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Caderno de Fisioterapia Cardiologica 1º Bi

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1 
 
08.08.2019 
FISIOTERAPIA CARDIOLÓGICA 
Professor: Vinicius Tassone Civile 
e-mail: 
10h00 – 11h15 
 AVALIAÇÕES: 
NP1 : 
NP2 : 
Sub : 
Exame: 
AULA 1 
ANATOMIA CARDÍACA 
 TOPOGRAFIA 
 
1) Anatomia/ Fisiologia Cardiovascular voltada para clínica 
 
2) Avaliação cardíaca e noções de eletro e ecocardiograma 
 
3) Doenças 
> Fatores de risco para doenças cardiovasculares 
> Infarto agudo do miocárdio 
> Insuficiência cardíaca 
> Edema agudo de pulmão 
> Cardiopatias congênitas 
> Valvopatias 
 
4) Fisioterapia nas cirurgias cardíacas 
 
5) Reabilitação cardíaca 
 
 BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA 
 
1) Braunwald, Zipes, Libby. Tratado de medicina cardiovascular (tem fisiologia e 
doenças) 
 
2 
 
2) Irwin, Scot; Tecklin, Jan Stephen. Fisioterapia Cardiopulmonar. 
 
 
 
TOPOGRAFIA DO CORAÇÃO 
 
> Porção inferior do mediastino 
 
> Localização em 3 posições: 
 
1) LEVOCARDIA: mais de dois terços (2/3) da massa esta do lado esquerdo ou à 
esquerda da linha sagital mediana. Maior parte da população (80%). 
 
2) MESOCARDIA: massa cardíaca se localiza no centro do tórax, logo atrás do 
esterno. Não tem predomínio (esquerda ou direita). 
 
3) DESTROCARDIA (menor parte da população): maior parte da massa cardíaca 
localizada à direita da linha sagital mediana. 
 
Observação: durante a gestação, o coração roda com o desenvolvimento. O que 
muda é a posição do ápice: levocardia para a esquerda, mesocardia para o centro, 
destrocardia para direita. Os três são variações anatômicas. Porém, pesquisas 
apontam que na destrocardia, os grandes vasos sofrem torções e podem 
desenvolver problemas cardíacos. 
 
FORMA 
 
> Pirâmide triangular invertida (independe se é levocardia, mesocardia ou 
destrocardia), pois a base fica em cima e o ápice embaixo. 
 
 É que a base é o alicerce, a sustentação do coração é superior. Quem 
sustenta são os vasos sanguíneos, por isso são chamados de vasos da base. 
3 
 
 A prevalente é para trás e para direita (levocardia) e o ápice para frente e 
para esquerda (a rotação ocorre ao longo dos 9 meses de gestão). 
 
FACES (3) 
 
 Não tem lado direito, é triangular, à direita há uma margem formada pela 
união do lado posterior e lado anterior, além desses há o lado esquerdo, assim 
classificados: 
 
1) Anterior ou esternocostal 
2) Posterior ou diafragmática (não tem atrás, pois o coração deita no diafragma) 
3) Lateral esquerda 
 
 A importância é que na clínica é possível localizar a área enfartada e o 
encaminhamento cirúrgico. 
 
 É possível também saber a face pelo exame de eletrocardiograma. 
 
 Em volta do coração fica o pericárdio (a pleura está para os pulmões como 
o pericárdio está para o coração) parietal e visceral: 
 
1) PARIETAL: mais externo (encosta nos pulmões, no esterno e na coluna 
vertebral), fibroso (bem resistente), fibras colágenas e elásticas => tecido 
conjuntivo. Isso é com e ruim. Bom porque é resistente (armadura fibrosa), ruim 
porque na lesão por infarto, ele não tem capacidade de regeneração, só de 
reparação, então, cicatriza e não tem elasticidade. Isso imobiliza a área. 
 
 Entre o pericárdio parietal e visceral há o espaço pericárdio: na pleura dos 
pulmões há vácuo para realizar a expansão, já o coração necessita de contração. 
O espaço do coração é composto exclusivamente por líquido do pericárdio 
parecido com plasma (sangue e linfa). A função é lubrificar as lâminas. Se o líquido 
aumentar excessivamente há derrame pericárdio, e para extrair o líquido só com 
dreno pelo centro do tórax, é o dreno de mediastino, só realizado em 
procedimento no centro cirúrgico (é diferente do derrame pleural em que 
responde por diferença de pressão). 
 
 Pode ter perfuração e sangramento e tem que tirar o excesso. O dreno 
sempre fica abaixo da linha do coração. É usado uma pinça para ordenhar o 
líquido, e o tempo dura no máximo de 2 a 3 dias, feito pela enfermagem. 
 
 Uma perfuração pode entrar ar e gerar pneumopericardio, o qual tem que 
drenar pelo mesmo dreno do mediastino. 
 
4 
 
2) VISCERAL: é a parte mais externa do coração (chamada de epicárdio [epi, do 
grego mais externo], miocárdio – intermediária –, e endocárdio – mais interna). 
É mais interno, seroso (vem de soro, plasmático do sangue) tem contato direto 
com a estrutura cardíaca. 
 
Observação: a parietal é só armadura, não pertence ao coração. 
 
 No início do enfarte começa no parietal, onde ficam os vasos e daí surge a 
irrigação sanguínea. Na cirurgia é preciso fazer um corte no pericárdio e sangra, 
precisa drenar, local que faz “pontes” no coração. O dreno também remove o ar. 
 
 Infecção na região (aspectos clínicos): 
 
> PERICÁRDIO: pericardite. É difícil os antibióticos chegar pelos vasos até essa 
área, e se a infecção chegar no endocárdio gera endocardite. Por isso a área mais 
limpa do hospital é a da cirurgia cardíaca, mas a infecção pode se dar por falta de 
higiene bucal do paciente, pois desce até o esôfago que fica próximo ao 
pericárdio. Na anamnese do paciente cardíaco é importante o tratamento 
odontológico. 
 
POSIÇÃO DAS CÂMARAS CARDÍACAS 
 
 As câmaras do coração são átrios e ventrículos. 
 
> As câmaras cardíacas direitas são mais anteriores, portanto, os átrios e 
ventrículos direitos são mais anteriores do que os átrios e ventrículos esquerdos. 
A importância é anatomia inteligente do corpo humano (áreas mais nobres estão 
protegidas): do lado direito passa sangue venoso (rico em CO2) e as câmaras 
esquerdas carregam sangue arterial (rico em O2). Ele protege o sangue arterial do 
impacto, pois fica mais central: 
 
>> Câmara a mais à direita de todas é o átrio direito 
>> Câmara mais anterior de todas é o ventrículo direito 
>> Câmara mais à esquerda de todas é o ventrículo esquerdo 
>> Câmara mais posterior de todas é o átrio esquerdo 
 
15.08.2019 
AULA 2 
 
CÂMARAS CARDÍACAS 
 
> Estudo do coração: rotas de entrada de sangue e depois saída. 
 Entra : veias 
 Sai : artérias 
5 
 
 ÁTRIO DIREITO 
 
>> Forma a borda cardíaca lateral direita e anterior da massa cardíaca; 
 
>> Parte posterior: recebe as veias cavas superior e inferior; 
 
>> Parte anterior estende-se para a frente em forma de bolsa 
> Aurícula atrial direita. 
 
>> Recebe a desembocadura do seio venoso coronário. 
 
> Entrada: átrio direito. Duas rotas de entrada : Veia cava superior 
 : Veia cava inferior 
 
> Veia cava superior: membros superiores, cabeça e pescoço. O sangue é rico em 
CO2. 
 
> Veia cava inferior: membros inferiores, compartimento abdominal (a tarefa é 
mais difícil). Cerca de 60% de sangue do corpo está no abdome, só no fígado há 
25% de sangue do corpo. O sangue é rico em CO2. 
 
> Saída: valva tricúspide. Obrigatoriamente o sangue do lado direito só pode 
circular pelo lado direito. 
 
 ÁTRIO ESQUERDO 
 
>> Localizado superiormente, na linha média, e posteriormente às outras 
câmaras cardíacas; 
 
>> Recebe veias pulmonares superiores e inferiores 
 
> Entrada: quatro (4) rotas de entrada do sangue dos pulmões. Acima: superior, 
abaixo: inferior. Lado direito: veia pulmonar direita; Lado esquerdo: veia 
pulmonar esquerda, basta ir na posição para lembrar os nomes. O sangue é rico 
em O2. 
 
> Não usar o conceito de Guyton: divisão em venoso e arterial que leva em 
consideração a circulação periférica. A disciplina estuda o coração, no qual há veia 
carregando O2 e artéria carregando CO2. Exemplo do exame que se faz na 
gasometria é arterial, mas o exame mais preciso é o mais rico em O2 é a veia 
pulmonar. 
 
> Saída do átrio esquerdo: valva bicúspide. Nome anatômico para provas e 
concursos é bicúspide. Mitral é apelido, pois parece o chapéu do Papa, mitra. 
6 
 
> O trajeto do sangue é unidirecional, mas às vezes não acontece por causa de 
doenças. Exemplo do forame oval na circulação fetal, fica no septo interatrial. Há 
alguns bebês que não tem o forame oval consolidado, o septo interatrial. A 
doença é a “comunicação interatrial”. Pelo exame de ultrassom fetal vê-se um 
líquido passando entre os átrios. 
 
 No Síndrome de Down, 50% desenvolvema “CIA – comunicação 
interatrial”, devido ao cromossomo 21. 
 
 A cirurgia chama rafia (utilizam couro de boi ou porco). O diagnóstico é na 
fase pré-natal. 
 
 O problema é a mistura de sangue entre os átrios. É possível perceber 
fadiga na respiração, a criança se cansa mais e evita a prática esportiva. 
 
 Na fase adulta gera fibrose no tecido cardíaco e a cirurgia não consegue 
reparar. 
 
 
 VENTRÍCULO DIREITO 
 
>> É a câmara ais anterior, situando-se atrás do esterno; 
 
>> Pode ser dividido em uma via de entrada e uma via de saída; 
 
>> Via de entrada: constituída na valva tricúspide e nos músculos trabeculares 
que dirige o sangue para a direção anterior, inferior e esquerda; 
 
>> Via de saída: chamada de infundíbulo, forma a porção superior do ventrículo 
direito onde o sangue será ejetado para artéria pulmonar. 
 
> Entrada: valva tricúspide (a rota de entrada é a mesma de saída do átrio direito). 
 
> O sangue vem de cima para baixo, pois o átrio contrai de cima para baixo, por 
sua vez, os ventrículos contraem de baixo para cima e o sangue precisa subir, ele 
está contra a gravidade, por isso há risco de voltar. Por isso existe a valva 
tricúspide. Por convenção, para diferenciar da valva troncopulmonar. A função é 
evitar o refluxo. 
 
 O sangue poderia voltar para o átrio, a tendência é abrir ao contrário (as 
valvas são portinholas), se abrir o paciente morre na hora. No átrio cheio de 
sangue, a pressão é maior, vazio é menor, pode abrir e o sangue voltar. Para evitar 
isso há o sistema de cordas tendíneas (tecido conjuntivo). Limitam a valva. 
 
7 
 
 Os músculos papilares fixam as cordas tendíneas e tracionam no momento 
de sístole dos ventrículos e daí só sobra uma rota de saída, as artérias 
pulmonares. 
 
 Nesse momento, o átrio direito vazio, o fechamento da valva ressoa na 
câmara vazia e dá origem do som “tum” que é aferido na ausculta, o som da valva. 
 
 
 Imagem: a aurícula: suspeita-se que é um reservatório de sangue. 
 
> sistema de circulação do coração: artérias coronárias. Se estiver com gordura, 
gera isquemia, se afetar os músculos papilares, estes necrosam e as cordas 
arrebentam e o sangue reflui para os átrios e o enfarto é fulminante, chamado de 
“morte súbita”. 
 
 
 VENTRÍCULO ESQUERDO 
 
>> Situa-se posterior e à esquerda do VD; 
 
>> Circundada por paredes musculares espessas, cerca de duas a três vezes mais 
do que as do ventrículo direito; 
 
>> Via de entrada: constituída por valva mitral e seu aparelho de sustentação; 
 
>> Via de saída: constituída pela valva aórtica. 
 
8 
 
> Entrada: valva bicúspide, que também precisa do sistema de cordas, músculos 
papilares, cordas tendíneas. Há chance do sangue voltar pela artéria, então 
também tem valva tricúspide, chamada valva aórtica (para não confundir). 
 
 
 
 Imagem: cordas e valva aórtica, músculos papilares (as veias pulmonares 
e cava não tem cordas). 
 
 A diferença da espessura da parede do ventrículo esquerdo chega a ser 3 
vezes maior que o ventrículo direito. 
 
> O ventrículo esquerdo luta contra resistência de todas artérias do corpo. 
 
> O ventrículo direito luta contra resistência dos vasos que vem do pulmão. 
 
> Patologia: buraco entre os ventrículos. No septo interventricular, chamada de 
“CIV”: comunicação interventricular. Um buraco entre os ventrículos mistura o 
sangue. O problema é maior, pois os ventrículos são as verdadeiras bombas. O 
sangue não é tão puro. É detectado no teste de apgar. A criança fica cianótica e 
tem que operar na hora, se não operar não chega os 20 anos de vida. 
9 
 
 “CIV”: há chance de ocorrer ao longo da vida, se o enfarto atingir o septo 
interventricular abre um buraco e gera “CIV” com enfarto, a pessoa enfarta 
cianótica. 
 
> Cardiopatia congênita: a outra é a transposição das granes artérias. O 
troncopulmonar no átrio esquerdo e a aorta no ventrículo direito. A cirurgia de 
“Jatene” consegue inverter os grandes vasos. A consequência é que o ventrículo 
direito fica mais espesso no desenvolvimento da gestação, e a criança precisa de 
medicamento para o ventrículo esquerdo conseguir contrair e enviar sangue. 
 
 Durante a gestação as trocas gasosas são feitas pelo cordão umbilical, 
quando nasce é cortado o cordão e a criança fica cianótica, mesmo após o teste 
de apgar. 
22.08.2019 
AULA 3 
 
CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA 
 
 PULMONAR 
 
 Inicia no ventrículo e termina no átrio. 
> É importante para ver a consequência do problema. 
 
 No ventrículo direito inicia a circulação. O sangue é rico em CO2. 
 
> Saída: a rota de saída pela artéria tronco pulmonar de via única, porém há dois 
pulmões, a artéria tem uma bifurcação: duas (2) artérias pulmonares, direita e 
esquerda, com sangue rico em CO2, que se ramifica (não se aplica a definição de 
Guyton) em vasos menores, os capilares pulmonares, sangue rico em CO2. Neste 
ponto, os capilares estão enovelados nos alvéolos, e estes estão recebendo 
sangue rico em O2, ocorre a troca gasosa. Daí, o sangue segue pelas veias 
pulmonares, rico em O2. 
 As veias pulmonares chegam ao átrio esquerdo com sangue rico em O2. 
 
 Professor: A primeira (1ª) função importante: REOXIGENAÇÃO DO 
SANGUE – é permitir a remoção de CO2 pelos pulmões (não tem outra forma). 
 
 SISTÊMICA 
 
 Início no ventrículo esquerdo com sangue rico em O2. Rota de saída da 
aorta: há várias ramificações e o sangue migra para região periférica (de 
diâmetros grandes para pequenos) para artérias de grande calibre na região 
central; à medida que se distancia, artérias de médio calibre até chegar nos 
órgãos, artérias de pequeno calibre com sangue rico em O2. Porém, para entregar 
10 
 
para o tecido é péssimo, bom apenas para transportar, daí a necessidade das 
arteríolas (sangue rico em O2). Só que para nutrir é preciso diminuir para capilares 
sistêmicos com sangue rico em O2. 
 Os tecidos não param de trabalhar para produzir energia é necessário O2 e 
produção de CO2 (efeito Bohr: para O2 entrar, o CO2 tem que sair). 
 Aqui o sangue vem arterial e volta venoso, sai dos pequenos vasos e vão 
para os grandes, nos tecidos as vênulas, sangue rico em CO2, para drenar para 
região central, as veias de pequeno calibre direciona para veias de médio calibre 
até chegar na região central do corpo e pelas veias de grande calibre, o sangue 
com CO2, até chegar nas maiores, veias cavas superior e inferior, que 
desembocam no átrio direito rico em CO2. 
 
 Portanto, 
 A primeira (1ª) função é nutrir os tecidos de sangue rico em O2. 
 A segunda (2ª) função é remover o excesso de CO2 dos tecidos e órgãos. 
 
 Exemplo: paciente com parada cardíaca fica cianótico, pois a circulação 
sistêmica na funciona e mantém o CO2. O paciente está morrendo. 
 
 Exemplo: HAS. O problema nas artérias onde tem pressão gerado no 
ventrículo esquerdo que tem de ser maior que as artérias grandes, médias e de 
pequeno calibre. O aumento se dá nas artérias posteriores, o que leva o 
ventrículo esquerdo contrair com mais potência, gasta mais energia e O2, e é 
comum apresentar insuficiência respiratória. Com o tempo pode acarretar 
insuficiência cardíaca à esquerda. 
 No DPOC grave gera o mesmo efeito, só que o ventrículo direito não tem 
a mesma potência e gera a insuficiência cardíaca à direita, “cor pulmonare”. 
 É preciso saber onde é o “acidente”. No HAS é sistêmico. No diabético 
também afeta sistemas. Todos ocorrem na circulação sistêmica 
 Para gerar insuficiência no ventrículo direito só se o problema for 
respiratório. 
 Contudo, à medida que afeta o ventrículo esquerdo começa afetar o 
ventrículo direito, o que gera progressivamente a insuficiência cardíaca 
congestiva. 
 O problema é que quem é hipertenso também é obeso. Além da 
hipertensão mal cuidada. 
 
 PULMÃO 
 
 Recebe duas (2) circulações: 
 
1) Pulmonar 
2) Brônquica: inicia no ventrículo esquerdo com sangue rico em O2 
11 
 
> Saída: artéria aorta com sangue rico em O2. Migra para artéria de grande calibre, 
chega nos pulmões por duas artérias brônquicas para pulmão esquerdoe uma 
para o pulmão direito (no total são três artérias brônquicas) com sangue rico em 
O2, que chega nos brônquios, e, então, liberam CO2 para corrente sanguínea, sai 
pelas veias brônquicas com sangue rico em CO2 e chegam pelo átrio esquerdo 
que tem sangue rico em O2. É o efeito shunt anatômico, ocorre mistura de 
sangues. Por causa desse efeito, nenhum sangue arterial terá sangue 100% de O2, 
e haverá percentual de CO2. A gasometria afere esse percentual. 
 
 A primeira (1ª) função é nutrir o tecido de sustentação do pulmão de O2. É 
a circulação nutricional. 
 Exemplo do TVP: gera embolia pulmonar e necrose da artéria brônquica, 
que pode ser fatal. Isso é comum acontecer em pacientes com fratura no fêmur. 
 
 CIRCULAÇÃO CORONARIANA 
 
 Início no ventrículo esquerdo, sangue rico em O2, sai pela aorta – pela 
sistêmica o sangue sai pela valva e na diástole corre risco de voltar a descer (ele 
tem efeito de corrente dentada). Nesse movimento de descida encontra duas (2) 
artérias coronárias direita e esquerda (portanto, recebem pela diástole para 
nutrir o próprio coração), enquanto o restante é nutrido pela diástole. Os vasos 
estão presentes no pericárdio. 
 Exemplo: as compressões torácicas têm efeito de simular a sístole, na 
melhor das hipóteses equivalem a 30% da saída de sangue, quando alivia simula 
uma diástole e irriga o coração e mantém as células cardíacas vivas, pois em 10 
minutos leva a necrose das células. Portanto, a razão da compressão é a diástole, 
o alívio, daí a importância do ritmo estável para as artérias coronárias. 
 Chega no tecido cardíaco, sangue com O2, e produz energia e libera CO2 
(troca). Com a liberação passa para as veias coronárias de menor calibre aos 
maiores e convergem para região central (entre átrios e ventrículos), porém, mais 
entre os átrios, é a região do seio coronário que contém também veias minúsculas 
descobertas e chamadas de veias de Thebesius (região rica em CO2): 
 
12 
 
 Dessa região, bifurca e parte chega no átrio direito (rico em CO2), e parte 
para o átrio esquerdo (rico em O2). No último ocorre uma mistura. 
 
 CONCLUSÃO: 
 
 Então, somado as duas (2) misturas oriundas do sangue que nutriu o 
pulmão e parte do que nutriu o coração, corresponde a 2% a 5% do total do 
sangue do corpo. Daí que não existe paciente com 100% de sangue de saturação 
de O2. Sempre varia entre 90% a 98%. Hoje é possível monitorar esse shunt 
anatômico. 
 Acima de 5% do shunt anatômico, há patologias no pulmão de atelectasia. 
Nos extremos como SARA, pode chegar a 1/3 de sangue shunt anatômico, que 
não é suportável pelo organismo. 
 
 Portanto, a origem do shunt anatômico são: 
> Artérias brônquicas; 
> Veias de Thebesius. 
 
 A funcionalidade dos ramos do coração depende dos hábitos de vida, 
porque nasce com duas (2) se desenvolve ao longo da vida. Se faz atividade física 
regular gera mais ramos, se for sedentário haverá poucos ramos e enfarto pode 
ser fatal. 
 
29.08.2019 
AULA 4 
ANATOMIA DAS ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
 
 ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 
 
 >> Origina-se do seio direito da parte ascendente da aorta e corre no 
sulco coronário ou atrioventricular; 
 
 >> Ramos: 
> Ramo do Nó Sinusal = supre o Nó Sinusal; 
> Ramo Marginal Direito = supre a margem direita do coração; 
> Ramo do Nó Atrioventricular = supre o Nó Atrioventricular; 
> Ramo Descendente Posterior = supre ambos os ventrículos e o septo 
interventricular por ramos septais. 
 
 RAMOS : 4 ramos coronária direita 
 : 2 ramos coronária esquerda 
 
1) Coronária Direita: ramo nó sinusal. Nutre o nó sinusal, marcapasso fisiológico: 
inicia estimulação elétrica. Se entupir o ramo, necrosa o nó sinusal e o paciente 
13 
 
morre na hora. Não existe marcapasso para o nó sinusal, pois perde o início do 
impulso elétrico. 
 
 Imagem: embaixo da aurícula no átrio direito, e contra a força da 
gravidade. Há poucas chances de obstruir esse ramo com gordura. 
 
2) Coronária Direita: ramo marginal direito. Nutre a margem com vários sub 
ramos. 
 
 Imagem: obstrução é abaixo (gordura). Ela morre? Não, não é área tão 
nobre, mas nutre essa região. 
14 
 
3) Coronária Direita. Ramo nó atrioventricular. Se perder e necrosar, se chegar no 
hospital é possível instalar o marcapasso. 
 Coronária direita. Ramo descendente posterior (clínico). Anatomicamente 
é interventricular posterior. Ele nutre entre os ventrículos. É a parte posterior do 
septo interventricular. 
 
 Imagem (acima): é mais calibroso. Ramos vão para lado direito e lado 
esquerdo. Nutre a parede dos ventrículos, a musculatura. A perda é grave, fica na 
face diafragmática. Enfarto nessa área é fulminante. 
 
4) Ramo descendente posterior. Nutre um pouco o lado direito e lado esquerdo. 
 
 Em geral, as carótidas direitas nutrem o lado direito, onde ficam a maior 
parte das paredes. Por isso são fundamentais. 
 
 ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 
 
 >> Origina-se do seio esquerdo da parte ascendente da aorta e passa 
entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar do sulco coronário; 
 
 >> Ramos: 
> Ramos Descendente Anterior = supre ambos os ventrículos e o septo 
interventricular (emite ramos diagonais e 
septais); 
> Ramo Circunflexo = supre parede lateral e posterior de átrio 
esquerdo e ventrículo esquerdo 
 
 
15 
 
1) Ramo descendente anterior (nome anatômico do ramo interventricular). No 
septo na parte anterior e deste ramo há sub ramos para o lado direito e lado 
esquerdo. Além dos septos (parte anterior), a parede anterior dos dois (2) 
ventrículos. 
 
2) Ramo circunflexo: circunda o coração, dá volta no coração. Da volta pelo lado 
esquerdo, passa pelo lado esquerdo, sai ramos para átrio e ventrículo. Ele nutre 
a parede do lado esquerdo do coração: átrio e ventrículo esquerdo. 
 Em geral nutre as câmaras e musculatura do lado esquerdo. 
 Qual a mais importante? Se perder a coronária esquerda perde duas (2) 
paredes do coração. 
 
 Imagem: a circunflexa dá a volta e imagem 2 e termina no lado esquerdo. 
 
SISTEMA DE EXCITO-CONDUÇÃO 
 
>> Nó Sinusal: é o local onde se origina o estímulo elétrico cardíaco; 
 
>> Feixes intermodais: 
 
 > Feixe de Bachman (anterior): propagação de estímulo elétrico por AE 
(átrio esquerdo), SIA (septo interatrial) e região superior do Nó A-V (átrio 
ventricular); 
 
 > Feixe Médio: propagação de estímulo elétrico pelo AD (átrio direito) e 
superior no Nó A-V (átrio ventricular); 
16 
 
 > Feixe de James (póstero-inferior) propagação de estímulo elétrico pela 
região posterior do AD e Nó A-V (átrio ventricular). 
 
1º) Para o coração funcionar é necessário as paredes nutridas e ramos não 
acumulem gordura para não gerar riscos 
 
2º) Eletricidade extremamente organizada é chamada de “excito condução 
elétrica”. É uma fiação que não pode desviar para estimular adequadamente as 
fibras musculares de modo homogêneo, senão gera arritmia (são os desvios), é 
uma espécie de curto circuito (leves ou fatais) 
 
1) Toda eletricidade precisa ser gerada inicialmente no Nó Sinusal (há casos 
reversíveis e outros fatais). 
 São feitas pelas células nervosas, porém não há interferência de neurônio 
do Sistema Nervoso Central. Por isso, funcionam mesmo com a morte cerebral. 
De onde vem o impulso? Do próprio coração. Isso torna autonômico. O Nó Sinusal 
dispara de acordo com a necessidade do corpo. É sensível à química do sangue. 
 Exemplo ao dormir: libera menos substâncias tóxicas; Na atividade física 
há mais substâncias tóxicas. Esse controle é muito apurado. 
 
2) Para o impulso elétrico é necessário despolarizar e repolarizar. Ca+ e Na+. O Na+ 
e Ca+ despolariza (ativação) e K repolariza (repouso) – é o íon repolarizante usado 
na pena de morte. Íons principais do sistema: Na, Ca e K. 
 
17 
 
 Inicia no Nó Sinusal. No topo do átrio direito. Como resolver os dois (2) 
átrios simultaneamente? São os três (3) feixes intermodais a responsabilidade de 
espalhar eletricidade de modo homogêneo nos dois (2) átrios. 
 
 Por onde estimuladores passam os pontos vão contraindo dos átrios aos 
ventrículos.É por isso que o sistema tem que ter a mesma representação. Os três 
(3) feixes (anterior – Bachman –, médio e posterior-inferior – James). 
 
 O problema nesses feixes (feixes de músculos) não há marcapasso para 
esses feixes intermodais. Só que alguns formam pontos de nós, e quando ativam 
geram eletricidade e passam a fibrilar (arritmia fibrilar) ao invés de contrair. Daí 
é necessário usar medicamento, se não funcionar será necessário destruir esses 
nódulos (espécie de enfarto controlado). 
 
 Os pacientes relatam sintomas. 
 
 
>> Nó Atrioventricular (A-V): filtra estímulos superiores e funciona como 
marcapasso subsidiário; 
 
>> Feixe de His: começa na extensão anterior do Nó A-V e penetra através do 
septo interventricular em direção aos ventrículos; 
 
>> a partir do Feixe de His são originados o ramo esquerdo que se distribui no 
subendocárdio do VE e o ramo direito que se distribui no subendocárdio do VD; 
 
>> As células mais periféricas do sistema de condução são conhecidas como 
células de Purkinje. 
 
 
3) Os 3 feixes convergem para o Nó Atrioventricular. É o marca passo secundário, 
recebe do Nó e envia para o ventrículo. Nó é um emaranhado (enovelados) de 
células musculares (são fibras musculares) que se especializaram a enviar 
eletricidade já nas primeiras semanas de gestação. 
 
 A contração tem que ser de baixo para cima, só que vem de cima, e agora? 
Tem de encapar o sistema. É enviado para o feixe de HIS, que descem pelo centro 
do septo interventricular até o ponto final do canal elétrico no ápice do coração 
e se abre em duas (2) redes: lado direito; lado esquerdo (ramo esquerdo). É a 
rede de células. Essa rede é o ramo de Punkinje, ou célula ou fibra. 
 
 Agora a eletricidade se espalha por toda musculatura ventricular, e o 
coração contrai de baixo para cima. Qualquer desvio gera arritmia. As que devem 
gerar eletricidade devem ser exclusivamente as do sistema excito-condução. 
18 
 
 
 Imagens: 1. Nó Sinusal 
 2. Nó Atrioventricular 
 3. Fibra de Purkinje 
 
 
 Imagem: ventrículo célula de purkinje. 
19 
 
 Qualquer ponto de bloqueio do Nó atrioventricular até as fibras de 
purkinje pode substituir por um marcapasso. Se for no Nó Sinusal tem que 
controlar com medicamento. 
 
 De modo geral os pontos responsáveis por gerar eletricidade são o Nó 
Sinusal e Atrioventricular (este recebe e distribui) 
 
 Feixes de condução : Internodal 
 : HIS 
 : Purkinje 
 
 Quem avalia é o eletrocardiograma. É uma foto do impulso de segundos 
da eletricidade. Se for arritmia é variável e pode ser que o resultado seja normal. 
Para um exame mais longo tem que ser um vídeo. Nesse caso usa um holter com 
eletrodos fixados 24h no paciente, que faz todas atividades diárias rotineiras. O 
paciente anota as atividades para análise das arritmias. Daí a importância do 
check-up porque as arritmias são assintomáticas. A importância é evitar que as 
fibras cardíacas fibrosem, pois elas não regeneram. 
 
 
05.09.2019 
AULA 5 
 
ANATOMIA DAS CÉLULAS CARDÍACAS 
 
>> Miócitos : 75% do volume total do miocárdio 
 
>> Túbulos T : sarcolema invaginado 
 
>> Mitocôndria : geração de energia 
 
>> Retículo sarcoplasmático : descarrega Ca+ (cisternas sarcolêmicas) 
 
>> Actina e miosina 
 
 
> Estrutura celular de fibras cardíacas, 75% de miócito, além do tecido conjuntivo 
 
> Miócitos tem características próprias: organelas celulares tem membrana 
plasmática, mas é diferente das células musculares. Da fibra é sarcolema 
(membrana plasmática das fibras musculares cardíacas). Ele é único, as 
características são diferentes das outras células do organismo. 
 
 
20 
 
 
 
 As depressões são os túbulos T, por que é diferente do restante do corpo? 
em repouso a carga é negativa, para contrair é preciso ira para positivo 
(despolarização) por meio do potencial de ação PA. 
 
 Quem entra em ação? Íon de Na+ a célula sai do negativo e vai para o 
positivo. Mas, o coração tem uma regra a mais: para conseguir despolarizar é 
preciso a presença de Ca2+, é a parte mais importante da função do Ca+. Ele entra 
pelos túbulos T do sarcolema, que é bastante especializado. 
 
 Contrai muitas vezes e é necessária muita energia. Há presença de 
mitocôndria que produz ATP. O condicionamento físico aumenta a capacidade 
mitocondrial e aumenta a energia. Se não tiver regularidade na atividade física, 
perde. 
 
 Há ainda uma estrutura chamada de retículo. O retículo liso é de lipídios, 
o rugoso produz proteínas e controla o fluxo de Ca+ no interior da célula, por isso 
é chamada de retículo sarcoplasmático (porque também controla o Ca+). Qual a 
intenção? Se a próxima contração for mais potente, o retículo libera mais Ca+, se 
diminui a contração, o retículo rugoso segura o Ca+. Ele fica decidindo/ 
regulando. Portanto, 
 
Quanto maior o Ca+, maior a contração, quanto menor o Ca+, menor a contração 
 
 Proteínas contráteis: actina e miosina formam os sarcômeros. 
21 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
>> Transporte de hormônios – Produção de hormônios 
 
>> Remoção de produtos do metabolismo celular 
 
>> Transporte de O2 
 
>> Regulação da temperatura 
 
>> Transporte de Nutrientes 
 
 FUNÇÕES: 
 
1ª) Transporte de hormônios. Se não funciona adequadamente tem uma série de 
consequências. Hormônios como insulina é fator de risco para o infarto; ou a 
diabetes pode ser uma complicação para problema cardíaco, tipo II. Ele passa a 
trabalhar de maneira monótona e não distribui insulina pelo corpo. 
 
 É preciso saber se a diabetes foi fator de risco ou complicador. 
 
>> Peptídeos natriurético atrial: produzido na célula atrial. Sigla é NA (natri). 
Natriurese (urese = secreta), ele secreta água. Ele tem a função de ajudar a 
secreção de Na+. 
 O problema de hipertensão pode ser fator de risco ou complicação. Se é 
diabético provoca HAS, se é hipertenso pode provocar a diabetes. 
 
 
2ª) Remoção de produtos metabólicos celular: remove o excesso de CO2. 
 Há doenças que a mão da pessoa tem cianose periférica, fica impregnada 
nas hemoglobinas. É chamada de baquetamento digital, em geral quem tem, tem 
doença cardíaca. Representa essa dificuldade de remover substâncias tóxicas. 
 
 
3ª) Transportes de O2: ao fazer o sangue circular mantém a temperatura estável. 
 Exemplo: se a pessoa tiver uma parada cardiorrespiratória, em segundos 
parece que ela está morta. 
 
 Há nomenclaturas em artigos que dizem que a pessoa está com “febre 
interna”. A temperatura interna é a temperatura do sangue e não da pele. 
 
 No hospital é comum a infecção generalizada: sepse. Encosta no pé e 
parece necrosado e no tórax quente. Só que se colocar o termômetro a 
temperatura pode estar baixa, porque o sangue está concentrado nos órgãos 
Peptídeo natriurético 
atrial (ANP) 
CO2, ureia, creatinina 
Glicose, aminoácidos, 
ácidos graxos, vitaminas, 
drogas e H2O 
22 
 
vitais. Daí que o conceito de febre interna não é real. É a circulação do sangue 
que detém a temperatura total. 
 
4ª) Transporte de nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, água, vitaminas e 
com medicação as drogas necessárias. 
 
PROPRIEDADES CARDÍACAS 
 
 CONTRACTILIDADE 
 
 É a propriedade que tem o miocárdio de contrair-se, funcionando o 
coração como um Sincício. Ele responde segundo a lei do tudo-ou-nada, ou 
responde com uma contração total ou não responde 
 
 EXCITABILIDADE 
 
 É a propriedade que tem o miocárdio de reagir (potencial de ação e 
contração) quando estimulado 
 
 AUTOMATISMO 
 
 Tem a capacidade celular de gerar estímulos. A zona de automatismo 
possui frequência mais alta, passa a comandar a ativação cardíaca submetendo 
a excitação de todas as fibras ao seu próprio ritmo. Torna-se assim, o marca-
passo cardíaco propriamente dito. 
 
 CONDUTIBILIDADE 
 
 As células miocárdicas possuem característica funcional de 
condutibilidade, isto é, são capazes de transmitir um estímulo gerado em uma 
parte do coração para o resto do miocárdio. 
 
 Quatro (4) propriedades bem definidas: 
 
1) Contratilidade: todas fibrascardíacas têm a capacidade de contrai quando 
recebem o estímulo elétrico. A diferença é que obedece a lei do tudo-ou-nada 
(fisiologia). Significa que a fibra recebe estímulo elétrico ou todas contraem ou 
nenhuma vai contrair. A explicação é que as fibras estão dispostas em Sincício 
(em forma de rede). É diferente de qualquer outro músculo do corpo. 
 
 Exemplo: FES. As fibras musculares ficam em forma de fascia e para gerar 
contração é preciso pegar o ponto motor por não estar ligado em forma de rede. 
Para usar o ângulo adequado precisa fazer em vários ângulos diferentes. Por isso 
23 
 
não adianta colocar um movimento isolado na reabilitação como extensão de 
joelho para quadríceps, por isso tem que trabalhar com funcionalidade. 
 
 O coração se organiza em duas redes (2 sincícios): 
 1) Atrial 
 2) Ventricular 
 
 Em tempos diferentes: enquanto um está contraído o outro relaxando. 
 
2) Excitabilidade: todas as fibras cardíacas têm capacidade de reagir a estímulos 
elétricos: é o potencial de ação. Significa que as fibras são muito sensíveis e 
reagem ao estímulo muito fácil. Coisas como cafeína em excesso, energético com 
taurina (semelhante a adrenalina), pré-treino, comidas calóricas, poluição – todos 
hiperestimulantes que irritam as fibras, porque estão preparadas para serem 
estimuladas mais facilmente. 
 
3) Automatismo: todas as fibras têm capacidade de gerar estimula elétrico, mas 
se todas fizerem, morre por arritmia grave. Algumas partes se especializaram em 
fazer isso: 
 
 >> Nó sinusal 
 >> Nó atrioventricular 
 
 O problema do estimulante é que desperta a fibra em um momento que 
deveria contrair. 
 
 
4) Condutibilidade: toda fibra tem capacidade de conduzir eletricidade, mas 
algumas irão se especializar, são os feixes (HIS, intermodais, purkinje). Os Nós se 
especializam em gerar eletricidade. 
 
 As outras células são do Sincício. Fazem as duas (2) outras funções 
excitabilidade e contractibilidade. 
 
 Portanto, cada um tem a sua função. 
 
 SINCÍCIO 
 
1) Ponto de estimulação elétrica: Nós 
2) Rede: ele se abre a partir do Nó, os feixes garantem que se expande para todo 
lado (átrios e ventrículos). 
 
 Na fibra musculoesquelética são várias fibras encapadas pela fascia, por 
isso a estimulação elétrica não contrai todas áreas. 
começa na gestação 
24 
 
 
 
 
POTENCIAL DE AÇÃO 
 
>> Repouso: membrana polarizada 
 
>> Despolarização: membrana permeável à Na+ 
 
>> Repolarização: canais de Na+ se fecham e abrem os canais de K+, 
restabelecendo o repouso 
 
> Repouso: a carga elétrica está negativa (polarizada). 
 
> Contração: despolarização sai da polaridade inicial. O íon despolarizado do 
coração é o Na+ (está presente em tudo), é provocada pelo Na+, mas permitida 
pelo Ca+ (na presença de Ca+). Excesso de Ca+ despolariza excessivamente, e a 
fibra cardíaca fica em espasmo, contração espasmódica. Basta um problema 
eletrolítico e desidratação para gatilho. 
 
> Precisa repolarizar e trazer para estado negativo. Precisa trazer de volta o K+ e 
extrair Na+ e Ca+. Pela bomba de Na+ e K+. O k+ é íon repolarizante, o Na+ é 
despolarizante. 
25 
 
> O K+ com taxa alta, as fibras repolarizam e não contrai e o coração mesmo com 
estímulo elétrico fica mais potente. O K+ em excesso matam as pessoas. Assim é 
a pena de morte nos EUA. O coração paralisa com injeção de K+. 
 
 Paciente que não consegue filtrar o sangue direito, os insuficientes renais 
são candidatos ao excesso de K+, com hemodiálise é gradual até ter que 
transplantar. 
 K+ alto paralisa. 
 K+ baixo acelera demais: provoca arritmia. 
 Na UTI monitora: exame de sangue Na+ e K+, se estiver desregulado pode 
ocorrer efeito colateral. 
 
12.09.2019 
AULA 6 
CONCEITOS 
 
 CONCEITOS FUNCIONAIS APLICÁVEIS AO CORAÇÃO 
 
>> DÉBITO CARDÍACO: Volume de sangue que o ventrículo esquerdo ejeta em 1 
minutos de atividade; 
 
 É o conceito/ função mais importante. O coração é um gerador de débito 
cardíaco. O coração não puxa, mas o sangue retorna. Ele gera sangue, ejeta a 
quantidade de sangue durante 1 minuto. 
 
 Débito Cardíaco: quantidade de sangue ao longo de 1 minuto. Em média o 
débito cardíaco é igual a 5 litros/ minuto, significa que um 1 minuto entrega 
sangue para todos tecidos do corpo. 
 
> Insuficiência cardíaca: quando envia 3 litros/ minuto. 
 
> Parada cardíaca: quando o envio é 0 litros/ minuto. Portanto, basta que não 
envie débito cardíaco. 
 
>> VOLUME SISTÓLICO: Volume de sangue que o ventrículo esquerdo ejeta a 
cada sístole; 
 
 Volume Sistólico: variável importante. É a contração do ventrículo 
esquerdo – a quantidade de sangue que sai a cada contração. Importa o que sai 
em 1 minuto: 
DC = VS X FC 
 
> FC: pode contar 
> VS: só por ecocardiograma (não invasivo) 
26 
 
 Dá para saber o formato das câmaras e quanto sai de sangue. 
 
> VSF (volume sistólico final): contrai e sai sangue, mas há um pouco de sangue 
que sobra na câmara; 
 
> VDF (volume diastólico final): a diástole é movimento de relaxamento 
(momento que enche). É o sangue que chega, é toda capacidade que o ventrículo 
tem de receber sangue. 
 
 Todas as variáveis são monitoradas pelo ECG (ecocardiograma). E o átrio? 
Não, porque só recebe, a verdadeira bomba é o ventrículo. 
 
>> VOLUME DIASTÓLICO FINAL: Volume de sangue presente no ventrículo 
esquerdo ao final da diástole; 
 
 Duas variáveis no coração: 
 
>> RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA: Força que se opõe ao fluxo; 
 
 Resistência é a variável aplicável ao cilindro: 
 
 
 
> Vasoconstrição. É a resistência vascular sistêmica. É a pressão externa sobre os 
vasos. 
 
>> PRESSÃO ARTERIAL: Pressão que o sangue exerce no interior da parede das 
artérias. 
27 
 
 
 
 É a pressão contra a parede da artéria. É gerada pela retenção líquida, pela 
quantidade de Na+ (sódio) contida na alimentação. 
 
> No hospital injeta o soro: água + Na+Cl-, intravenosa, é diferente de beber, pois 
demora até 30 a 40 minutos para gerar efeito. 
 
 É aferida pelo esfigmomanômetro (pressão arterial). Com ecocardiograma 
e esfigmo se afere o débito cardíaco e a pressão arterial. Daí a importância do 
check-up para prevenção. 
 
DIVISÃO DO CICLO CARDÍACO 
 
 O ciclo cardíaco é dividido em dois períodos: 
 
1. DIÁSTOLE: relaxamento, onde o coração se enche de sangue. 
 
 Diástole: relaxa. Primeiro tem que encher de sangue. É mais importante 
do que contrair. Há patologia da hipertrofia cardíaca, em que não enche direito, 
não contrai direito e diminui o espaço. E começa a limitar o movimento, a 
amplitude. Isso para o coração é fatal. 
 
> O uso de suplementos busca gerar efeito do coração similar a uma pessoa com 
excelente condicionamento. 
 
 
2. SÍSTOLE: contração, ocorre após a diástole. 
 
 Sístole: é o movimento de contração. As quatro (4) câmaras contraem ao 
mesmo tempo? Não é aplicada para as câmaras, umas fazem sístole e outras 
diástole. Cada um no seu tempo. 
 
 Diástole e Sístole são subdivididas em 8 subfases. É observável em exames 
de monitoramento em milissegundos. 
 
28 
 
CICLO CARDÍACO 
 
 Os lados são completamente diferentes, mas em ciclos são iguais: 
 
>> RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO: O átrio esquerdo relaxa antes do 
ventrículo esquerdo; 
 
 O átrio relaxa antes do ventrículo, pois o átrio tem que encher primeiro. 
Com o átrio completamente relaxado, o ventrículo tem que relaxar. Esse 
movimento ocorre em períodos, é o período refratário em que há liberação de K+ 
que volta para dentro da célula, ocorre repolarização. É iso = não muda o volume. 
 
 Sequência: 
> Átrio relaxa e ventrículo contrai; 
> Átrio contrai e ventrículo relaxa; 
> Átrio relaxa e ventrículo relaxa... 
 
 Nesse último, a pressão fica tão alta no átrio que a valva abre e o sangue 
desce: é o enchimento rápido: 
 
>> ENCHIMENTO RÁPIDO: Abre a válvula mitral, sangue passa ao átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo em pouco tempo; 
 
 Ela só abre porque a pressão está alta. O átrio não contrai. 
 
 No segundo momento, o sangue demora para passar devido a diferença 
de pressão e as válvulascomeçam a fechar, o sangue passa cada vez mais lento, 
é o enchimento lento: 
 
>> ENCHIMENTO LENTO: Pressões de átrio esquerdo e ventrículo esquerdo 
iguais, sangue passa direto ao átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo; 
 
 Daí os átrios contraem para terminar de esvaziar o que tem dentro deles, 
cerca de 25% que estava sobrando. Ele contrai porque não é potente e pode 
fadigar, e atua a favor da gravidade. 
 
 Pelo exame não consegue ver isso. 
 
>> SÍSTOLE ATRIAL: Quando passa 75% do sangue, ocorre a contração atrial, 
onde é ejetado o restante do sangue (25%). 
 
 Na Sístole Atrial, os átrios contraídos e ventrículos lotados de sangue que 
aumentam a pressão. Nos ventrículos só a diferença de pressão não resolve. Os 
29 
 
ventrículos têm que começar a contrair para ejetar o sangue. Eles entram na fase 
isovolumétrica: 
 
>> CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA: Aumento de tensão ventrículo esquerdo 
sem alteração de volume; 
 
 Na contração isovolumétrica, o ventrículo irá aumentar a tensão das fibras. 
Parece uma pressão isométrica (as fibras só tensionam). Ele fica tenso e contrai. 
Ele precisa aumentar o grau de tensão para aumentar a pressão dentro da câmara 
e facilitar a ejeção. 
 
>> EJEÇÃO MÁXIMA: Grande passagem de sangue do ventrículo esquerdo para 
Artéria Aorta em pouco tempo; 
 
 Daí as valvas abrem e o sangue passa bem rápido. O sangue sobe, as valvas 
abrem e o sangue passa, a pressão fica menor e o sangue passa em menor 
quantidade, até que as pressões entre os átrios e ventrículos se igualem. Chega a 
ejeção mínima: 
 
>> EJEÇÃO MÍNIMA: O fluxo diminui até zero pressões iguais; 
 
 V.S. = soma das 2 fases, ejeção máxima e ejeção mínima. Na câmara sobra 
V.S.F. 
 
 As câmaras se fecham e o ventrículo começa a relaxar. É a Protodiástole = 
movimento de relaxamento: 
>> PROTODIÁSTOLE: O ventrículo esquerdo começa a relaxar fecha a Valva 
Aorta – PAo = 120mmHg – PS) 
 
 Nesse momento que a valva fecha é aferida a pressão sistólica, quanto de 
pressão gerou na artéria. Quanto terminar a protodiástole tem a pressão 
diastólica que não pode ser muito alta (limite de 100mmHg), porque senão o 
ventrículo não relaxa direito e é perigosa. 
 
 É a sístole que determina se tem pressão alta, a diástole que não está 
relaxando (a diferença entre elas deve ficar entre 30 a 40mmHg). 
 
 Quando o ventrículo contrai, o átrio está fazendo o relaxamento 
isovolumétrico. Ocorre em milissegundos. 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
 
 Irá monitorar a tensão e se o ciclo funciona adequadamente por ondas 
alfabéticas: P, Q, R, S e T. As cinco (5) com representações importantes: 
30 
 
 
 
 As centrais unidas em um complexo QRS 
 
>> ONDA P: Propagação da despolarização dos átrios; é seguido pela contração 
atrial. 
 
> Significa a despolarização nos átrios. O estímulo está começando no Nó Sinusal. 
 A despolarização ocorre em milissegundos. O técnico conta os 
quadradinhos. Se estiver muito para vertical há sobrecarga no átrio direito, na 
horizontal, sobrecarga no átrio esquerdo. Pode ter no máximo 2 quadradinhos. 
 
 Primeiro passa a onda elétrica e depois contrai: 
 
 
 Despolarização Contração (tem que ver no ECG) ocorre nesse 
seguimento, entre a onda P e o complexo QRS. 
 
 
>> COMPLEXO QRS: despolarização dos ventrículos; antecede a sístole 
ventricular; 
31 
 
 QRS: despolarização dos ventrículos, se estiver bem feito significa que a 
onda elétrica foi para o ventrículo. Ocorre após a contração. 
 
 
 
>> ONDA T: repolarização dos ventrículos, ocorre antes do término da 
contração ventricular. 
 
 Onda T: repolarização dos ventrículos, momento onde volta o K+ 
 
 A repolarização dos átrios não há representação elétrica porque é muito 
fraca, mas começa a onda QRS a partir do S os ventrículos começam a relaxar. 
 
 Período refratário entre T e o P que estão todos relaxados, até a onda 
elétrica começar de novo. 
 
 Se o coração bater muito rápido ele tem pouco período refratário e não 
consegue relaxar e indica que está enviando menos sangue. 
 
 É preciso de alto regulação arterial e cardiovascular. Por isso para treinar 
direito tem que monitorar a Frequência Cardíaca. O limite é dado no teste 
ergométrico. O parâmetro é trabalhar o submáximo. Relação tempo de treino 
com frequência cardíaca. 
 
32 
 
 
 
 
19.09.2019 
AULA 7 
 
UTILIZAÇÃO DE O2 PELO CORAÇÃO 
 
>> Está diretamente relacionada com o trabalho cardíaco que, por sua vez, é 
determinado principalmente pela quantidade de sangue bombeado e pelo nível 
da pressão arterial do bombeamento. 
 
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA 
 
 Objetivo é manter o débito cardíaco sempre estável (débito cardíaco: 
função mais importante). Tem que oxigenar (circulação coronariana). Se o 
coração trabalhar mais, quer mais O2. 
 
 Sintomas cardíacos: o mais esperado é a dificuldade para respirar. Se o 
trabalho do coração é muito intenso, ele gasta mais energia. 
 
 Utilização de O2 é proporcional ao trabalho do coração. 
 
 Condicionamento físico: o coração faz a mesma coisa sem usar muito O2. 
O coração é econômico, sem usar muita energia. O ganho é em qualquer faixa 
etária, porém proporcional. Primeiro, se tem doença tem que levar em 
33 
 
consideração. Exemplo da insuficiência cardíaca na fila de implante: o exercício 
de abrir e fechar a mão é proporcional a corrida na esteira para uma pessoa 
normal. 
 
 REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA: DUAS (2) FORMAS (INTRÍNSECA E 
EXTRÍNSECA) 
 
1) REGULAÇÃO CARDÍACA INTRÍNSECA: O coração não depende de ninguém para 
manter sua autorregulação. Tem regras: se regula com bombeamento, precisa de 
5 litros/ minuto (em média): 
 
BOMBEAMENTO CARDÍACO 
 
>> Repouso: coração bombeia de 4-6 litros de sangue a cada minuto. 
 
>> Exercício: bombeia de 4-7 vezes esse volume. 
 
 No exercício bombeia entre 4 a 7 vezes mais o volume de repouso (5 litros/ 
minuto), e chega até 25 litros/ minuto. Nenhuma bomba consegue assim. Tem 
que treinar para isso. A pessoa tem capacidade para o exercício, mas para 
olimpíadas tem um fator genético agregado (atletas de alto rendimento). 
 
 Na escola tem atividade, mas não treinamento para proteger o coração 
(condicionamento físico e proteção). Daí a importância do teste físico. 
 
 MECANIMOS F-STABILIZER 
 
 O coração se adapta a diferentes volumes que chegam nele. Significa que 
se chegar bastante sangue no coração, a tendência é sair mais. Mas, ode sair a 
mesma coisa sem gastar tanta energia. Se chegar pouco, não pode sair pouco, ele 
contrai com mais força e gasta mais energia. 
 
 O coração depende do sangue que chega, o retorno venoso: 
 
RETORNO VENOSO 
 
 Se chega menos sangue, o coração contrai mais. No hospital, o médico 
aumenta o volume de sangue com o uso do soro. Então, chega mais sangue no 
coração e normaliza (as pressões baixas são sinais de infecção). 
 
 No paciente pode chegar a 8 litros de soro ao dia para aumentar o retorno 
venoso e chegar no coração. 
 
 O retorno venoso tem interferência de 6 variáveis: 
34 
 
>> Postura; 
 Deitado: o sangue volta mais fácil. Isso é bom para quem tem coração bom, 
para quem não tem, o coração não aguenta e vai para o pulmão. Se coloca na 
posição vertical, piora o retorno e exige uma contração mais potente. 
 O paciente com pneumonia precisa de pelo menos 45º de inclinação. A 
elevação tem que ser homogênea. Se colocar rolinho embaixo do joelho 
comprime os linfonodos e o tornozelo fica sobrecarregado. 
 Se o paciente for cardiopata pode matar pelos pulmões (edema agudo no 
pulmão), porque o coração não aguenta. Ele tem que ficar na posição estável a 
0º. 
 Essa regra é muito importante. 
 
 Compensações: 
 
 
>> Válvula das Veias; 
 
 BOMBA MUSCULOESQUELÉTICA 
 
 Eles apertam as veias, sistema de válvulas, o sangue sobe e não volta. 
 
 Por isso se trabalha na UTI desde o 1º dia, porque após 3 meses pode gerar 
sequelas irreversíveis. Mesmo em neuro tem que trabalhar a parte 
cardiorrespiratória. Não é só mexer nos seguimentos e membros das pessoas. 
 
 
>> Contrações Plantares; 
 
 Se fizer dorsi e plantiflexão é precisofazer voluntário (ativa). Daí o trabalho 
com eletroestimulação nos pacientes. 
 
 
 BOMBA RESPIRATÓRIA 
 
 Toda vez que inspira sai pelo tórax, na expiração ele volta para o coração: 
 
>> Inspiração: sangue para tórax; 
 
>> Expiração: sangue para coração; 
 
 
>> Pressão negativa do Átrio Direito 
 
 A diástole gera pressão negativa. 
35 
 
 
 
 Daí a importância da fisioterapia. Irá intervir em todas as fases, salvo a 
válvula e a pressão negativa. De 6 variáveis, agem em 4. Mesmo assim, atua de 
modo indireto nos outros 2, pois são anatômicos (como átrios ao se movimentar, 
ajuda o sangue). 
 
 O mecanismo de F-Stabilizer depende do retorno venoso e este dos 6 
fatores. Nosso corpo é programado para o movimento. 
 
 Indivíduo após iniciar atividade, demora cerca de 3 meses para evoluir no 
condicionamento. É muito mais fácil ficar forte do que resistente, forte em 1 mês 
se vê definições. 
 
CONTROLE CARDÍACO 
 
2) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA: vem de outra parte do corpo, o SNA (Sistema 
Nervoso Autônomo), Simpático e Parassimpático. O cérebro não exerce nenhuma 
ação sobre isso. Exemplo da meditação: não é o cérebro, mas o sistema 
autônomo que cessa os estímulos no coração. Não há controle direto sobre o 
SNA. 
 
>> O controle nervoso afeta a redistribuição do fluxo sanguíneo para diferentes 
áreas do corpo, diminui a atividade bombeadora do coração e especialmente 
fornecendo um controle muito rápido da pressão arterial 
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>> Sistema Nervoso Simpático: pode aumentar por mais de 100% o débito 
cardíaco. 
 O Sistema Nervoso Simpático é estimulante, age por conta de um 
hormônio, noraepinefrina, no sangue se transforma em noradrenalina, quanto 
mais permanecer no sangue se transforma em adrenalina, por isso se diz estímulo 
adrenérgico. Toda vez que há estímulo, a adrenalina provoca taquicardíaca. 
Exemplo do estresse e ansiedade. 
 O efeito do estimulante é muito curto. Ele acelera o coração, aumenta o 
débito cardíaco. É o sistema simpático (é o acelerador). Efeito adrenérgico que 
aumenta o débito cardíaco (exemplo de café, energético, até mesmo um susto). 
 Uma adrenalina sintética é administrada para agir no coração parado. 
 
>> Sistema Nervoso Parassimpático: pode diminuir o débito cardíaco até zero 
pela estimulação vagal. 
 O Parassimpático é inibitório. O neurotransmissor acetilcolina que no 
músculo esquelético faz a contração, no coração inibe e a frequência cardíaca 
diminui, gera bradicardia (é o freio). 
 O freio é o mais potente, só que precisa de regulagem. É igual o Sistema 
Nervoso Autônomo. O que entra mais em uso é o simpático, mais aceleração e 
estímulo. E o freio? A regulagem, o SNA Parassimpático é regulado pela atividade 
física regular e com o tempo, as fibras cardíacas vão se moldando e controlando 
o Simpático. Quando entra no eixo se torna fator de proteção. 
 
NERVOS CARDÍACOS 
 
 
 Imagem: a inervação simpática é ventricular com descarga de adrenalina 
os ventrículos disparam direto na musculatura cardíaca. Por isso, o estresse virou 
doença do milênio. Os ventrículos sobrepõem às contrações. 
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 O Parassimpático a inervação vem dos nervos vagos. Ele inerva o Nó 
Sinusal, o outro o Nó Atrioventricular. Assim, com a acetilcolina provoca um 
“curto circuito”. Ele cessa o estímulo de contração. O coração pode parar de 
acordo com a intensidade do estímulo inibitório. 
 
 Estimulação interna do Simpático ao longo da vida pode gerar insuficiência 
cardíaca que não tem cura.

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