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Universidade Paulista – UNIP Atividade Pratica Supervisionada Gabrielle Cauane Stevanato – D6172F-4 Guilherme Augusto Nascimento – D58FEI-1 Ianca Rarieli Rodrigues Ferreira – N266EG-6 Lucas Antonelo – D56ICB-8 Pablo Cauan Ap. Benetti – D6815l-0 Rubens Batista da Silva – T86041-5 Tatiane Carneiro Yoshizaki – D77588-0 Princípios de Validação de Limpeza e Processos CAMPINAS – SP 2020 SUMARIO Sumario 2 Lista de Figuras 3 Lista de Tabelas 4 Resumo 5 1 Revisão de Literatura 1.1 Introdução 6 1.2 Critérios para Validação de Limpeza 8 1.3 Critérios para Validação de Processo 10 1.4 Critérios Básicos na Manipulação de Medicamentos 11 2 Aplicação da Metodologia de Validação 2.1 Validação de Limpeza 12 2.1.2 Considerações Gerais da Validação de Limpeza18 2.1.3 Definição de Limites Residuais 19 2.2 Validação de Processo 19 2.2.1 Considerações Gerais da Validação de Processo 23 2.3 Aplicação: Validação X Manipulação 25 3 Conclusão e Considerações Finais 29 4 Referências Bibliográficas 30 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Colaborador da equipe de limpeza............................................9 Figura 2 – Encapsulamento.....................................................................11 Figura 3 - Swab de superfície de bancada...............................................15 Figura 4 – Limpeza do Teto de Laboratório.............................................18 Figura 5 – Etapas de Desenvolvimento....................................................21 Figura 6 – Superfície de bancada após manipulação.............................26 Figura 7 – Superfície de bancada após limpeza.....................................26 Figura 8 – Coleta de amostra em superficie após limpeza.....................27 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Fluxograma da Validação de Limpeza....................................17 Tabela 2 – Fluxograma da Validação de Processo..................................23 RESUMO Para estabelecer um alto padrão de qualidade na produção ou manipulação de medicamentos, a Validação de Limpeza e Processo na indústria farmacêutica são mecanismos pelos quais se asseguram que um sistema é capaz de fornecer de forma constante e consistente medicamentos que atendam a todas as especificações farmacêuticas. Uma das formas mais eficazes de se controlar a contaminação e a contaminação cruzada é a validação de limpeza. A validação de limpeza, como um conceito geral, é a evidência documentada de que os procedimentos de limpeza removem resíduos a níveis pré-determinados de aceitação, levando em consideração fatores tais como tamanho do lote, dose, toxicologia e tamanho do equipamento a ser limpo. A produção de insumos farmacêuticos envolve, além de processos físicos (processos de purificação no final da produção), processos químicos extremamente complexos, podendo levar à produção de uma infinidade de subprodutos, inclusive tóxicos. Além disso, são utilizados nos processos de fabricação, vários reagentes e solventes que devem ser eliminados do meio reacional, como derivados do benzeno, complexos metálicos e catalisadores. Várias dessas substâncias devem ser completamente eliminadas e não devem ser detectadas no produto final, nem serem passíveis de permanecer em equipamentos ou utensílios, contaminando outros lotes de produtos da mesma substância ou de outras que serão produzidas em seguida. Os planos de validação de limpeza e processos devem seguir as RDC’s: n°204/2006 (Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos); nº166/2017 (Validação de métodos analíticos e dá outras providências); e nº67/2017 (Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias) decretadas pela ANVISA. Palavras chaves: validação de limpeza, RDC, validação de processo, manipulação. 1 Revisão de Literatura 1.1 Introdução As BPFs fazem parte da Garantia da Qualidade que assegura que os produtos são consistentemente produzidos e controlados, com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro. O cumprimento das BPF está orientado primeiramente, à diminuição dos riscos inerentes a qualquer produção farmacêutica, os quais não podem ser detectados somente pela realização de ensaios nos produtos terminados. Os riscos são constituídos essencialmente por contaminação cruzada, contaminação por partículas, troca ou mistura de produto. Existem relatos de efeitos adversos causados pela contaminação cruzada, o primeiro deles ocorreu nos estados unidos em meados da década de 60, quando em 1958, houve um caso que envolveu uma contaminação cruzada de tabletes vitamínicos de uso pediátrico contaminados com estrógeno, o qual ocasionou o aparecimento de caracteres sexuais secundários em crianças. Fato esse observado também em 1962, quando tabletes pediátricos de isoniazida foram contaminados com dietilbestrol. Há também relatos referentes a um surto de salmonelose ocorrido em Estocolmo. Cerca de 240 pacientes medicados com comprimidos utilizados para tratar hipertireodismo, 5 foram infectados por dois tipos de salmonelas, a S. muenchen e a S. bareilly. Investigações realizadas indicaram que a fonte de contaminação havia sido a matéria-prima utilizada no fabrico dos comprimidos, a qual continha uma quantidade de acima do permitido de bactérias por grama, sendo a maior parte delas da flora fecal. No Brasil, assim como em outros países, a história da indústria farmacêutica também apresenta alguns episódios envolvendo produção e qualidade no fabrico de produtos. Destacam-se os casos do contraceptivo oral Microvlar® e do medicamento Celobar®, um contraste usado em exames radiológicos, o qual levou a óbito 20 pacientes em Goiânia. Assim para evitar tais não conformidades se faz necessário um aumento no rigor das ações preventivas referente às contaminações cruzadas. Hoje é um requerimento regulatório no Brasil, constante nas resoluções de Boas Práticas de Medicamentos (RDC nº 17/2010) e de Insumos Farmacêuticos Ativos (RDC nº249/2005) que equipamentos não dedicados devem ser limpos de acordo com um Procedimento Operacional Padrão (POP) de limpeza validada para evitar a contaminação cruzada. No caso de equipamentos não dedicados devem-se considerar resíduos de agente de limpeza, contaminação microbiológica e produtos de degradação quando aplicável. Em uma indústria farmacêutica devido à grande variedade de produtos de seu portfólio, dificilmente se consegue dedicação de uma unidade de fabricação ou conjunto de equipamentos no processo produtivo a um único produto. Deste modo deve-se assegurar que o lote/produto subsequente não receba resíduo tanto do produto anterior quanto dos produtos utilizados no processo de limpeza dos equipamentos. Essa produção de medicamentos envolve, além de processos físicos (processos de purificação no final da produção), processos químicos extremamente complexos, podendo levar à produção de uma infinidade de subprodutos, inclusive tóxicos. Além disso, dentro do processo, são utilizados, vários reagentes e solventes. Essas substâncias devem ser completamente eliminadas e não devem ser detectadas no produto final, nem serem passíveis de permanecer em equipamentos ou utensílios, contaminando outros lotes de produtos do mesmo medicamento ou de outros que possam vir a ser produzidos em seguida. A validação de limpeza garante que os resíduos remanescentes do lote produtivo estejam sendoretirados, á níveis aceitáveis, durante o processo de limpeza. Observa-se, através de monitoramento analítico, a remoção dos produtos residuais, produtos de degradação, conservantes, excipientes e/ou agentes de limpeza de modo a obedecer às especificações e limites de cada um desses. Além disso, é necessário garantir a inexistência de riscos associados com contaminação cruzada de ingredientes ativos. 1.2 Critérios para Validação de Limpeza A validação de limpeza é um requisito imprescindível dentro das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos e, sua evidencia documentada, determina a manutenção desta licença. Uma das características principais da validação de limpeza é que ela envolve tanto o produto final, ou acabado, quanto ao próximo produto a ser fabricado no equipamento já limpo, portanto, a sequência dos lotes produtivos influencia no processo de validação de limpeza. Com o desenvolvimento crescente da indústria de medicamentos, e o aumento da variedade de produtos, visando agilizar o processo e minimizar gastos, passou-se então a se admitir a escolha do “Pior Caso” para representar a limpeza de todos os equipamentos, que compõe sua rota de produção, neste caso, ao aprovar o “Pior Caso” na validação de limpeza automaticamente estará assumindo que todos os produtos fabricados naquele equipamento têm seu processo de limpeza validado. O “Pior Caso” é o produto contaminante a ser verificado através de procedimentos analíticos, que evidenciará que após a limpeza não haverá resíduo de outras substâncias na linha de processo que possa acarretar uma contaminação cruzada. É aceitável escolher um representante de vários produtos, uma vez que este apresente as características mais críticas em relação aos outros. Todas as características são observadas para o agrupamento dos produtos com similaridades de processo. As semelhanças físicas dos produtos, a formulação, a quantidade e modo de utilização pelo consumidor, o tamanho do lote, os equipamentos compartilhados, entre outros, são questões críticas que podem agrupar diversos produtos para esta Validação de Limpeza conjunta. Este levantamento é realizado através de uma análise de risco. Figura 1 - Colaborador da equipe de limpeza. Do mesmo modo, que os equipamentos, também os utensílios devem ser limpos, mantidos e sanitizados, á intervalos apropriados para evitar avarias ou contaminações que possam alterar a segurança, identidade, força, qualidade e pureza do medicamento. Através da avaliação, pela Validação de Limpeza, verifica-se a eficácia dos procedimentos de limpeza. Procedimentos de limpeza adequados devem ser desenvolvidos para todos os equipamentos e utensílios que entram em contato com os produtos no processo de produção. Também deverão ser consideradas as peças que não entram em contato direto com o produto, mas que podem comprometer a limpeza das peças consideradas críticas, peças essas, que durante o processo impactam na qualidade da atividade, dificultando acesso ao local a ser limpo ou áreas que não tenham contato com o produto, mas que sejam peças fixas do equipamento. Para o estudo de validação de limpeza ser iniciado devem-se mapear todas as rotas de produtos existentes na fábrica, assim determinar o agrupamento dos equipamentos existentes em cada setor, dando origem as rotas de produção de onde serão evidenciados os piores casos e as metodologias a serem utilizadas para documentar a eficácia do processo de limpeza a ser comprovada. 1.3 Critérios para Validação de Processo A validação de processo foi desenvolvida e aplicada como um recurso para assegurar a qualidade do produto final. A validação torna-se essencial e crucial no alcance da tarefa e um requisito regulatório para aprovação de um medicamento. A validação de processos está inserida em um contexto da Garantia da Qualidade, que define como a totalidade das providências tomadas com o objetivo de garantir que os produtos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos, para que possam ser utilizados passa os fins propostos. As BPFs constituem também parte da Garantia da Qualidade e asseguram que os produtos são consistentemente produzidos e manipulados, controladamente, com os padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido. Pode-se dizer que as principais definições de validação são: • Ação de prover, de acordo com os princípios de BPF’s, que procedimentos, processos, equipamentos, materiais, atividades ou sistemas conduzam à resultados esperados; • Evidência documental que provê, a um específico processo, um alto grau de confiança que poderá consistentemente um produto reunindo suas pré-determinadas especificações, atributos e características de qualidade; • Obter e documentar evidências que demonstrem que um método pode apresentar resultados pretendidos de acordo com os limites definidos; • Ação de verificar qualquer processo, procedimento, atividade, material, sistema ou equipamento usado na produção ou controle, realizará os resultados desejados e pretendidos. 1.4 Critérios Básicos na Manipulação de Medicamentos A manipulação de medicamentos é um trabalho minucioso. Ele deve ser feito por um profissional com conhecimentos técnicos e atenção contínua. Todo processo deve ser realizado um ambiente limpo, higiênico, ergonômico e favorável à prática da manipulação de medicamentos. Todas as questões e registros burocráticos, procedimento operacional padrão (POP) e outras legalidades devem ser seguidos. Também deve haver um protocolo de cuidados internos com regulamentação que orienta às boas práticas em manipulação de medicamentos (RDC nº67/2017). Essa norma procura garantir padrões de qualidade, onde o medicamento será manipulado de forma segura e eficaz. Sempre em um ambiente apropriado e habilitado para satisfazer as necessidades da tarefa. Essas normas também têm como objetivo uma padronização de etapas e procedimentos. Todos esses processos visam reduzir riscos que possam afetar a qualidade do produto final. Figura 2 - Encapsulamento Alguns quesitos devem ser adotados à risca, como: definição e sistematização nítida dos procedimentos de manipulação; Preenchimento adequado de formulários, fichas e folhas de processos; as etapas éticas da manipulação serão submetidos à avaliação sistematicamente; um registro de reclamação será implantado, além da investigação da circunstância recebida; a infraestrutura do laboratório deverá se adequar às normas vigentes, contar com materiais de embalagem, armazenamento e transporte, equipamentos, utensílios e instalações próprias e possuir profissionais qualificados e treinados pelo programa de treinamento que o próprio laboratório deve dispor. 2 Aplicação das Metodologias de Validação 2.1 Validação de Limpeza O conceito de Validação segundo RDC 17 de 16 de abril de 2010 – ANVISA é evidência documentada que demonstre que os procedimentos de limpeza removem resíduos a níveis pré-determinados de aceitação, levando em consideração fatores tais como tamanho do lote, dosagem, dados toxicológicos, solubilidade e área de contato do equipamento como produto. A Validação de Limpeza está incluída nesse conceito, sendo um dos itens que constitui as Boas Práticas de Fabricação. Já para as expectativas regulatórias, as principais considerações são: evitar adulteração em produtos, consistência e processos controlados, além de ser foco nas inspeções. Para que haja um bom desenvolvimento dos estudos de Validação de Limpeza, as empresas devem eleger uma equipe multidisciplinar, com profissionais qualificados e treinados para a participação dos estudos. O ideal é que os colaboradores da Garantia da Qualidade, Controle de Qualidade e Produção no mínimo participem ativamente na elaboração e execução dosProtocolos e elaboração dos Relatórios dos Estudos de Validação de Limpeza. Nesses setores em geral é que estão concentradas as atividades de um estudo, pois pela Garantia da Qualidade é que são padronizados e implantados os documentos, pelo Controle de Qualidade é que são analisadas as amostras e pela Produção é que são executados os procedimentos de limpeza dos equipamentos. Para a execução de um estudo de Validação de Limpeza, levam-se em conta cinco principais elementos, sendo eles: • Procedimentos de Limpeza; • Procedimentos para determinar a Limpeza; • Teste de teor de resíduos ativos e de agentes de limpeza; • Limites de resíduos químicos e microbiológicos; • Protocolos e relatórios para Validação de Limpeza. Para a realização de um estudo de Validação de Limpeza, é necessário que seja elaborado um Protocolo detalhado, contendo: 1. Objetivos e responsabilidades; 2. Referência ou cópia dos procedimentos de limpeza escritos e aprovados a serem validados; 3. Especificação do equipamento e processo de limpeza a ser validado; 4. Preparo de solução de limpeza; 5. Estudos de recuperação; 6. Métodos analíticos validados; 7. Procedimento de amostragem; 8. Locais a serem amostrados (incluindo diagramas, fotografias ou figuras de identificação). Os procedimentos de limpeza são de extrema importância e devem estar padronizados, detalhados ao máximo e especificando por exemplo: • Agente de limpeza e concentração; • Temperatura da água/ agente de limpeza; • Grau da água (potável/ purificada/ injetável); • Pressão da água/ agente de limpeza; • Tempo de contato com o equipamento; • Volume utilizado; • Fluxo e pH; • Instruções claras e completas de limpeza; • Inspeção visual do equipamento limpo. Os operadores responsáveis pela execução dos procedimentos de limpeza devem ser treinados periodicamente e qualificados para a atividade. A maior dificuldade encontrada pelos profissionais é acreditarem que seus procedimentos são detalhados e padronizados para a execução da limpeza dos equipamentos envolvidos na fabricação dos produtos. Dão início aos estudos de Validação de Limpeza e durante os estudos verificam que o que está escrito, pode não ser o que está sendo realizado. Por isso, a importância de se revisar todos os procedimentos antes do início de um estudo. Sendo uma regra para procedimentos padronizados “escrever o que vai fazer e fazer o que está escrito”, exatamente. Existem alguns métodos de determinação para critérios de aceitação limites, como: • Inspeção visual; • 1/1000 Mínima Dose Terapêutica Diária; • 10 ppm no próximo lote; • Avaliação Toxicológica. O método mais usual para resíduos de ativos é a 1/1000 Mínima Dose Terapêutica Diária e para resíduos de agentes de limpeza 10 ppm no próximo lote. Tipicamente se calculam os dois limites e sempre se utiliza o limite mais conservador. A inspeção visual dever ser sempre utilizada como complemento, indiferentemente de qual dos dois critérios de aceitação/limites é selecionado. Para se calcular os critérios de aceitação/limites, recomenda-se montar uma tabela com todas as características de cada produto por linha de fabricação, como por exemplo solubilidade, rota de administração, concentração e diluição, potência e toxicidade; que facilitará na escolha de um “PIOR CASO” como indicador de limpeza. A escolha de um “PIOR CASO” visa reduzir os trabalhos de validação, onde escolhe-se o pior ou os piores casos que possam dar suporte ao trabalho de validação de limpeza, podendo extrapolar para outros produtos. Existem algumas técnicas de amostragem utilizadas nos estudos de Validação de Limpeza, como: • Swab; • Rinsagem; • “Coupon sampling”; • Teste com placebo; • Monitoramento direto da superfície; • Inspeção visual. Figura 3 - Swab de superfície de bancada. As técnicas mais utilizadas são Swab (para recuperação de resíduos químicos de ativos e de agentes de limpeza e para microbiologia) e Rinsagem (para recuperação de resíduos químicos e para microbiologia). As amostras devem ser analisadas tanto microbiológico quanto quimicamente. Os métodos analíticos para a determinação da limpeza de resíduos químicos podem ser adaptados do método analítico de determinação de teor. Podem ser caracterizados como testes específicos ou testes não específicos, dependendo do equipamento utilizado. Devem ser validados quanto a especificidade, linearidade, precisão – repetibilidade, precisão intermediária, limite de detecção, limite de quantificação, exatidão e robustez segundo RE 899 de 29 de maio de 2003 – ANVISA. Quando se utilizar um método não específico, deve-se assumir que o resultado obtido é somente devido à substância monitorada. Todo estudo deve ser realizado após a fabricação e limpeza dos equipamentos utilizados no processo de três lotes de produção. O tempo máximo de espera entre o final do processo e o início da limpeza deve ser documentado no estudo, assim como a duração máxima em campanha (número de lotes e número de dias). O Relatório do estudo deve ser elaborado contendo: • Todos os componentes descritos no protocolo; • Todos os resultados de monitoramento; • Detalhamento de qualquer desvio do protocolo; • Parâmetros que possam limitar a aplicação do procedimento de limpeza; • Conclusão e aprovação. Após a conclusão de um estudo de Validação de Limpeza, toda e qualquer mudança deve ser avaliada pelo setor responsável e documentada. Um procedimento de Controle de Mudanças deve ser adotado para o controle das alterações que possam ter impacto nos processos e procedimentos já validados. É uma ferramenta muito eficiente e utilizada. Alguns exemplos de mudanças críticas que devem ser revalidadas são: • Tempo de enxague; • Agente de limpeza /detergente (marca, concentração); • Temperatura, volume e pressão da água; • Introdução de novos produtos na linha de fabricação. Recomenda-se que sejam realizados testes periódicos de verificação no limite. A frequência destes testes deve ser determinada pelo tipo de equipamento/ processo/ produto utilizados. SIM NÃO SIM INÍCIO Elaboração do Protocolo de Validação de Limpeza. Realizar o acompanhamento da operação de limpeza. Coletar amostras conforme protocolo de amostragem. Encaminhar as amostras coletadas para o LCQ. Amostra aprovada? Emitir o Relatório de Validação FIM Analisar os resultados Revalidação do processo de limpeza e/ou executar de nova limpeza do ambiente em validação. Visualmente limpo? 6 NÃO 6 Tabela 1 - Fluxograma da Validação de Limpeza 2.1.2 Considerações Gerais da Validação de Limpeza O objetivo de um plano de validação de limpeza é descrever os requisitos necessários para evidenciar a metodologia de validação de limpeza das áreas de fracionamento ou manipulação, bem como dos equipamentos e utensílios utilizados, visando estabelecer evidências documentadas de que os resíduos de produtos fracionados estejam dentro dos limites aceitáveis após a execução dos procedimentos de limpeza. Os pontos de amostragem selecionados representam as áreas de maior risco de contaminação, ou seja, as áreas de contato direto com o insumo e/ou de difícil acesso para limpeza que favoreçam o acúmulo de resíduos e/ou crescimento microbiano. O protocolo deve deixar claro, quais pontos devem ser amostrados, bem como o local especifico de cada ponto crítico a ser considerado. A seleção dos pontos de amostragem durante a elaboração dos protocolos de validação de limpeza é realizada pela Garantia da Qualidade em conjunto com o Controle da Qualidade. As amostras físico-químicas e microbiológicas são coletadase analisadas pelo Laboratório de Controle da Qualidade. Outros métodos poderão ser utilizados, desde que devidamente descritos e justificados nos protocolos. As coletas devem ser efetuadas de acordo com as orientações descritas nos protocolos, após o procedimento de limpeza que se pretende validar ter sido executado. Figura 4 - Limpeza do Teto de Laboratório 2.1.3 Definição de Limites Residuais A determinação dos limites de limpeza e critérios de aceitação são elementos cruciais de um bom programa de validação de limpeza. Os limites e critérios devem ser práticos, verificáveis, executáveis e cientificamente corretos. É muito importante que os limites não sejam selecionados arbitrariamente, mas com uma razão lógica e base científica. O racional científico (cálculos) deve estar descrito nos Protocolos de Validação de Limpeza. Serão utilizados limites baseados na toxicidade do resíduo, pois o uso da dose terapêutica ou dose farmacológica como base do cálculo do limite residual é útil para situações onde o material é um ingrediente ativo com níveis de doses terapêuticas conhecidas e níveis de doses de insumo conhecidas também. No entanto, estes dados não são possíveis de se obter para os insumos da planta, já que há uma diversidade de produtos que utilizam estes insumos ativos, além de possuir excipientes e outros insumos que não possuem doses. Portanto, devem ser estabelecidos limites aceitáveis de residuos baseados no consumo diário aceitável (ADI), o qual leva em consideração o efeito tóxico da substância no corpo. O cálculo do ADI será realizado indiretamente, calculando primeiro o nível de efeito não observado (NOEL). 2.2 Validação de Processo O conceito de validação de processo adotado atualmente é abrangente e considera que a validação faz parte do ciclo de vida de um produto. A validação pode ser dividida em etapas de desenho (design), de qualificação e de verificação contínua do processo. Normalmente espera-se que a validação de um processo seja completa antes da produção de um produto final, cujo a intenção é comercialização. Onde isto não é possível, se faz necessário validar o processo durante a rotina de produção. Processos que vem sendo usado a algum tempo também devem ser revalidados. Em teoria, o exercício de validação precisaria ser feito apenas uma vez, porém na pratica, os processos raramente ficam estáticos. Componentes alterados (insumos e materiais), equipamentos são modificados e o ambiente de processo não pode ser considerado idêntico ao ambiente de validação inicial, tornando assim um processo de revalidação essencial. Nessa perspectiva, foram definidos quatro tipos de validação: • Validação Concorrente ou Simultânea – Ato documentado baseado na execução de um plano de testes previamente definidos, que demonstre que um sistema, processo, equipamento ou instrumento, já em uso, satisfaz as especificações funcionais e as expectativas de desempenho. A validação prossegue simultaneamente à produção e distribuição dos produtos; • Validação de Processo (VP) – Verificação documentada de que um processo, incluindo os seus sistemas de suporte, irá resultar em um produto que atenda todas as especificações pré-estabelecidas; • Validação Prospectiva – Ato documentado baseado na execução de um plano de testes previamente definido, que demonstre que um novo sistema, processo, equipamento ou instrumento, ainda não operacionalizado, satisfaz as especificações funcionais e as expectativas de desempenho; • Validação Retrospectiva – Ato documentado baseado na revisão e análise de registros históricos, atestando que um sistema, processo, equipamento ou instrumento, já em uso, satisfaz as especificações funcionais e as expectativas de desempenho. Dentre as etapas de validação de processo, encontram-se: • 1° Etapa - Desenho do Processo: O processo de fabricação comercial é definido durante esta fase com base no conhecimento adquirido através de atividades de desenvolvimento e de aumento de escala. • 2° Etapa – Qualificação do Processo: Durante esse estágio, o desenho do processo é avaliado para determinar se o processo é capaz de uma fabricação comercial reprodutível. • 3° Etapa – Verificação contínua do processo: Garantia contínua durante a produção de rotina que o processo permanece em estado de controle. Em relação ao desenho de processo, o objetivo desta etapa é definir um processo adequado para produzir lotes comerciais com atributos de qualidade desejada de forma consistente e rotineira. O desenho do processo deve ser verificado durante o desenvolvimento do produto. Deve incluir lotes de desenvolvimento (escala laboratorial), lotes pilotos, lotes de estudo clínico e de bioequivalência. Essa etapa da validação é importante para estimar a variabilidade do processo intra- e interlotes. Figura 5 - Etapas de Desenvolvimento A qualificação do processo e a verificação contínua devem estar sempre correlacionadas ao desenho do processo e ao lote utilizado para estudos clínicos e de bioequivalência. É essencial que as atividades e estudos que resultam na compreensão do processo sejam documentados para embasar decisões. Toda informação obtida nesta etapa é útil durante o processo de qualificação e estágios de verificação continuada, inclusive quando o projeto é revisto ou a estratégia de controle é refinada ou alterada. A qualificação de processo envolve, basicamente, dois principais elementos: Projeto de instalação e qualificação dos equipamentos e utilidades; Qualificação de desempenho de processo: • Projeto da instalação e qualificação dos equipamentos e utilidades: Antes de iniciar o processo, é necessário verificar se as instalações, utilidades e equipamentos estão adequados para o uso pretendido. Um item de bastante importância consiste na Qualificação dos equipamentos e utilidades; • Qualificação do desempenho do processo: A qualificação de desempenho do processo combina utilidades, equipamentos (qualificados) e pessoal treinado. O sucesso da qualificação de desempenho irá confirmar o desenho do processo e a performance esperada no processo de fabricação. A verificação de processo continuo tem como objetivo a garantia contínua de que o processo permanece em um estado de controle durante a fabricação de lotes comerciais. Um sistema de detecção de desvios a partir do processo validado é essencial para alcançar este objetivo. Um programa contínuo para coletar e analisar dados de produtos e processos que se relacionam com a qualidade do produto deve ser estabelecido. Os dados recolhidos devem incluir tendências relevantes do processo e a qualidade das matérias-primas, dos materiais em processo e dos produtos acabados. Os dados devem ser estatisticamente tratados e revisados por pessoal treinado. As informações coletadas devem confirmar se os atributos de qualidade estão sendo devidamente controlados. NÃO SIM NÃO SIM 2.2.1 Considerações Gerais O objetivo do plano de validação de processos é definir metas e diretrizes específicas a fim de comprovar que os processos de fracionamentos são executados de forma padronizada, reprodutível e atendem aos requisitos de Emitir o Relatório de Validação FIM Coletar amostras conforme protocolo de amostragem. Encaminhar as amostras coletadas para o LCQ Resultados conformes? Evidenciar não conformidades e executar plano de ações Elaboração do Protocolo de Validação de Processo INÍCIO Verificar status de qualificação e calibração de equipamentos Executar os testes em processo conforme protocolo específico Amostras aprovadas? Tabela 2 - Fluxograma da Validação de Processo BoasPráticas de Distribuição e Fracionamento, sempre resultando em insumos de acordo com suas especificações predeterminadas e atribuições de qualidade. Também deve ser levado em conta que: • Os analistas que conduzirão o processo de validação devem estar devidamente treinados de acordo com as diretrizes estabelecidas neste documento; • A validação concorrente é a metodologia de escolha para processos existentes; • Os métodos analíticos utilizados para as amostras devem seguir conforme especificação e metodologia vigentes; • Toda documentação deve ser arquivada no departamento de Garantia da Qualidade; Em relação as responsabilidades dentro da execução da validação de processos, estão envolvidas as áreas de: Garantia da Qualidade, responsável por: • Planejamento, coordenação e execução das atividades de Validação de Processo; • Elaboração e revisão dos protocolos e relatórios de validação; • Planejamento, coordenação e execução das atividades de monitoramento da validação; • Verificação e arquivamento de documentos de registros de lotes; • Certificar-se da execução da qualificação, calibração e manutenção dos equipamentos do laboratório; • Coordenação e acompanhamento das atividades de Controle de Mudanças; • Coordenação e acompanhamento dos registros e investigações de desvios de processos; • Coordenação e acompanhamento dos registros e investigações de não conformidades. Controle de qualidade, responsável por: • Execução das atividades de Validação de Metodologia Analítica; • Executar as análises conforme metodologia de análise oficial ou do fabricante; • Investigar resultados analíticos fora de especificação, de acordo com procedimentos; • Verificar a manutenção das instalações e dos equipamentos do laboratório; • Certificar-se da execução da qualificação, calibração e manutenção dos equipamentos do laboratório; • Revisar os protocolos de Validação de Processos de Fracionamento; • Revisar os relatórios de Validação de Processos de Fracionamento; • Suporte para investigação de desvios e não conformidades. Fracionamento/Manipulação, responsável por: • Execução das atividades conforme definido nos documentos de trabalho; • Revisão de protocolos de validação; • Revisão de relatórios de validação; • Revisar todos os registros do lote e assegurar que estejam completos e assinados; • Certificar-se de que todos os desvios da produção sejam registrados, avaliados e que os desvios críticos sejam investigados e as conclusões registradas; • Certificar-se de que as instalações e equipamentos encontram-se limpos e devidamente identificados; • Propor mudanças nos processos, equipamentos ou instalações mediante controle de mudança. 2.3 Aplicação Validação X Manipulação A aplicação das metodologias de validação de limpeza e processos, dentro da indústria farmacêutica ou farmácias magistrais, em função da Manipulação e/ou fracionamento de medicamentos visa avaliar os procedimentos que neles são executados. Pensando no lado mais prático, é preciso avaliar se a operação de “envase” é feita seguindo o protocolo. Segundo a RDC nº67/2007, “as BPMF estabelecem para as farmácias os requisitos mínimos para a aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, armazenamento, manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de preparações magistrais e oficinais, obrigatórios à habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício dessas atividades, devendo preencher os requisitos abaixo descritos e ser previamente aprovadas em inspeções sanitárias locais”. Figura 6 - Superficie de bancada após manipulação Devem ser levados em consideração também o treinamento dos colaboradores. Os colaborados envolvidos no processo devem estar treinados para executar as rotinas descritas nos procedimentos operacionais, assim como os funcionários do Controle de Qualidade devem estar treinados para executar as rotinas analíticas aplicáveis. Todos os treinamentos pertinentes devem estar finalizados e registrados antes do início das atividades de validação. Figura 7 - Superficie de Bancada após limpeza A verificação da conformidade dos registros de treinamento de procedimentos operacionais e metodologias analíticas devem estar descritas no protocolo de validação de processo. Os registros da verificação da conformidade dos treinamentos devem estar anexados ou contidos no relatório de validação de processo. Figura 8 - Coleta de amostra em superficie após limpeza É essencial que os processos estejam de acordo com o plano de validação X manipulação, pois na manipulação de um medicamento para outro não deve haver contaminação cruzada, o que poderia interferir na qualidade e não atingir as especificações esperadas, gerando um retrabalho e, consequentemente, gerando custos a empresa. Um ótimo exemplo de desempenho da validação de limpeza e processo na manipulação ou fracionamento de um medicamento seria: • Colaboradores treinados para execução da manipulação do medicamento; • Acompanhamento do processo de manipulação por um integrante da Garantia da Qualidade, que evidência e protocola se a manipulação seguiu com os procedimentos escritos que definam a especificidade das operações e permitam o rastreamento dos produtos; • Colaboradores treinados para execução da limpeza do laboratório (bancadas, piso, utensílios, teto, parede); • Coleta de amostras que serão analisadas pelo Controle de Qualidade, tanto no contexto microbiológico quanto físico-químico; • Analise dos resultados obtidos. A avaliação final dos dados obtidos na validação de processo de fracionamento é realizada reunindo os resultados do acompanhamento dos procedimentos após execução de três lotes consecutivos de cada insumo definido como pior caso. O relatório deve concluir cada estudo através da elaboração de um relatório, com a descrição detalhada dos testes executados envolvidos no processo de validação, além dos resultados, seus tratamentos, avaliação dos responsáveis e aprovação final. Sempre que possível, devem ser incluídos registros gerados durante o estudo, fotografias, figuras e gráficos para melhor visualização das informações e resultados. O relatório deve deixar claro o estado de conformidade, com a validação do processo de fracionamento. Descrever e justificar no relatório quaisquer alterações nos procedimentos ou critérios de aceitação descritos no protocolo, assim como qualquer desvio ocorrido em relação ao previsto de ações corretivas tomadas. 3 Conclusão e Considerações Finais As empresas farmacêuticas devem analisar cada procedimento de limpeza individualmente e determinar a necessidade de validação. A necessidade de revalidar os procedimentos de limpeza deve ser determinada de acordo com parâmetros de controle de mudanças. Se os procedimentos de verificação de rotina forem utilizados, estes devem ser monitorados para assegurar que o processo está sob controle. As empresas podem considerar uma revalidação periódica de métodos de limpeza, que estão sujeitos a variações (por exemplo: manuais de procedimentos, etc), como uma precaução adicional. A documentação em cada fase do ciclo de vida do processo de validação é essencial para uma comunicação eficaz em projetos complexos e multidisciplinares. É importante para que os conhecimentos adquiridos sobre um produto e processo sejam acessíveis e compreensíveis para todos os envolvidos em cada etapa do ciclo de vida do produto. A transparência da informação e acessibilidade são princípios fundamentais do método científico. Eles também são essenciais para permitir que as unidades organizacionais responsáveis tomem decisões confiáveis baseadas em evidências e que, finalmente, apoiem o lançamento de um produto seguro parao mercado. A validação deve ser realizada de acordo com os princípios de Boas Práticas de Fabricação e Controle. Os dados devem ser mantidos no local de fabricação e disponibilizados para consulta. 4 Referências Bibliográficas ALMEIDA, Monique de Farias Miranda. - VALIDAÇÃO DE LIMPEZA PARA INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS - CRITÉRIOS PARA E ESCOLHA DE “PIOR CASO” EM EQUIPAMENTOS NÃO DEDICADOS – (Monografia) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia de Fármacos – Farmaguinhos/CTM– Rio de Janeiro,2016. ANVISA, Guia nº1/2015 – Versão 1 – Guia para Elaboração de Relatório Sumário de Validação de Processo de Fabricação de Medicamentos - http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2738002/Elabora%C3%A7%C3%A 3o+do+Relat%C3%B3rio+de+Valida%C3%A7%C3%A3o+de+Processo+de+Fa brica%C3%A7%C3%A3o+de+Medicamentos.pdf/2dac402d-e814-4308-b585- 329fb8559be5?version=1.0 – Acesso em 21/04/2020. ANVISA, RDC n°166 – Validação de Métodos Analíticos e dá outras providências, publicada em 24 de junho de 2017; ANVISA, RDC n°204,– Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos publicada em 14 de novembro de 2006; BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Resolução RDC nº67, de 8.10.2007, D.O.U de 9.10.2007. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/ - Acesso em 10/04/2020 COMO FUNCIONA A VALIDAÇÃO DE PROCESSOS NA INDUSTRIA FARMACEUTICA? - https://www.faculdadeide.edu.br/blog/como-funciona-a-validacao- de-processos-na-industria-farmaceutica/ - Acesso em 04/04/2020. CRUZ, Rosimeire Pereira Alves da; PEREIRA, Ana Carolina; NOGUEIRA, Carlos Cesar dos Santos; SALES, Felipe Augusto Gomes; RIBEIRO, João Dimas; SILVA, Valtemir Borges da. Guia da Validação de Limpeza para Farmoquímicas – Agência Nacional de Vigilância Sanitaria ANVISA - http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Guia+de+valida%C3%A7%C3% A3o+de+limpeza+para+farmoqu%C3%ADmicas/573873c0-f41c-42bd-833f- d01f5767cebd – Acesso em 15/05/2020. Validação de Limpeza - https://www.ictq.com.br/industria-farmaceutica/361- validacao-de-limpeza - . Acesso em 04/04/2020. http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2738002/Elabora%C3%A7%C3%A3o+do+Relat%C3%B3rio+de+Valida%C3%A7%C3%A3o+de+Processo+de+Fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+Medicamentos.pdf/2dac402d-e814-4308-b585-329fb8559be5?version=1.0 http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2738002/Elabora%C3%A7%C3%A3o+do+Relat%C3%B3rio+de+Valida%C3%A7%C3%A3o+de+Processo+de+Fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+Medicamentos.pdf/2dac402d-e814-4308-b585-329fb8559be5?version=1.0 http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2738002/Elabora%C3%A7%C3%A3o+do+Relat%C3%B3rio+de+Valida%C3%A7%C3%A3o+de+Processo+de+Fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+Medicamentos.pdf/2dac402d-e814-4308-b585-329fb8559be5?version=1.0 http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2738002/Elabora%C3%A7%C3%A3o+do+Relat%C3%B3rio+de+Valida%C3%A7%C3%A3o+de+Processo+de+Fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+Medicamentos.pdf/2dac402d-e814-4308-b585-329fb8559be5?version=1.0 http://portal.anvisa.gov.br/ https://www.faculdadeide.edu.br/blog/como-funciona-a-validacao-de-processos-na-industria-farmaceutica/ https://www.faculdadeide.edu.br/blog/como-funciona-a-validacao-de-processos-na-industria-farmaceutica/ http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Guia+de+valida%C3%A7%C3%A3o+de+limpeza+para+farmoqu%C3%ADmicas/573873c0-f41c-42bd-833f-d01f5767cebd http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Guia+de+valida%C3%A7%C3%A3o+de+limpeza+para+farmoqu%C3%ADmicas/573873c0-f41c-42bd-833f-d01f5767cebd http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/2501339/Guia+de+valida%C3%A7%C3%A3o+de+limpeza+para+farmoqu%C3%ADmicas/573873c0-f41c-42bd-833f-d01f5767cebd https://www.ictq.com.br/industria-farmaceutica/361-validacao-de-limpeza%20-%20.%20Acesso%20em%2004/04/2020 https://www.ictq.com.br/industria-farmaceutica/361-validacao-de-limpeza%20-%20.%20Acesso%20em%2004/04/2020
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