Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PETIÇÃO INICIAL Artigo para disciplina Direito Prcessual Civil 1 Orientador: Prof. Mariângela Guerreiro Milhoranza da Rocha Porto Alegre 2018/2 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo de realizar uma pesquisa, buscando um melhor entendimento sobre a petição inicial que é um mecanismo pelo qual a pessoa, também chamada de autor, apresenta através de uma explicação para o poder judiciário, os motivos e as razões pelas quais acredita ser beneficiado de um determinado direito, ou seja, ‘ter o direito’ pedindo para que suas alegações sejam devidamente analisadas e que seja tomada alguma providência contra o réu, causador da lesão ou ameaça ao direito do autor. Palavras-chave:Petição Inicial, direito, autor; réu. ABSTRACT The present work aims to carry out a research, seeking a better understanding about the initial petition which is a mechanism by which the person, also called the author, presents through an explanation to the judiciary, the reasons and reasons for the who believes that he or she is entitled to a claim, that is, to 'have the right' asking that his or her allegations be duly analyzed and that some action be taken against the defendant, causing the injury or threatening the author's right. Keywords: Initial Petition, right, author; defendant. 1.INTRODUÇÃO A ideia começa a se desenvolver, através de um processo por iniciativa de uma parte, comumente chamada de “parte interessada” (autor), por meio de um ato processual, que recebe o nome de petição inicial, onde é uma declaração de vontade fundamentada e certa, onde uma pessoa dirige-se ao juiz, com intenção de obter algo que entenda que tenha direito, podendo ou não ser citada a outra parte. É um instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo, a parte interessada formula sua pretensão, o que acaba por limitar a atividade jurisdicional, pois o juiz não pode proferir sentença de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do demandado. A petição inicial é ato introdutório pelo qual a parte expõe o conteúdo do pedido, onde a sentença deve atendê-lo em sua extensão e substância, sob pena de nulidade. 2. O NCPC e a Petição Inicial 2.1 Conceito de Petição Inicial O ato inaugural do processo é onde se inicia todo e qualquer processo, ou seja, é um ato onde a parte autora exerce o poder de ação dando seguimento aí a atividade jurisdicional. Dentro desta peça confeccionada pela parte a lei estabelece que seja seguido determinados requisitos e esse requisitos, estão dentro do NCPC e estão dispostos no artigo 319. A ação que inicia o processo é chamada de Petição inicial, ela é uma peça processual que da o “START” ao processo jurídico, pela qual se faz a propositura da ação, ou seja, detalha sua intenção, que motivaram a solicitar tal direito, levando ao conhecimento do Juiz . São demonstrado através da PI, os pedidos do autor e os motivos nos quais eles estão baseados e devidamente fundamentados. o processo se desenvolve por iniciativa da parte interessada (autor), por meio de um ato processual, que recebe o nome de petição inicial . O direito de petição, artigo 5º, XXXIV A) “ O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; trata-se de direito político, impessoal e que pode ser exercido por qualquer cidadão seja pessoa física ou jurídica para que possa reclamar junto à Administração Pública em defesa de direitos contra a ilegalidade ou abuso de poder”. Constituição Artigo 5º XXXIV A). Esse direito é para qualquer pessoa física, jurídica, ficando o órgão publico obrigado a prestar os esclarecimentos solicitados. 2.1.1 A petição inicial Indicação do juízo a que é dirigida: afinal, a petição inicial é dirigida ao Estado, vez que a ele é formulada a tutela jurisdicional, ela deve conter, nomes, estado civil, existência de união estável, profissão, endereço de residência do autor e do réu é é avaliado e analisado a legitimidade do autor e do réu, para serem partes, e se necessário também individualizar e diferenciar as pessoas físicas e jurídicas. É necessário o estado civil para verificar a regularidade da petição inicial nos caso e o endereço é imprescindível para determinar a competência de local e a citação do réu. Na Petição inicial é a Indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido, ou seja, são as causas de pedir. Precisa ficar claro o Fato o direito e interesse a ser tutelado surge em razão de um fato ou de varios, por isso eles são necessários na petição inicial. Ex: direito de rescindir o contrato de prestação de serviços (Fato do Autor), devido ao não pagamento das obrigações contratuais (obrigação do réu), fundamentar juridicamente a causa de pedir, indicação do pedido com as suas especificações, pois limita a atuação jurisdicional. 2.1.2 Valor da Causa O valor da causa é requisito obrigatório da petição inicial e ele deve seguir algumas regras, ele serve de base de cálculo das custas processuais e da condenação dos honorários advocatícios, deve corresponder ao proveito econômico que pretende autor ao propor a sua ação, perante o poder judiciário, uma das novidades que podemos destacar no NCPC, é que a partir da sua implantação o valor da causa, pode ser corrigido de ofício pelo juiz, essa regra esta expressa no NCPC. 2.1.3 Indicação das provas O autor conforme o artigo 319, inciso VI do CPC, fala referente as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados é necessário indicar as provas, as provas podem ser documentais, compravadas através de escritos, pericial, detalhes e fatos que dependem de um parecer técnico e provas testemunhal 2.1.4 Pedido Imediato Sempre certo e determinado, de procedência jurisdicional do estado(Ex: sentença condenatória). 2.1.5 Pedido Mediato O Pedido mediato é a tutela do direito de ressarcitória, ou seja, é o dever de indenizar certo. Pode ser variado nas hipóteses previstas na lei, é um bem que o autor pretende conseguir com essa providência 2.1.6 Pedido Cumulativo Esta previsto no artigo 325 do CPC Quando você encontra mais de um pedido na petição inicial se chama de cumulação simples quer dizer o autor simplesmente descreve vários fatos e faz vários pedidos ele pode inclusive escrever vários fatos em face de vários réus e apresentar mais de um pedido. 2.1.7 Pedido alternativa O pedido Alternativo, descreve no pedido suas solicitações “eu quero isso ou aquilo”, então em um pedido alternativo se escolhe uma coisa ou outra. Conforme o Art. 325: “O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo”. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. 3. INSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL O artigo 320, fala que a petição será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação, inclusive com a procuração, caso o autor esteja representado por um advogado. Porém, algumas vezes, o advogado obriga-se a apresentá-la posteriormente.Temos dois tipos de documentos que devem ser juntados à petição inicial, os documentos substanciais, ou seja os que são obrigatórios, exigidos por lei e os documentos fundamentais que são ofertados pelo autor no momento da Petição. 3.1 Principais mudanças para Petição inical NCPC Aconteceu algumas mudanças noNCPC, a exemplo do artigo 319, que podemos citar algumas delas, como a necessidade do autor indicar a existência da união estável, na época de 1973 a união estável não era comum,agora ela é reconhecida. Traz também como uma exigência expressa que contenha o número do CPF se for pessoa física, ou se for pessoa jurídica o numero do CNPJ, são dois documentos necessários para individualizar quem o autor quer processa, para evitar de processar a pessoa errada, atualmentente também exige que o autor informe o e-mail da parte,a tendecia de do futuro é passar tudo para o meio eletrônico.. 4. Historia da Petição Inicial A petição inicial está contida nos artigos 319 ao 321 do CPC , como foi visto o poder judiciário ele é um poder inerte ele precisa ser provocado e essa provocação é através da petição inicial e nela o autor fixa os limites da atuação jurisdicional, assim o juiz não pode julgar de forma infra, extra ou ultra Petita, para que ela tenha validade deve observar os requisitos previstos no Art. 319 do NCPC, e o primeiro requisito é o juízo a que é dirigida ao órgão do poder judiciário, antes era direcionada ao juiz com o advento do código de processo civil de 2015 , mudou o endereçamento, deixou de ser para o juiz e sim para o juízo, conforme o inciso 1 do Art. 319 do NCPC. Outra evolução foi a qualificação do autor e do réu está previsto no artigo 319 inciso 2, que são os nomes prenomes estado civil existência de união estável profissão CPF ou CNPJ, e-mail que é endereço eletrônico e o domicílio, fechando lacunas existentes no antigo ordenamento, como possíveis erros, com a utilização de mais dados, mais informações maximizam os resultados e o andamento do processo. 5. Inépcia da Petição Inicial Ao receber a petição inicial, o juiz irá realizar uma avaliação, para ver se ela atende todos os pré requisitos legais e caso falte algum deles ou se a petição estiver insuficientemente instruída, o juiz apontará a falta e dará o prazo de 10 dias para que o autor a emende ou a complete, conforme o Artigo 321 do CPC. Ao receber a emenda o juiz ordenará a citação, conforme artigo 334 do CPC, o juiz pode também dar caso contrário a inicial, dessa forma ela é indeferida. A inépcia pode ser um motivo para o indeferimento, quando não esta apta para obter a forma jurídica e ser reclamada, mas tem que estar prevista em uma das hipóteses do art. 330/CPC, que enquadra casos onde o que o autor requer não condiz, coms alegações apresentadas, pode ser indeferida por prescrição ou falta de um dos requisitos da lei e pela petição não ter sido emendada no prazo estipulado. Quando indeferida a petição extigue à relação processual, o autor pode apelar no prazo de 15 dias e o juiz pode reformar sua decisão. Caso ele mantenha a sua decisão inicial o juiz, manterá o indeferimento e encaminhará os autos ao tribunal conforme o artigo 331, §1° CPC. . 6. Analise Jurisprudencial da Petição Inicial A petição é o meio pelo qual uma parte pleiteia direitos perante a Justiça, sendo um instrumento utilizado pelo advogado para obter uma decisão judicial que satisfaça o interesse de seus clientes. É onde o autor expõe o seu direito, esclarecendo os motivos, os danos sofridos e os direitos os quais julga ter direito, ficando a responsabilidade de analise e deferimento ou indeferimento do juiz. 7. CONCLUSÃO Concluimos que a petição inicial tem importância fundamental para o entendimento dos fatos, que ela deve ser bem fundamentada, com pedido certo, tem que ser apresentada de forma escrita é a maneira de dar início uma sequencia de atos, alguns automáticos e outros por envolvimento das partes. É a forma de iniciar, provocar o poder público em prol de algo solicitado, requerido. A petição Inicial serve para apontar um possível direito, ficando o Estado com a responsabilidade de dar seguimento ou não, ao que foi solicitado e sempre fazendo prevalecer o real direito. O estado precisa ser provocado e é por meio da petição inicial que conseguimos tal fato, sendo o poder judiciário um poder inerte para garantir a imparcialidade, sem a petição inicial não haverá processo, ela também é um pressuposto processual de validade e de resistencia, pois, quando a petição é iniciada, motivamos um poder inerte a se mover e quando considerada apta, ela possibilita o andamento do processo de forma valida. REFERÊNCIAS https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia visitado em 20/11/18 https://gilbertomelo.com.br/honorarios-advocaticios-no-novo-cpc/ http://conectaadvogado.com.br/saiba-o-que-muda-na-peticao-inicial-no-novo-cpc/ https://www.albertobezerra.com.br https://www.youtube.com/watch?v=mCxQRUfXrms http://www.ambito-juridico.com.br Scalércio, Marcos Petição inicial e defesa no processo do trabalho conforme o novo CPC /Marcos Scalércio, Leone Pereira, Verônica Pavan. -- São Paulo : LTr, 2017. https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia%20visitado%20em%2020/11/18 https://www.albertobezerra.com.br/ https://www.youtube.com/watch?v=mCxQRUfXrms http://www.ambito-juridico.com.br/
Compartilhar