos por Laycock e Jerwood (2001). A palpação consiste na
avaliação interna da musculatura do assoalho pélvico, realizada pela palpação digital invasiva.

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