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Sevcenko, Nicolau - O Renascimento

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Sevcenko, Nicolau - O Renascimento.
 O Renascimento ocorreu, em maior ou menor grau, em várias regiões da Europa. Começou na Itália e expandiu-se para a França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Portugal e Holanda. Apesar das diversidades regionais, observamos características comuns e fundamentais do Renascimento. 
 Denominamos de cultura clássica o conjunto de obras literárias, filosóficas históricas e de artes plásticas produzidas pelos gregos e pelos romanos na Idade Antiga. Os pensadores do Renascimento queriam, acima de tudo, conhecer, estudar e aprender os textos da cultua clássica, vistos como portadores de reflexões e conhecimentos que mereciam ser recuperados. É importante salientar que a retomada dos textos da cultura greco-romana teve como objetivo o conhecimento de outras formas de pensar, não para copiá-las, mas sim para refletir sobre elas. 
 Talvez a mais marcante característica do Renascimento tenha sido a valorização do ser humano. O humanismo (ou antropocentrismo, como é chamado com freqüência) colocou a pessoa humana no centro das reflexões. Não se trata de opor o homem  a Deus e medir forças. Deus continuou soberano diante do ser humano. Tratava-se, na verdade, de valorizar as pessoas em si, encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval. 
 Guiado pelo racionalismo contrapondo à cultura medieval, que era baseada na autoridade divina, os renascentistas valorizavam a razão humana como base do conhecimento. O saber como fruto da  observação e da experiência  das leis que governam o mundo.
 As nações que são mais católicas fazem de tudo para essas idéias não chegarem em seus territórios, proibindo livros humanistas, queimando livros, caçando e até matando pensadores. E faz os cristãos repensar os limites do universo cristão, a igreja preocupa-se em reafirmar a sua ideologia, acabando por lançar mão da inquisição. Nos países em que essas idéias chegam mais tardiamente vivem uma ordem mais tradicional e conservadora.
 Movimento criado nas universidades, onde o renascimento encontrou seu local de discussão, pode-se então dizer que é um movimento da nobreza e da recente burguesia ascendente, os renascentistas que não eram desses grupos, acabavam sendo apadrinhados por alguns deles, tendo sempre um pé na nobreza.
 Nas artes Renascença também se caracterizou pelo humanismo, naturalismo e realismo na representação de seres e por uma grande preocupação com a racionalidade, o equilíbrio, a simetria  e a objetividade, tanto na arquitetura, pintura e escultura quanto na literatura. A música passou a  explorar, cada vez mais, temas não-religiosos e a utilização da técnica  do contraponto deu maior liberdade de criação os compositores.
 Sem abandonar a fé e a religião, o renascentista não se sentia submetido, mas inspirado e iluminado por elas. Ao contrário do que acontecia na Idade Média, a ciência e a filosofia tornaram-se campos diferenciados. Os estudos científicos valiam-se da indução, da observação  da experimentação, buscando explicação naturais para os fenômenos naturais  para os fenômenos naturais enquanto o pensamento filosófico buscava entender a natureza e todas as possibilidades do conhecimento humano.
 A literatura renascentista foi marcada pela utilização dos idiomas nacionais com linguagem clara e gramaticalmente correta. Os temas fundamentais das obras literárias são diversificados, mas podemos destacar a valorização do lirismo amoroso, do uso metafórico da mitologia greco-romana, dos grandes feitos de personalidades humanas e dos temas relacionados à política e as sátiras dos costumes sociais e do cotidiano.

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