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Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 3ªAULA – 08.04.20 Profe Bruno Trevisan DENTES INCLUSOS A aula de hoje ser muito focada no diagnostico dos dentes inclusos, para assim realizarmos um transoperatório seguro e tranquilo para o paciente. → Vamos falar sobre conceitos, classificação e indicação dos dentes inclusos, cap. 9 do livro. Conceito dente incluso/impactado: dentes que falham em irromper no arco dentário dentro do tempo previsto, ou seja, pode levar um tempo maior que a parte fisiológica. Ou um dente que não ira erupcionar por uma barreira física que impede. Dente retido: aquele que não erupcionou na cavidade bucal no momento normal Dente impactado: dente retido que está completamente circundado por osso CAUSAS Dentes adjacentes Recobrimento ósseo Excesso de tecido mole, o dente consegue romper a crista óssea, mas não consegue romper o tecido mole, pode se realizar um ulectomia. Anomalia genética Trauma no germe (bem comum, geralmente ocorre à intrusão) quando isso ocorre à raiz pode deslocar e ele acaba tomando uma forma alterada e assume outra posição. Epidemiologia: os dentes mais comuns são os terceiros molares maxilares e mandibulares, seguidos pelos caninos maxilares e pré-molares mandibulares. Sistema de classificação Existe esse sistema para planejarmos a cirurgia, isso ocorre principalmente nos dentes inferiores, classificação de winter. ANGULAÇÃO O sistema de classificação mais comum, no que diz respeito ao planejamento, usa a determinação da angulação do longo eixo do terceiro molar impactado com relação ao longo eixo do segundo molar adjacente. Dentes com alguma inclinação têm vias de saída prontas para a sua remoção, enquanto vias de saída para dentes com outras inclinações precisam da remoção de quantidades substanciais de osso. Este sistema de classificação gera uma avaliação inicial útil da dificuldade de extração, mas não é suficiente por si só para definir completamente a dificuldade da remoção do molar. Angulação Horizontal Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 O dente incluso horizontal, a coroa fica para mesial, mesioangulado e o dente para horizontal. Quando o longo eixo do terceiro molar é perpendicular ao segundo molar, o dente impactado é considerado horizontal (Fig. 9-17). Este tipo de impactação é normalmente considerado mais difícil de remover quando comparado com a impactação mesioangular. Impactação horizontal ocorre menos frequentemente, sendo vista em aproximadamente 3% de todas as impactações mandibulares. TECNICA CIRURGICA: boa osteotomia também, separa a coroa e separa as raízes, as vezes não precisa seccionar a raiz. Cortem a coroa mais inclinada, não tão reta. Sempre vai ter que cortar a coroa. Formato de cone invertido, se não ela não vai sair. Dente na vertical Na impactação vertical, o longo eixo do dente impactado corre paralelo ao longo eixo do segundo molar. A impactação ocorre com a segunda maior frequência, contando em aproximadamente 38% de todas as impactações, e é considerada terceira em facilidade de remoção. TECNICA CIRURGICA: osteotomia na distal do dente, secciona, tira a porção mesial e distal com cryer e depois com a seldin a porção mesial. As vezes não precisamos fazer odontosecção, depende de como o dente vai estar. Antes de fazer odontosecção certificar-se que a osteotomia está bem feita através da luxação do dente. Dente distoangulado, a coroa fica para distal, fica com a inclinação para o ramo mandibular, fica distoangulado. Na impactação distoangular, o longo eixo do terceiro molar está angulado posterior ou distalmente ao segundo molar. Esta impactação é a mais difícil de remover porque o dente tem um afastamento do caminho de extração que vai na direção do ramo mandibular, e sua remoção requer intervenção cirúrgica significativa. Impactações distoangulares ocorrem raramente e contam em aproximadamente 6% de todos os terceiros molares impactados. Terceiros molares irrompidos podem estar em posição distoangular. Quando isso ocorre, estes dentes são muito mais difíceis de remover comparados com outros dentes já irrompidos. A razão é que a raiz mesial do terceiro molar é muito próxima da raiz do segundo molar. Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 TECNICA CIRURGICA: ele é o mais difícil, pois o eixo de saída dele é para dentro do ângulo da mandíbula, então temos que fazer uma baita osteotomia no ramo da mandíbula lá na distal e depois seccionar o dente. PROFUNDIDADE → Tanto a profundidade de altura, por exemplo, em relação com o segundo molar. Também temos a relação de profundidade quando o dente esta com a coroa dentro do ramo. A profundidade do dente impactado comparado com a altura do segundo molar adjacente gera o próximo sistema de classificação para determinar a dificuldade de remoção da impactação. Este sistema de classificação também sugerido por Pell e Gregory e é chamado de Classificação Pell e Gregory A, B e C. Nesta classificação, o grau de dificuldade é medido pela espessura do osso de recobrimento; isto é, o grau de dificuldade aumenta à medida em que a profundidade do dente impactado aumenta. À medida em que o dente se torna menos acessível e fica mais difícil seccionar e fazer um ponto de apoio, a dificuldade geral da operação aumenta substancialmente. Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 TECIDO RECOBRINDO Recoberto por tecido mole, recobrimento mucoso, podemos ter recobrimento misto osso e tecido mole, ou só osso recobrindo, quanto mais profundo para dentro do osso, mais complexo será a nossa remoção. → Mostrou dois vídeos um com inclusão parcial tecido mole + osse, e o outro com tecido ósseo recobrindo. Os três tipos de impactações são (1) tecido mole, (2) óssea parcial, e (3) óssea completa. Uma impactação é definida como impactação de tecido mole quando a parte mais alta do contorno do dente está acima do nível do osso alveolar, e a porção superficial do dente está coberta apenas por tecido mole (Fig. 9-36). Para remover a impactação de tecido mole, o cirurgião deve incisar o tecido mole e rebater o retalho obtido para ganhar acesso ao dente e removê-lo do alvéolo. A impactação de tecido mole é normalmente a mais fácil das três extrações, mas pode ser complexa. A impactação óssea parcial ocorre quando a porção superficial do dente está coberta por tecido mole, mas pelo menos uma porção do contorno alto do dente está abaixo do nível do osso alveolar circundante (Fig. 9-37). Para remover o dente, o cirurgião deve incisar o tecido mole, rebater o retalho de tecido mole, e remover o osso acima da altura do contorno. O cirurgião pode precisar dividir o dente além de remover o osso. Um dente parcialmente impactado por osso é geralmente mais difícil de remover que um terceiro molar completamente impactado. A impactação óssea completa é uma impactação dentária totalmente revestida por osso e, que quando o cirurgião-dentista rebate o retalho de tecido mole, nenhum dente fica visível (Fig. 9-38). Para remover o dente, grandes quantidades de osso devem ser removidas, e o dente quase sempre precisa ser seccionado. Apesar de essa classificação ser usada extensivamente, frequentemente não tem relação com a dificuldade de extração ou com a probabilidade de complicações. Os parâmetros de Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 angulação, relação com o ramo, morfologia radicular, e idade do paciente são mais relevantes no planejamento de tratamento que o sistema usado por seguradores. O cirurgião deve usar toda a informação disponível para determinar a dificuldade da cirurgia proposta. Por que realizamos odonto secção? Porque é menos traumático ao paciente, o osso que removemos fica, porisso optamos em realizar a odontosecção, pois o elemento dentário será removido. Sempre iremos presar para não removermos osso em excesso, tudo pensando no paciente, para não comprometer o nosso pós-operatório. Tratamento Remoção Tratamento conservador Os caninos sempre optamos em deixar em boca, sempre nos unimos a orto para ajudar a colocar o dente em oclusão, o dente será lentamente levado a sua posição, demora, mas conseguimos reposicionar ele no local certo. ***Nessa figura A, Canino maxilar impactado posicionado labialmente. O dente deve ser descoberto com um retalho reposicionado apicalmente para preservar a gengiva inserida. B, O retalho mucoperiosteal é desenhado, permitindo o reposicionamento da mucosa queratinizada sobre o dente exposto. Quando o retalho é rebatido, o fino osso de recobrimento é removido. C, O tecido é retraído e um braquete colado ao dente com uma corrente de ouro. O retalho é suturado apicalmente ao dente. D, Após 6 meses, o dente exposto está na posição desejada, com uma ampla área de gengiva inserida. Coronectomia: quando mantemos a raiz do dente, removemos a coroa e a raiz permanece em boca, geralmente em casos que o dente esta próximo ao nervo/canal mandibular. Mas devemos controlar esse tipo de paciente, pois a raiz pode se mover com o passar dos anos. A coroa tem o folículo coronário e pode causar problema, por isso removemos ela e deixamos a raiz. INDICAÇÕES PARA REMOÇÃO Prevenção doença periodontal Prevenção de caries Prevenção de pericoronarite (capuz gengival) OBS: Pericoronarite fechando a boca dói mais porque morde a mucosa, macerando a mucosa, machuca gera edema, com a falta de higienização ocorre o acumulo de placa gerando a pericoronarite pela ação mecânica do 3° molar superior macerando a gengiva e química pelo acumulo de placa, pode gerar um abcesso. Paciente com pericoronárite nunca receita ATB sem ver se existe o trauma mecânico. A B A C D Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 Prevenção de reabsorção radicular (as vezes o dente incluso, o tecido pericoronário tem potencial de reabsorção óssea e dentaria, o mesmo que acontece com os dentes decíduos) Dentes impactados sob prótese dentaria Presença de tumores e cistos odontogenicos (principalmente aqueles oriundos de folículo pericoronário) Prevenção de fraturas da mandíbula Indicação ortodôntica (o ideal e 1/3 de raiz formada nos casos de sisos) Aspectos importantes Morfologia radicular → Raízes que estão com dois terços formados, que são menos difíceis de remover do que as completamente formadas. → Falta de desenvolvimento radicular. Se há tentativa de extração, a coroa irá normalmente girar dentro do alvéolo, tornando a remoção difícil. → Raízes fusionadas com forma cônica. → Raízes divergentes com curvatura severa. Tais raízes são mais difíceis de remover. → Espaço do ligamento periodontal largo. O espaço aumentado torna o processo de extração menos difícil. →Grande saco folicular. Quando o espaço do saco folicular é grande, a quantidade de remoção óssea necessária é diminuída. Relação com nervo alveolar (o nervo pode passar no meio dente como na foto) Terceiros molares impactados frequentemente têm raízes superpostas ao canal do nervo alveolar inferior nas radiografias. Apesar do canal normalmente ser na face vestibular do dente, ainda fica próximo às raízes. Assim, uma das potenciais sequelas da remoção dos terceiros molares impactados é o dano do nervo alveolar inferior. Isso geralmente resulta em alguma alteração sensorial (parestesia ou anestesia) do lábio inferior e do queixo no lado machucado. Apesar de essa sensação alterada ser geralmente breve (durando apenas alguns dias), ela pode se estender por semanas ou meses; em raras ocasiões ela pode ser permanente. A duração depende da extensão do dano do nervo. Se o término da raiz parece ser próximo ao canal alveolar inferior em uma radiografia, o cirurgião deve tomar cuidado especial para evitar lesão do nervo (Fig. 9-35), com aumento considerável da dificuldade do procedimento. A disponibilidade das tomografias computadorizadas torna a avaliação pré-operatória da relação entre a raiz e o canal mais fáceis de visualizar, ajudando a guiar decisões cirúrgicas. Figura: A, Visão radiográfica do terceiro molar mandibular que A B A Anotações de Cirurgia – Conteúdo G1 Daniele Litwinczyk iMED – ATO 2022 sugere proximidade ao nervo alveolar inferior. B, O buraco através da raiz do terceiro molar visto nas radiografias após a remoção. Durante a remoção, o plexo neurovascular alveolar inferior foi atingido. CASOS DE CIRURGIAS MAIS DIFÍCEIS DE SEREM REALIZADAS. 1. Posição distoangular 2. Classe II e 3 ramo de Pell e Gregory 3. Classe B ou C de profundidade de Pell Gregory 4. Raízes longas e finas 5. Raízes curvas e divergentes 6. Ligamento periodontal estreito 7. Folículo pequena 8. Osso denso inelástico 9. Contato com o segundo molar 10. Próximo ao canal alveolar inferior 11. Impactação óssea completa FATORES QUE TORNAM A CIRURGIA MENOS DIFÍCIL 1. Posição mesioangular 2. Classificação de ramo de Pell e Gregory classe I 3. Classificação de profundidade de Pell e Gregory classe A 4. Raízes 1/3 ou 2/3 formados 5. Raízes cônicas fusionadas 6. Ligamento periodontal grande 7. Folículo grande 8. Osso elástico 9. Separado pelo segundo molar 10. Separação do nervo alveolar inferior 11. Impactação do tecido mole Tema de casa ☺ Descrever a classificação de Winter e de Pell e Gregory, fazer um esquema, um desenho para termos como material de consulta.
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