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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS ENGENHARIA DE ALIMENTOS RELATÓRIO AULA PRÁTICA: ANÁLISE DE CINZAS MANAUS 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS ENGENHARIA DE ALIMENTOS GABRIELA RUIZ JOÃO VITOR SOUZA SOARES LAURA FERNANDA PINHEIRO TOBIAS RELATÓRIO AULA PRÁTICA: ANÁLISE DE CINZAS Trabalho solicitado pela professora Maristela Martins da Universidade Federal do Amazonas, como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina Análise de Alimentos do 6.º período do curso de Engenharia de Alimentos. Professora: MARISTELA MARTINS MANAUS 2019 1. INTRODUÇÃO O teor de cinza de um material fornece informações da quantidade de material inorgânico presente no mesmo. As cinzas são basicamente constituídas por sulfatos, oxalatos, carbonatos e silicatos tendo como contra- íons mais comuns cálcio, potássio, manganês e magnésio (CURVELO, 1992). Os principais minerais formadores são os silicatos, quando em contato com a água, os silicatos sofrem hidrólise, resultando numa solução alcalina, ou seja, a concentração de minerais atrelada a de umidade da matéria pode contribuir para a alcalinidade do meio que pode contribuir para o crescimento de colônias de bactérias invejáveis para o processo de fermentação. A cinza de um alimento é o resíduo inorgânico que permanece após a queima de matéria orgânica, entre 550-570 ºC, a qual é transformada em CO2, H2O e NO2, sendo assim a cinza de um material e o ponto de partida para a análise de minerais específicos. Estes minerais são analisados tanto para fins nutricionais como para a segurança. Como exemplo os resíduos metálicos provenientes de inseticidas e outros agrotóxicos. O método para determinação de cinzas é empírico e o teor obtido, vai depender do método, tempo de incineração e temperatura empregada. Para cada tipo de amostra existem condições recomendadas que devem ser verificadas antes do proceder sua determinação. Amostras com alto teor de umidade devem sofrer secagem antes da incineração. Em alguns casos recomenda-se uma queima de amostra em bico de Bunsem antes de colocá-la na mufla. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 MATERIAIS Amostra de farinha de trigo pré-reservada; 2 cadinhos; Balança semi-analítica; Dessecador. Mufla Espátula Estufa 2.2 MÉTODOS Procedimento experimental: Parte I Os materiais necessários para a análise foram dispostos na bancada. Os cadinhos foram levados a estufa em uma temperatura de 105ºC durante 30 minutos para retirar qualquer gordura ou umidade que tivera nele. Após esse procedimento, com o auxílio da pinça, os cadinhos foram identificados como A1 e A2, pesados e tarados. A seguir a f Figura 1: Pesagem dos cadinhos Fonte: O autor, 2019. Após esse procedimento os cadinhos foram levados à mufla em uma temperatura de 100ºC e posteriormente essa temperatura foi aumentada gradativamente em 50ºC até atingir a temperatura total de 550ºC. Ao atingir a temperatura de 550ºC as amostras permaneceram em mufla pelo período de 4horas. 2. A partir da amostra de farinha reservada após o procedimento de quarteamento, retirou-se uma quantidade de aproximadamente 2g para cada um dos cadinhos. A1 A2 Figura 1: Pesagem da amostra. 3. Após a pesagem, novamente com o auxílio da pinça, os cadinhos foram depositados na estufa a temperatura de 105ºC para que as amostras perdessem umidade. Parte II 1. Após aproximadamente 8 (oito) horas, os cadinhos foram novamente pesados. 2. Foi realizada nova pesagem do material na manhã do dia seguinte, onde pode-se observar que já não havia tanta variação na massa contida em A1 e A2. Parte III A última etapa desta análise, por ser um método gravimétrico, foi a verificação da diferença dos pesos de A1 e A2, da primeira pesagem das amostras de farinha e a última pesagem, onde a umidade deste alimento já havia sido evaporada. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise de cinzas foi realizada a partir da amostra de trigo que teve como procedimento de preparo o quarteamento do volume de 1kg de farinha de trigo, após todos os descartes resultou em uma amostra de massa igual a aproximadamente 100g, que corresponde à décima parte (um décimo) do seu conteúdo inicial. Imagem 2 : Trigo resultante do quarteamento. Fonte: O autore, 2019 Tabela 1: Pesagem do material. CINZA Amostra Cadinho Amostra Amostra incineradas A1 40,4336 3,0054 40,4456 A2 40,1434 3,0076 40,1557 FCU 1,088048279 Fonte: Autor, 2019. Tabela 2 – Resultados obtidos após as análises de cinzas MÉDIA ± DESVIO PADRÃO UMIDADE (%) 0,37 ± 0,006 Fonte: Autor, 2019. A fim de alcançar um bom resultado na fabricação de pães , massas e bolos, o conteúdo de umidade de farinha deve estar em torno de 13% de acordo com o ICTA – Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Farinhas que apresentem um percentual maior de umidade podem vir a formar grumos. A legislação brasileira (Portaria 354/96) relata um máximo de 15% de umidade para as farinhas integrais, comum e especial e de 14,5% para as sêmolas, semolinas e farinhas derivadas de trigo Durum (Portaria 132/99). Dessa forma, a farinha analisada está dentro dos padrões estabelecidos pela legislação 4. CONCLUSÃO O teor de água é importante na produção de alimentos, pois tem influência direta no controle da taxa de deterioração por microorganismos, estabilidade, qualidade e composição dos alimentos, podendo afetar a estocagem, a embalagem e o processamento do alimento. Com o resultado da umidade do trigo, pudemos concluir que os objetivos do experimento, de obter o teto de umidade, foram atingidos. Sendo importante ressaltar que o teor de umidade da farinha deve ser controlado não por motivos econômicos, já que as farinhas são comercializadas na base úmida, mas devido à sua importância no processamento. 5. REFERENCIAS CURVELO, ANTONIO APRIGIO DA SILVA. Processo de deslignificação organossolve. São Carlos: Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo 1992. 94p. Teste (Livre docência). A.O.A.C INTERNATIONAL. Official methods of analysis. 18ª ed., 3ª rev. Gaitherburg, Maryland: Published by AOAC International, v.1.2006. ISBN 0935584773.
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