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Cuidados com a administração de medicamentos

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Cuidados com a administração
de medicamentos
Idiane Rosset Cruz
Luciana Kusumota
Maria Helena Larcher Caliri
Rosalina A. Partezani Rodrigues
Sueli Marques
Definição
Medicamento é toda substância ou associação de substâncias apresentada
como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças ou
seus sintomas em seres humanos.
Por que utilizar medicações?
As medicações são usadas não só no tratamento de doenças ou incapacidades,
mas também na prevenção de certas doenças, no alívio da dor e do
sofrimento, permitindo que pessoas em estado terminal possam viver com mais
dignidade e menos sofrimento.
Muitas medicações têm contribuído para aumentar o tempo de vida,
melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas. No entanto, quando não
são usadas adequadamente, podem apresentar conseqüências graves.
Considerações sobre o uso de medicações em pessoas idosas
O uso de medicações pelos idosos torna-se preocupante na medida em
que estes desenvolvem múltiplos problemas de saúde, levando-os ao consumo
de uma grande variedade e quantidade de medicamentos. Com o envelhecimento o número de doenças crônicas tende a aumentar, e para cada doença crônica são utilizadas em média 1 ou 2 medicações.
Os pacientes idosos usam em média três a quatro tipos diferentes de
medicamentos ao dia, em horários diversos. Sabe-se também que quanto maior o número de medicamentos utilizados, maior a chance de erro na sua administração, seja na dose, no horário ou no tipo de remédio. Isso pode acontecer tanto por parte do idoso, na auto-administração da medicação, quanto por parte do cuidador, que pode estar sobrecarregado com outras tarefas.
Muitos idosos costumam consultar com médicos de diferentes especialidades,
recebendo múltiplas prescrições. Muitas vezes, nem todos os médicos
envolvidos sabem de todos os medicamentos que os idosos estão tomando,
o que pode levar a redundâncias e interações medicamentosas (quando um
medicamento intensifica ou diminui os efeitos do outro, podendo prejudicar
o paciente).
O uso incorreto de medicações entre os idosos é uma importante causa
de internações, e até mesmo de morte. Estudos mostram que menos de 30%
dos idosos usam suas medicações corretamente.
A atenção com o idoso dementado deve ser redobrada pelo cuidador,
pois se trata de uma pessoa que não preserva suas capacidades funcionais,
entre elas a habilidade e a memória necessárias para a auto-administração de
medicamentos.
Grande parte dos cuidadores ajuda os amigos ou familiares na administração
de medicamentos. Muitos cuidadores de pessoas com a doença de
Alzheimer ou outros tipos de demência relatam problemas para administrar a
dose certa no horário correto a esses pacientes.
As mudanças que ocorrem com o envelhecimento e as incapacidades
fazem com que as pessoas sofram mais facilmente problemas relacionados às
medicações. Contudo, esses problemas podem ser prevenidos na maioria das
vezes, desempenhando o cuidador papel fundamental nesta prevenção, ajudando
a identificar quando um determinado problema pode estar relacionado
a alguma medicação em especial.
Um problema comum entre as pessoas idosas e pessoas com incapacidades
é o uso de múltiplos medicamentos ao mesmo tempo. Sabe-se que quanto
mais medicações uma pessoa usa, maior o risco de ocorrerem problemas relacionados
ao uso de medicações (interações medicamentosas).
Problemas comuns associados ao uso de medicamentos
Necessidade de novo medicamento
Ocorre quando o paciente necessita de alguma medicação que não foi
prescrita. Freqüentemente a dor e a depressão não são diagnosticadas ou tratadas de forma correta na pessoa idosa, sendo consideradas aspectos normais
do envelhecimento. Isso pode prejudicar o desempenho nas atividades diárias e sociais da pessoa idosa.
Uso de medicações desnecessárias
Ocorre quando não há uma razão médica para o uso da medicação (polifarmácia).
Com isso podem ocorrer efeitos tóxicos, além do custo desnecessário
ao paciente.
Uso de medicações erradas
Observa-se quando a pessoa faz uso de medicação não adequada para seu
problema e os resultados positivos esperados não ocorrem ou são superados pelos
efeitos colaterais . Por isso é importante que tanto o paciente quanto o cuidador
entendam o que e quanto devem esperar do uso de uma determinada medicação.
Dose muito baixa
Pode ocorrer quando é prescrita uma dose muito baixa ou quando o
paciente resolve tomar uma quantidade menor do remédio prescrito. Quando
isso ocorre a medicação pode não trazer o benefício esperado.
Dose muito alta
Quando é prescrita ou o paciente simplesmente ingere uma quantidade
de medicação maior do que o necessário. Esse problema é comum entre os idosos,
uma vez que com o envelhecimento o organismo pode alterar a forma de
metabolizar os medicamentos. Uma dose normal para um adulto jovem pode
significar uma dosagem alta demais para um idoso.
Efeitos colaterais do medicamento
São reações desagradáveis ou prejudiciais causadas pela medicação.
Podem ocorrer quando a pessoa é alérgica a determinado remédio;
quando acontece uma interação com outro remédio, fazendo com que o efeito
seja diferente do esperado, quando não é administrada a dose certa ou quando
a dosagem é aumentada ou diminuída muito rapidamente.
A pessoa não usa a medicação da forma prescrita
Ocorre quando a pessoa acha que a medicação causará algum efeito
desagradável, acha inconveniente tomá-la ou confunde a maneira de tomar a
Manual do Cuidador da Pessoa Idosa | 235
medicação. Este último caso é muito comum entre hipertensos idosos, muitos
dos quais pensam que não devem tomar a medicação quando a pressão estiver
normal ou que devem tomá-la apenas se tiverem algum sintoma que acham
que pode estar associado à pressão alta, como a dor de cabeça, que é geralmente
a causa (e não a conseqüência) do pico da pressão sanguínea. Muitas
vezes o idoso deixa de tomar algum remédio devido ao custo, mas tem vergonha
de dizer aos profissionais de saúde.
Remédio natural não significa ser seguro e efetivo
Em alguns casos as ervas ou chás podem ser benéficos. No entanto, em
outros casos, podem trazer importantes reações adversas. Portanto, todos os
remédios utilizados, naturais ou não, devem ser informados ao médico.
Prevenindo problemas relacionados às medicações
É importante que o cuidador entenda o que são os problemas relacionados
às medicações, reconheça sinais e sintomas, bem como identifique as
medidas que podem ser tomadas para evitar esses problemas.
É importante lembrar que os efeitos das medicações podem ter um
impacto direto nas atividades diárias do idoso ou da pessoa dependente.
Podem ser considerados efeitos ou sintomas de problemas relacionas às
medicações:
• sonolência excessiva;
• confusão mental;
• depressão;
• delírio;
• insônia;
• tremores;
• incontinência urinária;
• fraqueza muscular;
• perda de apetite;
• quedas e fraturas;
• mudanças na fala e na memória.
Quando esses sintomas forem identificados, o cuidador deve ficar alerta,
pois pode estar ocorrendo algum problema relacionado à medicação.
236 | Tomiko Born (organizadora)
Medidas para o uso correto das medicações
Na tentativa de evitar problemas maiores e de promover o uso correto
das medicações, o que é fundamental para o bom andamento dos cuidados,
algumas medidas são sugeridas:
• coloque os medicamentos em uma caixa com tampa (plástica ou
papelão), ou vidro com tampa, tomando o cuidado de usar caixas
diferentes para medicamentos dados pela boca, para material de
curativo e material/medicamentos para inalação. Assim, torna-se
mais higiênico e evita-se confundir o meio de administração do
medicamento;
• converse com o médico ou enfermeira responsável sobre a possibilidade
de dividir as medicações em horários padronizados quando
necessário, como por exemplo café da manhã, almoço e jantar, e faça
uma lista do que pode e do que não pode ser dado no mesmo horário.
Para facilitar, você pode dividir a caixa em compartimentos, e colocar
os respectivos medicamentos nos respectivos horários. Evite sempre
que possível medicações durante a madrugada;
•para facilitar a administração dos medicamentos você pode usar o
Plano de Medicação Diária (impresso com vários relógios desenhadosmodelo
a seguir), o qual com a orientação do médico, enfermeira ou
farmacêutico, distribui a medicação em horários padronizados. Este
Plano de Medicação deverá ficar em lugar de fácil visualização, como
por exemplo, a porta da geladeira. Ou ainda, é possível comprar ou
confeccionar caixas, com dias da semana e turnos separados para
colocar os remédios, facilitando sua administração tanto pelo cuidador
como pelo idoso que ainda for capaz;
• mantenha os medicamentos nas caixas/frascos originais para evitar
misturas e realizar o controle da data de validade quando não houver
uma embalagem adequada e com informações claras, na qual os
remédios possam ser colocados;
• mantenha os medicamentos em local seco, arejado, longe do sol, de
crianças e animais domésticos;
• deixe somente a última receita junto à caixa de medicamentos. Isto
evita confusão quando há troca de medicamentos ou receitas, facilita
a consulta em caso de dúvidas ou quando solicitado pelo profissional
Manual do Cuidador da Pessoa Idosa | 237
De
interdisciplinar de geriatria e gerontologia da UFF. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.
v.9 n.3 Rio de Janeiro 2006.
Manual de cuidados domiciliares na terceira idade. Guia prático para cuidadores informais – Secretaria Municipal de Saúde, Campinas – SP.
Quadro A - Relógio para controle de medicamentos
TABELA (Ñ CONSEGUI COPIAR, VER NO ARQUIVO RIGINAL)
Quadro B - Ficha para controle de medicações
Nome:_____________________________________________________________________ Data: _______________________
Nome do
remédio
Serve para
quê?
Qual a
dosagem?
Toma em qual
horário do
dia?
Qual a cor e
formato do
remédio?
Quais os
efeitos
colaterais ou
orientações?
240 |

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