MÉTODO THERASUIT

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MÉTODO THERASUIT
Anne Caroline Penna – annepenna@unigranrio.br - Daniela Gonçalves – 4604902
Gabriela Lima – gabrielal@unigranrio.br - Isabela Paiva – isabelaleite@unigranrio.br
Juliana Souto – julianasouto2009@hotmail.com - Raissa Antenuzzi – antenuzziraissa@gmail.com
Teve seu início em 1971, nos Estados Unidos, quando médicos da NASA criaram uma veste, chamada de Pinguin Suit, composta por uma série de cordas elásticas, para resistir aos movimentos realizados pelos astronautas e imitar os efeitos da gravidade.
 Os pesquisadores começaram a notar que ao retornarem do espaço, os astronautas apresentavam um alto índice de fraqueza muscular e fratura. Com o passar do tempo, os pesquisadores perceberam que os astronautas que não faziam o uso da veste, apresentavam instabilidade postural semelhante ao da criança com paralisia cerebral.
 Já em 1992, na Polônia, a veste Pinguin Suit foi adaptada e passou a ser utilizada com crianças portadoras de paralisia cerebral. Nessa época, denominaram a veste de Adeli Suit. Somente em 1997 foi apresentado à crianças norte-americanas.
 O casal polonês Izabela e Richard Koscielny, também pais de uma criança com paralisia cerebral, modificaram e adaptaram visando o tratamento de sua filha. Após a comprovação dos resultados de seus estudos em 2002, eles patentearam o método na cidade de Michigan/Estados Unidos, onde foi autorizado o uso do método pela FDA, e a partir do ano seguinte, abriram a clínica Pediatric Fitness Center, onde ofereciam os tratamentos intensivos para crianças com a mesma condição da filha deles, e também proporcionavam o ensino do método para outros terapeutas.
(Uso do Método Therasuit. Fonte: http://www.intensivetherasuit.com.br/?page_id=15)
A veste: É uma órtese macia, antialérgica e dinâmica. Composta por um boné, um colete, um short, duas joelheiras, tiras para serem anexadas nos sapatos e cordas elásticas, que são ajustadas entre as peças de acordo com a necessidade do paciente. O mesmo fornece informações contínuas aos proprioceptores levando a uma melhora do alinhamento, e fazendo com que a criança permaneça durante mais tempo em uma postura considerada normal, propiciando uma aprendizagem ou reaprendizagem motora, assim, ganhando maior estabilidade.
A gaiola: Através de um sistema de polias e pesos elimina a ação da gravidade, e cria uma resistência gradualmente, facilitando um aumento da amplitude de movimento, flexibilidade muscular e mobilidade articular.
(Gaiola. Fonte: : http://www.intensivetherasuit.com.br/?page_id=15 Veste. Fonte: http://maedeumacriancaespecial.blogspot.com/2010/08/metodo-therasuit.html)
O MÉTODO
 De acordo com a Revista Cerebral Palsy, 2007, o Método Therasuit consiste num programa intensivo e individualizado que visa o ganho de força em crianças com paralisia cerebral. Combate efeitos do desuso e imobilização, em comparação com as outras terapias convencionais, e baseia-se nos princípios do treino de força, treinando o corpo da criança exatamente da mesma forma que o de uma criança não acometida pela Paralisia Cerebral.
 Therasuit, alinha o corpo o mais próximo possível do normal, desempenhando um papel crucial no alinhamento postural, na função sensorial e vestibular, através de uma conexão com os tênis que são interligados por elásticos, onde esses mesmos elásticos farão o papel dos músculos que precisam ser ativados. 
 O principal objetivo do método baseia-se em criar um novo ciclo vicioso, onde as informações incorretas praticadas pelos músculos, ou seu desuso, sejam substituídas por informações novas e corretas através de repetições. 
TRATAMENTO 
 É efetuado de 3 a 4 horas por dia, 5 dias por semana, durante 3 ou 4 semanas.
Este método melhora a propriocepção, provê estabilização externa e dá suporte aos músculos fracos, corrige o alinhamento corporal, influencia o sistema vestibular, estimula o treinamento do sistema nervoso central, provê estimulações táteis e sensoriais, melhora a produção oral e fluência, e aplica sobre o corpo uma pressão semelhante à ação da gravidade.
OBJETIVOS
Os objetivos dessa técnica são:
· Normalização do tônus; 
· Aprendizagem motora;
· Estabilização e correção postural dinâmica; 
· Aumentar a variedade dos movimentos ativos;
· Estimulação tátil, proprioceptiva e vestibular;
· Melhora do equilíbrio e coordenação;
· Aumentar força e resistência;
· Melhora a densidade óssea;
· Diminui riscos de contraturas e deformidades; 
· Controlar os grupos musculares que acabaram de ganhar força, permitindo que a criança melhore suas habilidades funcionais, sendo um trabalho que visa à independência;
· Aumenta atividades funcionais como: sentar, engatinhar, andar.
INDICAÇÕES
 Foi desenvolvido para pacientes com:
· Traumatismo crânio encefálico;
· Hipertonia e hipotonia;
· Síndromes Genéticas;
· Esclerose múltipla;
· Esclerose Lateral Amiotrófica;
· Crianças com Paralisia Cerebral;
· Disfunções neuromusculares;
· Pacientes pós acidente vascular cerebral;
· Pacientes pós traumatismo craniano;
· Danos na medula espinhal.
CONTRA INDICAÇÕES
· Distrofia muscular severa;
· Osteoporose grave com risco de fratura;
· Escoliose Grave;
· Lesões graves de joelho, anca e pés
PRECAUÇÕES
· Epilepsia não controlada;
· Problemas renais ou cardíacos;
· Baixa densidade óssea.
SUGESTÕES DE TRATAMENTO
· Primeira semana: trabalho com intuito de regularização de tônus, diminuindo padrões de movimento patológicos e aumentando padrões ativos e apropriados de movimento e ganho de força geral;
· Segunda semana: trabalho de ganho de força em grupos musculares específicos responsáveis pela função;
· Terceira e quarta semana: uso do aumento de força e resistência alcançadas pela criança para melhorar o seu nível funcional ao: sentar, engatinhar, andar;
· A técnica Spider: Possibilita uma suspensão vertical e horizontal, dinâmica, através de um sistema de cordas elásticas fixadas no paciente e na gaiola. O objetivo dos exercícios realizados neste equipamento é melhorar as habilidades funcionais, trabalhar os sistemas sensoriais, equilíbrio, coordenação e estimular atividades independentes.
CONCLUSÃO
 Há autores que afirmam que após 3 semanas de intervenção intensiva utilizando o método Therasuit, crianças manifestam grandes avanços motores durante atividades diárias. Há indicações do uso do método durante pelo menos 3 vezes ao ano, e orientação para a utilização de órteses após seu tratamento, e é importante também alertar que o uso do método serve para complementar a parte clínica multidisciplinar, podendo trabalhar juntamente da terapia da fala, terapia ocupacional, neuropsicologia, e demais outras áreas.
REFERÊNCIAS
MÉTODO THERASUIT: Novo método aplicado em crianças no Instituto Luso-Cubano de Neurologia, Clínica Norte
THERASUIT METHOD
http://www.suittherapy.com/therasuit%20info.htm
REVISÃO GERAL DO THERASUIT E DO MÉTODO THERASUIT
Programa pediátrico de exercício intensivo para crianças com paralisia cerebral
http://www.suittherapy.com/portug.htm
FAMILY: For two PT’s the profession got personal when their daughter was born with cerebral palsy
Autora: Stefanie Carter
http://www.suittherapy.com/download%20center/article%20adv%201.pdf
http://www.intensivetherasuit.com.br/?page_id=15
http://www.clinicaintensiva.com.br/tratamento/therasuit/
http://www.crefito10.org.br/conteudo.jsp?idc=2057
http://www.clinicaludens.com.br/especialidades-fisioterapia-metodo-tratamento-therasuit-campinas.html