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PAPER VIVÊNCIAS EDUCATIVAS PLANEJAMENTO DE AULAS INOVADORAS E CRIATIVAS

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VIVÊNCIAS EDUCATIVAS
PLANEJAMENTO DE AULAS INOVADORAS E CRIATIVAS
Thais Silva Lima¹
 Elizandra Paes de Jesus Mendes²
	
RESUMO
Deveria existir uma relação entre jogo e educação. O papel da atividade lúdica na aprendizagem e no desenvolvimento humano é essencial, afinal, sala de aula pode ser um lugar de brincar. Tudo isso é papel do professo, que deveria incluir no seu planejamento de aula.
Não costuma ser difícil convencer os educadores da importância do jogo o desenvolvimento humano. Seu trabalho constantemente confronta-os com este fato. Afinal, as crianças brincam.
Sabem que do ponto de vista psicogenético o jogo é expressão e condição do desenvolvimento, devido ao fato de que cada etapa está ligada a um tipo de jogo. A atividade lúdica assinala, assim, a evolução mental. Por esse e vários outros motivos, devemos nos aprimorarmos no que diz respeito a “planejamentos de aulas inovadoras e criativas.” Porém convencer uma parte desses educadores da importância para a aprendizagem, no entanto, não é simples. Muitos educadores buscam sua identidade na oposição entre brincar e estudar: os educadores de crianças pequenas, recusando-se a admitir sua responsabilidade pedagógica, promovem o brincar, os educadores da demais séries de ensino promovem o estudo.
 
Palavras-chave: Planejamento. Lúdico. Aulas. 
1. INTRODUÇÃO
Quando falamos em aprender brincando, usar o lúdico para desenvolver certas habilidades dentro do espaço educador. Podemos então dizer que o terma lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo. Mas, de acordo com Almeida (2006), o lúdico passou a ser reconhecido como uma das formas utilizadas para o estudo do comportamento humano. 
A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo uma essência da infância e seu uso permitir um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento.
Ao tentar definir jogo, Huizinga (ad. Orig. 1938) descreveu-o como uma atividade voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotada de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana (caráter fictício). Caillois (ed. Orig. 1958) sublinhou sua dimensão imprevisível, cujo desfecho não se pode determinar, dependente que é da capacidade de inventar do jogador. 
Independentemente da época, cultura e classe social, os jogos e brincadeiras fazem parte da vida da criança, pois elas vivem em um mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se confundem. 
O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, passando a ser necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. Podemos afirmar que a ludicidade está na vida do ser humana há milhares de anos, basta analisarmos um pouco a história da humanidade. 
2. ANALIZANDO A HISTÓRIA DA HUMANIDADE, RELACIONANDO COM AS PRATICAS PEDAGÓGICAS 
Os primeiros sinais de valorização da atividade lúdica tiveram início no século XVI, sendo resgatados pelos humanistas, que perceberam o valor educativo das atividades lúdicas, mas ainda referenciados como uma forma de “bajulação” ou “paparicação”, isto é, uma maneira de agradar ou recompensar por boas atitudes e interesse pelos estudos. 
É possível perceber que, no Brasil, a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras teve várias influencias, afinal, vivemos num país com uma grande e variada riqueza cultural, ampliada pela miscigenação de povos, culturas e raças. 
Kishimoto (1993, p. 7) afirma: “Cada tempo histórico possui uma hierarquia de valores que oferece uma organicidade a essa heterogeneidade. São esses valores que orientam a elaboração de um banco de imagens culturais que se refletem nas concepções de crianças e seu brincar. ” 
Kishimoto (2002, p. 28) diz que os jogos são criados pelo homem. “A criança é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma forma espontânea e criativa”.
Sendo assim, ela desenvolve a curiosidade, a criticidade, a confiança e a participação na resolução de problemas relacionados ao conhecimento necessário para a apropriação do mundo da cultura. 
Podemos exemplificar a afirmação de Kishimoto, apontando alguns jogos e brincadeiras que há muitas gerações fazem parte do universo da criança e que ainda estão presentes no cotidiano infantil. 
· Amarelinha;
· Balanço de corda;
· Bambolê;
· Bolinha de sabão;
· Balão;
· Pular corda;
· Carrinho de rolimã.
 A brincadeira, além de diversão, proporciona o desenvolvimento da criança, auxiliando na estruturação de pensamento, na construção do simbólico, estimulando a linguagem, a coordenação motora etc. Ao brincar, principalmente quando se utiliza o faz de conta, a criança expressa a compreensão da realidade vivenciada, reconstruindo o seu significado, flutuando entre o real e um mundo de fantasia, de imaginação, onde poderá interagir com seus medos, suas angústias. 
Freud (apud SANTOS e KOLLER, 2003) relata que as crianças simbolizam seus problemas por meio das brincadeiras, resolvendo-os em um outro contexto, e trazendo para um mesmo momento o presente, o passado e o futuro.
 Nessa abordagem educacional, a relação ensino-aprendizagemnão tem um sentido único. São diferentes saberes que se estabelecem por relação de reciprocidade e pelos quais se tenta compreender quem é a criança, a família e como todos podem trabalhar juntos em prol do saber. 
Escutar as crianças ocupa centralidade nesse trabalho pedagógico. Trata-se de uma escuta recíproca, por meio da qual se interpretam significados. Nesse sentido, o valor atribuído ao diálogo e a atenção a ele dirigida não são improviso, pois, as competências da criança se desenvolvem e são ativadas pela experiência na qualidade da interação. Consequentemente, quanto mais se vê a criança como competente, mais competente devem ser a professora e a escola. Portanto, trata-se de uma educação baseada no relacionamento e na participação por meio de redes de comunicação e de encontros entre crianças, professores e pais. 
De acordo com Malaguzzi (1999, p. 76) essa espécie de abordagem revela muito sobre a nossa filosofia e nossos valores básicos, que incluem os aspectos interativos e construtivistas, a intensidade dos relacionamentos, o espírito de cooperação e o esforço individual e coletivo na realização de pesquisa. Apreciamos diferentes contextos, damos uma grande atenção à atividade cognitiva individual dentro das interações sociais e estabelecemos vínculos afetivos. [...] Deixamos verdadeiramente para trás uma visão da criança como egocêntrica, focalizada apenas na cognição e nos objetos físicos, cujos sentimentos e afetividade são subestimados e menosprezados.
 
 Conforme essa abordagem, a imagem que o educador faz da criança é que vai orientar suas escolhas. Todas as decisões pedagógicas estão atreladas à interpretação do educador sobre o que a criança deseja, o que ela faz, o que ela consegue produzir, suas possibilidades, suas teorias. Se a escolha que o educador faz tem a ver com esses elementos, consequentemente, não é possível fazê-la à revelia da criança. Por isso, uma das ações educativas mais importantes para essa abordagem é a escuta, é o olhar cuidadoso sobre a criança, é o planejamento inovador.
Nas palavras de Rinaldi (1999, p.114), é uma abordagem na qual a importância do inesperado e do possível é reconhecida, um enfoque no qual os educadores sabem como ‘desperdiçar’ o tempo ou, melhor ainda, sabem como dar às crianças todo tempo que necessitem. É uma abordagem que protege a originalidade e a subjetividade, sem criar o isolamento do indivíduo, e oferece às crianças a possibilidade de confrontarem situações especiais e problemas como pequenos grupos de camaradas.
 Se examinarmos detalhadamente as práticas pedagógicas predominantes na atualidade constataremos a inexistência absoluta de brinquedos e momentos para brincar escola. Os pátios, áridos, resumem o último baluarte da atividade lúdica na escola, ainda que desprovidos de brinquedos atraentes, ou mesmo sem brinquedo algum, sob o pretexto de “proteger os alunos” ou alegando que “estragam”. Nos raros momentos em que são propostos, são separados rigidamente das atividades escolares, como o canto dos brinquedos ou o “dia do brinquedo”. Isso, apenas nas escolas infantis, pois nas classes de ensino fundamental estas alternativas são abominadas, já que os alunos estão ali para “aprender, não para brincar”. O brincar literalmente acantonado, deste modo não contamina as demais tarefas escolares, sendo mantido sob controle. Só se brinca na escola se sobrar tempo ou na hora do recreio, sendo que estes momentos correm, permanentemente, o risco de serem suprimidos, seja por má conduta, seja por não ter feito a tarefa ou ainda por não ter dado tempo. Às vezes, a hora do recreio se estende à hora do lanche, e mesmo que esta não seja, a priori, uma atividade lúdica, representa um momento prazeroso diferenciado das tarefas tipicamente escolares, onde um rasgo de espontaneidade é possível. 
 Como diz Dolto, as crianças necessitam de limites para sentirem-se em segurança, mas de limites que se devem apenas ao perigo real que suas transgressões implicam para a integridade de seu organismo ou a dos outros. (1999:109) 
 Tais limites contribuem para a construção do senso de realidade nos processos de subjetivação. Mas a atividade lúdica é, ela mesma, pujante de situações em que a realidade realização. Por exemplo, quando sentimentos agressivos são expressos, por meio da brincadeira, de forma aceitável, nãos só o processo civilizatório está em curso, com a sujeição do indivíduo a regras socialmente construídas, como a capacidade de representação é ampliada. A capacidade de brincar e a capacidade de simbolização são interdependentes. 
 Tais características, entretanto, fazem forte oposição à sala de aula convencional. É de Waskop (1995) a análise das contradições presentes no brincar que dificultam sua adoção com propósitos educativos:
· Enquanto o jogo é uma atividade livre e espontânea, o ensino é, por excelência, uma atividade dirigida;
· Ao brincar a criança supera a infância (por exemplo, no jogo dramático desempenha papéis que ultrapassam sua idade real), mas também se constitui como tal, visto que a brincadeira contribui para seu desenvolvimento; 
· No jogo estão presentes valores, a um só tempo, retrógrados e inovadores;
· O jogo é uma atividade regulada e, ao mesmo tempo, espontânea (retomar, para realidade e jogo);
· O sujeito que brinca se apropria do mundo de forma ativa e direta, mas também através da representação, ou seja, da fantasia e da linguagem.
 De acordo com Rizzi e Haydt (2001), o jogo pode ser considerado um impulso natural da criança, e neste sentido satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta tendência lúdica. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Considerando o meu objetivo de investigar as práticas pedagógicas que possam ser inovadoras e criativas, considerando também, como as crianças de hoje se relacionam uma com a outra no momento da brincadeira. 
O fundamento desse estudo tem como base formada na pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma imensa gema de fenômenos muito mais ampla. Portanto o levantamento teórico deste trabalho será desenvolvido a partir de materiais já elaborados, constituídos de livro e artigo científico. 
Assim pude reconhecer a importância da pesquisa no cotidiano. Você passa a se questionar sobre várias questões. 	 
Será que nossas crianças têm tido a oportunidade de se expressarem a maneira como os professores organizam suas salas? Será que essas crianças estão realmente se desenvolvendo?
Refletir a respeito dessas e de várias outras questões, é muito importante para o aperfeiçoamento dos nossos planejamentos, nossas aulas criativas e atraentes. 
CIRANDA MÁGICA – OBRA EM BRONZE DA ARTISTA PLÁSTICA SANDRA GUINLE (2003)
FONTE: https://www.sandraguinle.com/brincadeiras.php?sessao=Brincadeiras>. Acesso em: 19 abril 2019
Utilizei o registro artístico da artista plástica Sandra Guinle para usar de exemplo de jogos e brincadeiras, que a muito tempo faz parte do universo da criança. O objetivo dessa brincadeira é estimular a linguagem, a criatividade, a coordenação espacial, a socialização e a afetividade do aluno. A brincadeira quer que todos tenham interação. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 O desenvolvimento das crianças depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pela escola. É na brincadeira que ela expressa suas emoções, seus desejos, seus sentimentos e age de forma natural no espaço. Os jogos, brinquedos e as brincadeiras proporcionam uma variedade de experiências lúdicas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social das crianças. 
O que leva o jogo ao seu status rebaixado perante as demais atividades, é sua não-seriedade, o prazer que implica, e sua improdutividade.
Enquanto na escola persistir a divisão do espaço-tempo nos moldes do capitalismo, não só o jogo experimentará segregação, mas como a merenda, todas aquelas atividadesque não se adequarem ao projeto utilitarista e pragmático de escola. 
Defender o brincar na escola, por outro lado, não significa negligenciar a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento.
A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isto é necessário encontrar o equilíbrio sempre entre o cumprimento de suas funções pedagógicas.
5. CONCLUSÃO
Para concluir, gostaria de destacar, primeiramente, a valorização da criança como ator social e sujeito de direitos que se desenvolve pelas relações sociais estabelecidas no ato de brincar. Gostaria de ressaltar a importância do planejamento inovador e criativo, utilizando o lúdico para desenvolver as habilidades. 
Independentemente da época e do local vivido, a ludicidade aparece no ser humano de forma natural e espontânea.
Através das atividades lúdicas, como as brincadeiras e os jogos, as crianças sempre experimentam novos desafios que, transformados em conhecimento, fazem parte do seu cotidiano. 
	Cada criança em suas especificidades transforma sua rotina num verdadeiro espaço, num mundo imaginário, querendo sempre transpor o que sente em um emaranhado de fantasias. O criar, o brincar, o sonhar, o estar com o outro, e tantas outras expressões contínuas das crianças esbarram em muitas ideologias do adulto: "agora não pode", "agora não é hora", "este não é um lugar para isto", no entanto elas persistem. 
Querer que as crianças esqueçam que são crianças, que o seu universo é rodeado de "inocências", é querer que sejam pensantes como adultos, é queimar suas fases, no objetivo de substituir o mundo delas pelo mundo próprio de adultos.
REFERÊNCIAS
http://www.andreaserpauff.com.br/arquivos/disciplinas/brinquedosebrincadeiras/6.pdf>. acesso em: 19 abril 2019
http://criancapequenina.blogspot.com/2011/10/crianca-e-suas-linguagens.html​>. acesso em: 19 abril 2019.
MELO, Fabiana Carbonera Malinverni. Lúdico e Musicalização na Educação Enfantil/Fabiana Carbonera Malinverni. Indaial: Uniasselvi, 2011. 272p. il. 
https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/40208/pdf​>. acesso em: 19 abril 2019.
https://www.sandraguinle.com/brincadeiras.php?sessao=Brincadeiras>. Acesso em: 19 abril 2019
1 Acadêmica: Thais Silva Lima
2 Tutor Externo: Elizandra Paes de Jesus Mendes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Pedagogia (PED 1843/3) – Prática do Módulo V - 05/07/2019

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