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3 - Competencias do Designer Educacional Instrucional

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Ivete Palange
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
CompetênCias do designer
eduCaCional/instruCional
3
CompetênCias do designer 
eduCaCional/instruCional
Competências do Designer
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Fundamentos e Princípios para a 
Atuação do Designer Instrucional
Antes de entrarmos em questões de ensino e 
aprendizagem, conheça um pouco sobre as áreas 
de atuação do Designer Instrucional.
A amplitude da atuação do Designer Instrucional exige conheci-
mentos em diferentes áreas. Para sua formação, é importante co-
nhecimentos em Ciências Humanas (Educação, Psicologia, Comuni-
cação), Ciências Biológicas (Neurociência), Ciências da Informação e 
Computação (Organização e Tecnologias) e Ciências de Administra-
ção (Gestão).
GestãoOrganização das 
informações
Neurociência
Designer
Instrucional
Tecnologias
Psicologia Educação 
Comunicação
Figura 1 – Campos de conhecimentos associados à prática do Designer
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
• Educação: Elementos de Didática;
• Psicologia: Teorias de Aprendizagem, Dimensões Cognitivas, 
Afetivas e Emocionais dos indivíduos sobre as relações entre o 
individual e o social; 
• Comunicação: Compreensão das linguagens das diversas mí-
dias, adaptação de conteúdo e interatividade;
2
• Ciências da Informação e da Computação: Inovações Tecno-
lógicas, distribuição de Informação e sua recuperação, algoritmos 
de funcionamento; 
• Neurociência: Contribui com os estudos e as pesquisas na área 
do funcionamento do cérebro e suas consequências no processo 
de aprendizagem;
• Gestão: Coordenação de projetos, de equipes, de processos de 
produção.
O Designer Instrucional pode atuar em diversos segmentos dos pro-
jetos educacionais. Por exemplo, sua prática pode ser desenvolver uma 
Disciplina de um Curso ou de um Treinamento numa Empresa; propor 
e desenvolver um Curso para o Processo de Formação de um profissio-
nal e desenvolver um recurso específico de Ensino, entre outros.
Assim, a fundamentação geral é especificada dependendo da ativi-
dade que será desenvolvida, do segmento de um Projeto em que ele 
exerce sua função.
Por exemplo, se o Designer coordena uma equipe de docentes 
para desenvolver um Projeto de Formação de um Profissional, a fun-
damentação em Gestão que ele necessita é diferente do Designer, que 
trabalha na especificação de um recurso de Tecnologia aumentada 
para ensinar um conceito.
Um profissional que desenvolve um recurso requer gerir o tempo e 
a relação com profissionais de programação, por exemplo, da mesma 
maneira que o Coordenador requer um conhecimento diferente de re-
alidade aumentada em relação ao produtor do recurso. A formação ge-
ral, o todo é importante, mas são necessários, também, conhecimentos 
específicos para as atividades de cada segmento de um Projeto.
O Designer Instrucional, além de formação ampla, necessita de 
atualização constante. Resultados de estudos e pesquisas colocam em 
questão, frequentemente, os conhecimentos adquiridos e a descoberta 
acelerada de Novas Tecnologias, alteram as formas das pessoas se 
relacionarem entre si e com as informações. Então, é preciso estar 
atento(a) às transformações para atender melhor às necessidades de 
aprendizagem nos Projetos Educacionais.
O conhecimento é importante para a formação do profissional, 
mas a ética é um princípio que deve orientar a atuação do Designer 
Instrucional. Ela deve estar presente nas atitudes e nas decisões e para 
cada projeto envolve questões específicas.
3
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Design Instrucional e seus Elementos
Ao conversar com alunos sobre boas lembranças de aprendizagem, 
variam muito as Disciplinas, e o mais comum é citarem que o profes-
sor era um entusiasta, gostava muito do que ensinava e sentia prazer 
em partilhar o conhecimento sobre o conteúdo que dominava. Esse 
professor, possivelmente, influenciou muitos de seus alunos a segui-
rem carreira relacionada ao conteúdo que ensinava.
Por exemplo, se ele era um professor de Biologia, contribuiu para 
muitos se tornarem biólogos, ou áreas afins, como Saúde. Um bom 
professor de Matemática costuma influenciar seus alunos a gostarem 
dessa área de conhecimento e seguirem carreiras associadas a ela 
(Matemática, Física e Engenharia, entre outras). Mas o prazer e o in-
teresse na aprendizagem de Disciplinas é uma exceção; a maioria das 
situações de ensino desperta tédio nos alunos. 
Uma pesquisa chamada de Nossa Escola em (Re)Construção 
(Porvir/Inspirare, 2016), realizada com 132.000 jovens, de 13 a 21 
anos, de todos os estados do Brasil, sobre o que pensam da Escola, 
indicou que os alunos querem uma Escola em que possam participar 
mais, com atividades práticas e Tecnologia, um currículo mais flexível, 
em que possam aprender fazendo (“com a mão na massa”), com espaço 
livre e acolhedor e com a possibilidade de interagir com o entorno.
Em relação ao professor, a principal característica que apontaram foi 
explicar bem o conteúdo (54%); 34% deles afirmaram que é o professor 
ter muito conhecimento sobre um assunto, 23%, ser acolhedor e ter boa 
relação com os alunos; 31%, propor diferentes atividades nas aulas.
As escolas foram construídas seguindo o modelo das fábricas da 
era industrial, com linhas de montagem para a produção. Os ope-
rários repetiam indefinidamente as mesmas operações, seguindo o 
ritmo das máquinas, acompanhados por supervisores que não os dei-
xavam parar ou interromper o trabalho. O homem se tornou uma 
engrenagem na grande máquina que era a fábrica.
Importante!
Charles Chaplin, ator, diretor e cineasta genial, no filme Tempos Modernos (1936), capta 
a situação citada e apresenta uma crítica à vida de operário na fábrica. Veja uma cena do 
filme no link https://youtu.be/XFXg7nEa7vQ.
Importante!
Na Escola, o aluno é como o operário que deve repetir o con-
teúdo e aprender a obedecer. Da mesma maneira que os operários 
4
possuíam supervisores para controlar as operações, a Escola tem os 
especialistas em cada conteúdo para supervisionar a reprodução dos 
conteúdos ensinados. 
A padronização é o mais importante, e dividir os alunos por idade 
segue esse modelo; todos devem ter a mesma faixa etária, com base 
na crença de que a mesma idade os torna iguais; são capazes de 
aprender da mesma maneira. As salas de aula os colocam enfileira-
dos, pois há uma crença de que a organização padronizada favorece 
a realização das tarefas.
O mundo mudou, mas a Escola não. Assim, o ensino, hoje inspirado 
nesse modelo, não atende às necessidades das crianças e dos jovens 
que, fora da Escola, vivem num mundo conectado, com informações à 
sua disposição e participando de redes sociais, com relações não hie-
rarquizadas. Como as Escolas não atendem mais à formação para o 
mundo contemporâneo, é preciso que haja inovação no ensino.
Educação Presencial Inovadora
Em relação às Escolas, há algumas experiências disruptivas na for-
ma de ensinar e preparar as pessoas para esse novo mundo. Selecio-
namos duas delas, embora haja muitas outras.
Projeto Âncora
• Atende gratuitamente, desde 2012, crianças de famílias de baixa 
renda, numa área de 12 mil metros, em Cotia, São Paulo;
• Desenvolve Ensino Fundamental e Ensino Médio; 
• O espaço é dividido em salas de estudo, oficinas e área livre;
• As crianças não são divididas em séries; 
• Há núcleos de Aprendizagem (Iniciação, Desenvolvimento e Apro-
fundamento);
• Há preocupação em desenvolver a autonomia das crianças e 
os valores (respeito, responsabilidade, solidariedade, afetividade 
e honestidade);
• O currículo previsto pelo MEC é cumprido, mas não na ordem 
estipulada, e a avaliação é integrada ao Processo;
• A criança chega e realiza o planejamento do dia acompanhada 
por um tutor nas atividades de seu interesse; 
• Há rodas de conversas para discutir e estabelecer regras para os proble-
mas da Escola;
5
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE• A unidade tem estreita relação com a comunidade, desenvolven-
do projetos para atender necessidades e problemas.
Visite o site do projeto: https://goo.gl/xJKbcT
Escola Lumiar
• Escola idealizada e criada em 2003, em São Paulo;
• Em 2009, foram criadas a Lumiar Internacional e a Lumiar Públi-
ca, em Santo Antônio do Pinhal e, em 2017, em Porto Alegre;
• Há três ciclos de aprendizagem (Creche, Infantil e Fundamental);
• Os educadores são organizados em dois grupos: tutores, que acom-
panham e interagem com as crianças e os pais; e mestres, profes-
sores especialistas em conteúdo (Português, Matemática etc.), com 
a função de planejar e coordenar os projetos de aprendizagem, 
avaliando o desenvolvimento das competências dos alunos;
• Mestres e tutores usam Tecnologias da Informação e Comunica-
ção (TICs) para enriquecer a aprendizagem individual e coletiva;
• As atividades da Escola iniciam, diariamente, com o que está 
acontecendo no mundo. As crianças escolhem pelo que se inte-
ressam e o tema é debatido por todos; 
• O currículo é enriquecido pelo desenvolvimento de projetos, ofici-
nas e módulos de aprendizagem concebidos por tutores, mestres 
e educandos;
• Há uma assembleia semanal, a Roda, com debate das questões 
escolares por alunos, tutores, mestres e funcionários.
Há muitos outros exemplos de Escolas públicas e/ou particulares, 
no Brasil e no mundo, que procuram inovar no seu DI, buscando rom-
per com os paradigmas tradicionais.
Para conhecer mais sobre experiências inovadoras educacionais, consulte o 
Material Complementar.
O que as Escolas inovadoras têm em comum? 
• Educadores antenados que buscam alternativas para o ensino e 
que trabalham em equipe, de forma colaborativa;
6
• Preocupação com necessidades, interesses e potencial de cada 
um dos educandos;
• Desenvolvimento da autonomia do educando na aprendizagem;
• Estimulam a aprendizagem individual e coletiva;
• Promovem a alteração do espaço escolar;
• Desenvolvem a prática de valores;
• Buscam dar significado à organização do conteúdo; 
• Focam a construção do conhecimento;
• Propiciam a avaliação integrada à aprendizagem, estimulando a 
autoavaliação.
O DI na Educação a Distância
A distância pode ser interpretada como a separação temporal ou 
espacial entre as pessoas. Mas há, também, a distância transacional, 
que é a percepção das pessoas em relação à distância que as separa. 
Por exemplo, duas pessoas separadas geograficamente podem man-
ter contato constante e intenso por meio de tecnologias disponíveis, 
como telefone, Skipe e Whatsapp, entre outros. 
A interação mediada pela tecnologia provoca um sentimento de 
proximidade psicológica que altera a percepção da distância física en-
tre as pessoas. Assim, alguns autores usam a expressão “Educação 
sem Distância” para caracterizar a possibilidade de interação e a dimi-
nuição da distância transacional dos usuários (MOORE, 1993, apud 
TORI, 2010). 
A educação a distância, com as novas Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TICs), ganhou um novo espaço, o Ambiente Virtual. 
Inicialmente, o novo ambiente parecia promissor, pois permitia que 
as situações de ensino não estivessem subordinadas a ambientes e 
contingências difíceis de serem alteradas, como o ambiente físico das 
salas de aula das escolas. Além disso, esse ambiente tornou possível 
estabelecer relações mais colaborativas e menos hierarquizadas, que 
favorecem a aprendizagem.
Os primeiros Cursos desenvolvidos em Ambientes Virtuais, no en-
tanto, limitavam-se a reproduzir os desenvolvidos no ambiente físico e 
piorá-los um pouco mais.
As aulas foram substituídas por textos, que correspondiam a anti-
gas apostilas, sem a preocupação de estabelecer diálogo com o leitor 
ou relações entre conteúdo e a vida cotidiana. 
7
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Os alunos recebiam as informações e uma lista de questões para 
verificação de leitura. Esses primeiros Cursos ficaram conhecidos 
como Cursos de PDF on-line, pois os textos, em formato PDF, fica-
vam disponíveis na Internet. 
Raramente, estabelecia-se comunicação entre professor e alunos, e 
menos ainda entre os alunos. Embora os computadores permitissem 
a interatividade, raramente ela era usada na exploração do conteúdo. 
Educação a Distância Inovadora
A Educação a Distância, hoje, pressupõe o acesso a diversos recursos, 
como imagem, som e textos, entre outros, e a possibilidade de interatividade.
As ações educativas devem contemplar a oportunidade de colabo-
ração para a construção do conhecimento. Os alunos devem se trans-
formar em coautores das informações e das trilhas de aprendizagem. 
A Educação a Distância deve garantir a comunicação bidirecional, 
para que todos possam aprender e ensinar de forma colaborativa. O 
ambiente deve ser livre e plural, respeitando as diferentes subjetivida-
des e suas atribuições de significados. Essas condições são possíveis 
em ambiente democrático e tolerante. 
A substituição do paradigma educacional unidirecional pelo bidire-
cional, valorizar a interação, permite desenvolver uma educação liber-
tadora, cidadã.
Para desenvolver o DI, é preciso conhecer e, às vezes, negociar, 
diante de uma demanda. Uma pessoa doente, por exemplo, pode 
dizer quais são os seus sintomas, mas nem sempre o que os provoca, 
as suas causas ou a doença que tem. 
Vamos imaginar que o diretor de uma empresa, na qual têm acon-
tecido muitos acidentes de trabalho, procura você e solicita o desenvol-
vimento de um treinamento para os Operadores de Máquina, para di-
minuir os acidentes. É preciso que você compreenda o real problema. 
Os acidentes de trabalho podem ter como causa a configuração do 
espaço, a falta de equipamentos de proteção, a ausência de proteção 
nas máquinas usadas pelos operadores e a pressão para aumentar a 
produção, entre outros. 
É preciso investigar qual o real problema, pois se ele for a ausência 
de Equipamentos de Segurança, treinar os funcionários em Regras 
de Segurança não irá adiantar nada. A solução (Treinamento) não 
é adequada para o problema (falta de Equipamentos de Segurança, 
máquinas obsoletas). 
8
Eliminados outros problemas, se houver realmente a necessidade 
de Treinamento, é preciso, então, conhecer os operadores, os alunos 
que irão vivenciar a ação educativa. 
Para conhecer para quem se está elaborando um Curso, um Trei-
namento, uma Atividade de ensino,é necessário mergulhar no mundo 
dessas pessoas, nos seus interesses, preocupações, potenciais, difi-
culdades e limitações. Dados quantitativos podem ajudar, mas são 
insuficientes; é importante conhecer de perto a realidade do aprendiz. 
Salman Khan, por exemplo, ao conversar com sua prima de dez 
anos, observou as dificuldades que ela possuía para aprender Mate-
mática. Como eles moravam distantes um do outro, para ajudá-la, ele 
preparou alguns vídeos. Na época ele era executivo de uma Empresa 
e os vídeos que preparava eram realizados na cozinha de sua casa. 
Para que ela os pudesse assitir, ele os colocou numa rede (Youtube).
Mais tarde, outros 14 parentes dele, que, como a prima, também, en-
frentavam problemas de aprendizagem, passaram a acessar os programas.
A maior surpresa de Khan foi perceber que a dificuldade que ele 
detectou na sua prima era a de muitos outros alunos, e seus vídeos os 
ajudavam a aprender. Essa experiência, iniciada em 2004, hoje, ajuda 
milhões de usuários em mais de 200 países.
Para conhecer melhor a experiência da Academia Khan, consulte o artigo e vídeo sobre a 
visita, em 2013, desse educador para falar da Khan Academy: https://goo.gl/33Cak
O ensino é uma ponte entre o conhecido e o desconhecido. Assim, 
quanto mais se conhece sobre as pessoas que irão desenvolver um estu-
do, melhor será a arquitetura da ponte que será construída para ensinar.
É preciso, também, clareza no que se deseja ensinar, o que o aluno 
deverá aprender.
Ele deverá aprender um conceito, desenvolver uma habilidade, 
refletir e praticar valores?
Determinar osaspectos cognitivos, afetivos e as habilidades de uma 
aprendizagem é construir a bússola que irá orientar o DI. 
Conhecer os aprendizes, ter objetivos claros da aprendizagem es-
perada, conhecer o contexto no qual o conhecimento será usado, 
permite um recorte de conteúdo mais seguro.
Vamos retornar ao exemplo da Empresa com Operadores que têm 
sofrido acidentes de trabalho. Ao conversar com os Técnicos de Se-
9
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
gurança da Empresa, você identificou que os operadores não usavam 
os Equipamentos de Segurança por considerá-los dispensáveis e, em 
algumas situações, até eliminavam as proteções das máquinas por 
considerar que elas atrapalhavam a operação. 
Para conhecer melhor os Operadores, é preciso identificar se eles 
têm atitudes seguras em outras áreas da vida, além do trabalho. Se 
eles são pais, como é a rotina deles na Empresa, quais os programas 
de Televisão que assistem e gostam, quais leituras, entre outros. Ve-
rifica se eles estavam presentes nas situações dos acidentes e como 
reagiram a eles etc. 
Além disso, é preciso conhecer quais são os acidentes mais frequen-
tes na Empresa, como poderiam ser evitados e quais regras de segu-
rança foram desobedecidas.
O objetivo mais geral para um Treinamento como esse é obedecer 
a Regras de Segurança ao operar as máquinas (que devem ser especi-
ficadas). A análise das informações que forem sendo obtidas indicará 
quais as regras de segurança que devem ser mais focadas e que, por 
sua vez, orientarão o recorte do conteúdo para o DI. 
Com o mapeamento das características dos aprendizes, dos objeti-
vos que se pretende que sejam desenvolvidos e a seleção do conteúdo, 
o desafio é descobrir como ensinar. 
No Treinamento com o objetivo de aprender e praticar Regras de Segurança, a melhor 
forma de ensinar é fornecer as regras e pedir que os alunos as memorizem? 
Não, essa não é uma boa forma de desenvolver o ensino, pois os operadores podem repetir 
regras, mas não praticar, não desenvolver atitudes seguras. 
O ensino poderia ser a apresentação simulada dos acidentes que 
aconteceram na Empresa e a análise dos alunos para identificar as 
causas, as regras desobedecidas e discutir as hipóteses de por que não 
foram obedecidas.
Observe que nos temas relacionados à segurança, além dos as-
pectos cognitivos, estão presentes os aspectos afetivos, o valor que se 
atribui à vida.
Além das situações de risco (o antes do acidente), é importante discu-
tir, também, o que acontece no pós-acidente, com o funcionário e com 
a família, as alterações na vida e no trabalho e os impactos que isso traz.
A análise das consequências de um acidente devido à não obediência 
das regras pode sensibilizar para o desenvolvimento de atitudes seguras.
10
Depoimentos de acidentados, por exemplo, e de pessoas de sua 
família após o acidente podem ser, também, recursos de ensino para 
determinar a importância de atitudes seguras na operação das máqui-
nas, ou seja, um acidente é um fato que requer ser contextualizado, 
quais as situações, comportamentos e atitudes que o geram e o que 
ele produz como resultado. 
O acidente não se encerra em si mesmo, mas tem sérias consequên-
cias sociais, familiares, econômicas, de vida, em geral, para a pessoa.
Os funcionários que serão treinados em Segurança apresentam dificuldade de leitura. Qual 
o cenário e os recursos que poderiam ser usados no Treinamento? O cenário, por exemplo, 
pode ser o ambiente em que transitam os operadores, e os recursos podem ser vídeo ou 
uma animação do possível acidente.
Em situações em que se deseja mobilizar a emoção, o texto pode ser 
menos eficaz que um vídeo, um filme ou uma animação, por exemplo.
Para a simulação de um acidente, talvez o melhor seja uma animação 
que permite detalhar as peças, o que acontece com a máquina e com 
o operador, sem colocar ninguém em risco. O vídeo pode ser o melhor 
recurso para depoimentos de acidentados e de outros profissionais. 
A animação como escolha para representar o acidente gera outras 
decisões, por exemplo, a representação será explícita, com morte, 
sangue, ou apenas irá insinuar o que pode ter acontecido? 
Para cada uma dessas decisões no DI é preciso pesquisar, analisar, 
refletir para que a escolha seja adequada e fundamentada.
Como saber se as condições de ensino estão propiciando a aprendizagem? Em todo o pro-
cesso, é necessário pensar como será a avaliação. 
No exemplo do Curso sobre Segurança, é preciso saber se o aluno 
aprendeu a relação entre a desobediência da regra de segurança e 
o acidente. Para isso, é importante que ele seja avaliado no mesmo 
contexto da sua aprendizagem. 
Por exemplo, ele pode analisar o comportamento de vários ope-
radores e identificar os que estão desenvolvendo atitudes seguras e o 
que não estão, justificando sua escolha. 
Ele pode, ainda, analisar o comportamento de um operador e iden-
tificar a regra de segurança desobedecida e qual acidente pode ocorrer. 
11
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Os elementos de um projeto de DI contemplam a análise da demanda, o conhecimento e 
a análise das características do aprendiz, definição clara dos objetivos da aprendizagem, 
o recorte do conteúdo necessário, a seleção e a produção dos recursos de aprendizagem 
e as formas e instrumentos de avaliação.
Em Síntese
O ambiente virtual é flexível e permite o desenvolvimento de pro-
postas inovadoras, mas isso depende da análise e da imaginação dos 
designers instrucionais. O DI deve oferecer condições para o aprendiz 
interagir com o ambiente, não apenas por um ativismo sem significado, 
mas refletindo e observando as possíveis consequências de sua escolha.
Além da interação com o ambiente, com os recursos de ensino, 
o DI deve contemplar atividades que estimulem a interação com os 
colegas e com o docente.
As atividades devem ser individuais ou em grupo? Depende da concepção de aprendi-
zagem que orienta o DI. Pode ser aprendizagem autogerida, colaborativa ou mista.
Em geral, os DIs contemplam atividades individuais e em grupo. Mas, 
como vimos, dependendo da situação e das características do público, 
pode-se optar por uma ou outra. Quaisquer que sejam elas, devem ser 
significativas e não devem apenas estimular a memorização.
Consulte o Material Complementar e veja os Materiais Didáticos usados em dois Cursos 
Superiores premiados em 2017. 
Outro elemento importante do DI refere-se à sua implantação. 
Por que um protótipo de um Curso ou uma experiência piloto é importante? É uma opor-
tunidade para avaliar os problemas que podem surgir do ponto de vista da aprendizagem, 
do conteúdo, das situações de ensino previstas e dos recursos ofertados, entre outros. 
O ideal é que um protótipo do curso seja testado por alunos, 
especialistas e futuros tutores. O acompanhamento da experiência 
piloto, a definição do papel dos atores envolvidos, a elaboração de 
instrumentos de coleta de informações também devem compor o DI. 
A experiência piloto deve gerar relatório com análise e sugestões para 
possíveis alterações.
12
A possibilidade de uma experiência piloto, a testagem do protótipo 
do Curso e as possíveis reformulações permitem a obtenção de um 
produto melhor, com mais qualidade, para o grande público.
A realização do Curso Piloto por futuros tutores e professores per-
mite que se apropriem do Curso e avaliem as dificuldades enfrentadas 
pelos alunos, preparando-se para um suporte mais efetivo.
Muitas vezes, também é necessário prever no DI um Plano de Ca-
pacitação para Tutoria (professores, coordenadores e tutores).
13
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Curso de Gastronomia
O Curso foi premiado em 2017, pela ABED (Associação Brasileira de 
Educação a Distância), em função dos recursos didáticos utilizados. 
No final do texto, há um link para um vídeo que mostraos Materiais 
Didáticos usados, com duração aproximada de 3 minutos. As 
informações estão disponíveis no link a seguir.
https://goo.gl/KTz9KY
Educação a distância: trama e fios
PALANGE, Ivete. Tramas e fios: concepção, produção e implantação 
de ações educativas. Esse livro digital permite download gratuito, tem 
como finalidade orientar o leitor iniciante em Educação a Distância 
sobre aspectos de estudo e a prática dessa modalidade de ensino.
https://goo.gl/Y6hRBQ
 Livros
Design Instrucional: Conceitos e Competências
KENSKI, Vani. Design Instrucional: conceitos e competências. In: 
Design Instrucional para cursos online. São Paulo: SENAC, 2015. 
Nesse capítulo, a autora detalha as competências essenciais e avançadas 
do Designer Educacional da lista do IBSTPI.
Design Instrucional ou Educacional
MATTAR, João. Design Instrucional ou Educacional. In: Design 
Educacional: Educação a Distância na prática. São Paulo: Artesanto 
Educacional, 2014. Nesse capítulo, o autor apresenta o detalhamento 
das atividades propostas na CBO para o Designer Educacional.
Designer Educacional: A Importância desse Profissional
BARDY, L. R.; SANTOS, D. A. N. Designer Educacional: a importân-
cia desse profissional. In: Colloquium Humanarum, v. 13, n. Especial, 
jul.-dez., 2016, p. 244-248. Disponível em: <https://goo.gl/6LLm7g>. 
Acesso em: jan. 2018. É um trabalho final de duas alunas de um Curso 
de Pós-graduação que, com base em Material Bibliográfico, apresentam 
a importância do profissional de Designer Instrucional.
14
 Vídeos
O que faz um Designer Instrucional?
Uma animação de menos de 2 minutos que resume as atividades do 
Designer Instrucional. Apesar de ser a propaganda de uma Empresa, 
apresenta informações de forma criativa.
https://youtu.be/fHG4yedCdZk
Orientação para o Mercado de Trabalho
Vídeo, com duração de 8 minutos, do Sistema Nacional de Emprego 
(SINE) apresenta a diferença entre trabalho e emprego e algumas 
competências necessárias para o Mercado. É um vídeo para a 
compreensão geral, e não específica para o Designer Instrucional.
https://youtu.be/xWs95oRJSWo
O canal Futura documentou uma série de experiências inovadoras em 
educação no Brasil e no mundo. Aqui, selecionamos algumas delas, 
entre outros vídeos.
Projeto Âncora (Brasil)
A descrição desse Projeto Educacional, com depoimento de educadores 
e alunos que participam dele, tem a duração de 50 minutos
https://youtu.be/kE6MlnwML8Y
Escola Nave (Brasil)
Documentário sobre uma Escola que oferece Cursos Técnicos voltados 
para o desenvolvimento de jogos que levam a grandes projetos. A 
duração é de 50 minutos
https://youtu.be/c1gYpLIoYis
Eggers Dave
Uma vez em uma Escola – Palestra realizada em 2008 por Dave 
Eggers sobre sua experiência de Laboratório de Escrita com diversos 
voluntários, em que criou uma loja de suprimentos de pirata. Ele 
solicita o engajamento da plateia em apoio à Escola Pública para a 
melhoria da aprendizagem dos alunos. A palestra dura 24 minutos. 
Essa experiência tem se multiplicado pelo mundo.
https://youtu.be/qCGOyvq7x1Y
Ritaharju School
Essa Escola localiza-se na Finlândia e, além de Escola, funciona 
como centro comunitário. Alunos são divididos em cores para ensino 
personalizado. A duração é de 50 minutos com depoimentos de 
educacores e alunos.
https://youtu.be/vQpOAeYZqWU
Escola Lima Amorim
Escola Municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima, instituição 
localizada no Butantã, em São Paulo. Ao adotar os princípios de uma 
Escola Democrática, eliminaram aulas expositivas, provas, quebra-
ram as paredes das escolas e todos ensinam e aprendem. A duração 
é de aproximadamente 8 minutos.
https://youtu.be/j3uLg41rWlc
15
Competências do Designer 
Educacional/Instrucional
UNIDADE 
Educação a distância
Reportagem do programa Mundo S/A sobre Educação a Distância, 
realizado em 2015, em que são entrevistados gestores, professores e 
alunos de Cursos EAD de Universidades que desenvolvem programas 
de EAD. 
https://youtu.be/TYZJGvcCjOA
 Leitura
Competências do DI
A lista completa das competências do DI (em inglês), revistas em 
2012 pelo IBSTPI.
https://goo.gl/q4DkVx
Competências do DI listadas pelo IBSTPI
Competências do DI listadas pelo IBSTPI, em 2002, por Hermelina 
Romiszowski.
https://goo.gl/DGxtqV
16
Referências
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na sala de aula: como a inovação disruptiva muda a forma de apren-
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sign Instrucional para cursos online. São Paulo: SENAC, 2015.
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TORREMORELL, M. C. B. Cultura de Mediação e Mudança So-
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