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PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL, CLÍNICA E LUDOPEDAGOGIA

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1 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO ....................................................................................... 2 
UNIDADE 2: A QUESTÃO HISTÓRICA ..................................................................... 5 
UNIDADE 3: CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 58 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 62 
 
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO 
 
Nesse início de século XXI, novas perspectivas, mudanças e desafios são 
apresentados no cenário educacional. Essas premissas trazem para o profissional 
da educação a necessidade de se colocar no mercado de trabalho com mais 
conhecimento, postura reflexiva e, sobretudo capacidade de interagir com esta nova 
ordem mundial. 
A própria sociedade vive um momento histórico e particular de sucessivas 
discussões sobre o que se refere à globalização, neoliberalismo, avanços 
tecnológicos e educação on-line, sob diversas abrangências, fazendo surgir uma 
nova estrutura que se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais 
qualificados e preparados para atuarem neste cenário cada vez mais competitivo, 
instável e exigente. 
Diante disso, a Psicopedagogia traz possibilidades de reflexão, de análise, de 
um estudo mais sistematizado e significativo sobre a instituição escolar, bem como 
as suas questões relativas à aprendizagem. 
Uma das maiores contribuições da Psicopedagogia institucional é o avanço 
do conhecimento para a busca de um ambiente que viabilize a prática 
psicopedagógica para a redução do fracasso escolar, uma vez que este profissional 
precisa estar sintonizado e conhecer os alunos que fazem parte da instituição onde 
atua com o intuito de detectar as dificuldades de aprendizagem dos mesmos, e, a 
partir daí construir ações preventivas e intervencionistas dentro deste espaço. 
Sendo assim, pode-se perceber que a Psicopedagogia é um campo de 
conhecimento e atuação em Saúde e Educação, em que o profissional dessa área 
trabalha com o processo de aprendizagem humana, com padrões normais e 
patológicos, levando em consideração que, para o seu desenvolvimento, o sujeito 
sofre influência e interferência do meio em que vive como, por exemplo, a família, a 
escola e a sociedade. 
A Psicopedagogia, portanto, estuda a questão da aprendizagem humana 
como um todo. Esse conhecimento se deu a partir da necessidade de desvelar os 
problemas de aprendizagem que podem ser determinantes no fracasso escolar e 
nos insucessos de cada ser humano. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
A Psicopedagogia busca uma área de atuação mais organizada e estruturada. 
No entanto, faz-se necessário saber que esta área do conhecimento ainda está em 
fase de organização no que se diz respeito à fundamentação teórica, à integração 
das várias segmentações como as ciências pedagógicas, psicológica, 
fonoaudiológica, neuropsicológica e psicolingüística. 
Acredita-se que há uma necessidade de uma compreensão simples, porém 
integradora para viabilizar a aprendizagem humana, sendo esta o próprio objeto de 
estudo deste campo do conhecimento. 
Porém, pode-se perceber que ainda, a Psicopedagogia é conhecida por 
atender apenas às crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, mas 
isso trata-se de um engano, pois há distúrbios ou patologias que podem aparecer 
em qualquer momento da vida. 
Sendo assim, a Psicopedagogia pode trabalhar com sujeitos de qualquer 
idade, e tratando-se da Instituição Escolar, esta tem uma importância fundamental 
na questão social, pois ela é uma das responsáveis em encaminhar o aluno a 
refletir, a pensar e a questionar sobre a sua relação com a escola e com o aprender, 
objeto maior de atenção dos psicopedagogos. 
Neste sentido, espera-se que seja possível especializar profissionais para 
atuarem em uma prática reflexiva e preventiva nas dificuldades de aprendizagem, 
por meio de um estudo sistematizado deste fenômeno educativo, levando em 
consideração as mais diversificadas maneiras de aquisição do conhecimento. 
Sabe-se que esta área do conhecimento possui um sério compromisso de 
ação preventiva, uma vez que o ambiente escolar está envolvido em todo o 
processo de aprendizagem que inclui todos os seus sujeitos no mundo social, 
cultural e histórico. 
Diante do exposto, um dos principais objetivos da Psicopedagogia 
Institucional é que o profissional habilitado saiba compreender as práticas 
educacionais que otimizam a aprendizagem dos alunos e perceber a importância de 
uma forte base teórica para a prática psicopedagógica. 
Pode-se considerar que psicopedagogia é uma das áreas mais importantes 
em relação a ações preventivas de aprendizagem na escola, podendo acontecer 
através de uma ação interdisciplinar com os demais profissionais para que, juntos 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
possam sanar o fracasso escolar, favorecer a inclusão de todos e sobretudo 
contribuir com o sucesso individual e coletivo. 
A partir das premissas supracitadas, este caderno de estudo se dá através de 
uma revisão bibliográfica, onde os passos teóricos são delineados desde a sua 
historicidade apresentada na primeira parte, refletir a questão histórica sobre o tema 
é de suma importância para uma melhor compreensão. 
Na segunda parte, são tratadas as teorias existentes bem como a sua 
contribuição para as organizações escolares e para os profissionais que desejam 
obter sucesso em um mercado cada vez mais exigente. 
Na terceira, há uma análise das características e habilidades do 
psicopedagogo e a questão das intervenções. Na última parte há uma abordagem 
sobre a aprendizagem, seus conceitos e desafios dos psicopedagogos. 
Em seqüência, o trabalho apresenta as suas considerações finais através da 
análise dos dados obtidos no referencial teórico que sustenta esta temática. 
Espera-se que a partir da leitura desta apostila, o profissional possa ter 
subsídios para dar continuidade em seu trabalho investigativo. É importante 
perceber como é significativo ter como hábito uma postura reflexiva, crítica e ética 
em sua práxis e saber que é preciso ir em busca de mais fontes de conhecimento 
para que, a cada dia, a sua visão de mundo se amplie mais e mais em prol da 
qualidade de ensino e no combate ao fracasso escolar. 
 
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UNIDADE 2: A QUESTÃO HISTÓRICA 
 
De acordo com os estudos de Bossa (2000), a Psicopedagogia tem suas 
origens no século XIX na Europa e apresentava como eixo central a preocupação 
com os problemas de aprendizagem,primeiramente voltada apenas para a 
especialização médica, constituindo assim o seu caráter orgânico, pois segundo 
Bossa (2000), praticamente todos os fracassos na escola eram resultantes de 
causas orgânicas identificadas e relacionadas às relações físicas do aluno. 
Sendo assim, acreditou-se por muitos anos que os problemas de 
aprendizagem eram causados apenas por fatores orgânicos. Em meados de 40 a 
60, a prática do pedagogo equiparava-se à do médico. Apenas em 1946, em Paris 
foi criado o primeiro centro de psicopedagogia com um trabalho cooperativo entre 
médico e pedagogo. 
Estes profissionais atendiam às crianças com problemas escolares ou com 
comportamentos definidos como àquelas que apresentavam doenças crônicas como 
cegueira, surdez ou problemas motores. 
Ao aliar a prática do professor à prática do médico, nasceu o nome 
Psicopedagogia, ou seja, era o médico que trabalhava suas ações aliadas à 
pedagogia. Com os avanços, com novas descobertas científicas e com vários 
movimentos sociais, a Psicopedagogia, no decorrer do tempo passou por várias 
influências trazendo muitas contribuições para a instituição escolar. 
Portanto, pode-se dizer que a Psicopedagogia surgiu como uma disciplina 
com programas de pesquisa, objetivos e conteúdos específicos, uma vez que 
buscou aliar o conhecimento educacional ao conhecimento da Psicologia da 
Aprendizagem, levando em consideração os princípios psicológicos e processos 
educativos. 
No Brasil, somente em 1958, surgiu o Serviço de Orientação Psicopedagógica 
da Escola Guatemala, na Guanabara (Escola Experimental do INEP - Instituto de 
Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC). O objetivo era melhorar a relação 
professor-aluno (BOSSA, 2000). Em 50 e 60, estes profissionais se organizaram no 
país com uma nova abordagem teórica: a psico-neurológica do desenvolvimento 
humano. 
 
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Existem muitas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a 
aprendizagem sobre os fatores intra e extra-escolares que falam sobre o fracasso 
escolar com uma visão crítica, reflexiva e abrangente. 
Diante disso, o campo de atuação do psicopedagogo ampliou-se, e não é visto mais 
somente o seu lado clínico, pois hoje podem-se ver que as ações psicopedagógicas 
estão sendo aplicadas em vários segmentos, como: a escola que é reconhecida 
sendo Institucional, e também em segmentos hospitalares, empresariais, em 
organizações e em todos os segmentos onde há a necessidade de se trabalhar a 
gestão de pessoas. 
Neste sentido, a psicopedagogia trabalha e estuda a aprendizagem, o sujeito 
que aprende, aquilo que ele está apontando como a escola em seu conteúdo 
sociocultural. É uma área das Ciências Humanas que se dedica ao estudo dos 
processos de aprendizagem. 
Pode-se hoje afirmar que a Psicopedagogia é um espaço transdisciplinar, pois 
se constitui a partir de uma nova compreensão acerca da complexidade dos 
processos de aprendizagem e na perspectiva das suas deficiências. 
Para Bossa (2000), a Psicopedagogia Clínica tem como missão, retirar as 
pessoas da sua condição inadequada de aprendizagem, dotando-as de sentimentos 
de alta auto-estima, fazendo-as perceber suas potencialidades, recuperando desta 
forma, seus processos internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: 
cognitivo, afetivo-emocional e de conteúdos acadêmicos. O aspecto clínico é 
realizado em Centros de Atendimento ou Clínicas Psicopedagógicas e as atividades 
ocorrem geralmente de forma individual. 
Por outro lado, o aspecto institucional se dá em organizações e está voltado 
para a prevenção dos insucessos interpessoais e de aprendizagem e à manutenção 
de um ambiente harmonioso e tranquilo. 
De acordo com Bossa (2000), a Psicopedagogia tem um papel importante no 
cenário educacional, pois ele visa à inclusão dos alunos com necessidades 
educativas especiais (NEE) no ensino regular e viabiliza o seu monitoramento com o 
intuito de acompanhar bem de perto a evolução ou não do aluno. 
 
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Além disso, no processo histórico da Psicopedagogia, percebe-se que esta 
área possui estratégias que aliam a Psicologia e a Pedagogia e tem como objeto de 
estudo o processo de aprendizagem formal. 
O psicopedagogo, ao longo do tempo, buscou analisar os diferentes 
processos da aprendizagem e os fatores que determinam a evolução ou o bloqueio 
de comportamentos adversos. 
Assim, percebe-se através da história que a área de atuação do 
psicopedagogo procurou englobar as habilidades cognitivas, perceptivas, motoras, 
lingüísticas e os fatores socioculturais que se relacionam com o processo de 
aprendizagem. 
Através dessas premissas, o psicopedagogo vem desenvolvendo um trabalho 
com o intuito de criar possibilidades para que a aprendizagem ocorra 
satisfatoriamente e desenvolver intervenções com o objetivo de detectar e estimular 
áreas que estão comprometendo o processo de aprender. 
Faz-se necessário compreender que a intervenção inicial deve possuir um 
caráter preventivo e, em seguida ser reeducativa e desenvolvido em clínicas ou 
consultórios psicológicos para a identificação dos motivos que provocam os 
problemas de aprendizagem como o déficit intelectual, as incapacidades físicas ou 
sensoriais, as inadaptações grupais, a imaturidade psicomotora, a ausência dos pré-
requisitos básicos para a alfabetização, métodos de ensino inadequados, fatores 
emocionais, dislexias entre outros. 
É preciso criar estratégias para a permanência e sucesso do aluno no 
contexto escolar, Faz-se necessário um acompanhamento constante e estimulação 
dos alunos com NEE para que as suas aprendizagens sejam efetivas, significativas 
e sobretudo, que estes alunos sejam sujeitos e não objetos de sua produção do 
conhecimento (FREIRE, 1986). 
 
As teorias da Psicopedagogia Institucional 
Faz-se necessário reconhecer os aspectos teóricos que fundamentam a 
questão tratada neste trabalho, para tanto, inicia-se com a etimologia do significado 
de Pedagogia. Esta palavra tem origem na Grécia Antiga – Paidós que significa 
criança e Agogé que significa condução. 
 
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Sendo assim, pedagogo era o escravo que conduzia as crianças. Na antiga 
Grécia eram assim chamados os pedagogos àqueles que conduziam as crianças 
aos locais de estudos para terem aulas com os filósofos. Pedagogia também 
significa ciência da educação e do ensino. 
De acordo com Libâneo (2002) a pedagogia atualmente perpassa toda a 
sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal abrangendo ambientes mais 
amplos da educação informal e não-formal. 
Pode-se dizer que a pedagogia está ligada ao ato de condução ao saber, 
preocupando-se com os meios, com as formas e maneiras de como levar o indivíduo 
ao conhecimento. 
A partir desses dados conclui-se, então, que a pedagogia está em contínuo 
crescimento, abrangendo novos espaços na sociedade, no mercado de trabalho, o 
desenvolvimentonos métodos e práticas educacionais. 
Dessa forma, pode-se considerar que a Pedagogia não é única área que tem 
a educação como objeto de estudo. Isso prova que a Educação ocorre num espaço 
dentro e fora da escola, em várias modalidades, em diferentes cenários como na 
família, na profissão e na religião. 
Desta forma, a Psicopedagogia institucional é, portanto, uma área de 
investigação científica, tendo o aluno ou um sujeito inserido num processo de 
educação como fator fundamental. Busca apoio em concepções psicológicas como 
as teorias operatórias da personalidade, psicologia do desenvolvimento, psicologia 
da cognição, psicologia da motivação, no intuito de privilegiar os mecanismos 
psicológicos capazes de intervir numa situação da educação. 
Por outro lado, por possibilitar e objetivar uma prática pedagógica, procura 
nas teorias pedagógicas subsídios que respondam, com eficiência, eficácia e 
excelência, suas determinações ao alcance de seu objetivo: a formação integral de 
um aluno. 
Segundo Libâneo (2002), a pedagogia tem lugar diferenciado das outras 
ciências da educação, pois conseguem-se integrar parcialmente nas diversas 
ciências em razão de uma aproximação global aos problemas educativos. Ela 
continua na conquista de desenvolvimento para o sujeito possibilitando-lhe ser 
 
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capaz de construir pensamentos autônomos e criativos na busca da razão crítico-
social. 
Diante disso, surge a Psicopedagogia, ou seja, é uma relação estreita com a 
Psicologia. Palavra de origem grega psique que significa alma, e logos que significa 
palavra, razão ou estudo. Trata-se, portanto, de uma ciência que estuda os 
processos mentais como os sentimentos, pensamentos, a razão e o comportamento 
humano. 
A área da psicologia estuda as questões relacionadas à personalidade, à 
aprendizagem, à motivação, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema 
nervoso, e também à Comunicação Interpessoal, ao desenvolvimento, ao 
comportamento sexual, à agressividade, ao comportamento em grupo, aos 
processos psicoterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer e à dor, entre outros. 
Desta forma, fica mais compreensível o sentido de Psicopedagogia. Percebe-
se que é de suma importância conhecer estas terminologias, uma vez que o próprio 
significado traduz boa parte de seus fundamentos, isto é, expõe com clareza que se 
trata da junção das áreas da Pedagogia e da Psicologia atuando juntas em prol de 
uma aprendizagem significativa no combate ao fracasso escolar. 
Diante disso, é de suma importância uma avaliação diagnóstica do 
psicopedagogo que já iniciaram-se com os estudos de Freud em 1895. Ele afirmava 
que o estabelecimento de um diagnóstico é a condição para a determinação do 
tratamento, e isso comprova a importância da Psicopedagogia Institucional, 
especialmente na escola. 
 
A psicopedagogia no cenário escolar 
Segundo Silva (2006), o local pode ser visto como um conceito multifacetado, 
que envolve escala (tamanho/dimensão), diferença/especificidade, autonomia, nível 
de complexidade. Ele é também identificado com uma idéia de lugar ou de região, 
como porção do espaço onde as pessoas habitam, realizam suas práticas diárias, 
ocorrem as transformações e a reprodução das relações sociais, a construção física 
e material da vida em sociedade. 
Assim, o lugar é a complementaridade de três dimensões: localização, 
interação social, no sentido antropológico e cultural. Assim, além de realidade 
 
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empírica, a região, o cenário ou o lugar é a representação social. (SWYNGEDOWN, 
apud SILVA, 2006). 
Diante disso, entende-se por cenário escolar como uma instituição 
educacional, isto é, uma unidade social sistematizada, organizada e feita para 
concretizar desejos e aspirações comuns em seu contexto. Trata-se de uma 
instituição responsável pela educação de sujeitos, responsável pelo 
ensino/aprendizagem de todos que nela estão inseridos (IMBERNÓN, 2003). 
Tais considerações inferem que, a escola propicia a educação de todos, tem 
o compromisso de contribuir com a aprendizagem e o sucesso de cada aluno. 
Pressupõe-se que haja uma interação de todos em prol da educação, tanto nas 
áreas administrativas, sociológicas, pedagógicos, entre outras. 
Diante de tal perspectiva, e sabendo que onde há o envolvimento de muitos 
sujeitos há uma circulação de saberes, de pensamentos, idéias, angústias e alegrias 
diversificadas. Desta forma, pode-se perceber que a escola pode ser considerada 
um cenário eclético, sobretudo de interação de culturas diferentes, crenças 
religiosas, opção política, pessoas que se diferenciam também no poder aquisitivo, 
histórico, entre outros fatores. 
Tudo isso revela que é neste cenário tão diversificado que acontece a ação 
de educar, é na escola que se dá a facilitação da inserção dos indivíduos no meio 
social. Percebe-se, que nesta instituição educacional o saber e a aprendizagem 
devem ser vistas como um todo, pois há a interação que se dá nas dimensões do 
sujeito do conhecimento e do outro. 
E é na convergência destas dimensões, neste espaço proporcionado através 
da interação, que se manifesta e subsiste a instituição educacional e se instaura a 
necessidade de um profissional que interprete o fenômeno aprendizagem, uma vez 
que esta não acontece da mesma forma em todos os sujeitos envolvidos neste 
processo. 
Neste sentido, a Psicopedagogia no cenário escolar precisa ser e agir com 
uma visão holística, como um todo e não fragmentada. Pois, sabe-se que é neste 
ambiente que o aluno, por exemplo, passa o maior tempo de sua vida, por isso, a 
escola serve de base para se fazer um diagnóstico psicopedagógico institucional 
 
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com o intuito de detectar os problemas de aprendizagem, e, conseqüentemente 
tomar decisões adequadas no combate ao fracasso escolar. 
Para isso, há muitas razões que podem indicar a necessidade de atendimento 
psicológico para a criança e para o adolescente. A maioria das crianças que 
necessita de ajuda extra-familiar apresenta algo em comum como dificuldades em 
suas funções de contato com o ambiente físico e social, ou seja, dificuldades de 
relacionamento com o mundo e consigo mesma. Sendo assim, o Psicopedagogo na 
escola então deve: 
• Possibilitar intervenção com o intuito de solucionar os problemas de 
aprendizagem tendo como eixo norteador o aluno; 
• Buscar a realização de um diagnóstico e intervenção psicopedagógica, 
utilizando métodos, instrumentos e técnicas próprias da psicopedagogia 
institucional; 
• Refletir sobre a sua atuação nos problemas de aprendizagem; 
• Precisa desenvolver pesquisas investigativas e estudos científicos 
relacionados ao processo de aprendizagem; 
• Levantar discussões e oferecer assessoria psicopedagógica aos trabalhos 
realizados em cenários escolares; 
Neste sentido, a escola precisa ter uma característica dinâmica,transformadora, empreendedora e, sobretudo integradora, isto seria um modelo de 
instituição que visa à formação integral do ser humano, que visa a uma formação 
para a vida e que saiba diagnosticar as dificuldades de seus integrantes. 
Sendo a instituição escolar um espaço de construção do conhecimento para 
todos, faz-se necessário a prática constante da investigação, da pesquisa, da 
reflexão e da ação psicopedagógica. 
Neste sentido, a ação do psicopedagogo deve estar voltada para a prevenção 
das dificuldades de aprendizagem e prevenção do fracasso escolar não só do aluno, 
mas também dos educadores e de todos os envolvidos no processo. Ele também 
deverá investir na possibilidade de melhoria das relações de aprendizagem e na 
construção da autonomia de alunos e educadores. 
Desta forma, a Psicopedagogia na escola tem como principal premissa a 
prevenção das dificuldades de aprendizagem, a busca de uma ação integrada entre 
 
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a psicologia e a pedagogia em prol do sucesso do aluno, e consequentemente o 
sucesso do professor, e de toda a comunidade escolar. 
Para tanto, torna-se uma necessidade que a ação preventiva esteja inserida 
na construção de um relacionamento satisfatório entre todos os envolvidos para que 
o contexto escolar também se volte para os aspectos sadios da aprendizagem e do 
conhecimento, uma vez que estes estão atrelados em um processo contínuo. 
Deste modo, a escola deve ensinar, garantir uma aprendizagem significativa 
para os alunos, possibilitar a aprendizagem de habilidades e competências de 
conteúdos e ou conhecimentos que são necessários para a vida em sociedade. 
Oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local e, também, 
favorecendo a participação dos alunos em relações sociais diversificadas e cada vez 
mais amplas. 
A vida escolar possibilita exercer diferentes papéis, em grupos variados, 
facilitando a integração dos jovens em um contexto maior. Para cumprir sua função 
social, a escola precisa considerar as práticas de nossa sociedade, sejam elas de 
natureza econômica, política, social, cultural, ética ou moral. 
É preciso que as instituições escolares possam considerar as manifestações 
e as relações diretas ou indiretas das práticas sociais com os problemas específicos 
da comunidade em que está inserida. Diante disso, nota-se que há uma urgência de 
as escolas existirem para agir de forma planetária e global em seu contexto, na 
sociedade e na história. Assim, faz-se necessário agir com urgência, com 
direcionamento e ousadia (FREIRE, 1989). 
Neste sentido, pode-se dizer que o espaço escolar constitui-se em uma 
organização sistêmica com um conjunto de elementos que interagem e se 
influenciam, de tal forma que o profissional em Psicopedagogia precisa ser sempre 
reflexivo, crítico e pesquisador. 
De acordo com Gasparian (1999), a escola que contribui com a ação do 
psicopedagogo contribui com todos os envolvidos no processo educativo. Diante 
disso, pode-se elencar algumas contribuições da Psicopedagogia na instituição 
escolar, como: 
� Ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano 
de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas; 
 
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� Ajudar na elaboração do projeto pedagógico; 
� Orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele 
aluno com dificuldades de aprendizagem; 
� Realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas 
pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-
aprendizagem; 
� A partir de avaliações psicopedagógicos, encaminhar o aluno para um 
profissional adequado como psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, entre 
outros, 
� Conversar com os pais para fornecer orientações; 
� Auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam 
ter um bom relacionamento entre si; 
� Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação. 
Desta forma, quando a escola demonstra a sua preocupação com a não 
aprendizagem das crianças e dos adolescentes, ela propicia uma melhor qualidade 
de vida e uma educação inclusiva de todos, dando ênfase na educação integral do 
ser humano, uma vez que a escola deve cumprir com o seu papel básico que é o de 
educar e contribuir com as premissas: 
• Garantir a aprendizagem dos alunos; 
• Garantir a aprendizagem de vários conhecimentos básicos e necessários 
para o exercício da cidadania; 
• Garantir a aprendizagem de habilidades necessárias para a vida em 
sociedade; 
• Garantir a aprendizagem da apropriação da língua em todas as suas 
modalidades para fortalecer o senso crítico, a reflexão da realidade e da 
capacidade de poder mudar esta realidade. 
 
Sendo assim, percebe-se que com estas concepções, a escola terá mais 
facilidade e poderá oferecer mais subsídios para que possa acontecer a integração 
de toda a comunidade escolar, levando em consideração a possibilidade de melhor 
o ensino e a aprendizagem de todos na escola. 
 
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Uma das melhores formas para possibilitar a aprendizagem na escola pode 
ser o trabalho em equipe. Desta forma, o lócus da práxis docente pode se 
estabelecer como um espaço onde se vive e convive, onde todos os envolvidos 
possam trocar idéias e experiências, trocar de papéis de quem ensina e de quem 
aprende. 
 
É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando 
cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e 
re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É 
neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem é 
formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um 
corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se 
explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que as conotam, não se 
reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina ensina alguma 
coisa a alguém (FREIRE, apud SILVA, 2006, p. 24). 
 
Diante disso, o locus de aprendizagem possibilita um ir e vir constante, na 
medida que otimiza a criação e a recriação de sujeitos participantes, criativos e 
reflexivos. O trabalho em equipe que age torna o seu espaço de trabalho em um 
laboratório de experimentação que contribui com a troca de experiências, de idéias 
inovadoras e sobretudo com a troca de conhecimentos possibilitando a 
reorganização do aprendente enquanto ser social e indivíduo. 
Faz-se necessário que a escola, portanto, estabeleça uma relação estreita 
com os seus alunos, para que estes possam apropriar-se da aprendizagem e serem 
sujeitos agentes da sua própria aprendizagem e do conhecimento (PAIN, 1985). 
 
As intervenções psicopedagógicas na escola 
O cenário institucional possui inúmeros déficits, dificuldades e carências que 
tornam-se motivos das queixas, renúncias, angústias, e sobretudo de lutas do corpo 
docente e da escola como um todo.Muitos destes sujeitos citados acreditam e 
esperam que muitas das dificuldades encontradas na escola possam ser revertidas 
e ou até sanadas. 
Percebe-se que a instituição escolar vem apresentando várias características 
diferentes ao longo de sua história, principalmente no que se diz respeito às 
questões relacionadas com a aprendizagem do aluno, ao fracasso escolar e o 
 
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atendimento individual dos alunos que apresentam algum tipo de dificuldade em 
aprender. 
Para melhor atuação e uma prática psicopedagógica mais eficiente e eficaz, o 
psicopedagogo deve refletir e agir: 
• Compreender o jeito e o tempo de cada um processar sua aprendizagem; 
• Proporcionar o aprender vivido de forma integrada e de acordo com a 
realidade; 
• Compreender e trabalhar com as relações emotivas e afetivas que ocorrem 
durante a aprendizagem, de tal forma a possibilitar que o aluno seja assíduo, 
responsável, criativo, questionador, espontâneo, sendo de iniciativa, 
perseverante, sonhador e transformador; 
• Buscar de forma incessante a reintegração do aluno no contexto escolar, 
possibilitando o resgate da sua auto-estima e na construção do 
conhecimento, que para ele seja significativo e que faça sentido em sua vida; 
• Tornar a prática do diálogo com as crianças um hábito no espaço escolar, 
com o intuito de buscar uma compreensão de suas angustias, inquietações, 
desejos e ansiedades que demonstram os mecanismos de aprendizagem de 
cada um. 
De acordo com Fernandéz (2001) a intervenção pedagógica individual tem 
muitas características vantajosas para os professores, pois muitas dificuldades 
escolares apresentadas pelos estudantes do ensino fundamental necessitam 
realmente de uma ação conjunta com um especialista. 
Além disso, pode-se perceber que quando os alunos não aprendem, muitos 
deles acabam desenvolvendo uma auto-estima baixa, pois acreditam que o fracasso 
escolar é tido como um problema pessoal. 
Deste modo, faz-se necessário o desenvolvimento de intervenções de cunho 
preventivo, e se isso acontecer dentro de um curto espaço de tempo, a intervenção 
psicopedagógica contribuirá para que estes alunos consigam superar as suas 
dificuldades de aprendizagem com mais segurança, confiança e sobretudo sem 
traumas e medo. 
 
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Segundo Fernández (2001), deve-se levar em consideração todo o processo 
de aprendizagem do aluno e reconhecer que cada um tem seu tempo para aprender, 
assim, o professor precisa ter conhecimento disso. 
 
Assim como em todo processo de aprendizagem estão implicados os 
quatro níveis (organismo, corpo inteligência e desejo), e não se poderia 
falar de aprendizagem excluindo algum deles, também no problema de 
aprendizagem, necessariamente estarão em jogo os quatro níveis em 
diferentes graus de compromisso”. (Fernandez, 1990, p. 57). 
 
Neste sentido, sentiu-se a necessidade da atuação de um profissional que 
tivesse um maior conhecimento sobre os aspectos relacionados à aprendizagem e 
de questões psíquicas para entender todo o processo de desenvolvimento humano. 
Assim, fez-se necessário que o trabalho psicopedagógico tivesse um maior 
enfoque no aluno que o método científico adotado. Com o tempo começou a voltar-
se para a questão do conhecimento, ou seja, de como o aluno aprende, o que se 
aprende e por que se aprende. 
Sabe-se que a consciência é o resultado de um conhecimento estabelecido. A 
palavra conhecimento vem do latin con+ciência, apesar desta palavra estar inserida 
nos primórdios da humanidade, muitos estudos sociocognitivos são amplamente 
utilizados na atualidade. 
A título de ilustração, pode-se dizer que o modelo científico da 
psicopedagogia constitui-se numa intervenção que possibilita diagnosticar tanto as 
dificuldades quanto as habilidades específicas de cada aluno; e propor atividades 
destinadas tanto para evitar fracassos, através de aquisições que forneçam 
capacitação, quanto para solucionar problemas que surgem na prática diária. 
Desta forma, é bem possível que o aluno que apresentava dificuldades de 
aprendizagem possa adquirir agilidade e flexibilidade mental pela capacidade de 
articular conhecimentos ou agilidade de pensamento após a intervenção e 
monitoramento do psicopedagogo e de todo trabalho em equipe. 
Sendo assim, a intervenção psicopedagógica veio para trazer uma 
contribuição maior, enfatizando o fazer pedagógico. Para tanto, é necessário que 
este profissional saiba reconhecer a forma de aprendizagem de cada criança, 
buscando entender que este processo precisa ser compreendido como um fator 
abrangente que traz muitas implicações. A título de ilustração, pode-se citar que há 
 
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vários eixos de estruturação que in (viabilizam) a aprendizagem da criança, como as 
questões afetivas, cognitivas, motores, sociais, econômicas, históricas, políticos 
entre outras. 
Piaget afirma que o processo de aprendizagem e as suas dificuldades não 
podem ser focadas apenas no aluno e no professor, mas deve ser relacionada como 
um processo que envolve inúmeros fatores que necessitam ser apreendidos com 
pelo professor e pelo psicopedagogo. 
Há um outro elemento que deve ser ressaltado, pois muitos educadores 
reduzem o modelo de Piaget conduzindo o processo de ensino-aprendizagem de 
uma forma estática e única. Deste modo, a relação dos processos de equilibração e 
reequilibração das estruturas cognitivas não são devidamente analisadas por muitos 
educadores. 
Reconhecer, portanto, o processo de aprendizagem das crianças contribui 
com um diagnostico e com uma intervenção psicopedagógica mais eficaz e eficiente, 
tendo como objetivo central o desenvolvimento do processo de aprendizagem 
humana. 
Assim, para o profissional em psicopedagogia é de suma importância a 
experiência de intervenção lado a lado ao professor, procurando interagir todo o 
processo, possibilitando uma aprendizagem mais significativa e enriquecedora, 
sobretudo quando os professores são especialistas nas suas disciplinas. 
Uma intervenção psicopedagógica bem sucedida é aquela que pode 
acontecer em parceria com os professores. Há relatos de coordenadores e 
professores que revelam o baixo comprometimento da equipe no ato pedagógico, 
deixando que os fracassos escolares sejam apontados como o fracasso do indivíduo 
professor ou aluno. Percebe-se que essa situação é muito comum e, infelizmente 
não relaciona o fracasso como resultado de um sistema. 
Muitos desabafos de queixas de professores revelam a falta de orientação e 
de condução de um trabalho pedagógico mais eficaz e eficiente, isso demonstra a 
fragmentação da equipe da instituição escolar, deixando de lado a interação, a união 
e o trabalho de equipe. 
Daí a grande necessidade de uma intervenção, pois esta visa à integração e 
melhoria da comunicação de toda a equipe da instituição, buscando o 
 
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desenvolvimento pedagógico de qualidade de ensino, o que resulta na viabilização 
da aprendizagem. 
Segundo Fernandéz (1991) o profissional deve compreender e detectar em 
qual fase o aluno está, pois há fatores diferentes, como por exemplo no adolescente. 
Este se encontra em uma fase evolutiva do ser humano e deve ser considerada a 
todos os aspectos biológico, psicológico e social. Por isso, faz-se necessário 
trabalhar a prevenção do fracasso escolar, pois as dificuldades de aprendizagem 
conseqüentemente poderão refletir na fase adulta. 
Sendo assim, o psicopedagogo deve utilizar instrumentos investigativos e 
avaliativos para fazer um levantamento de dados e estabelecer suposições com o 
intuito de encontrar o que está causando a não aprendizagem e, desta forma 
encontrar um meio de prevenção, considerando todos os fatores que intervém, tanto 
para o fracasso como para o sucesso do processo de aprendizagem do aluno 
(FERNANDÉZ, 1991). 
Para que então aconteça uma intervenção que satisfaça a todos, é preciso 
que os atendimentos sejam realizados de maneira diferenciada e bem direcionada a 
cada aluno, procurando respeitar a individualidade, a singularidade e as diferenças 
de cada um. 
É necessário que uma proposta de intervenção seja planejada e realizada 
através de encaminhamento, atendimentos semanais, entrevistas, anamnese, 
orientação ao educador, envolvimento de outros profissionais que acompanham o 
aluno e o envolvimento familiar. 
Pode-se perceber que, diante de todo o processo de intervenção, o 
psicopedagogo deve observar se há uma evolução significativa no desenvolvimento 
dos alunos em todos os sentidos, na auto-estima, na autoconfiança, no projeto de 
vida, no sentido da vida, na autodeterminação e na auto-realização. 
Sisto (1996) afirma que é imprescindível o acompanhamento da família do 
aluno para dar seguimento e continuidade em seu processo cognitivo, emocional, 
afetivo e social. 
A intervenção psicopedagógica busca melhorar o desempenho acadêmico do 
aluno, mediante a realização de intervenção em várias dimensões como por 
exemplo a afetividade e a aprendizagem nas modalidades da escrita, a memória, a 
 
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compreensão dos conteúdos, a sua exposição de idéias, a organização do tempo, o 
planejamento de metas, os hábitos de estudo, entre outras. 
O psicopedagogo precisa lançar mão de técnicas específicas para poder 
realizar um atendimento individual ou em grupo, levando em consideração o meio 
social em que os alunos vivem, as suas condições sócio-econômicas e o contexto 
familiar. Ressalta-se que em muitos casos, alguns alunos evadiram da escola 
quando ainda eram crianças, e em alguns casos pode-se detectar que a idade 
cronológica não condiz com a mental, ou sejam, queimaram etapas. 
Dessa forma, o psicopedagogo precisa traçar um projeto que visa a inclusão 
escolar, monitorar a evolução de cada aluno através de registros, portfólios, 
convívio, amadurecimento emocional, atitudes e comportamentos. 
O trabalho do psicopedagogo junto aos professores busca levar a uma 
reflexão e compreensão da realidade, analisando todos os aspectos afetivos, 
culturais, sociais, emocionais, orgânicos e cognitivos e como esses fatores afetavam 
ou viabilizam a aprendizagem. 
A equipe de professores deve estar fortalecida, não centralizar as suas 
atenções apenas no aspecto disciplinar. Assim, a intervenção psicopedagogica 
poderá ter maiores resultados. É importante salientar que o psicopedagogo deve ter 
como principais objetivos as seguintes questões: 
 
• Prevenção e intervenção no processo de ensino e aprendizagem; 
• Desenvolver a reflexão, a prática voltada para sua realidade, mostrar a 
importância das emoções e pensamentos dos alunos; 
• Enriquecer, promover e estimular o processo de leitura, escrita, oralidade, 
raciocínio e cálculo; 
• Incentivar o aluno a gostar de estar na sala de aula; 
• Detectar problemas pedagógicos que podem prejudicar a qualidade do 
processo ensino-aprendizagem dos alunos; 
• Orientar e levar o aluno à reflexão sobre a vida e o seu sentido; 
• Valorizar a família; 
• Orientar os professores a serem parceiros do mesmo compromisso; 
 
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• Encaminhar, quando necessário, casos diagnosticados a profissionais 
específicos como Psicólogos, Psiquiatra, Neurologista, Assistente Social, 
Dentista, Fonoaudiólogo, contando com a colaboração de todos os 
profissionais da instituição; 
• Promover leituras e debates para reflexão; 
• Respeitar todos os tipos de religião; 
• Apoiar a prática do professor. 
 
Deve-se levar em consideração que os recursos e as técnicas devem estar 
sempre em constante aperfeiçoamento, todas a possibilidades que a instituição 
puder oferecer devem ser aplicadas e avaliadas. 
O processo de intervenção deve visar à interação de toda a equipe da 
instituição para trocarem idéias, dividir tarefas do dia-a-dia, para enfrentarem 
dificuldades, avaliar as técnicas e o processo, e, além disso, tudo superar 
divergências. 
Neste sentido, é preciso que todos os envolvidos acreditem no potencial de 
cada um, olhar o aluno como um sujeito e não um objeto da sua ação educativa 
(FREIRE, 1988). 
A relevância do trabalho deve estar centralizada na premissa de que todo 
aluno é capaz de aprimorar seus conhecimentos; deve possuir um caráter inovador, 
audacioso e pioneiro. O psicopedagogo, juntamente com toda a equipe escolar de 
buscar a efetividade de resultados, fazendo acontecer a recuperação na defasagem 
escolar, melhorando o rendimento de cada aluno, incentivar o domínio na escrita, da 
leitura e do cálculo. 
Deve-se implementar sempre o processo de intervenção, pois percebe-se que 
a compreensão e entendimento, a ampliação do vocabulário e inclusão no mundo 
literário é um caminho certo para o sucesso de todos. 
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes 
na organização, implantação e execução de projetos de educação e saúde pública 
que visem questões pedagógicas. Devem buscar o desenvolvimento de parcerias 
com outras entidades do setor público, social ou privado, pois o trabalho coletivo 
configura-se como um importante papel para o desenvolvimento social e profissional 
 
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para cada um dos componentes da equipe e conseqüentemente, como gerador de 
novas idéias, novos projetos para combater o fracasso escolar. 
Diante do exposto, acredita-se que educar é criar e recriar espaços, é 
propiciar as condições de aprendizagem e é buscar subsídios para que os 
professores tenham maiores possibilidadesde trabalho. 
Neste sentido, a atuação do professor no cenário escolar em que o processo 
educativo se desenvolve, deve ser criativa, ele deve promover os acontecimentos, 
articular os espaços, tempo, coisas e pessoas para produzir momentos que 
possibilitem ao aluno ir mais além, encontrar meios para eles possam ultrapassar 
suas dificuldades, desenvolver o espírito de iniciativa, de responsabilidade e de 
compromisso. 
O psicopedagogo deve atuar com ênfase ao combate a todos os obstáculos 
que dificultam a aprendizagem e otimizar as práticas e recursos que viabilizam os 
processos que levam o aluno a aprender, a encontrar saídas para as suas 
dificuldades e apontar esperança de um futuro melhor. 
Os profissionais desta área do conhecimento precisam implementar um 
processo semelhante à persistência, ao comprometimento e à conscientização, para 
que acima de tudo possa garantir a funcionalidade da aprendizagem de todos os 
alunos da instituição escolar. 
Para o sucesso então da intervenção psicopedagógica, o profissional precisa 
compreender algumas etapas de aplicação da ação estratégica e devem respeitar 
alguns critérios para que estas ações possam ser objetivas, satisfatórias e sobretudo 
eficientes como: 
• Observar e levantar as necessidades dos alunos, atuais e futuros; 
• Descobrir quais são as dificuldades; 
• Fazer levantamento dos alunos que apresentam algum tipo de dificuldade; 
• Fazer um diagnóstico preciso; 
• Planejamento estratégico para definir as intervenções; 
• Execução do planejamento de intervenção; 
• Acompanhamento, monitoramento e verificação; 
• Aplicar ações corretivas e preventivas; 
• Observar se os objetivos foram atingidos. 
 
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Uma visão de futuro deve ser feita para compor um plano de intervenção, 
para isso, deve-se fazer um questionamento como: 
• Que tipo de ensino se deseja? 
• O que quer que os alunos e família falem da escola e do trabalho realizado 
por ela? 
• De que modo a visão compartilhada representa os interesses dos alunos e os 
valores que a escola enseja? 
• Liderança eficaz e comprometimento da Direção; 
• Participação ampla; 
• Conhecimento da Cultura e Valores da organização; 
• Planos e objetivos realizáveis; 
• Constância de propósitos e foco nos objetivos da prevenção do fracasso 
escolar; 
• Visão ampla do ambiente interno e externo da escola; 
• Avaliação precisa dos recursos; 
• Comunicação e disseminação eficaz em todos os níveis; 
• Levar em conta as pessoas e seus sentimentos; 
• Conhecimento da realidade e do contexto onde os alunos estão inseridos; 
• Identificação clara das dificuldades e do monitoramento das intervenções; 
 
Quanto ao processo de aprendizagem pessoal e organizacional, o 
psicopedagogo deve estar atento e buscar: 
• Liderança capaz de garantir a execução das ações planejadas; 
• Comunicação com todos os envolvidos; 
• Treinar as pessoas que executarão os planos de intervenção; 
• Garantir o comprometimento com os resultados esperados; 
• Comunicar claramente as responsabilidades de cada um; 
• Criar e coletar adequadamente os dados e informações necessárias ao 
monitoramento e avaliação das metas; 
• Fazer o acompanhamento passo-a-passo das ações de forma estruturada; 
• Garantir uma metodologia formal de acompanhamento e verificação; 
• Agendar e garantir a realização das reuniões e divulgá-las; 
 
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• Manter a equipe motivada para os resultados; 
• Fazer a verificação e planejar as ações corretivas e preventivas; 
• Executar as ações conforme planejado; 
• Manter o foco nos resultados esperados; 
• Manter a equipe motivada para os resultados; 
• Obter o comprometimento dos executores com os resultados esperados; 
• Monitorar os obstáculos e remover as dificuldades; 
 
É preciso levar em consideração que todo projeto de intervenção está sujeito 
a eventuais mudanças, mesmo quando este está fundamentado em um 
planejamento estratégico, com ações eficientes e acertadas. 
Neste sentido, o presente projeto de intervenção, trata-se de uma proposta 
que deve ser repensada criticamente, melhorada e ampliada de acordo com as 
necessidades da escola contextualizada para que seja de fato, um plano de 
intervenção eficiente e eficaz. 
 
O psicopedagogo e a Intervenção junto ao professor 
 A organização de situações de aprendizagem orientadas ou que dependem 
de uma intervenção direta do psicopedagogo permite que as crianças trabalhem 
com diversos conhecimentos. Estas aprendizagens devem estar baseadas não 
apenas nas propostas dos psicopedagogos, mas, essencialmente, na escuta dos 
alunos e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro 
na construção do conhecimento. 
 A intervenção do psicopedagogo e do professor como mediador do 
conhecimento é necessária para que, na instituição escolar, possam, em situações 
de interação social ou sozinhas, ampliar suas capacidades de apropriação dos 
conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e 
comunicação de sentimentos e idéias, da experimentação, da reflexão, da 
elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos etc. 
Para isso, o psicopedagogo deve conhecer e considerar as singularidades 
dos alunos que estão iniciando a 1ª série do ensino fundamental assim como a 
diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, étnicas etc. dos alunos com os 
 
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quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de 
socialização. 
Nessa perspectiva, o psicopedagogo pode contribuir com o professor sendo 
este o mediador entre os alunos e os objetos de conhecimentos, organizando e 
propiciando espaços e situações de aprendizagem que articulem os recursos e 
capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus 
conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de 
conhecimento humano. 
Na escola, o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por 
excelência, cuja missão é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável 
e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas, para que as 
aprendizagens dos alunos ocorram com sucesso, mas quando isto não acontece se 
faz necessária a intervenção do psicopedagogo. 
É preciso que o professor e o psicopedagogo considerem, na organização do 
trabalho educativo transformando em possibilidades as dificuldades de 
aprendizagem do aluno como: 
• Buscando a interação com alunos diferentes em situações diversas como 
fator de promoção da aprendizagem do desenvolvimento e da capacidade de 
relacionar-se; 
• Refletir os conhecimentos prévios de qualquer natureza que os alunos já 
possuem sobre o assunto, já que eles aprendem por meio de uma construção 
interna ao relacionar suas idéias com as novas informações de que dispõem 
e com as interações que estabelece; 
•Respeitar a individualidade e a diversidade dos alunos; 
• Reconhecer o grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que 
devam ser significativas e apresentadas de maneira integrada para os alunos 
e o mais próximo possível das práticas sociais reais, das experiências de vida 
que eles têm; 
• Ressaltar a resolução de problemas como forma de aprendizagem, 
• Dar ênfase nos fatores positivos do aluno, ressaltar o que ele tem de melhor. 
 
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 Essas considerações podem estruturar-se nas seguintes condições gerais 
relativas às aprendizagens dos alunos a serem seguidas pelo professor em sua 
prática educativa. 
 
A intervenção psicopedagógica e interação social 
 A intervenção psicopedagógica através da interação social é uma das 
estratégias mais importantes do profissional para a promoção de aprendizagens 
pelas crianças, principalmente para as crianças que apresentam maiores 
dificuldades em aprender em situações diversas. 
Assim, cabe ao profissional propiciar situações de conversa, brincadeiras ou 
de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que 
possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar 
e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança, a autonomia e a 
auto-estima. 
A existência de um ambiente acolhedor não significa eliminar os conflitos, não 
enxergar as dificuldades de aprendizagem e disputas e divergências presentes nas 
interações sociais, mas pressupõe que o profissional forneça elementos cognitivos, 
afetivos e de linguagem para que as crianças aprendam a conviver, buscando as 
soluções mais adequadas para as situações com as quais se defrontam diariamente 
despertando suas competências e habilidades. 
As capacidades de interação, porém, são também desenvolvidas quando as 
crianças podem ficar sozinhas, quando elaboram suas descobertas e sentimentos e 
constroem um sentido de propriedade para as ações e pensamentos já 
compartilhados com outras crianças e com os adultos, o que vão potencializar novas 
interações. 
Nas situações de troca, podem desenvolver os conhecimentos e recursos de 
que dispõem, confrontando-os e reformulando-os em busca do saber, que se for de 
forma prazerosa, pode despertar nas crianças com dificuldades de aprender o 
desejo, o fascínio pelo novo. 
 Nessa perspectiva, o profissional deve refletir e discutir com seus pares sobre 
os critérios utilizados na organização dos agrupamentos e das situações de 
 
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interação, visando, sempre que possível, auxiliar as trocas de experiências entre as 
crianças e, ao mesmo tempo, garantir-lhes o espaço da individualidade. 
Assim, em determinadas situações, é aconselhável que crianças com níveis 
de desenvolvimento diferenciados interajam; e em outras, deve-se garantir uma 
proximidade de crianças com interesses e níveis de desenvolvimento semelhantes. 
Propiciar a integração quer dizer, portanto, considerar que as diferentes 
formas de sentir, expressar e comunicar a realidade pelas crianças resultam em 
respostas diversas que são trocadas entre elas e que garantem parte significativa de 
suas aprendizagens. 
Uma das formas de propiciar essa troca é a socialização de suas 
descobertas, quando o psicopedagogo organiza as situações para que as crianças 
compartilhem seus percursos individuais na elaboração dos diferentes trabalhos 
realizados. Deve-se levar em conta o contexto familiar de cada criança, bem como 
sua situação social, cultural e histórica. 
 Portanto, é importante frisar que as crianças desenvolvem em situações de 
interação social, nas quais conflitos e negociação de sentimentos, idéias e soluções 
são elementos indispensáveis, pois cada uma dessas crianças vem de famílias e 
contextos diferentes e têm muito o que compartilhar nos momentos de interação. 
 O âmbito social oferece, portanto, ocasiões únicas para elaborar estratégias 
de pensamento e de ação, possibilitando a ampliação das hipóteses infantis. Pode-
se estabelecer, nesse processo, uma rede de reflexão e construção de 
conhecimentos na qual tanto os parceiros mais experientes quanto os menos 
experientes têm seu papel na interpretação e ensaio de soluções. 
A interação permite que se crie uma situação de ajuda na qual as crianças 
avancem no seu processo de aprendizagem possibilitando-as a vencer o fracasso 
escolar. 
 Cabe ao psicopedagogo a tarefa de individualizar as situações de 
aprendizagem oferecidas às crianças, considerando suas capacidades afetivas, 
emocionais, sociais e cognitivas assim como os conhecimentos que possuem dos 
mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas. 
 
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Isso significa que o psicopedagogo deve planejar e oferecer uma gama 
variada da experiência que responda, simultaneamente, às demandas do grupo e às 
individualidades de cada criança. 
 Considerar que as crianças são diferentes entre si, implica propiciar uma 
educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem suas 
necessidades e ritmos individuais, visando a ampliar e a enriquecer as capacidades 
de cada criança, considerando-as como pessoas singulares e com características 
próprias. 
Individualizar não é marcar e estigmatizar as crianças pelo que diferem, mas 
levar em conta suas singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de 
enriquecimento pessoal e cultural para que o psicopedagogo não corra o risco de 
rotulá-las e sim ser um mediador da aprendizagem, oferecendo a elas, a partir da 
realidade de cada uma, recursos pedagógicos necessários para uma aprendizagem 
significativa e prazerosa. 
 
As abordagens psicopedagógicas 
As abordagens psicopedagógicas predominantes na educação brasileira 
sobre a aprendizagem, Sisto (1996) destaca três grandes correntes teóricas: 
psicanalítica, associacionista e construtivista. A orientação psicanalítica da 
psicopedagogia pressupõe que as dificuldades de aprendizagem estão ligadas a 
problemas emocionais como conseqüência de uma relação de causa e efeito entre 
desenvolvimento emocional e aprendizagem. 
A orientação associacionista da psicopedagogia pressupõe que as 
dificuldades de aprendizagem são decorrentes de aspectos externos ao sujeito, 
como a forma de transmissão e características do conteúdo em si mesmo. 
A matéria-prima desta concepção é o próprio conteúdo e baseia-se na 
linearidade de sua formação, no acréscimo do conteúdo já adquirido e na 
dependência do conteúdo novo em relação ao anterior. 
A aprendizagem é pensada em termos do estabelecimento de pré-requisitos 
rígidos que determinam a seqüência e a relação dos conteúdos entre si. Como 
lembra Sisto (1996), as duas orientações apresentam explicações parciais do 
processo de aprendizagem. 
 
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A orientação construtivista da psicopedagogia propõe um modelo explicativo 
do funcionamento cognitivo que diferencia e distancia significativamente sua 
concepção de aprendizagem das demais. Neste modelo a relação entre os 
elementos endógenos e exógenos da aprendizagem e do desenvolvimento é 
contínua e necessária. 
Aprendizagem e desenvolvimento são considerados produtos da construção 
cognitiva e envolvem formas e conteúdos. As formas são produto do 
desenvolvimento e possibilitam a assimilação das relações contidas nos objetos de 
conhecimento e acomodação das estruturas cognitivas às novas relações 
descobertas nestes objetos. 
Os conteúdos constituem as próprias relações construídas a partir dos objetos 
de conhecimento e são internalizados em função de uma rede de significados que 
constituem o sistema cognitivo do sujeito. Não há determinação de pré-requisitos 
entre os conteúdos e diferentes formas podem ser aplicadas a uma mesma área ou 
a áreas diferentes de conteúdos, ocasionando defasagens cognitivas. Estas 
defasagens permitem que o sujeito aprenda um mesmo conteúdo em níveis 
diferentes ou diferentes conteúdos em um mesmo nível, pois, a aprendizagem 
ocorre a partir do nível de pensamento em que o sujeito se encontra em cada 
conteúdo, em particular (Sisto, 1996). 
A abordagem construtivista do processo ensino-aprendizagem não é uniforme 
e pode ser dividida em dois grandes grupos. O primeiro grupo inclui as experiências 
pedagógicas realizadas a partir de uma concepção aplicacionista da psicologia 
genética. 
Do segundo grupo fazem parte as experiências que utilizam a psicologia 
genética como ciência de referência inserindo-a em “uma problemática e em um 
conjunto de questões que exigem um corpo teórico original”, como é o caso da 
didática da matemática (LERNER, 1996, p.88). 
Situações capazes de provocar conflito intelectual e de incentivar o sujeito a 
pensar sobre outros pontos de vista, levando-o a defender ou provar sua idéia, 
podem influenciar positivamente na construção destes sistemas. Esta possibilidade 
se deve à coordenação de opiniões suscitada pelo conflito que ao mobilizar a 
 
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inteligência e a totalidade dos conhecimentos já adquiridos pode levá-lo à 
construção de um conhecimento de nível superior (KAMII, 1986). 
Situações-problema capazes de promover uma atividade organizadora e 
estruturadora da realidade são fundamentais na escola, pois, é delas que depende o 
caráter estruturante da atividade do aluno e a ocorrência de um impacto maior ou 
menor do aprendizado escolar sobre sua organização cognitiva (CASTORINA, 
1996). 
Desta perspectiva, a aprendizagem de um conteúdo específico não se limita 
ao conteúdo em questão e envolve um processo mais amplo de criação de 
possíveis, pois, frente a uma situação-problema o sistema cognitivo “cria, 
espontânea e naturalmente, alternativas de solução para esta situação”. Entre as 
soluções criadas, a resposta comunicada pelo sujeito é a considerada por seu 
sistema a alternativa com maior probabilidade de ser correta (SISTO, 1996, p.56). 
 
A atuação do psicopedagogo na escola 
Entende-se que o psicopedagogo é o profissional mais indicado para formar 
pessoas que irão atuar nas diversas áreas institucionais e mercadológicas. Uma vez 
que, sua formação contempla uma prática pedagógica reflexiva, eficaz, 
transformadora e autocrítica (SCHÖN, 2002). 
Diante disso, acredita-se que a atuação psicopedagógica deve apontar 
elementos norteadores necessários para efetivar um trabalho com aquelas crianças 
que apresentam certas dificuldades de aprendizagem. 
Neste sentido, a atuação do psicopedagogo na escola deve, antes de tudo, 
procurar reconhecer e compreender as capacidades do aluno com o intuito de 
detectar os empecilhos que dificultam a sua aprendizagem. 
O perfil do psicopedagogo e dos demais profissionais de outras áreas são 
semelhantes, porque o mercado de trabalho é “exclusivo”, pois aquele que não se 
enquadrar, estará fora. Dentro desse novo paradigma, exige-se um profissional 
competente, flexível, criativo, crítico, conhecedor das novas tecnologias, que saiba 
conviver e trabalhar em equipe, que possua autonomia de pensamento, sociável, 
que saiba compreender processos e incorpore novas idéias, que tenha habilidade de 
gestão, auto-estima, etc. 
 
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De acordo com Morin (2001) é exatamente neste ponto, que a sociedade é 
contraditória, desvaloriza o psicopedagogo, o seu fazer pedagógico, e ao mesmo 
tempo recorre à educação para formar e capacitar profissionais em toda e qualquer 
área. Ainda sob esta ótica, percebe-se que a atuação do psicopedagogo requer 
habilidades e competências. 
Segundo Perrenoud (2000) competência é mais do que um conhecimento; Ela 
pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na 
capacidade de avaliar e julgar e envolve muito mais que acumular conhecimento, 
desenvolver habilidades e introjetar valores. 
O sentido é muito importante: não é uma soma de valores, de conhecimentos, 
de habilidades. É a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação esses 
componentes, para um desempenho eficiente e eficaz. Então, valores, 
conhecimentos e habilidades são componentes que, por si sós, não são a 
competência. 
 
As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que 
indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender 
fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, 
sintetizar,julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Já 
as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente 
desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão 
específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades 
devem ser desenvolvidas na busca das competências (MORETTO, 2002, 
p.34). 
 
A idéia de competências tem três ingredientes básicos. Primeiro: relaciona-se 
diretamente à idéia de pessoa. Não se pode dizer que um computador é 
competente; competente é o seu usuário, uma pessoa. Segundo: a competência 
vincula-se à idéia de mobilização, ou seja, a capacidade de se mobilizar o que se 
sabe para realizar o que se busca. É um saber em ação. Aliás, da má compreensão 
deste aspecto vem outra crítica, a de competência como mero saber fazer algo. Agir 
é mais do que fazer. 
Um conceito de competência pode ser apresentado como o conjunto de 
conhecimentos, habilidades e atitudes demonstradas pela pessoa na realização de 
uma tarefa. Dizem que alguém é competente numa atividade quando esse conjunto 
 
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de comportamentos apresentados resulta no sucesso paraa realização daquela 
atividade. 
Portanto, para uma atuação psicopedagógica eficaz, é preciso ter, antes de 
tudo, uma missão que contribua de maneira diferenciada e significativa para que as 
pessoas envolvidas tenham sucesso em seu ramo de atividade e construam um 
segmento sustentado, através de soluções integradas, que promovam mudanças 
nos modelos de gestão e desenvolvam competências essenciais em sua 
organização ou instituição. 
O psicopedagogo deve atuar no trabalho da instituição para buscar melhorias 
do desempenho da aprendizagem através de: 
• Identificação conjunta de problemas que dificultam a aprendizagem; 
• Implementar soluções com foco nas estratégias, estruturas, sistemas de 
melhorias como um todo; 
Uma atuação eficaz deve ter um planejamento estratégico buscando fazer: 
• Um levantamento na unidade de alunos com dificuldades de aprendizagem; 
• Fazer diagnósticos e a partir destes buscar soluções; 
• Planejamento de ações de intervenção; 
• Projeto de captação de recursos quando necessários para possiv eis 
intervenções; 
• Planejamento e implantação de projetos para o desenvolvimento de pessoas 
Em relação à qualidade do ensino, o psicopedagogo deve: 
• Implantar uma Gestão de planejamento das suas atividades de intervenção; 
• Implementação de auditorias internas de qualidade de ensino; 
• Planejamento e implantação de sistemas de avaliação da qualidade de 
ensino; 
• Planejamento, implantação e monitoramento de programas de intervenção 
psicopedagógica aos alunos; 
 
Os segmentos de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos devem: 
• Desenvolver a competência de supervisão de equipes para o 
acompanhamento de cada aluno com dificuldades; 
• Desenvolver as habilidades que ainda não foram produzidas pelos alunos; 
 
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• Gestão estratégica na prática do psicopedagogo; 
• Realizar reuniões eficazes e objetivas com todo o corpo docente, 
especialistas e direção escolar; 
• Buscar um desempenho satisfatório no relacionamento Intra e Interpessoal na 
escola; 
 
 O psicopedagogo na escola deve ter: 
• Compromisso e envolvimento com o seu trabalho; 
• Conhecimento e experiência pedagógica na educação; 
• Conhecimento dos princípios, fundamentos e filosofia da educação 
• Conhecimento da área Psicológica; 
• Disponibilidade de horário; 
• Conhecimento do projeto em que está inserido (processo histórico social 
administrativo e operacional da instituição escolar); 
• Dinamismo; 
• Criatividade; 
• Capacidade de análise; 
• Ser uma pessoa capaz de encontrar soluções; 
• Paciência pedagógica; 
• Experiências com metodologias participativas; 
• Habilidade de escrita e leitura com fluência; 
• Habilidade para lidar com as novas tecnologias; 
• Habilidade em planejamento, monitoramento, avaliação e estratégias; 
• Habilidade de desenvolver projetos; 
• Este profissional deve ver, pensar, tomar decisão e agir estrategicamente. 
 
Além de tudo, para que as propostas de ação na sua escola dêem certo, é 
preciso: 
• Criar uma cultura de continuidade, de pensar e agir estrategicamente; 
• Proporcionar uma visão geral e holística da filosofia e missão da escola; 
• Acreditar que todo o processo é uma oportunidade para a aprendizagem; 
 
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• Buscar diminuir o grau de incerteza do futuro com o monitoramento das 
tendências; 
• Promover o alinhamento de toda a organização, na busca de recursos e de 
resultados no combate ao fracasso escolar; 
• Buscar uma referência de trabalho e flexibilidade nas decisões; 
• Evitar conflitos e perda de tempo, pois todos conhecem suas 
responsabilidades; 
• Desenvolver relações interpessoais positivas e de cooperação em todo a 
comunidade escolar. 
 
É necessário que as instituições escolares utilizem uma Gestão Estratégica 
em Psicopedagogia para encontrar maneiras diferenciadas de idealizar novos 
saberes, expandir as várias possibilidades de aprendizagem dos alunos e criar 
condições para que todos possam olhar o futuro com esperança. 
 
O psicopedagogo e o seu papel frente aos desafios 
Pode-se dizer que o psicopedagogo é um profissional com uma formação que 
abrange duas dimensões. A primeira, a formação teórico-científica, incluindo a 
formação acadêmica específica nas disciplinas em que o docente se especializa em 
uma formação pedagógica que envolve conhecimentos da filosofia, sociologia, 
história da educação e da própria pedagogia que contribuem para o esclarecimento 
do fenômeno educativo no contexto histórico social. 
A segunda, a formação técnica-prática que visa a preparação profissional 
específica para a docência incluindo a didática, as metodologias específicas das 
matérias, psicologia da educação e pesquisa educacional (PIMENTA, 1999). 
O curso de psicopedagogia ainda é visto sob uma ótica simplista. Não se 
pode renegar o papel de educador, ou seja, um mediador de aprendizagem. Não se 
pode fugir à responsabilidade da educação, mas ao mesmo tempo o psicopedagogo 
é formado para atuar em outros espaços que precisam de sua intervenção com o 
intuito de viabilizar a aprendizagem. 
Este é um profissional qualificado para atuar em diversos campos educativos, 
e essa atuação pode ser formal, não formal e informal. Sendo assim ele deixa de 
 
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atuar só em questões escolares, conquistando um espaço bem mais amplo com o 
na empresa e da clínica. 
O psicopedagogo a ser formado deverá ser capaz de atuar segundo múltiplas 
dimensões como a política, ética, artística, técnica e afetiva, entre outras. Um 
profissional capaz de compreender as relações educativas que ocorrem no âmbito 
dessa sociedade dos sistemas de ensino, da escola, da sala de aula e de outras 
agências educacionais, todas elas consideradas em seu contexto e que envolvem 
simultaneamente dimensões individuais e sociais. 
O campo de atividade pedagógica extra-escolar é extenso, pode-se incluir no 
item da educação extra-escolar toda a gama de agentes pedagógicos que atua no 
âmbito da vida privada e social. Pais, trabalhadores voluntários e associações, 
centro de lazer, todos atuam como pedagogos, mesmo sem a formação acadêmica. 
Mediante os novos paradigmas no mercado te trabalho, muitos empresários 
percebem a importância do pedagogo para o crescimento organizacional. 
Instrutores, animadores, formadores, organizadores técnicos, consultores, 
orientadores são profissionais que exercem sistematicamente atividades 
pedagógicas e que ocupam parte de seu tempo nestas que se desenvolvem em 
órgãos públicos e privados, ligados às empresas, à cultura, aos serviços de 
alimentação, promoção social (BOMFIM, 2004). 
Muitos trabalhadores, engenheiros e técnicos dedicam boa parte de seu 
tempo a supervisionar ou ensinar funcionários e estagiários no local de trabalho. 
Estes profissionais ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas, em 
órgãos públicos e empresas, referentes

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