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ARTIGO ANGELICA RONDON

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Grupo Rhema Educação 
R Macucos N° 200, Arapongas – PR, Centro 
Tel (43) - 3152-6464 
 
 
 
 
A DISLEXIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR 
 
 
RONDON, Angélica Aparecida Medeiros Vilalva 1
PERIUS, Sergio 2
 
 
RESUMO​: ​O presente artigo tem por finalidade mostrar como a parceria entre a 
escola e a família, contribuem para que a inclusão efetivamente ocorra em sala de 
aula. Tanto a escola quanto a família são responsáveis pela educação da criança 
enquanto ser dependente e precisam trabalhar em conjunto para que essa educação 
seja desenvolvida e acolhida pela mesma da forma mais satisfatória possível. Se a 
família atribui à escola toda a responsabilidade de educar, deixando de fazer a sua 
parte poderá estar comprometendo essa aprendizagem e consequentemente o 
desenvolvimento da criança, pois é necessário que haja um apoio por parte da 
família para que a escola desenvolva bem seu papel de auxiliar, a aprendizagem da 
criança acontecerá de forma satisfatória quando escola e família saírem da sua zona 
de conforto e trabalhem junta em prol de um mesmo objetivo. A família precisa estar 
sempre presente desde a educação infantil onde a criança ainda é quase que 
totalmente dependente, e em todas as suas fases escolares. A relação 
família-escola quando bem estabelecida insere na criança segurança garantindo um 
melhor desempenho. O trabalho trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica. 
Palavras-Chave:​ inclusão, escola, família, dislexia, interação. 
 
ABSTRACT: 
 
1 
2Graduado em Pedagogia pela Faculdade MAGSUL, Especialista em Avaliação Educacional 
pelo IBPEX Curitiba/PR, Mestre em Educação pela Universidade do Oeste Paulista – 
UNOESTE, Presidente Prudente/SP. 
Keywords: 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 PRINCÍPIO DE TUDO – REVENDO O PROCESSO DE ENSINO E 
APRENDIZAGEM 
 
No mundo atual, encaramos a aprendizagem como um processo e uma 
função, que vai muito além de aprender a ler, escrever e fazer contas. 
De acordo com a psicopedagoga Alícia Fernández: 
 
Fazendo uma simplificação, uma abstração do processo de 
aprendizagem, encontramo-nos ante uma cena em há dois lugares: 
um onde está o sujeito que aprende e outro onde colocamos a 
personagem que ensina. Um polo onde está o portador do 
conhecimento e outro polo que é o lugar onde alguém vai torna-se 
um sujeito. Quer dizer que não é o sujeito antes da aprendizagem, 
mas quem vai chegar a ser sujeito porque aprende. (FERNADEZ, 
1991, p. 51) 3
 
O conhecimento não pode ser transmitido diretamente como um bloco ou um 
novo aplicativo a ser instalado. Independentemente do método de ensino que é 
apresentado é fundamental que haja um modelo, de um emblema do conhecimento. 
O conhecimento é o conhecimento do outro, porque o outro o tem. Mas para 
que esse conhecimento passe para outro é preciso saber como o outro aprende, 
quais caminhos poderá percorrer para chegar ao objetivo esperado. 
Vale ressaltar que não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele 
que colocamos a nossa confiança e o direito de ensinar. 
O sujeito pode ou não apresentar dificuldades de aprendizagem por não 
conseguir trilhar novos caminhos ou por métodos que não possibilitem novas 
3FERNADEZ, Alícia. ​A inteligência Aprisionada​.​ Porto Alegre: Artmed, 1991 
conexões. Ou ainda por falta de estímulos na escola ou na família. Muitas das vezes 
a dislexia só é descoberta quando as dificuldades beiram ao agravante. 
Muitos dos alunos apresentam e apresentarão cada vez mais problemas de 
aprendizagem em séries mais avançadas. Mostrando que algumas habilidades não 
foram adquiridas no momento adequado. 
Sabe-se que a educação não tem o sucesso esperado devido a diversos 
fatores: falta de estímulos, falhas na comunicação de conteúdo, desconhecimento 
dos métodos de ensino, pouco envolvimento das famílias com a vida escolar dos 
filhos e problemas de diferentes ordens orgânicas ou psicológicas. 
Acredita-se que a cada ano aumentará e muito os problemas de 
aprendizagem. Cabe aos educadores e pais auxiliarem os alunos a desenvolver 
habilidades de estudo, captação de conteúdos e aplicação dos mesmos já que 
estamos em uma sociedade ativa e superficial. 
O Letramento e Alfabetização é um ato político de inserção do cidadão à 
sociedade. É necessário para que haja eventos de letramento que os alunos sejam 
instigados a praticar a leitura e escrita, para que sintam uma significância e assim 
percebam a necessidade de se expressar ou compreender através de sinais 
gráficos. 
A oralidade é sem dúvidas de grande ajuda para se trabalhar a alfabetização, 
quando usada em comunhão com exemplos visuais, ambas se complementam para 
fornecer uma explicação mais específica. 
 
1.2 A INCLUSÃO DE TODOS E DE CADA UM: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
O que é incluir para você? Se entender que a inclusão deve ser para todos, 
quem é que cabe no seu “todos”? O que é diferença e diferença significativa? De 
onde surge o preconceito? A inclusão de alunos com dislexia também deve ser 
revista pelas escolas, o que se vê hoje são alunos com dificuldade isolados na sala 
de aula, não havendo interação entre professor-aluno, algo essencial para que o 
processo de tratamento seja eficaz. 
À primeira vista, pode parecer que são perguntas com respostas óbvias, mas 
se refletirmos mais profundamente sobre elas, veremos que temos dificuldades em 
respondê-las. 
O princípio básico da inclusão é o de que todos são diferentes. Mais do que 
isso, a inclusão se constrói no fato de que são as diferenças que nos enriquecem. 
Olhem para as pessoas ao seu redor: existe aí alguém exatamente igual a você? 
 Mesmo quando olhamos para irmãos gêmeos, será que eles são iguais? 
Piaget, em seus estudos, já demonstrava que mesmo gêmeos idênticos, a 
partir das interações estabelecidas com o meio, se desenvolverão de maneiras 
diferentes. Podemos dizer que o conceito de inclusão social se refere à possibilidade 
que a sociedade possui em oferecer a todos a mesma oportunidade. Para que isso 
ocorra, é necessário que sociedade e o poder público realizem ações que garantam 
a participação de todos. 
Costumamos pensar que todos devem ser tratados com igualdade, mas a 
palavra chave da inclusão é equidade. Mais do que tratar igualmente (isonomia), o 
que a sociedade inclusiva deve fazer é dar a todos as mesmas oportunidades 
(equidade). 
O tema do filme “Somos todos diferentes” permite rever até que ponto os 4
alunos com dislexia estão sendo olhados com afetividade pela comunidade escolar e 
de que maneira pode-se integrá-los sem perder de vista a construção de suas 
habilidades e competências. 
A principal característica do período de inclusão é que as crianças, 
independentemente de suas características, devem aprender juntas. Para isso, é 
necessário que a escola e a sociedade se adaptem a elas, e não ao contrário, como 
era no período da integração. 
Nessa nova filosofia, aprendemos que as pessoas têm direitos iguais, mas 
devem ser tratadas de acordo com suas necessidades. Em outras palavras, somos 
iguais desde que consideradas as nossas diferenças. Passamos assim do conceito 
de isonomia, em que todossão tratados de modo igual, para o conceito de 
equidade, em que todos devem ter as mesmas oportunidades. Acredita-se, assim, 
que, para a pessoa poder ser incluída na sociedade, é preciso considerar suas 
4 
diferenças, ou seja, a modificação da sociedade é pré-requisito para que a pessoa 
com deficiência possa buscar seu desenvolvimento e exercer sua cidadania. 
Enquanto que na Integração escolar o aluno modifica-se para se adaptar à 
escola, na Inclusão escolar, principalmente no caso do aluno dislexo, é a escola que 
se modifica para se adaptar ao aluno. Assim, o sistema escolar deve tornar-se 
adequado para todos os alunos, sem que esse precise se encaixar em um padrão 
pré-estabelecido. 
A escola inclusiva é aquela que atende a todos em suas necessidades, cada 
aluno com seus atributos diferenciais. Essa é a diversidade humana, e é 
enriquecedora para a aprendizagem de todos. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1 A APRENDIZAGEM E SEUS CONDICIONANTES 
 
 
O processo de aprendizagem da criança começa no momento em que ela 
nasce ou talvez muito antes disso e continua esse aprendizado a todo momento, 
com todas as suas ações, a família é o seu primeiro contato de socialização e 
consequentemente a sua primeira fonte de aprendizagem. De acordo com WEIL 
(p.72, 1964)“ O ato de aprender, ou “aprendizagem”, é algo extremamente 
complexo, que começa desde o nascimento e, talvez mesmo, na vida intrauterina. A 
aprendizagem é em geral definida como sendo o processo de integração e 
adaptação do ser humano no seu ambiente”. 
Essa primeira parte de aprendizagem e desenvolvimento é de 
responsabilidade da família e do meio no qual ela está inserida. É no ambiente 
familiar que começará a construção de fatores que definirão de forma positiva ou 
não esse processo de aprendizagem pois segundo VIGOTSKY (p.110) “o 
aprendizado das crianças começa muito antes de elas frequentarem a escola”. Muito 
antes de frequentarem a escola as crianças já são submetidas a situações nas quais 
acumulam aprendizados. A família sendo seu primeiro ambiente é infinitamente 
responsável por esse primeiro aprendizado o qual implicará nas mudanças de 
comportamento e na formação de relações que lhe acompanharão em outros 
ambientes, vê se a partir daí quão importante e significante é a participação da 
família desde o primeiro momento da aprendizagem. 
Mesmo sendo um ensino informal, a aprendizagem adquirida no seio familiar 
é extremamente importante, e auxiliará a criança na sua inclusão no mundo social. 
Segundo CURY (p.22, 2003) “O aprendizado depende do registro diário de milhares 
de estímulos externos (visuais, auditivos, táteis) e internos (pensamentos e reações 
emocionais) nas matrizes da memória”. Todos os acontecimentos diários da vida do 
indivíduo mesmo os mais insignificantes são de extrema importância para a sua 
aprendizagem, o brincar por exemplo é uma atividade que estimula o 
desenvolvimento e a aprendizagem, e por isso deve existir sempre em todas as 
fases, principalmente na educação infantil, muitos pais estranham o fato da escola 
só ensinar brincadeiras na iniciação escolar da criança, não entendendo o valor da 
ludicidade, concordo com TIBA (p.140) quando fala que “junto com o ato lúdico vem 
o aprendizado”. Através da brincadeira a criança traça o aprendizado entendendo 
suas frustrações e lidando melhor com os seus conflitos. A estimulação precoce das 
crianças contribui muito para seu aprendizado futuro desenvolvendo suas 
capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social, através de brincadeiras e 
atividades. Segundo o MEC (p.32,1998) “Compreender, conhecer e reconhecer o 
jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da 
educação infantil e de seus profissionais”. 
Cada criança aprende e se desenvolve de um jeito e em um tempo diferente, 
tanto a família quanto a escola precisam conhecer e compreender o tempo de cada 
criança, respeitando e trabalhando no intuito de facilitar a aprendizagem da mesma, 
quando a criança é submetida a uma pressão para que ela aprenda somente porque 
outra criança da mesma idade já sabe, o seu tempo é desrespeitado e a sua 
aprendizagem ficará comprometida. Quando o professor conhece bem a criança em 
todos os seus aspectos ele sabiamente saberá estimulá-la da forma correta para 
que ela chegue a um nível de aprendizagem e desenvolvimento satisfatório. 
 
2.2 A INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A educação infantil é o primeiro contato da criança com a educação formal, a 
criança sai da sua zona de conforto que é o âmbito familiar e é inserida em um 
mundo novo, totalmente desconhecido (a escola), e isso poderá ser um tanto 
traumático para ela, é um momento onde a criança se sentirá insegura, e a presença 
da família junto a escola será importante para amenizar essa insegurança, passando 
para ela a ideia de que a escola é também um lugar seguro e confiável. A educação 
infantil é também a fase mais importante na vida da criança onde ela adquirirá 
conhecimentos para a vida toda. Segundo a LDB art.29: “A educação infantil, é a 
primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral 
até 6 anos de idade, e em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da comunidade” 
A escola terá a importante função de dar continuidade e complementar a ação 
da família no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, 
principalmente em casos de alunos dislexos, mas essa complementação precisa ser 
feita de modo que a criança não perca sua essência, os saberes adquiridos na 
família precisam ser conservados. A escola terá o papel de ensinar as disciplinas 
propostas pelo sistema educacional do país más também se responsabilizará a 
reforçar o que foi aprendido em casa. Não se pode olhar a educação infantil como 
um momento de menor importância na formação da criança. 
A escola deve-se organizar para receber a criança e criar um espaço onde ela 
possa brincar, explorar, participar e conhecer-se. A criança deverá ter acesso a tudo 
que possibilite e facilite seu desenvolvimento e aprendizagem. Concordo com LIMA 
(p.67,2009) quando o mesmo relata que “A educação infantil passa a ter como foco 
a criança como cidadã que tem direito a convivência em um espaço coletivo, para 
além da realidade familiar” em outros tempos a educação infantil era vista apenas 
como uma opção para os pais que tinham que trabalhar e precisavam deixar seus 
filhos em creches e escolas, e essas eram vistas apenas como depósitos de 
crianças, deixavam as crianças na escola apenas com esse pretexto, talvez em 
muitos casos a ideia ainda continue sendo essa, mas existe também a ideia de que 
a criança precisa conviver em um espaço diferente da família para que possa desde 
cedo aprender a viver em sociedade a socialização se faz muito importante para a 
formação do indivíduo. 
Ao iniciar na educação infantil a mesma aprenderá no espaço coletivo a 
exercer a sua cidadania, iniciaráa sua formação e para que isso aconteça precisa 
de profissionais capacitados e aptos a atuar com o ensino infantil que exige muito 
equilíbrio e preparo por parte dos profissionais e de espaços adequados que 
trabalhe a educação sem agredir a essência da criança. A educação infantil não 
pode ser apresentada de qualquer jeito, pois representa o verdadeiro alicerce da 
aprendizagem fazendo se necessário trazer o mundo para dentro da escola e fazer a 
criança se apaixonar pelo conhecimento. Segundo (MIZUKAMI,P.75, 1986) “Todo 
ensino deverá assumir formas diversas no decurso do desenvolvimento já que 
“como” o aluno aprende depende da esquematização presente, do estágio atual, da 
forma de relacionamento atual com o meio”. 
O meio no qual a criança está inserida é que ditará que tipo de educação ela 
adquirirá, e como essa educação será usada na sua vida, o professor precisa criar 
um relacionamento firme e saudável, empenhando-se ao máximo para conhecer a 
criança em todos os seus aspectos a fim de planejar um ensino que se adéquo à 
condição da mesma. Porém de acordo com TIBA (P.181, 2002). “A escola sozinha 
não é responsável pela formação da personalidade, mas tem papel complementar 
ao da família. Por mais que a escola infantil propicie um clima familiar à criança, 
ainda assim é apenas uma escola”. 
Como já citado anteriormente nem a escola nem a família educam sozinha, 
mas se complementam, a escola deve sim ter um preparo e um cuidado para com a 
educação da criança, mas contudo será só um espaço onde ela frequenta e 
aprimora seus saberes, mas é a família que criará na criança uma base educacional 
mais sólida, pois na vida da criança ela poderá a qualquer momento mudar de 
escola mas jamais mudará de família. 
 
3. RESULTADOS 
 
O envolvimento dos pais na educação das crianças tem uma justificativa 
pedagógica e moral, bem como legal. Quando os pais iniciam uma parceria com a 
escola, o trabalho com as crianças pode ir além da sala de aula, e as aprendizagens 
na escola e em casa possam se complementares mutuamente. 
Estar presente na vida escolar dos filhos não quer dizer propriamente que os 
pais têm que estar dentro da escola 24 horas, mas saber estar presente no 
momento certo, além do acompanhamento em casa, incentivando a fazer as 
atividades passadas pela escola, mas reafirmo a importância da criança estar 
fazendo essas atividades e não os pais por elas, ensinando valores éticos e morais, 
bons hábitos. Enfim cumprir seu papel de primeiro educador, as famílias não podem 
espera somente pela escola e sim aliar-se a mesma no intuito de ajudar e ser 
ajudada. (ROSSINI 2001, P.21) diz que “Entre a família e a escola, o jogo- do- 
empurra com a criança se repete: a professora diz que a família não lhe deu boas 
maneiras ou a família diz que a professora não lhe deu boa educação​”. 
Pais e professores têm que estar cientes do seu papel de educadores, 
pontuando fielmente suas responsabilidades de preparar a criança para a vida. Não 
podem em hipótese alguma continuarem na disputa de quem é a tarefa de educar. O 
fato de os pais cobrarem da escola aquilo que na verdade e de sua responsabilidade 
cria uma barreira de convivência entre ambas dificultando uma parceria, fato tal que 
prejudica a criança no seu desenvolvimento: “Nossas crianças e jovens precisam de 
bons modelos, de alguém que assume o papel de mostrar o “caminho”, a “direção”. 
(ROSSINI, 2001, p.22). 
Frisamos mais uma vez que pais e professores precisam assumir o papel de 
mostrar para essas crianças qual o melhor caminho a seguir, precisam estarem 
engajados no intuito de proporcionar para essa criança um aprendizado significativo 
que venha fazer a diferença em sua vida, e isso só será possível se o trabalho for 
feito em conjuntura, se trabalharem de forma isolada correm um sério risco de 
comprometerem a educação e a formação de cidadãos éticos e participativos. 
 
4. CONCLUSÕES 
 
A sociedade está cada vez mais atarefada e as famílias não estão se dando 
conta da sua importância na fundamentação da educação dos seus filhos, muitas 
vezes as dificuldades existentes nos lares são o principal condicionante para essa 
falta de acompanhamento e interesse, delegam a função de educar toda para a 
escola e quando a escola de alguma forma não atende a expectativa criada pelos 
pais de fazerem aquilo que na verdade era dever deles, os mesmos preferem lançar 
críticas às unidades escolares especificamente aos professores ao invés de juntos 
buscarem uma solução para a problemática. 
As famílias precisam criar um vínculo com a escola favorecendo o 
acompanhamento e a fiscalização do aprendizado da criança principalmente na 
educação infantil, que é o alicerce da formação do indivíduo. Sem sombra de dúvida 
passamos uma boa parte de nossa vida na escola, e a família precisa estar junto 
participando ativamente de tudo aquilo que desrespeita a criança, passando a ela a 
ideia de que a escola é um ambiente confiável e necessário. 
Mas entendo também que a escola muitas vezes não dá abertura para a 
família fazer esse acompanhamento, e a família fica impedida de participar da vida 
escolar de seus filhos, de averiguar de que forma está sendo passada as 
informações e se seus conhecimentos adquiridos em casa estão sendo respeitados 
devidamente, se faz necessário que a escola dê abertura para que a família 
acompanhe o andamento e participe do aprendizado, não limitando apenas as 
reuniões de pais e mestres onde a oportunidade é pouca para que a família faça 
esse acompanhamento pois com certeza a família tem todo interesse e satisfação 
em ajudar na formação desse aprendizado que precisa ser o melhor possível para 
que essas crianças sintam-se preparadas ética e moralmente para a vida. 
Através dessa pesquisa nota-se que é plenamente visível a importância dos 
pais e professores na construção do aprendizado e desenvolvimento das crianças, 
ambas ensinam e educam e cada uma da sua forma contribuem significantemente 
nesse processo e por conta disso é extremante necessário que haja uma divisão de 
responsabilidades e a firmação de uma parceria entre ambas, onde cada uma faz 
uma parte e juntas fazem um todo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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