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Alessandra Araujo_Elizandra Teixeira_et al

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Anais do III Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP 
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão 
Tubarão, de 28 a 31 de março de 2011 
 
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LEITURA E ESCRITA 
 
Alessandra Oliveira Araujo 
Elizandra Nazário Teixeira 
Leandra Ramos 
Maria Zoraide f. G. de Matos 
Telma Pugliesi Zapala 
Viviane Rocha Inacio Oliveira 
 
 
RESUMO: Este projeto de leitura e escrita foi realizado com estudantes de 1º ao 4º ano do ensino fundamental 
da Escola de Educação Básica Professor Clóvis Goulart situada na cidade de Araranguá, estado de Santa 
Catarina, realizado no contra turno com estudantes que apresentavam dificuldades na leitura e escrita nas 
segundas e quartas feiras. Realizado no período de agosto a dezembro de 2010. Diante de nossas observações 
tendo como base a experiência e convivência da assistente técnica pedagógica da escola com os estudantes, 
refletimos e elaboramos estratégias para que esses estudantes leiam, conseqüentemente interpretem e escrevam. 
Então a necessidade de encontrarmos juntos meios que busquem ajudar sanar tais dificuldades. Contudo 
trazendo a importância da ludicidade, buscando materiais diversificados atrativos e trocando experiências. 
Todavia elaboramos este projeto em processo contínuo de ação- reflexão e ação, baseando- se no que o 
estudante já sabe, considerando sempre o conhecimento prévio de cada um, sua singularidade. 
 
PALAVRAS-CHAVE: leitura, escrita, conhecimento prévio e ludicidade. 
 
 
A leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma 
certa forma de escrevê-lo ou reescrevê-lo, quer dizer, de transformá-lo através de 
nossa prática consciente. (FREIRE, 1988). 
 
Introdução 
 
Este estudo refere-se ao tema leitura e escrita. Nos dias atuais, em que as sociedades 
estão centradas cada vez mais na escrita, saber codificar e decodificar, por meio de código 
lingüístico, isto é, ser alfabetizado, tem se constituído condição insuficiente para responder de 
forma adequado as exigências do mundo contemporâneo. É necessário ir além da simples 
apropriação do código escrito, é preciso exercer as práticas sociais de leitura e escrita 
demandadas nas diferentes esferas da sociedade. 
No entanto, o conceito que ganha espaço e nova dimensão no mundo da escrita é o 
letramento, pois, não se trata de uma nova palavra, mas da emergência de um fenômeno até 
então não corporificado. O termo letramento referindo-se à pratica social da leitura e escrita , 
vem juntar-se ao conceito de alfabetização no sentido de se dar conta não apenas da dimensão 
do processo de apropriação do código da escrita, mas das conseqüências desse conhecimento 
na vida dos indivíduos. 
Contudo elaboramos um trabalho, no qual foi realizado com estudantes que não 
apresentavam domínio da leitura e escrita, conseqüentemente práticas de letramento. Tendo 
como objetivos, estimular no estudante o gosto pela leitura e escrita; valorizar a leitura como 
fonte de informação; aproveitar a leitura como instrumento de aprendizagem, levando o 
estudante a ler palavras, pequenos e variados textos; valer-se da leitura para melhorar a 
qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, idéias e 
opiniões; ampliar o conhecimento do estudante em relações aos diferentes tipos de gêneros 
textuais; explorar a contação de historias; utilizar jogos, brincadeiras, dramatizações, 
musicalidade como ferramenta no desenvolvimento da leitura e posteriormente à escrita. 
 
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O lúdico foi utilizado como uma forma atrativa para as aulas no contra turno, onde 
sentimos a necessidade de trabalharmos uma metodologia diferenciada para que os estudantes 
sintam-se motivados a participarem, pois a continuidade da ação pedagógica é o que trará os 
resultados levantados neste trabalho. 
Assim podemos observar as dificuldades individuais e a partir desta observação 
desenvolver materiais pedagógicos de acordo com a necessidade dos estudantes, 
possibilitando um atendimento diferenciado, auxiliando de forma direta nas dificuldades 
pontuais, levando-se em conta os diferentes níveis de conhecimentos trazidos pelos estudantes 
e suas experiências diversas, aproveitando a sua bagagem cultural de forma que possam 
interagir com o grupo e desenvolver a troca significativa de conhecimentos. 
 
Leitura e escrita 
 
Leitura e escrita em uma concepção construtivista 
 
A partir da dificuldade diagnosticada pela Unidade Escolar em questão, na apropriação 
da leitura e da escrita entre alguns estudantes, surge a proposta do Projeto PIBID- Programa 
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, uma parceria da Unisul – Universidade do Sul 
de Santa Catarina do pólo de Araranguá com a CAPES, para desenvolvimento do Projeto de 
Alfabetização e Letramento, onde o objetivo do mesmo era aprimorar a formação das 
acadêmicas contribuindo para a melhoria da qualidade escolar da instituição. 
Em acordo com a instituição atendida pelo Projeto ficou estabelecida a necessidade de 
atendimento no contra turno de alguns estudantes de 1º a 4º ano com idades entre: 6 a 12 
anos. 
Tendo iniciado no mês de agosto de 2010, com reuniões pedagógicas e atendimento no 
contra turno, sendo os estudantes encaminhados pelos professores e assistente técnico 
pedagógica da instituição. 
O atendimento dos estudantes de 1º e 2º ano acontecia no mesmo ambiente, porém no 
contra-turno de forma individualizada, pois tinham aprendizagens diferenciadas, ficando 
responsável por esse atendimento duas bolsista. E os estudantes do 3º e 4º ano eram 
atendidos em conjunto, pois encontravam- se com níveis de aprendizagens semelhantes, 
ficando responsável por este atendimento três bolsistas. 
Foi iniciado o trabalho com os estudantes procurando conhecer e reconhecer suas 
dificuldades na aprendizagem, assim como propiciar momentos de interação, troca entre os 
pares. Estabelecer um vínculo de confiança foi o objetivo inicial, pois a assistente técnica 
pedagógica e então supervisora do Projeto junto com os professores regentes das turmas já 
havia repassado um diagnóstico sobre as dificuldades apresentadas pelos estudantes que 
seriam atendidos. 
Com intuito de atender os estudantes no contra turno, fizemos apenas algumas 
observações em sala com o professor, e a partir desta observação iniciamos o trabalho. 
Os primeiros encontros foram desenvolvidos em forma de dinâmicas de grupo para 
que obtivéssemos um conhecimento prévio e individualizado de cada estudante, sendo o 
mesmo de forma agradável para que assim sentindo-se a vontade desejassem retornar. 
Estabelecido esse contato direto com os estudantes começamos as atividades lúdicas e 
a confecção de materiais para trabalhar as dificuldades pontuais, com o objetivo de auxiliar os 
estudantes a superar essas dificuldades de forma gradativa. 
Utilizando a musicalidade como forma de expressão e através dela superassem 
algumas resistências com o grupo, desenvolvendo os valores de cooperação e respeito. 
A contação de história como forma de despertar o interesse e gosto pela leitura, 
desenvolvendo e aguçando sua imaginação. 
 
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Com a dramatização de alguns gêneros textuais tentamos trabalhar a leitura de forma 
atrativa, pois com fantoches atrás do cenário tinham melhor fluência, desenvoltura e 
expressões. 
Os jogos tiveram uma participação significativa para os estudantes, pois os mesmos 
ajudaram na confecção contribuindo para sua aprendizagem. 
Todo o material utilizado nos atendimentos com os estudantes eram materiais 
atrativos, diversificados procurando despertar curiosidade e interesse nos mesmos. 
As imagens associadas às palavras também foram muito utilizadas, como forma de 
desenvolvera interpretação e o letramento. 
 
A importância da leitura 
 
O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de 
entender o mundo a partir de uma característica particular ao homem: sua capacidade de 
interação com o outro através das palavras, que por sua vez estão sempre submetidas a um 
contexto. Desta forma a autora afirma que a recepção de um texto nunca poderá ser entendida 
como um ato passivo, pois quem escreve o faz pressupondo o outro. Desta forma, a interação 
leitor-texto se faz presente desde o início de sua construção. No entanto Souza (1992) 
esclarece: 
 
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma 
conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler 
é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse 
processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade (p. 22). 
 
Vislumbramos em Freire (1989) este olhar sobre leitura quando nos diz que a "leitura 
do mundo" precede a leitura da palavra, ou seja, a compreensão do texto se dá a partir de uma 
leitura crítica, percebendo a relação entre o texto e o contexto. 
Dessa forma, um leitor crítico não é apenas um decifrador de sinais, mas sim aquele 
que se coloca como co-enunciador, travando um diálogo com o escritor, sendo capaz de 
construir o universo textual e produtivo na medida em que refaz o percurso do autor, 
instituindo-se como sujeito do processo de ler. 
Nesta concepção de leitura onde o leitor dialoga com o autor, a leitura torna-se uma 
atividade social de alcance político. Ao permitir a interação entre os indivíduos, a leitura não 
pode ser compreendida apenas como a decodificação de símbolos gráficos, mas sim como a 
leitura do mundo, que deve ser constituída de sujeitos capazes de compreender o mundo e 
nele atuar como cidadãos 
Essa é uma perspectiva que concebe a leitura como um processo de compreensão 
amplo, envolvendo aspectos sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, 
bem como culturais, econômicos e políticos. Segundo Martins (1989), o ato de ler é 
considerado ''um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, por meio de 
qualquer linguagem''. 
 A criança precisa ser atraída para a leitura, desconsiderando neste processo qualquer 
artifício que possa tornar a leitura uma obrigação. Martins (1989) chama a atenção para o 
contato sensorial com o trabalho, pois antes de ser um texto escrito, um trabalho é um objeto; 
tem forma, cor, textura. Na criança esta leitura através dos sentidos revela um prazer singular; 
esses primeiros contatos propiciam à criança a descoberta do trabalho, motivam-na para a 
concretização do ato de ler o texto escrito. A escola torna-se fator fundamental na aquisição 
do hábito da leitura e formação do leitor, pois mesmo com suas limitações, ela é o espaço 
destinado ao aprendizado da leitura. 
 
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Apesar de todos os problemas funcionais e estruturais, é na escola que as crianças 
aprendem a ler. Muitas têm no ambiente escolar, o primeiro (e, às vezes, o único) contato com 
a literatura. Assim fica claro que a escola, por ser estruturada com vistas à alfabetização e 
tendo um caráter formativo, constitui-se num ambiente privilegiado para a formação do leitor. 
Sendo que a função da escola é socializar o conhecimento. 
 
A importância da escrita 
 
Segundo conceitos de autores como Ferreiro (1983) e Freire (1996) a aprendizagem é 
um processo de evolução, onde escrever e ler são duas atividades de alfabetização e a leitura 
de mundo antecede a da escrita. Nesse sentido a criança passa a entender o mundo da leitura e 
da escrita a partir dos mais variados textos (gêneros textuais). 
A alfabetização não é intencional, porém, decorrente da interação da criança com o 
mundo da escrita e com aquilo que a rodeia. Com essa perspectiva, a criança que tenha 
aprendido a escrever, deseja, naturalmente, mostrar já saber e poder comunicar-se com os 
outros através dos textos que vem dia-a-dia se firmando em sua vida como meio alternativo 
para expor suas idéias. 
A interação com as letras do seu próprio nome é fundamental para a criança 
incentivar-se a buscar outras letras e outros nomes, com eles relacionados. Pois, “no 
aprendizado da escrita a criança descobre o alcance da redação e do desenho e dispõe da cada 
um deles conforme seu objetivo de comunicação”. (BOTTREL, 1998, p.35). 
Adquiridas estas aprendizagens, a criança necessita dos textos para que tenha a 
oportunidade de expressar seus conhecimentos. 
Trabalhar conhecimentos, capacidades e atitudes envolvidas na compreensão dos usos 
e funções sócias da escrita implica, em primeiro lugar, trazer para sala de aula e 
disponibilizar, para a observação e manuseio pelos alunos, muitos textos, pertencentes a 
gêneros diversificados, presentes em diferentes suportes. Mas implica também, ao lado disso, 
orientar a exploração desses materiais, valorizando os conhecimentos prévios do aluno, 
possibilitando a ele deduções e descobertas, explicitando informações desconhecidas. 
Aprendemos construindo e, para construir, temos que pensar. Vimos ainda que o 
educador deva ser mediador e saber como a criança aprende. Para Ferreiro (1985), existe um 
sujeito que conhece e que, para conhecer, emprega mecanismo de aprendizagem. Há, na sua 
concepção, um papel ativo do sujeito na interação com os objetos da realidade. Dessa forma, 
o que a criança aprende não corresponde ao que lhe é ensinado, pois existe um espaço aberto 
de elaboração do sujeito. O educador deve estar atento a esses processos para promover, 
adequadamente, a aprendizagem. Ferreiro (1985) entende que a aprendizagem da escrita tem 
caráter evolutivo, no qual é relativamente tardia a descoberta de que a escrita representa a 
fala, não sendo necessário que se estabeleçam de início, a associação entre letras e sons. Outro 
aspecto importante nesta evolução refere-se ao aspecto conceitual da escrita. Para que as 
crianças possam descobrir o caráter simbólico da escrita, é preciso oferecer-lhes situações em 
que a escrita se torne objeto de seu pensamento. Este aprendizado é considerado fundamental, 
ao lado de outras habilidades. As idéias de Ferreiro (1992) representam um das mais valiosas 
e recentes contribuições numa abordagem construtuvista-interacionista da aprendizagem. 
Ferreiro (1981) valoriza, assim, as histórias ouvidas e contadas pelas crianças (que 
devem ser escritas pelo professor), bem como as tentativas de escrever seus nomes ou 
bilhetes. Essas atividades assumem grande importância no processo, pois são geradoras de 
espaço para a descoberta dos usos sociais da linguagem - que se escreve. É importante colocar 
a criança em situações de aprendizagem, em que possa utilizar suas próprias elaborações 
sobre a linguagem. O objetivo de Ferreiro é integrar o conhecimento espontâneo da criança ao 
ensino, dando-lhe maior significado. Conhecendo o processo pelo qual as crianças constroem 
 
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seu próprio sistema de leitura e escrita é possível nortear o ensino da linguagem escrita na 
escola. Escrever não é a mesma coisa que desenhar. Por vivenciar um mundo gráfico com 
diferentes símbolos, as crianças inicialmente começam a diferenciar desenhos de outros 
signos: letras e números, por exemplo. Quando chega á escola a maioria já consegue fazer 
essa distinção. Tendo compreendido que escrever não é desenhar, as crianças iniciam uma 
fase de tentar imitar as letras, os símbolos que conhecem. Essas primeiras grafias apesar de 
não serem mais desenhos também não são letras convencionais, são escritas que tentam se 
parecer com a escrita adulta. Avançado em suaconstrução da escrita, a criança percebe que 
para escrever utilizam-se apenas letras, passam a deixar de representar números em suas 
hipóteses de escrita. As letras aproximam-se cada vez mais das formas convencionais. É 
inegável a contribuição de Freire (1996), apontado por boa parte dos educadores, nacional e 
internacionalmente, como o grande pensador do século XX. A partir de suas idéias, criou-se 
uma nova concepção de educação, de “leitura de mundo”, proporcionando grandes mudanças 
no processo de alfabetização, por forte influência prático-teórica no desenvolvimento cultural, 
social e político do sujeito. 
De acordo com o pensamento expresso por Freire (1996), a leitura é importante no 
sentido de oferecer ao homem a compreensão do mundo e através dessa relação é possível a 
descoberta da realidade sobre a vida. Observa-se que na infância que a leitura expressa um 
mundo particular da criança e ela dá significados as coisas que lhe cercam. No momento que 
o homem aprende as coisas que se expressam em seu mundo, revela-se no seu processo de 
alfabetização uma tarefa criadora e nessa perspectiva revela-se: “a leitura do mundo precede 
sempre a leitura da palavra... a leitura do mundo e a leitura da palavra está dominantemente 
juntos. O mundo da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e temas significativos”. (p. 
28). 
Entende-se que a leitura e a escrita oferecem meios necessários ao homem se 
comunicar e compreender o mundo, oferecendo a oportunidade de transformar suas relações. 
Para o bom resultado da atividade de escrita, é importante, muitas vezes, romper alguns 
paradigmas criados durante a vida escolar. O processo da escrita é complexo, sim, e exige um 
grande esforço, mas muitas idéias inadequadas se desenvolvem na escola e na sociedade, o 
que nos leva a um bloqueio mental quando temos de escrever. Segundo estudos anteriores, o 
filósofo Heráclito, tudo é movimento e nada pode permanecer parado. E em seu famoso 
exemplo diz que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio porque, ao entrarmos pela 
segunda vez não serão as mesmas águas que lá estarão e a pessoa também já será diferente. 
 
A importância do lúdico na aprendizagem 
 
Devemos começar com o respeito pelo reconhecimento da autonomia do outro, que 
pode se traduzir na criança por seu meio de apreender o mundo, de sentir seus limites, suas 
potencialidades, seus desejos e fantasias. 
Segundo Damazio (1994) “Ser sujeito não quer dizer que a criança se mantenha 
sozinha e por sua própria conta, mas sim deixá-la ser o que é respeitá-la como sujeito e tentar 
dialogar com ela. O que de saída pressupõe ouvi-la.” 
Dizer que a criança é um sujeito de direito é fácil, respeitá-la como tal é outra situação, 
assim como podemos supor que teremos adultos abertos ao dialogo se não estivermos abertos 
a ouvir e trocar opiniões? 
Querer que o educando saiba posicionar-se é fundamental, como ser crítico e 
participativo se não puder expressar suas opiniões? 
A família tem papel fundamental nesse processo tanto quanto a escola, educandos que não 
são ouvidos e amparados com carinho no âmbito familiar, podem ter dificuldades no convívio 
social, demonstrando agressividade e falta de atenção. 
 
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Para que o processo de ensino-aprendizagem seja pleno o apoio da família é 
primordial, não tratando a criança como um ser intocável e sim a preparando para o convívio 
com pessoas de diferentes opiniões e culturas, para que saibam respeitar e se fazerem 
respeitar. 
Na vida temos contato com a coletividade e essa experiência pode começar na escola, 
tendo novas experiências, relacionando-se com diversas pessoas e treinando para sua vida 
social e profissional. 
Com esse pensamento ser educador não é somente cumprir currículos, programas pré-
estabelecidos e sim recriar conteúdos e métodos, sendo capaz de identificar e analisar 
problemas na aprendizagem, elaborar propostas diferenciadas a diferentes situações 
educativas, tendo sempre a consciência e a sensibilidade da sua importância em parceria com 
a família de assumir uma visão emancipadora, transformando a informação em conhecimento 
prática e em consciência crítica, formando cidadãos. 
É fato de que o saber não vem pronto e sim que está em processo, sendo assim a 
formação docente deverá ser sempre aprimorada com muito estudo, pesquisa e leitura de 
mundo, aliando a prática a estratégias de ensino inovadoras, para que com isso possamos obter 
melhores resultados, planejar e seguir a risca o que foi idealizado pode não ser uma boa 
estratégia, é fundamental planejar, porém alguns não aprendem da mesma forma que outros e o 
desafio que temos são de oportunizar enquanto educadores métodos para atingir todos os 
educandos e assim aprender a ensinar refletindo o que obteve sucesso ou não, visando uma 
educação de qualidade com compromisso ético essencial e não como profissão meramente 
técnica. 
A relação entre o afetivo e o cognitivo é fundamental na prática diária escolar, 
principalmente quando se trata de pedagogos, pois somos nós que muitas vezes recebemos 
pela primeira vez na escola as crianças de educação infantil e assim iremos marcar para 
sempre suas vidas, pois seremos mediadores no processo de aprendizagem. 
Tendo está visão humana devemos sempre ter em mente que o caminho é lento e 
árduo, mas devemos acreditar na vitória da educação, porque devemos ser capazes de refletir 
nossas práticas e adequá-las as necessidades dos educandos naquele momento, visando 
construir junto um sentido, uma significação para que aprender torne se um momento 
prazeroso de trocas, onde todos são ouvidos, respeitados, reconhecendo sempre que esse 
processo exige o nosso comprometimento, dedicação, esforço e pode nos dar uma grande 
satisfação em observar avanços alcançados por todos. 
Conforme Alves (2002) “Dar significação no que ensinamos é bem importante, 
conhecer o contexto dos educandos nos dá base de sustentação para que possamos dar 
significado ao conteúdo trabalhado e também exercer o trabalho com emoção e alegria.” 
Assim surge a importância do lúdico que é comprovada cientificamente, devendo 
ser planejada e dirigida a um objetivo para não haver a banalização e sim uma ressignificação 
no aprendizado onde a troca de experiências apresenta a multidisciplinaridade contemplando 
diversas áreas em uma atividade, auxiliando o desenvolvimento integral do sujeito, no campo 
afetivo, cognitivo e social. 
As atividades lúdicas têm o poder sobre a criança de facilitar tanto o progresso de sua 
personalidade integral, como o progresso de cada uma de suas funções psicológicas, 
intelectuais e morais. 
Valorizando sempre a bagagem cultural do educando, reestruturando o aprendizado 
para resignificar o aprendizado, pois de acordo com Maranhão (2003) “cientes de que 
precisamos buscar meios para tornar eficiente e atraente a relação ensino-aprendizagem, 
precisamos fazer com que os conteúdos programáticos tenham aplicabilidade prática.”, 
relacionando os conteúdos a suas aplicabilidades e potencializando o que os educandos 
 
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podem desenvolver a partir desse conteúdo, fazendo com que seja garantido o 
desenvolvimento da criatividade individual dos mesmos. 
Aprender de forma lúdica significa... Construir conhecimentos por meio de vivencias 
prazerosas significativas, tendo o jogo à brincadeira como base da aprendizagem. 
Através do lúdico aprender a respeitar os pares e suas criatividades individuais, 
podendo ser na expressão artística, realizando atividades que exijam equilíbrio físico, 
liderança, pesquisa e muito conflito de idéias. Desta forma o corpo ganha um espaço na 
brincadeira, no jogo, e as regras são criadas ou recriadasa partir de um consenso que auxilia o 
desenvolvimento da consciência social, onde o educador é mediador da relação entre os 
educandos e direciona o aprendizado para que haja uma relação entre o lúdico e o abjeto de 
estudo. 
Segundo Maranhão (2003) “O educador preocupado em desenvolver todas as 
possibilidades de seus alunos se utiliza de todas as formas possíveis para oportunizar 
situações onde seus alunos aproveitem e sintam vontade de buscar. O ambiente da sala de aula 
deve ser propicio ao descobrir, desvendar, um laboratório de permanente aprendizado e troca 
de experiências. Para que juntos tenham a oportunidade de registrar suas informações, expor 
trabalhos e transformar o conhecimento em aprendizado e construção permanente. 
De acordo com Gadotti “a educação é necessária para a sobrevivência do ser humano. 
Para que ele não precise inventar tudo de novo, necessita apropriar-se da cultura, do que a 
humanidade já produziu. Educar é também aproximar o ser humano do que a humanidade 
produziu. Se isso era importante no passado, hoje é ainda mais decisivo numa sociedade 
baseada no conhecimento.” 
É com base neste pensamento de que somos seres inacabados em constante processo 
que nosso currículo deve ser modificado de acordo com as necessidades, muitas vezes um 
planejamento acabado impossibilita o crescimento dos educandos, é necessário ouvir, 
aproveitar situações e valorizar as potencialidades que encontramos nas diversas turmas onde 
trabalhamos. Só assim o educando passará a ser um sujeito de direito. 
Partimos do principio da importância do trabalho com a literatura infantil e da 
contribuição que esse trabalho traz para a aquisição da leitura e da escrita. Procuramos, 
sempre, incentivar o manuseio de livros de diferentes gêneros textuais, propiciando o contato 
direto, para melhor compreensão do uso social da escrita, assim como a contação de historias. 
 A contação de histórias age na formação da criança em várias áreas. Contribui no 
desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por 
meio da construção de imagens interiores e dos universos da realidade e da ficção, dos 
cenários, personagens e ações que são narradas em cada história. 
Contudo a linguagem que constrói a Literatura Infantil se apresenta como mediadora 
entre a criança e o mundo, propiciando um alargamento no seu domínio lingüístico e 
preenchendo o espaço do fictício, da fantasia, da aquisição do saber. Vista assim, a produção 
literária- o livro de imagem inclusive- não tem fronteiras. Ela desvela o maravilhoso, o 
ilimitado, o maleável e o criativo universo infantil, explora a poesia e suscita o imaginário. 
(Carvalho & Mendoça, 2006, p.129). 
Outro ponto em que atua é no desenvolvimento comunicativo devido a sua provocação 
de oralidade que leva a criança a dialogar com seus colegas ouvintes e a (re) contar a história 
para seus amigos que não estavam presentes naquele momento. Com isso também é 
desenvolvida a interação sócio-cultural da criança ao proporcionar essa interação entre 
crianças e a criação de laços sociais e formação de gosto pela literatura e artes. A criança 
recebe influência até em seu desenvolvimento físico-motor, devido à manipulação do corpo e 
da voz de que faz uso ao ouvir e recontar as histórias. 
As escolas devem promover a formação de seus professores das séries iniciais 
possibilitando o contato com conceitos e técnicas de formação para contadores de histórias para 
 
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capacitá-los para a percepção e uso dos valores do texto, das múltiplas possibilidades de 
abordagem do texto literário, para vivenciarem o contar histórias associando à teoria e a prática 
a partir do acervo pessoal como a memória afetiva e as histórias da infância e assim promover a 
interação de suas interfaces com os demais textos, e posteriormente, divulgar a arte de contar 
histórias com seus diversos enfoques de leitura, (re) apresentação e representação. As histórias 
também desenvolvem uma função de construção de conhecimento social da realidade junto a 
formação de valores e conceitos. Em uma sociedade tecnicista como a sociedade atual, contar e 
ouvir histórias são uma possibilidade libertária de aprendizagem e uma atividade de suma 
importância na construção do conhecimento e do desenvolvimento ético e significativo da 
criança enquanto ser humano. 
Notamos que, desde pequenas, as crianças constroem o conhecimento em sala aula, 
sobre os objetos que as cercam, sobre as seqüências de ações mediando essa construção com 
conhecimentos prévios e a partir do suporte oferecido pelas professoras. Esse conhecimento 
tem características que se vão transformando ao longo do desenvolvimento. As crianças de 
constroem seu conhecimento, utilizando procedimentos lúdicos como suporte para a 
aprendizagem. O lúdico não se refere somente as brincadeiras livres, como as do recreio ou 
planejadas como as elaboradas por professores com fins didáticos; ele é utilizado como 
suporte pelas crianças: a imaginação é um processo que possibilita a construção do 
conhecimento de forma diferenciada e é um instrumento de aprendizagem das crianças 
menores. 
Nesse sentido o educador, vê a importância do lúdico na escola, pois, possibilita o 
prazer de aprender a aprender; Aumenta a motivação para aprendizagem e concretização do 
conhecimento. 
A perspectiva sócio-histórica construtivista da psicologia tem procurado compreender 
as formas como diferentes grupos e indivíduos se apropriam de novos conceitos e atividades, 
considerando as influencias da história e da cultura no desenvolvimento humano e na 
aprendizagem. Assim, buscamos observar as crianças quando estão em interação com seus 
pares e com os professores durante as aulas de leitura e escrita. 
Pensamos que o desenvolvimento humano está relacionado de forma dialética com o 
aprendizado e que esse desenvolvimento é um processo de mudança com direcionamento. 
Assim, ao analisarmos as interações, procuramos entender o que está acontecendo em cada 
momento, no seu desenrolar ao longo da aula ou em outro período de tempo. O 
desenvolvimento ocorre ao longo da vida, nas relações de troca com o ambiente, na 
construção dos contextos, ou seja, nas interações que derivam das condições de sociabilizarão. 
Desse modo todos agimos sobre o ambiente. O que é importante no processo de ensino-
aprendizado é verificar como cada um e o coletivo agem em relação às atividades que se 
desenvolvem em sala de aula. 
A aprendizagem depende de nossa história pessoal, dos processos afetivos e cognitivos 
com os quais nascemos como seres humanos e das condições de desenvolvimento e, inclusive 
de aprendizado, na medida em que o educador planeja um ensino significativo em que a 
criança possa apropriar-se do novo conhecimento. 
Quando uma criança nasce, passa a se relacionar com a cultura do seu grupo, a 
participar da história desse grupo e da história da humanidade e a se sociabilizar em diferentes 
contextos. Os contextos vão se diferenciando na medida em que a criança se desenvolve e vai-
se tornando autônoma. Um desses contextos é a escola, a comunidade escolar e os 
significados construídos nesses ambientes: os vários conhecimentos que podem aprendidos, o 
desenvolvimento moral, as trocas possíveis, a aprendizagem da variante padrão da língua, a 
leitura e a escrita, que são importantíssimas para todo o processo de escolarização e dependem 
do desenvolvimento de competências de compreensão de textos. Nessa perspectivas, a criança 
não aprende apenas quando está prestando atenção ao educador ou fazendo as tarefas, mas 
 
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aprende a partir das trocas geradas continuamente na escola e fora dela. A escolatem por 
objetivo propiciar uma aprendizagem sistematizada, diferente daquela que a comunidade 
propicia. 
A tarefa da escola e de todos os educadores que nela atuam, é a de aumentar o 
repertorio dos aprendizes, facilitarem a aprendizagem, gerar condições e ambiente para o 
estabelecimento de articulação entre informações e conexões múltiplas, analises e sínteses. É 
ensinar que ler e escrever promove socialmente, dão acesso à cultura e ao conhecimento, é um 
modo de relacionar o que se faz na escola com o que existe fora dela. Nesse sentido, a prática 
de ler e escrever desenvolve-se através de responsabilidade partilhada entre o aluno e o 
educador, em que o primeiro atua como guia, apoio, mediador de cultura e o segundo como 
sujeito ativo da aprendizagem. 
 
Considerações Finais 
 
Consideramos que o projeto que vem sendo realizado na Escola de Educação Básica 
Professor Clóvis Goulart, está trazendo resultados significativos acerca das dificuldades 
encontradas pelos alunos no processo da leitura e da escrita. A experiência obtida com o 
trabalho está sendo relevante em todos os aspectos educacionais. Os conhecimentos 
adquiridos serviram-nos como suporte para a prática pedagógica. 
No entanto acreditamos que para acontecer o avanço na prática da leitura e da escrita é 
preciso que os professores sejam comprometidos com a desmistificação das relações sociais, 
tenham clareza teórica e estimule a presença, a discussão, a pesquisa, o debate e 
enfrentamento de tudo que constrói o ser. Além do mais, que esse profissional seja reflexivo 
em sua prática pedagógica, deve ser sensível a apreensão de possibilidades alternativas, deve 
ter consciência que é passível de erros, esteja sempre se questionando no seu fazer em sala de 
aula, indo além das atividades imediatistas, tendo em mente o tipo de homem que quer 
formar. 
Compreendemos que o processo de leitura e escrita inicia muito antes da criança entrar 
em contato com o mundo adulto, recebendo estímulo para depois chegar à escrita 
convencional. 
A preocupação que devemos ter enquanto educadores é a de criar situações 
significativas para os estudantes, adotando uma postura que desenvolva o interesse pela 
leitura e escrita. E partir sempre do conhecimento prévio e das necessidades de ouvir os 
estudantes. Para com isso mobilizar os mesmos a realizarem as atividades com entusiasmo. 
Estabelecer uma relação de mundo com a escola possibilita aproximar o estudante do 
mundo letrado mesmo quando não sabem ler. Pois o mesmo sem saber ler é capaz de produzir 
linguagem escrita, recontando e produzindo oralmente à interpretação de texto trabalhada em 
sala de aula. Portanto, são fundamentais que sejam garantidos momentos diários de leitura 
pelo educador e pelos educandos. 
Fazendo assim, com que a linguagem existente fora da escola, seja utilizada como 
forma de comunicação e participação plena no mundo letrado dos educandos, partindo assim 
do seu próprio contexto. 
Facilitando o mesmo a enfrentar as dificuldades no processo de aquisição do código, 
propiciando momentos literários de troca que poderão significar a conquista na construção 
progressiva da autonomia do estudante, de forma que o educador seja apenas um mediador. 
Despertar no estudante uma consciência de mundo é estabelecer um contato direto 
com os acontecimentos sociais e reais, dando maior ênfase à importância da leitura e da 
escrita no seu cotidiano para que o mesmo possa atuar na sociedade de forma participativa. 
Entende-se que a leitura e a escrita são indispensáveis ao processo do desenvolvimento 
humano, especialmente no momento que o conhecimento se expressa como fator fundamental 
 
Anais do III Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP 
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão 
Tubarão, de 28 a 31 de março de 2011 
 
 10 
para mudanças na vida social. Também é expressa no mundo contemporâneo a leitura e 
escrita serem revelados de forma diversificadas, nesse caso na escola as variedades devem ser 
incentivadas. 
Enfim, a escola deve priorizar no contexto de sua atuação o aprendizado da leitura e 
escrita, o aluno, de acordo com a realidade que vivencia, e essa reflexão pode ser benéfica no 
sentido de elevar o nível sócio-cultural dos sujeitos na sociedade. 
Verificamos, portanto, que a criança vai descobrindo as propriedades da leitura e 
escrita através de um processo construtivo e esse desenvolvimento variam de criança para 
criança. 
 
Referências 
 
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n.198, p. 35-41, set. 1998. 
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SOUZA, R. J. de. Narrativas infantis: a literatura e a televisão de que as crianças gostam. 
Bauru: USC, 1992.

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