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Beatriz Marinelli 7º termo Hipertensão Intracraniana →Fisiopatologia É a condição fisiológica mais temida, aumenta exponencialmente o risco da morbimortalidade, podendo ser consequente a varias doenças neurológicas como tumores, infecções, hidrocefalia, AVC e TCE. Dentro da caixa craniana temos o encéfalo que se junta com a medula espinhal formando o sistema nervoso central. O encéfalo é compreendido pelo cerebelo, tronco encefálico e cérebro. O crânio é circundado por osso, sendo uma caixa inelástica. Dentro do crânio temos 3 componentes: • Líquido cefalorraquidiano (LCR) que compreende 8% do volume; • Sangue (12%); • Tecido encefálico (parênquima cerebral) – 80%. O aumento de um dos 3 elementos ou surgimento de outro elemento na cavidade intracraniana pode levar problemas de pressão dentro da caixa craniana. Logo, a hipertensão é a situação determinada pela descompensação deste equilíbrio. →Doutrina de Monro-Kellie Em um estado de normalidade temos o LCR, cérebro e o sangue venoso e arterial. Se algo entra e faz volume extra, antes de gerar a hipertensão intracraniana, a caixa craniana tem válvula de escape para que essa massa extra compartilhe de maneira Beatriz Marinelli 7º termo harmônica com os outros componentes ali dentro. Assim, para dar espaço para esse novo componente, podemos desviar liquor para fora da caixa intracraniana, como por exemplo para raqui ou drenagem maior para o seio sagital superior; ou podemos aumentar a drenagem (sangue venoso) pela veia jugular externa, dando mais espaço a fim de comportar o novo volume. Vai chegar um momento em que isso não será possível, proporcionando uma descompensação desse estado homeostático, levando ao início da hipertensão intracraniana. A essa capacidade de se adaptar/válvulas de escape damos o nome de doutrina de Monro-Kellie. →Complacência cerebral Isso pode ser melhor demonstrado pela curva de Langfitt, levando em consideração a capacidade do cérebro desviar o liquor e o sangue venoso para fora da caixa craniana, e em um terceiro momento deslocar estruturas do parênquima a fim de manter a pressão intracraniana dentro de um valor normal até um certo limite de crescimento de um volume extra dentro do crânio. A essa capacidade do crânio de suportar aumentos de volume sem aumentar a pressão intracraniana chamamos de complacência cerebral. Logo, a complacência cerebral é a capacidade que o cérebro tem de se adequar, jogando para fora alguns componentes e se moldando em relação ao seu parênquima para suportar um volume extra dentro do crânio e não gerar aumento da pressão intracraniana. Esse mecanismo funciona até um certo ponto, veja: • Fase 1: pode ter um aumento de volume sem levar nenhuma alteração na PIC. • Fase 2: em um certo momento esse aumento de volume começa a gerar pequenos aumentos na pressão intracraniana. • Fase 3: esse aumento de pressão se torna maior com menor quantidade de volume. • Fase 4: qualquer pequeno aumento leva a um aumento de PIC. Beatriz Marinelli 7º termo Se o crescimento do novo volume for lento o cérebro tem a capacidade de se adequar pela sua complacência e aceitar e esse novo volume sem alterar a pressão intracraniana até um certo limite. Ou seja, a curva de Langfitt pode estar desviada para: • Direita: se o crescimento dessa nova massa por lenta; • Esquerda: se o crescimento nessa massa por rápido (quadro agudo). →Herniações A partir do momento que a complacência cerebral foi se desenvolvendo, tirando um volume extra de LCR e sangue venoso, e esse volume continuou crescendo, começa a ter desvio de estrutura do próprio parênquima cerebral. Esses desvios podem levar a compressões de estruturas encefálicas junto a bordas ósseas e bordas de dura-máter, levando a formação herniação encefálica. As herniações que são os desvios de parênquima dentro da caixa craniana pelo crescimento de um outro volume ali dentro, pode ser extremamente prejudicial ao cérebro, podendo levar a lesões isquêmicas pela compressão dessas estruturas. As principais herniações são: Resumo: O cérebro dentro da caixa craniana tem uma capacidade de se moldando através da doutrina de Monro-Kellie, permitindo o crescimento de um novo elemento dentro da caixa craniana sem levar aumento da pressão intracraniana. Quando isso começa a descompensar, em um primeiro momento essa descompensação vai ser uma velocidade lenta, até que pequenos aumentos de volume levam a grandes aumentos de pressão. Essa capacidade de adequação do cérebro a esse volume a mais dentro da caixa craniana, chamada de complacência cerebral, será maior quanto mais lento for o desenvolvimento do volume acrescido. Beatriz Marinelli 7º termo • Herniação subfalcina ou do giro do cíngulo: ocorrem quando tem lesões crescendo na convexidade do crânio principalmente nos lobos frontal e parietal alto, levando a herniação contralateral do giro do cíngulo por de baixo da foice do cérebro (estrutura de dura-máter rígida que separa o hemisfério direito do esquerdo), podendo gerar isquemia e comprimir a artéria cerebral anterior. • Herniação transtentorial ou Uncal (do uncus): muito frequente. O uncus é a porção mais medial do lobo temporal, logo se temos alguma lesão crescendo na porção lateral do lobo frontal inferior ou lobo parietal, pode jogar isso contra lateralmente forçando o uncus a se insinuar pela borda livre da tenda do cerebelo junto ao mesencéfalo medialmente, espremendo o uncus entre o mesencéfalo e a tenda do cerebelo, podendo gerar compressão do tronco cerebral e lesão isquêmica levando o paciente ao coma. • Herniação das amigdalas ou amigdalianas ou transforaminal: são herniações de estruturas da foça posterior (Amigdalas cerebelares) que podem fazer compressão do bulbo junto ao tronco encefálico pela saída do forame magno. • Herniação transcalvariana: lesão da caixa craniana, por fratura traumática ou pós operatório, em que o conteúdo encefálico tende a forçar a borda do córtex junto a borda livre de um possível retalho ósseo do crânio. Obs: a herniação uncal e amigdalianas são as mais perigosas pela possibilidade de compressão do tronco encefálico. A mais frequente é a uncal. Obs: Após controle da pressão as hérnias tendem a ser reversíveis. →Pressão de perfusão cerebral Para nutrir o encéfalo é necessário que chegue até ele sangue arterial rico em oxigênio e glicose, esse chega através das artérias cerebrais. Dentro das artérias/arteríolas cerebrais vai existir uma pressão intraluminal, uma pressão dentro da artéria para fazer com que ela consiga jogar no parênquima os seus nutrientes. Essa é a pressão dentro da artéria é chamada de pressão arterial média (pam). Logo, a pressão arterial média é duas vezes a pressão arterial diastólica mais uma vez a pressão arterial sistólica dividida por três. Essa pressão média fisiológica no adulto gira em torno de 80 a 100 mmHg. → pam= 2x pad + pas / 3 (nl= 80 a 100 mmHg) Existe uma pressão no parênquima encefálico contraria a essa pressão dentro da artéria chamada pressão intracraniana (pic), que em valores fisiológicos no adulto gira em torno de 15 a 20 mmHg. Portanto, a subtração a pressão arterial média menos a pressão intracraniana é a pressão de perfusão cerebral, pressão que efetivamente vai conseguir nutrir o encéfalo→ ppc= pam-pic (nl~75 mmHg). Se temos a pressão intracraniana elevada consequentemente teremos um comprometimento da pressão de perfusão cerebral. Da mesma forma ocorre se tiver a pressão arterial média diminuída. Com isso pode levar a isquemia cerebral ,ou seja, morte do tecido. Beatriz Marinelli 7º termo →Fluxo sanguíneo cerebral (FSC) O SNC tem capacidade própria de manter o fluxo sanguíneo, está condição é chamada de auto-regulação. Dois fatores essa auto-regulação: • Pressão arterial; • Concentração sanguínea arteiras de O2 e CO2.1.Auto-regulação pressórica: O encéfalo tem capacidade de manter o fluxo sanguíneo cerebral normal dentro de um intervalo de variação de 50 a 150 mmHg de pressão arterial média sistêmica. Ou seja, o indivíduo que tiver uma certa hipotensão arterial sistêmica ou hipertensão arterial sistêmica pode mantar o fluxo sanguíneo cerebral sem grandes alterações em um limite que vai de 50 a 150 mmHg. • Se o valor de PAM ultrapassar o 150 mmHg, começa entrar no risco de ruptura da barreira hematológica encefálica e da criação de edema e de sangramentos dentro do SNC. • Se o valor de PAM fica abaixo de 50 mmHg pode gerar hipóxia cerebral por hipofluxo cerebral. Quando uma pessoa acaba entrando em um fluxo de hipertensão intracraniana essa capacidade se perde. O platô de manter o fluxo sanguíneo cerebral dentro de uma constante em um certo intervalo de flutuação da PAM, ele se perde a curva acaba ficando de oscilação direta do fluxo sanguíneo cerebral com a PAM. Ou seja, um injuria cerebral grave gerando HIC, perde a capacidade de auto-regulação do fluxo sanguíneo cerebral de acordo com oscilação da pressão arterial média e pequenos aumentos da PAM sistólica podem levar a aumentos significativos do fluxo sanguíneo cerebral; e o contrário, pequenas diminuições da PAM podem levar a comprometimentos significativos do fluxo sanguíneo cerebral. Beatriz Marinelli 7º termo 2. Auto-regulação metabólica: Há um mecanismo de auto regulação do fluxo sanguíneo cerebral de acordo com concentrações do O2 e do CO2 artérias. Essa capacidade auto-regulação de acordo com os gases vem com a capacidade de vasodilatação e vasoconstrição das artérias cerebrais. Se tem um aumento do CO2 arterial ou uma queda do O2 arterial, o cérebro responde dentro da sua auto-regulação com vasodilatação, uma vez que entende-se que ele está precisando de mais “folego”, abrindo as comportas, vaso dilata. E o contrário, se tem uma queda do CO2 e aumento do O2 arterial, entende-se que está satisfeito, fechando as comportas, se vaso contrai, diminuindo o fluxo sanguíneo cerebral. • CO2: aumenta → vasodilatação; diminui →vasoconstrição; • O2: aumenta →vasoconstrição; diminui →vasodilatação. Gráfico: o fluxo sanguíneo cerebral vai aumentar se a concentração de CO2 aumenta. Se essa diminui, o fluxo sanguinho cerebral diminui. E o contrário, se a concentração de O2 aumenta o fluxo sanguíneo cai, e se essa concentração diminui o fluxo sanguíneo cerebral aumenta, uma vez que ele está precisando de mais nutrientes. A curva do O2 e do CO2 são diferentes. A auto-regulação responde de maneira mais rápida e efetiva as oscilações do CO2 do que a do O2, logo a concentração de CO2 é fundamental para promover alterações no fluxo sanguíneo cerebral. →Relação PIC/PAM/FSC A hipertensão intracraniana é o aumento da pressão intracraniana (PIC). O aumento da PIC, quer seja ele por aumento de edema, volume sanguíneo cerebral, vai levar a queda de perfusão cerebral. Uma vez que, se aumentar a PIC, a PPC cai. A PPC pode cair também se a PAM cair como em um acidente, levando a hipovolemia por ruptura de uma arterial femoral, ocasionando um choque hipovolêmico; ou um choque hemodinâmico em uma infecção grave levando a queda da pressão arterial > queda da PAM > diminuição da PPC; obstruição mecânica das carótidas. Beatriz Marinelli 7º termo Ou seja, um aumento da PIC ou diminuição da PAM podem gerar uma diminuição da PPC, com isso o cérebro acumula CO2 e cai O2. Quando isso ocorre, pela sua auto- regulação, ele vaso dilata, aumentando o fluxo sanguíneo cerebral. A partir do momento que é aumentado o FSC, dentro da caixa craniana, aumenta o volume de sangue, podendo aumentar a PIC, que vai diminuir a PPC entrando em um ciclo vicioso. Para quebrar esse ciclo é necessário resolver aquilo que está gerando o aumento de pressão intracraniana, que pode ser um tumor, hidrocefalia, hematoma e outros. →Sinais e Sintomas Agudo: Os sintomas de paciente com HIC aguda e crônico são diferentes entre si, sendo o agudo o mais grave, chegando no atendimento com rebaixamento do nível de consciência, podendo se apresentar com a tríade de Cushing: • Hipertensão arterial sistêmica; • Bradicardia; • Irregularidade do padrão respiratório. Crônico: O paciente que desenvolve HIC lento e progressivo vai desenvolver ao longo do tempo: • Dor de cabeça progressiva; • Náuseas e vômitos; • Déficit visual progressivo; • Papiledema (edema de papila, sinal indireto da HIC, vista no exame de fundo de olho, perde a linha que demarca a papila ótica); • Déficit VI nervo (abducente, nervo intracraniano com maior trajeto no espaço subaracnóideo, podendo ter um déficit pelo aumento da PIC, consequentemente leva ao estrabismo convergente). Beatriz Marinelli 7º termo →Escala de Coma Glasgow Ao entrar na sala de emergência o paciente com descompensação da PIC de forma aguda, ou seja, aquele paciente que normalmente chega com diagnóstico de trauma encefálico, AVC hemorrágico; esse paciente chega com comprometimento do nível de consciência devendo graduar esse paciente utilizando a escala de coma de Glasgow. Na escala de coma de Glasgow levamos em conta 3 fatores: • Resposta da abertura ocular: os valores vão de 1 a 4; • Melhor resposta motora: os valores vão de 1 a 6; • Melhor resposta Verbal: os valores vão de 1 a 5. Quanto maior o valor, melhor o paciente está em relação a nível de consciência. Os valores da escala vão variar de 3 a 15. Essa avaliação deve ser criteriosa, devendo avaliar aquilo que o paciente faz de melhor, ou seja, se tem um paciente com hematoma do lado esquerdo e uma hemiplegia do lado direto, mas do lado esquerdo o paciente está fazendo todos os movimentos correto, devendo dar valor a melhor resposta. É importante ressaltar que essa escala mensura o nível de consciência, devendo ter bom senso. Por exemplo, pode chegar um paciente tetraplégico em que a resposta motora está ausente (1), mas o restante está excelente, devendo explicar que o Glasgow está baixo por essa condição do paciente. Na escala de coma Glasgow (ECG), existe um numero “magico”, o 8. ECG menor ou igual a 8 é um indivíduo que merece assistência ventilatória mecânica, devendo intubar na sala de emergência, uma vez que esse pode vir a morrer de insuficiência respiratória Beatriz Marinelli 7º termo pela diminuição do nível de consciência. Paciente com Glasgow 9 para cima, na maioria das vezes não precisam de assistência respiratória levando em consideração apenas a parte neurológica. →Anisocoria Outro sinal muito relevante na avaliação dos pacientes com HIC é o sinal da anisocoria que é a morfologia da pupila diferente da contralateral. Do ponto de vista patológico e neurológico, o problema sempre vai estar do lado da pupila maior, descrevendo o exame: “paciente anisocorico direito maior que o esquerdo”. Isso nos leva pensar que algo está fazendo uma compressão do lado do olho alterado do paciente e provavelmente uma compressão do tronco encefálico. O III nervo (oculomotor) leva o SNA até a pupila e inerva o musculo esfíncter da pupila. O lado simpático faz a midríase, o parassimpático faz a miose. O III nervo, lá no globo ocular tem as duas fibras, porém dentro da caixa craniana, em todo trajeto do III nervo no crânio, só vai ter as fibras parassimpáticas. As fibras simpáticas vão fazer parte do III nervo quando ele entra dentro do globo ocular. Logo, se tem alguma lesão fazendo um efeito compressivo em cima do lobo temporal levando a desvio medial das estruturas como o Uncus junto a estruturas da linha média promovendo a herniação uncal, o uncus vai comprimir o III nervo, quando isso ocorre leva uma disfunção das fibras parassimpático, levando uma exacerbação dos nervos simpáticos promovendo a midríase. O uncus está pressionando o II nervo e o próximopasso vai ser pressionar o mesencéfalo, onde está passando o trato corticoespinhal lateral que vai levar a função motora do córtex motor até o hemicorpo contra lateral, cuja as fibras só vão cruzar no bulbo, na decussação das pirâmides. Então primeiro eu comprimo o III nervo que leva a anisocoria, logo depois tem uma hemiparesia contralateral e após isso o paciente entra em coma uma vez que todo tronco está sendo espremido, levando a isquemia da substância reticular ativadora ascendente, conjunto de feixes axonais que faz acordar, levantar e dormir, levando o indivíduo a coma e posteriormente a morte. →Monitorização da PIC O mais importante em paciente com HIC é manter a perfusão cerebral. Em um paciente dentro da sala de emergência é fácil monitorar a PAM cateterizando uma artéria no membro superior colocar no monitor e esse dá o valor da PAM, ou fazer de forma manual utilizando a equação. Beatriz Marinelli 7º termo A PIC por sua vez é mais difícil de ser monitorizada. Essa monitorização se dá através de cateteres específicos que podem ser colocados dentro: • Ventrículos: cateter intraventricular; • Parênquima: cateter intraparenquimatoso; • Subdural: cateteres subdurais. O mais fidedigno é o intraventricular, dando a pressão mais fidedigna. Além disso esse da uma possibilidade de terapêutica, ou seja, com esse é possível aspirar liquido aliviando a pressão dentro do crânio. Com os outros cateteres isso não é possível. Esses cateteres dão o valor da PIC através de fibra ótica que vão ser acopladas em monitores específicos dando desses valores, e partir desse junto com a PAM é possível calcular a PPC. A colocação desses cateteres se faz por processos cirúrgicos simples, tendo como risco a formação de hematomas e infecção. →Tratamento Indivíduos com Glasgow menor ou igual a 8 ou com tomografia cerebral alterada, de uma maneira geral, esses indivíduos podem se beneficiar de uma monitorização da PIC, com objetivo de manter a PPC maior que 50 mmHg. Considera que o paciente está com HIC se a PIC estiver acima de 20 mmHg. Estando ele com HIC temos as intervenção de 1º linha: • Colocar a cabeceira elevada em um ângulo de 30 graus; • Sedar e colocar em respiração mecânica, fazendo com que o cérebro necessite de um menor aporte de oxigênio e glicose; • Manter PaCO2 dentro de limites normais (35-38 mmHg); • Manter saturação de O2 acima de 92%; • Em último caso drenar LCR caso esteja com cateter; Beatriz Marinelli 7º termo • Nunca fazer punção lombar. Se mesmo assim a PIC se manter elevada deve-se fazer uma tomografia de crânio para ver se há um novo hematoma, ressangramento. Se isso não existir inicia-se a intervenção de segunda linha: • Hiperventilação leve, baixar o PaCO2 para 30-35 mmHg, fazendo vaso constrição, diminuindo o volume sanguíneo intracraniano, aliviando a PIC. Não manter isso direito pois pode levar a isquemia cerebral; • Manitol, agente hiperosmolar, diurético, ao passar pela circulação cerebral tem capacidade de “sugar” o liquido intersticial do edema jogando para fora, aliviando a PIC. Não abusar podendo levar a uma desidratação do paciente, piorando em um segundo momento o FSC. • Coma barbitúrico, coma profundo induzido farmacologicamente, diminuindo a demanda cerebral. Caso a PIC continue elevada, fazer tomografia e ver se há mais algo a ser feito. Caso não haja, iniciar a intervenção de terceira linha: • Solução salina hiperosmolar (NaCl 3%), age igual o manitol, mas pode usar por um tempo mais prolongado; • Hiperventilação moderada (PaCO2 <30 mmHg), com objetivo de diminuir o FSC; • Craniectomia descompressiva; • Hipotermia moderada (32-35 graus), muito complicado para fazer. Paciente com HIC não pode ter hipotensão arterial. Beatriz Marinelli 7º termo
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