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RELATÓRIO DE ESTÁGIO II: O LÚDICO ATRAVÉS DA LITERATURA INFANTIL NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: Samara Gomes Pinto[footnoteRef:0] [0: Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: ] 
Tutor externo: Pablo Rodrigo Bes Oliveira[footnoteRef:1] [1: Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo XXXXXXXXX; E-mail: ] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Pedagogia (FLX1050) – Estágio Supervisionado II
08/07/2020
RESUMO 
O presente relatório tem por intuito relatar sobre as atividades realizadas ao longo do estágio supervisionado II dos anos iniciais do ensino fundamental, a área de concentração escolhida foi a de metodologias do ensino e o tema central foi de “O lúdico através da Literatura Infantil nas séries iniciais do Ensino Fundamental”. Este estágio serviu como oportunidade para conhecer melhor a modalidade de ensino. A escola virtual estudada foi a Escola Comunitária Dr. Martinho Lutero, localizada na cidade de Canoas no estado do Rio Grande do Sul, desde o projeto inicial ao final do estágio foi abordado sobre a literatura de forma lúdica, através de contação de história e diferentes abordagens. 
Palavras-chave: Literatura Infantil. Lúdico. Ensino Fundamental.
 1 INTRODUÇÃO 
No estudo deste estágio supervisionado foram abordados assuntos como: Literatura Infantil, anos iniciais do ensino fundamental e a importância da literatura para a alfabetização, além da importância da ludicidade. 
O assunto inicial do projeto inicial foi de: “O lúdico através da Literatura Infantil nas séries iniciais do Ensino Fundamental” com delimitação de área em Metodologias do ensino. Com a justificativa para a execução do estudo teve como proposta analisar e propor como pergunta norteadora como a prática com literatura infantil pelos docentes é realmente efetiva no âmbito escolar e nas séries iniciais do ensino fundamental? 
Teve como objetivo geral apresentar como a literatura infantil pode ser vista como uma ferramenta e pratica pedagógica, levando o lúdico para dentro de sala de aula, fazendo com que o educando aflore sua imaginação, criticidade e criatividade. 
Como objetivos específicos: avaliar a percepção dos professores no que se alude a propósito da literatura infantil; verificar e observar os métodos pedagógicos e recebimento, manutenção e desenvolvimento dos projetos em literatura/alfabetização; identificar tipos de projetos de literatura no ensino fundamental. 
Seguindo as etapas do estágio supervisionado teve-se como proposta de substituição de regências presenciais o programa virtual proposto pela faculdade, assim escolheu-se o programa “Metodologia e Estratégia de Ensino e de Aprendizagem” com projeto em “Alfabetização e letramento em tempos de pandemia” com produto virtual Literatura lúdica em prol da alfabetização em tempos de pandemia.
Atualmente propor esse assunto de literatura lúdica abre um leque enorme de pesquisa tanto para a área da modalidade, quanto para a área de alfabetização, pois, sabe-se que educação e as práticas docentes devem ser sempre repensadas. 
Trazer a pesquisa para esses assuntos e temas nos faz enxergar um novo horizonte, uma nova perspectiva, juntando as dificuldades e também a realidade escolar.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
Costa (2013, p. 10) relata que a literatura se apresenta como uma instituição do pensamento e da arte que tem formato próprio e especifico. A linguagem literária tem a ver com o inconsciente, com a reprodução do real e com a palavra de em estado de arte. Escrever um texto literário implica combinar de forma harmoniosa estes três elementos. O leitor procura neles conhecer modos diferentes de olhar e entender a realidade, mediados pelo prazer da beleza e da descoberta de recursos linguísticos inovadores. 
Paulino (1999, p. 74) nos diz sobre a natureza dos textos literários: 
Os textos literários envolvem, simultaneamente, a emoção e a razão em atividade. Sua organização provoca surpresa, por fugir ao padrão característico da maioria dos textos em circulação social. E fugir do padrão hegemônico não quer dizer negar qualquer padrão. Os padrões literários existem e devem ser também reconhecidos pelo leitor. [...] trata-se, portanto, de uma literatura que exige habilidades e conhecimentos de mundo, de língua de textos bem específicos de seu leitor. 
Costa (2013, p. 20) a distinção entre os diferentes gêneros textuais, literários ou não. É uma atividade que auxilia o professor em sua tarefa de trabalhar com os textos, pois lhe permite visualizar melhor a essência e as qualidades dele, a fim de poder montar de maneira adequada e eficiente o seu trabalho docente. Para que a literatura cumpra seu papel no imaginário do leitor, é fundamental a mediação do professor na condução dos trabalhos em sala de aula e no exemplo que ele dá aos seus alunos, lendo e demonstrando, sempre que possível, a utilidade do livro e o prazer que a leitura traz para o intelecto. 
Para Schneuwly (2004 p. 39) o ensino de gêneros orais tem o intuito de desenvolver capacidades de linguagem (argumentação, relato, exposição) da mesma maneira que acontece com o trabalho com os gêneros escritos. Em sua concepção, inclusive, esse autor considera que: 
[...] mais propicio entrar não na linguagem oral em geral, mas em gêneros sociais e observar suas especificidades. Trabalhar os gêneros orais pode dar acesso ao aluno a uma gama de atividades de linguagem e, assim, desenvolver capacidades de linguagem diversas; abrem-se, igualmente, caminhos diversificados que podem convir aos alunos de maneiras muito diferenciadas, segundos suas personalidades (SCHNEUWLY, 2004, p. 42). 
Cardoso (2012, p. 32) relata que dadas às ressalvas que se relacionam com a diferenciação entre linguagem oral e oralidade, a preocupação do professor ao pensar os orais como objeto de ensino deve concentrar-se no gênero textual a ser trabalhado. Isso pode acontecer com situações como as assembleias, as campanhas de divulgação oral ou um projeto que se proponha a ensinar receitas pela rádio da escola. 
Ainda segundo os estudos da autora, as estratégias de ensino precisam ser pautadas na interlocução e dar importância ao contexto de produção e á situação de comunicação. Para tanto, em todos os níveis de ensino, é necessário direcionar o olhar para o discurso oral como conteúdo, não apenas como algo que acontece acidentalmente e sem planejamento. 
Para Assmann (2001, p. 26) as dificuldades enfrentadas pelo docente em conquistar e manter o leitor decorrente, fundamentalmente, do equivoco quanto à concepção de texto literário que se julga a finalidade, também falaciosa, atribuída ao ato de ler. Despojada da extensão dos horizontes nelas escritos, a leitura do texto continua a ser reduzida a apreensão do código, isto é, ao estabelecimento de uma relação binária entre significante e significado.
Paulo Freire (1982, p. 1-2): 
A compreensão crítica do ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. (...) A compreensão de texto a ser alcançada por sua leitura critica implica a percepção das relações entre texto e contexto. 
A literatura já não tem por objetivo comunicar um sentido preexistente: ela é a exigência e a perquirição de um sentido, mas de um sentido que não se quer jamais consumado (Lefebvre 1975, p. 42-43).
Assmann (2001, p.27), o leitor preenche os vazios significativos e correlaciona a mensagem literária à realidade circundante. Nesse confronto visado pelo texto, realiza-se a função formadora da literatura, que induz o individuo a melhor conhecer a si e ao mundo que o cerca. Paralelamente, pelos artifícios da linguagem literária, o leitor desenvolve um posicionamento critico frente aos recursos expressivos da língua, buscando, ele próprio, novas formas de dizer e ampliando, portanto, sua capacidade linguística. 
Imagem 1: Literatura Infantil
Fonte: https://cmapsconverted.ihmc.us/rid=1HY32SN7L-9T435F-N2G/Literatura%20Infantil.cmapAinda para a autora Assmann (2001, p.33) o grande desafio proposto ao professor é alfabetizar crianças tento o texto como unidade básica e ensinar a ler e escrever a partir da reflexão sobre o processo envolvido na alfabetização. A autonomia na leitura desenvolve-se com o aumento da experiência, na medida em que ocorre a ampliação de conhecimentos que servem de apoio à identificação de palavras, de frases e modalidades de texto. 
Não se forma bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, q qualidade de suas vidas melhora com a leitura (Brasil, 1997, p.36). 
No processo de alfabetização, é essencial incorporar às praticas de sala de aula o texto literário – narrativas e poemas – para, de maneira particular, compor o conhecimento da criança e redimensionar a afetividade pela mediação dos signos verbais ou mesmo não verbal. (ASSMANN 2001, p.33). 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Para a confecção das atividades do Estágio Supervisionado II começou com o projeto inicial de pesquisa que teve como metodologia a pesquisa bibliográfica, na confecção desse primeiro projeto houve a inserção de planos de aula voltados para a inserção da literatura infantil nos anos iniciais do ensino fundamental. 
	As regências não foram possíveis de ser realizadas em sala de aula devido à pandemia da Covid-19, o que levou a universidade a alterar o modo de prática e apresentação da etapa final do estágio supervisionado. 
	 A etapa final do estágio supervisionado teve como proposta de substituição de regências presenciais o programa virtual proposto pela faculdade, assim escolheu-se o programa “Metodologia e Estratégia de Ensino e de Aprendizagem” com projeto em “Alfabetização e letramento em tempos de pandemia” com produto virtual: Literatura lúdica em prol da alfabetização em tempos de pandemia.
	Todas essas etapas fizeram com que eu tivesse alguns percalços e angústias ao longo da pesquisa, momentos de incertezas e medos, ao percorrer dos dias e aprofundamento do conteúdo consegui conciliar a teoria com o que se propôs nos projetos virtuais seguintes. 
	Após o alinhamento dos trabalhos, consegui me identificar com os conteúdos e fazer as modificações necessárias para a minha aprendizagem. Todos os trabalhos foram realizados com pesquisa em livros, apostilas, sites e bibliotecas virtuais.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
A vivência deste estágio foi bem diferente da realidade que tive com o primeiro estágio, em que as observações da escola, do ambiente de sala de aula e dos alunos foram de modo presencial. Para este estágio não tive a oportunidade concreta de realizar todas as etapas como no outro. Os objetivos em relação ao projeto inicial foram atingidos e o conhecimento sobre a literatura infantil, lúdico e anos iniciais do ensino fundamental foram alcançados de forma significativa.
Tive dificuldades no meio do percurso do estágio em relação à aplicação do projeto inicial devido à pandemia do Covid-19 o que fez mudar meu olhar sobre como a prática pedagógica, observando que está sempre em transformação, em que o professor diariamente deve rever suas metodologias para a melhor qualidade de ensino dos seus alunos. 
Mesmo tendo que no final do estágio ter que mudar um pouco o rumo do projeto inicial, procurou não baixar a qualidade de pesquisa e confrontar a teoria com a prática em situação escolar. No programa virtual com produto virtual voltado somente para a inserção da literatura como forma de alfabetização em tempos de pandemia.
Foi um caminho árduo e cheio de dúvidas, mas ao fim gostei dos resultados e do aprendizado que este estudo trouxe para a minha formação acadêmica. 
REFERÊNCIAS 
ASSMANN, Juracy Saraiva. Literatura e alfabetização: do plano de choro ao plano de ação. Porto Alegre: Artmed, 2001. 
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U. de 23 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Secretária da Educação Fundamental. Curriculares Nacionais- Língua Portuguesa. Brasília, MEC/SEEF, 1997. 
CARDOSO, Bruna Puglisi de Assumpção. Práticas da linguagem oral e escrita na educação infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2012.
COSTA, Marta Morais Da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Intersaberes, 2013. 
FREIRE. P. A importância do ato de ler; em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1982. 
MACEDO, Neusa Dias de. Iniciação à pesquisa bibliográfica: guia do estudante para a fundamentação do trabalho de pesquisa. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 1994. 
PAULINO, Maria da Graça Rodrigues; WALT, Ivete Lara Camargos; CURY, Maria Zilda Ferreira. Intertextualidades: teoria e prática. 2° ed. Belo Horizonte: Editora Lê, 1999.
SCHNEUWLY, Bernard. DOLZ, Joaquim (org.) Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização Roxane Rojo e Glais Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
 
ANEXO I
Atenção: O seu Paper deve conter de 5 a 7 páginas (sem considerar o anexo). No anexo deste paper, coloque a ação desenvolvida no projeto de extensão, conforme template – Produto Virtual e o Termo de Autorização.
Inserir o template escolhido para o desenvolvimento da Ação Extensionista com as atividades que foram elaboradas e postadas em Produção Acadêmica – Produto virtual
Exemplo:
	ANEXO II
Inserir o TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO, preenchido e assinado por você.
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO
Eu__samara Gomes Pinto____________________________________, acadêmico do curso___Pedagogia___________________1383908________, matrícula ________________, CPF _69284245087_________, da turma ____FLX1050_______, autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para atender o Projeto de Extensão, intitulado de: _O Lúdico através da Literatura Infantil do Ensino fundamental._________________________________, de acordo com critérios abaixo relacionados:
a) O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de diferentes fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para pesquisa, links para visitas virtuais, dicas de filmes, livros, etc.) devidamente referenciados, conforme as Regras da ABNT.
b) Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento de plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente.
c) Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos coordenadores, professores e tutores da UNIASSELVI.
Número de telefone fixo/celular: ( ) _51____-__992947902_______/ ( ) ______-_________
Dar o aceite _____________________________________
 Assinatura do acadêmico
Cidade, __18_____de____Julho______________ de 2020.