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Aula 6 - Disbiose intestinal

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02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 1
Disbiose intestinal
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki
Você é o que você:
Ingere
Absorve
Utiliza
Excreta
Funções do trato gastrintestinal
Digestória
Absortiva
Imunológica
Neurológica
Endócrina
Destoxificante
Excretória
Componentes do trato gastrintestinal
Boca
Mastigação Fragmentação do alimento
Estímulo à secreção enzimática
Secreção salivar
Limpeza e lubrificação da cavidade oral
Neutralização e diluição ácida
Dissolução de componentes responsáveis pelo 
sabor
Lubrificação do bolo alimentar
Hidrólise de carboidratos
Componentes do trato gastrintestinal
Estômago
Armazenamento do bolo 
alimentar
Mistura do bolo alimentar 
com as secreções gástricas
Propulsão do quimo para o 
intestino delgado
Hipocloridria
Diminuição da secreção de ácido clorídrico
– Prevalência de 4% aos 20 anos, chegando a
75% após 60 anos
– Possíveis causas:
• Presença de Helicobacter pylori
• Deficiência de zinco e B6
• Consumo excessivo de carboidratos simples e
lipídeos
• Dieta restrita em sódio
• Estresse
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 2
Crescimento bacteriano
no intestino delgado
Digestão e absorção
prejudicadas
”… pode reduzir a absorção 
de B6, ácido fólico, cálcio, 
ferro e ainda predispor a 
infecções intestinais”
”uma vez que a produção 
de HCl depende de 
Zn, baixos níveis deste 
mineral podem indicar 
a deficiência deste ácido”
Distensão abdominal
Eructação
Diarréia
Constipação
Plenitude pós prandial
Restos alimentares nas 
fezes
Língua branca 
Halitose
Artrite 
Cãibras
Alergia alimentar
Osteoporose 
Anemia
Parasitose
Acne
Candidíase crônica
Náuseas após a ingestão 
de suplementos
Sinais e sintomas
Intestinais Extra-intestinais
Hipocloridria induzida
Antiácidos: sais de alumínio,
cálcio e magnésio
Bloqueadores de bombas de
prótons: omeprazol,
pantoprazol
Antiácidos anti histamínicos:
cimetidina, ranitidina,
famotidina
Redução ou 
eliminação da 
hipercloridria
Hipocloridria ou Hipercloridria?
• Testes diagnósticos
Hipocloridria Hipercloridria
Eructação Eructação pode estar 
presente
Azia Azia
Dor gástrica pós prandial Dor gástrica em jejum �
aliviada após ingestão 
alimentar
Digestão protéica lenta �
sensação de plenitude 
Digestão protéica normal ou 
rápida
Dispepsia
Representa uma dificuldade do processo digestório, 
caracterizada por hiposecreção ou liberação 
assincrônica digestiva, sem alterações estruturais
• Síndrome do desconforto pós-prandial: sensação de
dor, desconforto, enfartamento após as refeições e
saciedade precoce
• Síndrome da dor epigátrica: dor localizada no
epigastro, sem outros sintomas, intermitente, sem
outras localizações e que não alivia com defecação
*pode ter etiologia emocional!!
Causas da dispepsia
• Estresse
• Consumo de alimentos processados
• Deficiência nutricional e aumento da carga
tóxica
• Mastigação insuficiente
• Ingestão de líquidos durante a refeição
• Menor eficiência enzimática
• Consumo alimentar excessivo
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 3
Componentes do trato gastrintestinal
Intestino delgado
Duodeno
Cloreto, Ca, Mg, Fe, Zn, Cu, Mn
Monossacarídeos e lipídeos
B1, B2, B6, B9, ácido ascórbico
Vitaminas lipossolúveis
Jejuno
Dissacarídeos
B1, B2, B6, B9
Aminoácidos
Íleo Colesterol e sais biliares
B12
Digestão e absorção
de nutrientes
Má-absorção intestinal
• Sintomas de má digestão
• Fezes excessivamente volumosas
• Queda de cabelo
• Unhas fracas e com manchas
• Pele excessivamente envelhecida e ressecada
• Avaliação laboratorial alterada:
– Vitamina B12, ácido fólico, zinco, cobre e manganês
Síndromes de má-absorção
Digestão adequada de lactose
Lactose no 
intestino 
delgado
Ação
da lactase
Absorção 
de glicose 
e galactose
Digestão
normal e 
completa
Síndromes de má-absorção
Lactose 
no intestino 
delgado
Ausência 
de lactase
Fermentação da lactose 
Produção de gás hidrogênio 
e metano 
Diarréia osmótica
Gás 
hidrogênio e 
metano atingem 
corrente sanguínea
Intolerância à lactose
Baixa produção de 
dissacaridases
Má absorção de 
dissacarídeos
Supercrescimento
bacteriano
Má digestão de 
dissacarídeos
Lesão no epitélio
do intestino delgado
Aumento na produção 
de enzimas bacterianas
e muco
Intolerância à lactose
“...ao redor dos 5 anos de idade, a habilidade em 
sintetizar lactase começa a reduzir-se”
“é estimado que na idade adulta, 
aproximadamente 70% da população mundial 
tenha produção negligenciável de lactase, 
resultando em intolerância à lactose”
Clinical Nutrition: A Functional Approach. IFM, 2004
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 4
Prevalência da intolerância à lactose
Negros africanos 97-100%
Orientais 90-100%
Negros norte americanos 70-75%
Mexicanos 70-80%
Mediterrâneos 60-90%
Descendentes de judeus 60-80%
Europeus (centro) 10-20%
Caucasianos norte 
americanos
7-15%
Europeus (norte) 1-5%
Clinical Nutrition: A Functional Approach. IFM, 2004
Intolerância à lactose
• Manifestações:
− Cólicas abdominais
− Flatulência
− Náuseas
− Distensão abdominal
− Diarréia
“Uma vez que as proteínas do leite, especialmente a caseína, são
uma das principais substâncias associadas a alergias
alimentares, os laticínios são, portanto, uma dupla ameaça, por
contribuírem para intolerância e alergenicidade”
Diagnóstico
Testes bioquímicos
• Teste da lactose
• Concentração de hidrogênio do ar exalado
Teste dietético
• Dieta de eliminação com posterior
reintrodução de alimentos específicos
Funções do trato gastrintestinal
Digestória
Absortiva
Imunológica
Neurológica
Endócrina
Destoxificante
Excretória
Defesa intestinal
• FÍSICA:mucosa e células epiteliais
• QUÍMICA: secreção de enzimas, HCl e sais biliares
• IMUNOLÓGICA:GALT e MALT
• MICROBIOLÓGICA:microbiota intestinal
Mucosa intestinal
Secreção de 
defensinas
Secreção de 
peptídeos e mucina
Menor acesso de proteínas 
no intestino, transporte de 
peptídeos e grandes 
moléculas
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 5
Fator de crescimento epitelial
• Presente na saliva, glândula paratireóide, pâncreas,
rins e duodeno
• Desempenha um importante papel na manutenção
e integridade da mucosa oro-esofageo-gástrica
– Prevenção contra ulcerações
– Equilíbrio do pH gástrico
– Estímulo à síntese de DNA � renovação mucosa
– Proteção da mucosa gástrica e intestinal (ácido
gástrico, ácidos biliares, pepsina, tripsina)
– Proteção contra agentes químicos agressores e contra
patógenos
Imunológica
Sistema imunitário entérico
GALT (Tecido linfóide associado ao intestino)
• 70% do sistema imune está localizado ao redor e no
trato gastrintestinal (linfócitos B, T e fagócitos)
• 20% das células intestinais não são enterócitos, mas
linfócitos
• O intestino contém aproximadamente 60% do total
de imunoglobulinas e mais de 106 linfócitos/g de
tecido
• Desenvolvimento dependente de microorganismos
intestinais
Microbiota intestinal
kefirangulatum
salvariuspesudocate-nulatum
breviscatenulatum
lactislongum
lactiscaseiadolescentis
Lactococcus 
cremoris
faecalirhamnosusinfantis
Saccharomyces 
boulardii
faciumbulgaricusbreve
Enterococcus 
faecium
thermophilusacidophilusbifidum
OutrosStreptococcusLactobacillusBifidobacterium
400 a 500 espécies bacterianas
20 espécies correspondem a 
¾ do total
Estômago:
n0 de bactérias ~ 103/ml
Instestino grosso e cólon
n0 de bactérias ~ 1012/ml
Instestino delgado
n0 de bactérias ~ 
104 – 106/ml
Lactobacillus
Nutrientes
Alimentos funcionais
Funções da microbiota probiótica
Nutricionais
Síntese de vitaminas B1,B2, B3, B5, B6, B9, B12, 
biotina, K, D
Digestórias
Síntese de enzimas digestivas
Regulação da persitalse, dos movimentos 
intestinais e absorção de nutrientes
Cardiovasculares
Regulação do colesterol e triglicerídeos 
plasmáticos
Funções da microbiota probiótica
Metabólicas
Produção de enzimas citocromo P450-like 
Degradação de hormônios
Conversãode flavonóides em suas formas 
ativas
Metabolização de medicamentos, 
carcinógenos, xenobióticos e metais pesados
Imunitárias
Produção de antibióticos e antifúngicos
Estimulação da maturação das células 
imunitárias (GALT, MALT)
Efeitos imuno moduladores: modulação de 
citocinas, aumento da atividade fagocitária, 
ativação dos linfócitos T
Controle da permeabilidade intestinal
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 6
Funções do trato gastrintestinal
Digestória
Absortiva
Imunológica
Neurológica
Endócrina
Destoxificante
Excretória
Sistema nervoso entérico
Há mais de 100 milhões de células neuronais nos 
tecidos que revestem o esôfago, estômago, 
intestino delgado e cólon
• Há uma série de fibras que conectam o sistema
nervoso entérico com o resto do sistema
nervoso
– 1.000 a 2.000 fibras nervosas chegam ao
intestino por meio do nervo vago
– 90% das fibras são aferentes (intestino �
cérebro)
GERSHON M.D. The Second Brain, 1998
Sistema nervoso entérico
Funções neurológicas
• Regulação dos movimentos peristálticos
• Controle do fluxo sanguíneo intestinal
• Efeito sobre o transporte de água e eletrólitos
pela mucosa intestinal
Estimula as secreções do pâncreas e intestino 
delgado e gliconeogênese hepática; inibe a 
produção de HCl; vasodilata a musculatura 
lisa
Todos os tecidosPeptídeo inibidor 
vasoativo
Sensorial (principalmente dor)Intestino, SNC, peleSubstância P
Inibe a liberação de hormônios gástricos e 
pancreáticos; diminui a produção de enzimas 
pancreáticas; diminui a capacidade de 
armazenamento da vesícula biliar
Intestino, SNCSomatostina
Estimula a peristalse e reflexos secretórios e 
envia mensagens do TGI para o cérebro
Intestino, SNCSerotonina
Inibe a liberação de HCl e esvaziamento 
gástrico
Intestino, SNCNeurotensina
Efeito opiáceoIntestino, SNCEncefalina
Estimula a liberação do hormônio intestinalIntestino, SNC, 
pulmão
Bombesina
Ação principalLocal de liberaçãoNeurotransmissor
Funções do trato gastrintestinal
Digestória
Absortiva
Imunológica
Neurológica
Endócrina
Destoxificante
Excretória
Função endócrina
• Regulaçãoda pressão do esfíncter esofágico inferior
• Secreção HCl, pepsinogênio e muco
• Controle da motilidade gástrica, intestinal e vesicular
• Liberação de insulina, glucagon
• Controle sobre o hormônio do crescimento e TSH
Hormônios gastrintestinais
Gastrina
Secretina
CCK
Polipeptídeo inibitório gástrico
Glucagon
Motilina
Somatostatina
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 7
Funções do trato gastrintestinal
Digestória
Absortiva
Imunológica
Neurológica
Endócrina
Destoxificante
Excretória
Componentes do trato gastrintestinal
Intestino grosso
•Absorção de nutrientes remanescentes
•Absorção de água
•Formação das fezes
Composição das fezes:
2/3: água, fibras e restos alimentares
1/3: microorganismos
Fezes ideais: bem formadas, hidratadas, de fácil expulsão 
e com aspecto de uma banana marrom
Fezes muito tempo no cólon: pequenas bolas secas
Pedaços separados,
duros como amendoim
Forma de salsicha, 
mas segmentada
Forma de salsicha, mas 
com fendas na superfície
Forma de salsicha ou 
cobra, lisa e mole
Pedaços moles,
mas contornos nítidos
Pedaços aerados,
contornos esgarçados
Aquosa, 
sem peças sólidos
Escala de Bristol
Tipo 01
Tipo 02
Tipo 03
Tipo 04
Tipo 05
Tipo 06
Tipo 07
Avaliação do tempo de trânsito 
intestinal
Carvão ativado: torna as fezes escuras
Beterraba: torna as fezes avermelhadas
Resultados:
< 12h: não há absorção adequada de nutrientes
12 – 24h: funcionamento adequado
> 24h: muito tempo de permanência das fezes no cólon
Alterações na produção e conversão de bileEsverdeadas 
Hemorróidas, sangramento do TGICom sangue
Má digestão, oxidação das fezes, infecção e/ou intoxicação 
intestinal
Com odor fétido
Má mastigação, má digestão, debilidade do TGICom restos alimentares
Colite, Crohn, úlcera, dieta altamente produtora de muco 
(derivados de leite), sensibilidades alimentares
Muito muco, viscosas, 
pegajosas
Dieta rica ou déficit na absorção de lipídeos, desequilíbrio 
hepático, excesso de muco por colite, elevada produção 
gasosa
Flutuantes
Insuficiência biliar, obstrução da vesícula biliar, estaseClaras
Espasmo, obstrução colônica, estrangulamento do cólon ou 
hiperplasia prostática
Finas e em tiras
Sensibilidades alimentares, intoxicação colônica, dieta pobre 
em fibras
Fragmentos finos
Dieta pobre em fibras e água, sedentarismo e sensibilidades 
alimentares, congestão hepática
Forma de pedrinhas
Metabolismo
anaeróbio 
de proteínas
Presença de material 
fermentável
Fornecer energia e nutrientes para o crescimento e 
proliferação colônica probiótica
AGCC
acetato, propionato, butirato
CO2, H2, ácido lático
Putrefação
AGCC
tióis
amônia
fenóis
indóis
aminas
Fermentação de 
carboidratos 
não digeríveis
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 8
Efeitos dos AGCC
• ACETATO (60%): efeitos sobre o metabolismo do
colesterol
• PROPIONATO (25%): efeitos sobre o metabolismo
do colesterol e da glicose
• BUTIRATO(15%): energia para as células intestinais
Colesterol
Mevalonato
HMG CoA
Acetil CoA
Metabolismo do colesterol
HMGCoA
redutase
bactérias
Fibras fermentadas:
butirato ↓↓↓↓ pH no cólon
↓↓↓↓ síntese de mutágenos
Indução do crescimento
celular na base 
das criptas
↑↑↑↑ trofismo das células 
da mucosa
↓↓↓↓ proliferação de 
células neoplásicas
Fibras
Importância do butirato
A fibra inibe o crescimento 
de cepas que degradam
os ácidos biliares em 
compostos cancerígenos
Exame coprológico funcional
Verificar a digestão, absorção e ambiente colônico
Macroscopia
• Presença de muco, pus e sangue
• Avaliação da coloração:
− Marrom clara: fezes normais
− Amarela ou verde: flora alterada
− Escura: sangramento do TGI alto
− Descoloridas: insuficiência pancreática, 
esteatorréia ou obstrução biliar
− Vermelha: sangramento TGI baixo
Exame coprológico funcional
Microbiologia
• Verificação da presença e quantidade de
bactérias benéficas e patógenos em potencial
Micologia
• Identificação e quantificação de fungos
Exame copológico funcional
Marcadores metabólicos
• Butirato
• β- glicuronidase
• pH: avaliação de fermentação
Marcadores inflamatórios
• Verificação da presença de leucócitos
• Discriminação entre alterações inflamatórias e não
inflamatórias intestinais
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 9
DisbioseDisbiose
“Estado em que
microorganismos de 
baixa virulência se 
tornam patogênicos
em virtude do 
desequilíbrio
quantitativo e 
qualitativo que está
instalado, afetando
negativamente a 
saúde humana”
DECLÍNIO DA 
FUNÇÃO 
DIGESTIVA
Crescimento de 
fungos e bactérias
DISBIOSE
Produção de 
toxinas
HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL
Formação de 
imunocomplexos
Estresse do sistema 
imunitário
Desequilíbrios imunes, 
hormonais e inflamatórios 
Causas da disbiose
• Alimentação inadequada
• Acloridria ou hipocloridria
• Insuficiência pancreática
• Motilidade intestinal reduzida
• Estresse
• Uso de medicamentos (laxantes, ACP, AINEs)
Fatores que influenciam na 
composição da microbiota 
intestinal
Idade
Tempo de trânsito intestinal
pH intestinal
Disponibilidade de material 
fermentável
Estado imunológico
Uso de antibióticos e 
imunossupressores
Necessidades nutricionais
NUTRIÇÃO
Patógenos mais comuns
Parasitas
Giardia lamblia
Entamoeba histolytica
Taenia sp.
Ascaris lumbricoides
Ancilostoma mansoni
Enterobius vermicularis
Campylobacter
Klebsiella sp.
Proteus sp.
Pseudomonas sp.
Salmonella sp.
Bactérias
Fungos Candida sp.
Atividades dos patógenos
• Alta produção enzimática, que causa a maioria de seus
efeitos danosos, como:
– Destruição de vitaminas
– Destruição da GAP junctions
– Inativação de enzimas
– Desconjugação de sais biliares
– Produção de toxinas, promotores tumorais e
carcinógenos
– Produção de metabólitos tóxicos
– Destruição da mucosa intestinal com inativação das
enzimas da borda em escova
– Inativação das enzimas pancreáticas02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 10
Produtos dos patógenos 
• Amônia
• Ácido sulfídrico
• Nitrosaminas
• Fenóis
• Indóis
• D-lactato
• LPS
• Ácidos biliares
desconjugados
• β-glicuronidase
• Nitroredutases
• Sulfatase
• Glicosidases
• Aminas:
– Cadaverina
– Triptamina
– Putrescina
– Etilamina
– Metilamina
– Dietilamina
Consequências da disbiose
Perda da permeabilidade
seletiva e translocação de:
Toxinas e subprodutos
bacterianos
Macromoléculas
alimentares
Alergenos alimentares
Metais tóxicos
Xenobióticos
REAÇÕES 
SISTÊMICAS
Translocação paracelular
Desmossomos
Transporte
paracelular
Transporte
transcelular
Síndrome da 
hiperpermeabilidade intestinal
Conjunto de condições 
clínicas (alergenos, 
estresse oxidativo, 
medicação, disbiose) 
resultando nos 
mecanismos de 
transporte do enterócito 
anormal e destruição da 
mucosa intestinal
Síndrome fúngica
Produção de toxinas
Sistema nervoso
Fadiga
Dificuldade de concentração
Confusão mental
Irritabilidade
Diminuição da memória
Insônia
Alteração de humor
Compulsão alimentar para doces
Cefaléia
Sistema gênito urinário
TPM
Infecções vaginais recorrentes
Diminuição da libido
Impotência masculina
Síndrome fúngica
Pele
Psoríase
Eczema
Sudorese excessiva
Acne
Sensibilidade ao sol
Infecções unculares
Sistema digestório
Flatulência
Distensão abdominal
Diarréia alternada com 
constipação
Hipersensibilidades alimentares
Prurido anal
Pontos pretos na língua
Hálito desagradável
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 11
RecolocarRemover
ReinocularReparar
PROGRAMA DOS 4 Rs
Restaurando a permeabilidade intestinal Remover
Patógenos, xenobióticos e alergenos
alimentares
• Restrição dos alergenos alimentares
• Diminuição da exposição à xenobióticos
• Remoção de patógenos
• Maximização da frequência evacuatória
Recolocar
Reequilíbrio das concentrações de ácido 
clorídrico e enzimas digestivas
• Enzimas proteolíticas: pepsina, protease, bromelina, 
papaína� 150 a 300mg
• Solução de ácido clorídrico 5%: 1 a 7 gotas em água
• Enzimas lipolíticas: lipase, sais biliares � 100 a 300mg
• Amilase / Lactase: 50 a 300mg 
• Enzimas pancreáticas: pool de enzimas � 100 a 300mg
• Aloe vera: 100mL
• Ervas e temperos: gengibre, hortelã, alcachofra, alecrim, 
cardamomo, camomila
Reinocular
Probióticos, Prebióticos e Simbióticos
Probióticos
“Microrganismos vivos não patogênicos que, quando
ingeridos, exercem uma influência positiva na saúde
do hospedeiro através de efeitos fisiológicos, 
promovendo o equilíbrio da microbiota intestinal”
Cuppari, 2006
Critérios para seleção de probióticos
Probióticos
Origem humana
Resistência ao suco 
gástrico
Resistência à bile
Resistência à lisozima
O produto deverá 
conter números 
elevados de 
microrganismo e 
resistir às 
condições de 
processamento
Capacidade de 
aderência à mucosa
Efeitos dos probióticos na saúde
• Redução da frequência e duração da diarréia
• Estímulo à imunidade celular e humoral
• Redução de metabólitos bacterianos indesejáveis,
como amônia, agentes alquilantes, componentes
nitrosos e enzimas procarcinogênicas no cólon
• Redução da infecção por Helicobacter pylori
• Redução de sintomas alérgicos
• Alívio da constipação intestinal
• Benefício sobre o metabolismo mineral,
particularmente estabilidade e densidade óssea
• Prevenção de neoplasias
• Redução do colesterol e triglicerídeos plasmáticos
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 12
Cepas probióticas
Lactobacillus casei
− Funções imuno-
reguladoras (IgA)
Lactobacillus rhamnosus
− Equilíbrio do pH intestinal
− Aumento da tolerância à
lactose
− Maior aderência à
mucosa intestinal
− Diminuição do processo
inflamatório
Lactobacillus acidophilus
− Aumento das funções
imunitárias
− Redução da putrefação
intestinal
Bifidobifidum
− Aumento da absorção de
micronutrientes
− Competição com
bacterióides
Reinocular
Prebióticos
“Ingredientes alimentares não digeríveis que
beneficiam o hospedeiro por estimular seletivamente
o crescimento e/ou a atividade de uma ou um 
número limitado de espécies bacterianas no cólon”
Gibson e Roberfro,1998
Prebióticos
Galactooligossacarídeos
Oligossacarídeos da soja
Arabinogalactans
Lactulose
Inulina
Frutooligossacarídeos
Prebióticos, amido resistente, fibras solúveis
Fermentação pela microbiota intestinal
Nutrição dos 
enterócitos
70%
Butirato Acetato e Propionato H2, CH4 e CO2
Regulação da 
expressão gênica
���� pH intestinal Metabolismo hepático
Formação do flato
Efeitos terapêuticos dos 
prebióticos 
• Hipolipemiante
• Equilíbrio microbiótico
• Melhora do padrão
intestinal
• Maior biodisponibilidade
de minerais
• Redução de metabólitos
tóxicos e de enzimas
procarcinogênicas
• Redução da pressão
arterial
• Produção de nutrientes
pelas bifidobactérias
Doses mínimas de 4g ao dia 
são precisas para a 
bifidogênese
4 a 15g afetam a frequência 
e o volume das fezes
Doses superiores a 20g 
podem desencadear 
efeitos colaterais
Reparar
Dieta não irritativa, rica em nutrientes de crescimento
• Dieta não-irritativa à mucosa: isenta de frituras, café, cacau, 
chá preto, refrigerantes e alimentos industrializados
• Reparo da mucosa e dieta rica em nutrientes de crescimento:
Zinco: crescimento e regeneração do epitélio intestinal
• Dose: mínimo 15mg ao dia
αααα-tocoferol: manutenção da integridade da membrana
celular
• Dose: 400 UI ao dia
Retinol: melhora da função da barreira intestinal
• Dose: 5.000 a 10.000 UI ao dia
02/05/2011
Profª Msc. Carolina Amâncio Louly 
Sasaki 13
Reparar
Ácido pantotênico: cicatrização da mucosa
�Dose: 10 a 50mg ao dia
Ácido fólico: formação de microvilosidades
�Dose: 400 a 1.000µg ao dia
Ácido ascórbico: antioxidante
�Dose: 200mg, até 4 vezes ao dia
Fosfatidilcolina: manutenção da integridade das tight
junctions
�Dose: Lecitina de soja� 3.000mg ao dia
Complexo γγγγ-orizanol: restauração da permeabilidade
intestinal
�Dose: 100mg, 3 vezes ao dia
Glutamina: fonte energética para os enterócitos
�Dose: 300 a 500mg/Kg/dia

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