Aula 1- Power point Saúde mental e trabalho

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Saúde mental e trabalho
Prof. Fátima Brant
10º de Psicologia
FANS
04/08/2020
O sofrimento no trabalho constitui-se uma das conseqüências da insistência do ser humano em viver em um ambiente que lhe é adverso. 
A relação do homem com o trabalho nunca foi fácil, até mesmo a etimologia da palavra denota algo penoso e, até mesmo, indesejado (“tripalium”, instrumento de tortura feito com três paus) 
TRABALHO E SAÚDE MENTAL- Estuda as inter-relações entre trabalho, os processos de adoecimento psíquico e o impacto do trabalho na SM dos individuos
Campo de estudo recente, iniciou na segunda metade dos anos 1980. Temos avanços notáveis, pesquisas.
 
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Aproximação entre os campos são diferentes
TRABALHO
SM
DIFERENTES ABORDAGENS
Implica relacionar disciplinas como: Economia, medicina, psicologia, Epidemiologia, ergonomia e ciências sociais.
Cada especialidade compreende o indivíduo, a sociedade, as relações entre corpo e mente de uma forma.
Década de 1920 na França, o porocesso de industrialização impulsionou os estudos sobre o trabalho e sua relação com os aspectos psicológicos do ser humano.
Os aspectos psicológicos eram estudados na Escola comportamental;
O que importava era o que o individuo fazia, não se preocupava com processos cognitivos e nem questões psíquicas. Taylor
1950- Humanos deixado de lado – problemas de ordem mental aparece – nasce a Psicopatologia
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Teve influência da Escola Psicoténcia – adequava o sujeito ao trabalho e produção
Surge da psiquiatria, em especial a psiquiatria social e a medicina do trabalho
PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO
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Apesar de reconhecer a existência de certas situações laborais particularmente nocivas, para ela não era tanto a natureza do trabalho que o tornava patogênico, mas as particularidades do sujeito confrontado com uma tarefa ou certa profissão.
Diferenciam-se:
- Na forma como entendem e conceituam o trabalho;
- Como definem o sujeito;
 Como compreendem as relações entre trabalho e trabalhador
 Nexo causal
 Como direcionam seu olhar para o trabalho em si
 Na transformação do trabalho e do trabalhar.
Psicodinâmica do trabalho
ERGONOMIA
Ergonomia
Clínica da
Atividade 
Ergologia
Limites impostos ao campo da SM e Trabalho
Ponto de vista teórico são inúmeros, vamos nos ater àquele que consideramos mais importante;
Le Guillant (2006) – Dificuldade em aprender como se dá a passagem entre uma situação vivida, seja ela qual for, e o distúrbio mental propriamente dito. 
Antes das pessoas é precisamente do trabalho que se deve cuidar em todos os sentidos do termo. 
E cuidando do trabalho não estaríamos, ao mesmo tempo, cuidando das pessoas que o realizam?
Soratto e Codo (2010) – Trata-se de um problema grave, sobretudo se levarmos em conta que os transtornos mentais ocupam os primeiros lugares nas estatísticas em torno dos motivos de afastamentos do trabalho pelo nosso sistema previdenciário.
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Yves Clot (2010) – Como consequência da dificuldade para se estabelecer o nexo entre seus transtornos e a atividade profissional que exercem, permanece em aberto a questão do atendimento adequado a ser oferecido a esses trabalhadores sem cair na armadilha do neo-higienismo. Oferta de atendimento psicológico aos empregados, numa gestão individualizada da doença profissional.
  "transformar a psicologia do trabalho em psicologia dos trabalhadores"
Ivar Oddone – 1970 – Itália- O Brasil vive o mesmo da Itália, a ênfase quase exclusiva na crítica e na denúncia em relação ás condições inaceitáveis de trabalho, sem ações efetivas para transformá-las.
C. Dejours, 1987- o conflito que se opõe o trabalho à vida mental, um território quase desconhecido.
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Paul Sivadon – 1952 – Psicopatologia de Trabalho
A necessidade de investigar os impactos da organização do trabalho sobre a saúde do trabalhador, especialmente a saúde mental, originou um movimento conhecido como Escola da Psicopatologia do Trabalho. 
A discussão sobre a psicopatologia do trabalho começou na França logo após a Segunda Guerra Mundial, liderada por contribuições da chamada “psiquiatria social”. Os nomes mais notáveis desta corrente são Paul Sivadon e Louis Le Guillant. 
Sivadon foi o primeiro a empregar o termo "psicopatologia do trabalho", e em suas obras abordou o trabalho como fonte de crescimento e evolução do psiquismo humano, assim como as formas perversas de organização da atividade de trabalho, que gerariam pressões e conflitos insuperáveis, propiciando o aparecimento de transtornos mentais. 
Na década de 1950, Le Guillant escreveu um artigo onde buscava explicar os transtornos mentais a partir de fatores sócio-culturais, embora admitisse a influência de fatores orgânicos e psíquicos no fenômeno.
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Os desafios a serem enfrentados pelo campo da SM&T
- Em vez de oferecer uma escuta especializada aos assalariados, temos de criar as condições para que reapropriem do trabalho que realizam, uma interrogação parece inevitável: como os trabalhadores podem se reapropriar do seu trabalho se estão encarcerados na posição de vítimas?
Clot, afirma ser esse um problema clássico na psicologia: o de criar um quadro que permita ao indivíduo sair da posição de vítima “para se retornar em direção às forças centrifugas da vida psíquica.
04/08/2020
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DA PSICOPATOLOGIA À PSICODINÂMICA DO TRABALHO
DEJORS – Psicopatologia do trabalho
Carga Psíquica do Trabalho - Toda a atividade tem pelo menos três aspectos: físico, cognitivo e psíquico. Cada um deles pode determinar uma sobre carga. (W isner (1984) 
São reservados à carga psíquica do trabalho os elementos afetivos e relacionais. 
Dejours (1994) :A carga psíquica “pode ser definida em termos de níveis de conflito no interior da representação consciente ou inconsciente das relações entre pessoa (ego) e a situação.
 Mas ela é também o nível em que o sofrimento e a fadiga física, a falta de sono provocada pela distribuição dos períodos de trabalho nas 24 horas, a sobrecarga de trabalho cognitivo podem determinar distúrbios afetivos”. Wisner (1984, p .13 -14) 
 
Essa retenção gera um acúmulo no a parelho psíquico , ocasionando sentimentos de desprazer e tensão. Se não houver meios para a descarga da tensão, esta, recuará para o corpo. 
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Dejours, estudou o papel da organização do trabalho em relação aos efeitos positivos e negativos que este pode exercer sobre o funcionamento psíquico do trabalhador.
Conceitos Básicos
1 - Divisão de tarefas; 
2 - Divisão de  homens.
Dejours, 1986.
DIVISÃO DE TAREFAS
1 - O conteúdo das tarefas; 
2 - Modo operatório (fluxo do trabalho)		
			Organização formal
Divisão das tarefas  											
			Organização real
3 - O descompasso  entre a organização formal e a real favorece  o sofrimento  mental;
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PONTO DE VISTA ECONÔMICO DA CLÍNICA
04/08/2020
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Estratégias:
Mobilização subjetiva: Processo pelo uso de recursos psicológicos, permite a transformação do sofrimento a partir do resgate do sentido do trabalho.
Trabalho vivo: O que o trabalho deve acrescentar, inventado pelos trabalhadores; envolve a criatividade, que dá sentido ao sofrimento.
Flexibilização da organização de trabalho
Clínica do Trabalho
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Bibliografia
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Obrigada.
 Artigo: Clínica da Atividade1 
Autor: Yves Clot* 
Perguntas para serem discutidas na próxima aula: valor : 5 pontos
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