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Gemelaridade Incidência e epidemiologia · Aumento da incidência nos últimos anos - reprodução assistida e idade materna. · 1980: 19:1000 · 2006: 32:100 · Japão: 1,3:1000 · Europa e américa do norte: 8:1000 · Nigéria: 50:1000 · Brasil, região sul e sudeste: 22:1000 · Gestações monozigóticas tem incidência constante na natureza, 3 a 5 em 1000 gestações. · Gestações que vem de um mesmo embrião. · As gestações gemelares estão associadas com aumento de quase todas as complicações gestacionais. · Exceto pós datismo e macrosomia. Fatores de risco · Reprodução assistida · História familiar materna – história paterna não aumenta risco. · Idade materna e paterna (pico aos 37 anos) → o aumento da idade aumenta as chances de gestação gemelar · Fatores nutricionais – ainda não são mto bem esclarecidos. Corionicidade, amniocidade e zigoticidade · Corionicidade: fator mais importante a ser determinado, 2 tipos – quantas placentas essa gestação tem. · Dicoriônicas: 2 placentes → cada feto tem sua placenta. · Monocoriônica: placenta única → os fetos dividem a mesma placenta. · Muda acompanhamento, riscos e prognóstico. · Amniocidade – quantas bolsas amnióticas. · Diamnióticas: 2 cavidades amniótica. · Monoamnióticas: 1 cavidade amniótica. · Zigoticidade – não consegue definir pelo exame pré natal – não posso afirmar, pela US, que os embriões são iguais ou diferentes · Dizigóticas: fecundação de 2 óvulos por 2 espermatozoides = carga genética diferente · Monozigóticas: divisão de uma massa embrionária única = mesma carga genética. – se divide em dois ou mais embriões. · Não possuem exatamente a mesma carga genética. – mutações que podem ocorrer após a divisão. Zigoticidade · Dizigóticas · Sempre → dicoriônica/diamniótica. · Tipo de gestação que tem menos complicações. · Monozigótica (depende do período embrionário que teve a divisão da massa embrionária · Dicoriônica/diamniótica (dividiu mais cedo) - 3° dia · Monocoriônica/diamniótica (se dividiu mais tarde e formou uma placenta e duas cavidades amnióticas) - a divisão ocorreu entre o 4° e 7° dia após a fecundação · Monocoriônica/monoamniótica (se dividiu ainda mais tarde) - a divisão ocorreu entre o 8 e 12° dia após a fecundação (já tem a formação das placentas e das cavidades amnióticas, por isso que é tudo junto). · Quanto mais precoce, mais separado. · Gemelaridade imperfeita (siameses): divisão após o 13° dia Diagnóstico · Clínico - altura uterina maior do que o esperado para a idade gestacional = tardio · Ultrassonografia de 1° trimestre - determinar a corionicidade, amniocidade e datar a gestação → tem que ser de 1 semestre, mesmo que tenha duas placentas diferentes, depois fica difícil de ver se tem duas placentas. · Sinal do lambda - duas placentas uma ao lado da outra, mas são placentas diferentes (gestação dicoriônica) · Toda gestação dicoriônica necessariamente é diamniótica!!! · Sinal do t: ve a divisão das bolsas. É diamniótica mas monocoriônica · Ausência de sinais: monocoriônica e monoamniótica. Complicações Maternas · Hiperemesis gravídica · Pré-eclâmpsia · Anemia · Complicações hemorrágicas · Edema pulmonar Fetais · Prematuridade · Restrição de crescimento fetal · Anomalias congênitas Complicações das gestações monocoriônicas · Síndrome da transfusão feto fetal: 10 a 15% - anastomoses vasculares arterio-venosas, que são mto próximas uma da outra, que levam a desequilíbrio hemodinâmico entre os fetos. · Feto doador: oligohidrâmnios, restrição de crescimento. · Feto receptor: polidrâmnio, hidropsia (vai receber um excesso de fluxo). · Não há diferença de peso entre os bebês, mas sim pela quantidade do líquido. · Alterações de fluxo, de artéria umbilical, de ducto venoso – se não intervirmos, o bebê que está doando morre. · O feto receptor não tem capacidade circulatória para o aporte de fluxo – insuficiência cardiaca. · Tratamento – cirurgia intra uterina – separação de placenta – os transforma em dicoriônicos – pode ou não melhorar. · Sequência de anemia - policitemia: 5% - avaliada pelo pico de velocidade sistólica na artéria cerebral média dos fetos (pvs-acm) · Feto doador: pvs-acm > 1,5 mom → está com menos sangue, então o pico de velocidade vai ser maior. · Feto receptor: pvs-acm < 1,0 mom → recebe excesso de vascularização, não vai ter anemia e por isso o pico é menor. · Pvs-acm = pico de velocidade sistólica da artéria cerebral média. · Restrição de crescimento seletiva – placenta foi dividida em porções desiguais – não existe uma comunicação entre eles que cause desequilíbrio, mas sim o tamanho da placenta – causa restrição fetal para o bebê que fica com a placenta pequena. · Sequência de perfusão reversa (feto acárdico): 1% - um dos fetos é mal formado (massa acárdica) perfundida pelo feto normal (bombeador), levando à insuficiência cardíaca, hidropsia e morte. · Gestação monocorionica em que um dos bebês é uma massa de células mal formadas, que não possui coração. O bebê doador entra em insuficiência cardíaca, pois precisa manter a circulação dele e do feto sem coração. Complicações monoamnioticas. · Enovelamento dos cordões umbilicais. · Gemelaridade imperfeita: 1:1000.000 gestações, mais comum é a toracopagia (união pelo tórax e abdome, com compartilhamento do fígado, coração e tgi). · Gemelaridade sempre é gestação de alto risco Interrupção da gestação Gestação gemelar não complicada Interrupção da gestação Dicoriônica/diamniótica 37-38 semanas Monocoriônica/diamniótica 34-36 semanas Monocoriônica/monoamniótica 32-34 semanas, cesariana (sempre!) Via de parto · Diamnióticas não complicadas – duas cavidades - depende da apresentação fetal: · Ambos cefálicos: parto normal. · 1º cefálico/ 2º outra apresentação: parto normal. · 1º pélvico ou transverso: cesariana. · Colo não se dilata como deveria – cabeça do bebê é muito maior do que a pelve. · Monoamniótica: cesariana · Gestação múltipla (mais de 2 festos): interrupção entre 32-34 semanas, cesariana. · Maior risco de atonia uterina, hemorragia pós parto e histerectomia puerperal · Mono/mono sempre é cesárea e deve ser interrompida pelo risco de enovelamento de cordão
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