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Fios e Agulhas

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Fios e agulhas 
1. Bastante resistente, com muita força tensil. 
2. Mole, flexível e pouco elástico → melhor 
manipulação. 
3. Baixa reatividade tecidual → organismo tem 
que aceitar. 
4. Estabilidade a longo prazo. 
5. Absorção lenta → cicatrização normal. 
6. Baixo custo. 
7. Fácil esterilização. 
1. Quanto a natureza: 
- Biológico: o que tem na natureza → causam muita 
reação tecidual 
 Vegetal: algodão, linho. 
 Animal: Categute (intestino de ovinos e 
bovinos), colágeno e seda. 
- Sintético: desenvolvido em laboratório → menor 
reação tecidual e mais resistência. 
 Náilon, dacron, polipropileno, ácido 
poliglicólico, poliglactina, polidioxanona. 
- Metálicos: aço inoxidável. 
2. Número de filamentos: 
- Monofilamentar → em geral, menos maleáveis. Ex.: 
categute, polidioxanona, colágeno, seda, náilon, 
polipropileno, poliéster e aço inoxidável. 
- Multifilamentar → mais flexível, mais difícil de 
desfazer nós, maior possibilidade de infecção, porque 
“puxa infecção” (capilaridade). São mais traumáticos e 
ásperos. Ex.: Linha, seda, náilon, poliéster, aço 
inoxidável, ácido poliglicólixo, poliglactina revestida 
 Não devem ser usados em tecidos delicados. 
3. Quanto a Absorção – assimilação ao organismo: 
- Absorvível – por enzimas ou hidrólise. 
 Em curtíssimo espaço de tempo: categute 
simples (7-10 dias); 
 Em curto espaço: categute cromado (15-20 
dias); 
 Médio espaço de tempo – ác. Poliglicólico e 
poliglactina (50-70 dias); 
 Moderado espaço de tempo: poliglecaprona 
(90-120 dias); 
 Longo espaço de tempo: polidioxanoma (90-
180 dias) e poligliconato (150-180 dias). 
- Inabsorvível 
4. Quanto a agulha: 
- Agulhado 
- Sem agulha 
Reação tecidual: 
- Acontece porque o corpo sente o fio como corpo 
estranho. 
- Resposta inflamatória desencadeada pelo fio (pico 
entre 2-7 dias) 
Tamanho do fio: 
- Corresponde ao número de “0” → quanto mais 0, 
menor o calibre. 
Por exemplo: um fio 9.0 tem menor diâmetro que um 
2.0. 
- o aumento do diâmetro gera aumento de resistência e 
força tênsil. 
- Escolher sempre o fio mais fino possível, sem prejuízo 
do resultado e que curse com menor reação adversa ao 
tecido. 
Absorção de líquidos e Capilaridade → “chama a 
infecção”. 
Absorção de líquidos é a capacidade de reter líquidos. 
Capilaridade é a forma que o líquido se propaga na 
extensão do fio. Fios multifilamentares tem maior 
capilaridade. 
Ex.: categute é o fio com maior capilaridade e poliéster 
revestido não tem esse efeito. 
Força tênsil. 
Fios de menor força tênsil, como categute, seda e 
algodão, tem cicatrização mais rápida. 
A força de resistência é a força oposta pelos tecidos a 
sua junção. A força tênsil é a força que “vence” essa 
resistência. 
- Tecidos com muito colágeno, como pele, fáscias, 
aponeuroses e tendões, são tecidos mais resistentes e 
tem força tênsil lenta. Por isso, são necessários fios com 
maior período de força tênsil. 
- Tecidos muito vascularizados, como órgãos e 
músculos, não necessitam de resistência tênsil. 
Fios biológicos tem menor força tênsil. O aço é o de 
maior força, enquanto os sintéticos ficam entre os 
extremos. 
Força e segurança dos nós 
Força para que o nó não deslize ou rompa. Quanto 
menor o coeficiente de fricção do fio, maior a 
possibilidade de desfazer o nó. Os fios não absorvíveis 
monofilamentares são os de menor coeficiente, 
precisando de mais seminós. 
Memória. 
Capacidade do fio de voltar a posição anterior ao nó. 
Quanto mais memória, mais difícil o manuseio e mais 
possível de desfazer o nó e mais seminós são 
necessários. 
Prolene e nylon são os fios com maior memória e 
exigem 5-7 seminós. 
4. Manuseio: 
- Flexibilidade: 
Se relacionam com a facilidade de manuseio e 
plasticidade, elasticidade e memória. 
- Coeficiente de fricção: 
Facilidade com que a sutura desliza através do tecido e 
dos nós. Quanto menor o coeficiente de fricção, mais 
deslizamento e maior instabilidade dos nós. 
- Arrasto tecidual: 
Quanto maior arrasto, maior dano ao tecido. 
- Visibilidade do fio no campo operatório: 
Pela coloração do fio, é melhor de ver aqueles coloridos 
que os transparentes. 
Intensidade da reação inflamatória: 
- Fios multifilamentares cursam com maior reação 
tecidual. Há infiltração leucocitária no trauma, com 
aparecimento de macrófagos e fibroblastos. No 7 º dia 
há tecido fibroso por processo inflamatório crônico. A 
reação é persistente até que o fio seja encapsulado (não-
absorvíveis) ou absorvidos pelo organismo. 
- Fios absorvíveis (naturais) provocam reações de corpo 
estanho mais intensas do que não absorvíveis. 
- Fios absorvíveis sintéticos fazem pequena reação 
tecidual. 
Potencial para multiplicação bacteriana: 
- Fios multifilamentares são os que mais propicia 
multiplicação bacteriana. 
Antigenicidade e alergenicidade: 
- mais antigênicos e alergênicos são categute simples e 
cromado. 
- Menos são aqueles que não apresentam proteínas de 
colágeno, antígenos e pirógenos, como ác. Glicólico, 
polipropileno, náilon e aço monofilamentados. 
Esterilização: 
- fios não podem ser reutilizados 
- a esterilização é indispensável em materiais cirúrgicos. 
É desejável um fio que proporcione apoio mecânico 
adequado, com preservação da força de uma ferida até 
que surja cicatrização suficiente para suportar o estresse 
ou sobrecarga. Para escolher o material do fio, 
precisamos saber a força necessária para o tecido. 
Assim: 
1) Tecidos que cicatrizam lentamente, como pele, 
fáscias e tendões → fios absorvíveis ou não absorvíveis 
com longo espaço de tempo (6 meses). 
2) Em tecidos de cicatrização rápida, como 
estômago, bexiga e intestino. 
Considerando o resultado estético é considerado 
(face): 
- Fio monofilamentar de menor diâmetro possível e 
mais inerte → náilon ou polipropileno 
- Evitar suturas na pele, realizando fechamento 
subdérmico, sem exteriorização do fio. 
- O uso de adesivos tópicos ou fitas pode ser 
considerado no lugar do fio. 
Considerando a contaminação do tecido: 
- suturas em tecidos potencialmente contaminados 
devem usar fios monofilamentares. 
Considerando a presença de fluidos corporais em alta 
concentração de cristaloides, como trato urinário e biliar 
(evita litogênese): 
- Material absorvível em médio espaço de tempo, como 
ácido poliglicólico ou poliglactina 910, porque fios não 
absorvíveis atuam na precipitação de cristaloides. 
São conhecidos como fitas cardíacas. São usadas para 
reparo de estruturas como órgãos ou vasos sanguíneos. 
São de grande valia quando alguma estrutura é isolada 
ou se deseja que fique em evidência no ato operatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As mais resistentes são de aço inoxidável. Elas são de 
alta qualidade, afiadas para penetrarem no tecido com 
trauma mínimo e rígidas para resistirem a curva. 
O diâmetro varia de 30μ para microcirurgias até 56.000 
μ para sutura óssea. 
A agulha deve levar em conta: a espessura e tipo dos 
tecidos, a localização, o tamanho da sutura, a 
acessibilidade e a preferência do cirurgião. 
As agulhas “nuas”, que são as que montam nos fios 
cirúrgicos, são traumáticas e são relacionadas a maior 
número de acidentes pela equipe cirúrgica, mas são 
mais baratas que as agulhas montadas. 
As agulhas podem apresentar braço único (uma na 
extremidade do fio) ou duplo (2 agulhas nas 
extremidades dos fios), usadas para anastomoses 
vasculares. 
As agulhas podem ser retas ou curvas e ter corpo 
arredondado, triangular ou achatado. Comumente 
5/8 de círculo (225º), ½ de círculo (180º), 3/8 de círculo 
(135º) e ¼ de círculo (90º). 
 
A agulha reta é usada na pele, sendo segurada por 3 
dedos (indicador e médio de um lado e polegar de 
outro). 
As curvas substituíram quase completamente as retas, 
porque permitem maior controle de passagem pelo 
tecido. 
-As agulhas 1/4 e 3/8 são utilizadas para procedimentos 
superficiais. 
- As de 1/2 e 5/8 são usadas para profundidade de 
feridas e cavidades corpóreas. Elas permitem rotação 
facilitada e segura do porta-agulhas. 
O tamanho da agulha é dado pelo comprimento quando 
tornado reto. 
 
As pontas atraumáticas são classificadas em: 
1- Cilíndricas ou redondas – entram no tecido por 
divulsão, são usadas em tecidos delicados, como 
vasos sanguíneos e tecidos digestivos. 
2- Triangulares e espatuladas – penetram nos tecidos 
seccionando fibras, são usadas em tecidos mais 
resistentes como aponeurose e pele. 
3- Mistas com corpo cilíndrico e ponta triangular. 
 
É uma agulha acoplada a 
haste com pontas 
rombas. Sua função é 
facilitar a passagem de 
fios de uma determinada 
estrutura. Tem 
extremidades curvas para 
direita ou esquerda, 
conforme o necessário ao 
procedimento. 
São usadas na confecção 
de nós provisórios, 
temporários ou falsos. 
 
 
 
 
 
 
Referência: 
Marques, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia 
experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2005.

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