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Prévia do material em texto

LEONARDO HENRIQUE CARDOSO
CENTRO DE TRATAMENTOS 
ONCOLÓGICOS INFANTIL
LEONARDO HENRIQUE CARDOSO
UNIVERSIDADE ESTÁCIO
RIBEIRÃO PRETO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS INFANTIL
PROPOSTA DE UM CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS ESPECIALIZADO EM PEDIATRIA 
LEONARDO HENRIQUE CARDOSO
Trabalho final de graduação apresentado 
á universidade Estácio para a obtenção 
do título de arquiteto e urbanista.
Sob orientação da professora ME Catherine D’Andrea
.
RIBEIRÃO PRETO
2020
2
FICHA CATALOGRAFICA 
Orientador:
____________________________________________________________
Professora Catherine D’Andrea
1. Examinador
____________________________________________________________
Nome
2. Examinador
____________________________________________________________
Nome
CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS INFANTIL
PROPOSTA DE UM CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS ESPECIALIZADO EM PEDIATRIA 
Comece acreditando que é possível.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO - RIBEIRÃO PRETO
Agradecimentos
Agradeço meus pais, Gislaine e Leandro, a 
minha irmã Rosa, pelo apoio e incentivo 
constante, as minhas avós, Cleide e Maria 
Abadia, que sempre estiveram comigo nessa 
jornada.
Aos meus Familiares que de alguma maneira 
sempre estiveram dispostos a me ajudar.
Aos meus amigos que sempre me encorajaram 
nos momentos difíceis. Em especial minha 
amiga Maysa.
Agradeço a minha orientadora e coordenadora 
Catherine, que sempre se mostrou presente 
desde o inicio da minha graduação. 
‘‘Eu sei o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma incessante 
devoção ás coisas que você quer que aconteça’’ (Frank Lloyd Wright)
Resumo
O trabalho proposto tem como intuito desenvolver o projeto 
arquitetônico de um centro de tratamentos oncológicos 
infantil, visando um atendimento gratuito e especializado. 
Melhorando na qualidade de vida e recuperação rápida do 
paciente.
Também visa um ambiente humanizado, tanto no 
atendimento quanto no espaço em si. Para atender as 
crianças de Ribeirão Preto e região.
Palavras chave: Humanização - Qualidade de vida - Câncer 
infantil - Tratamentos Pediátrico - Cura.
Sumário
1. INTRODUÇÃO..................................13
1.1 Justificativa .......................................14
1.2 Objetivos geral .................................14
1.3 Objetivos específicos ........................14
1.4 Metodologia .....................................14
5. Legislação Vigente.........................
6. Leituras Projetuais .............................................49
6.1 Hospital Albert Einstein Novo Pavilhão Vicky e Joseph 
Safra.........................................................................50
6.2 Hospital Infantil Nemours ................................55
6.3 Hospital Sírio Libanês ......................................59
7. O lugar ................................................................64
7.1 Localização........................................................65
7.2 Legislação..........................................................66
7.3 Levantamento morfológico................................67
1
2
3
4
5
6
7
5. Ambientes Hospitalares...................................40
5.1 Humanização em ambientes Hospitalares.....42
5.2 Seis Fatores que Influenciam no Ambiente...43
4. Tratamentos Contra o Câncer .............32
4.1 Cirurgias ...........................................33
4.2 Radioterapia ......................................33
4.3 Quimioterapia ...................................36
4.4 Transplante de Medula Óssea ...........37
3. O que é o Câncer..............................24
3.1 Câncer no Brasil.............................26
3.2 Câncer Infantil ...............................28
2. Evolução do hospital ........................16
2.1 O SUS..............................................20
2.2 Humaniza SUS................................22
8. O projeto .............................................................76
8.1 Conceito e partido..............................................78
8.2 Distribuição .......................................................81
8.3 Programa de necessidade...................................85
8.4 Plano de massas.................................................87
8
10
9. Referências Bibliográficos ...................................89
9
Fonte: Rafael - Hospital do Câncer de Barretos
Introdução
Capitulo 1
 1. Introdução
A humanização em espaços hospitalares foi colocada em pauta nos ultimos anos, 
porem ainda é difícil encontrar edificações de saúde que se preocupam com a 
humanização.
Podemos observar que a grande maioria das instituições hospitalares tem como 
partido a funcionalidade técnica, deixando de lado o a humanização e o conforto 
ambiental.
Atualmente a importância dos espaços humanizados vem ganhando atenção, e 
mostrando com pesquisas cientificas como o ambiente pode influenciar no 
comportamento e saúde do usuário. Aspectos como, iluminação, ventilação, 
cores, e comunicação pessoal, se mostram de uma grande importância a cada dia.
Quando se fala em humanização em hospitais infantis, a importância cresce 
ainda mais, devido a imaturidade da criança em entender sua situação clinica, 
internação, e tratamento. Alem da sua mudança de rotina e seu afastamento do 
meio familiar e social.
Aos olhos da criança, o hospital moderno trás aspectos e sentimentos negativos, 
oquê afeta tanto no seu desenvolvimento físico quanto no seu desenvolvimento 
psicológico. Com isso o hospital fica marcado na memoria da criança, como um 
local de dor e medo.
A humanização em espaços pediátricos é o atendimento personalizado com cada 
criança e adolescente, de forma que o contato entre paciente, familiares e 
profissionais seja menos formal, e mais humanizada. Diminuindo a dor e 
influenciando no processo dos seus tratamentos, ou até mesmo a cura.
 
 
 ‘‘A humanização nas instituições de saúde aplicada com o Trabalho 
artístico dos Doutores da Alegria construiu, ao longo de anos, uma parceria 
bem sucedida entre artistas e profissionais de saúde, estimulando 
alterações importantes em relação às crianças hospitalizadas: mudança 
positiva no comportamento, maior colaboração com exames e tratamentos, 
melhora na comunicação, diminuição de ansiedade com a internação e 
eventuais intervenções cirúrgicas, foram alguns dos efeitos relatados pelas 
crianças, pais e profissionais de saúde.’’ ( Masetti 2003,p.15)
 
 
Analisando essa situação será desenvolvido um Centro de Tratamento 
Oncológico Pediátrico, em que as crianças e adolescentes diagnosticadas com 
câncer, possam realizar seus tratamentos em um local humanizado e que 
promova conforto. De forma que melhore a qualidade de vida e o processo de 
cura do paciente. 
Fonte: Arena Business
13
 1.1 Justificativa
O câncer é responsável por 12% de todas as causas de óbito no mundo, mais de 7 
milhões de pessoas morrem anualmente da doença (UICC-International union 
against câncer). Anualmente esses números vem crescendo consideravelmente e 
a explicação para isso, seria a exposição dos indivíduos a fatores de riscos 
cancerígenos.
De acordo com o ministério da saúde,(2020), no Brasil a cada 1.000 brasileiros, 
são descoberto 2 novos casos por ano. Na população infantil cerca de 12.000 
crianças e adolescentes são diagnosticadas por ano.
As crianças que frequentam ou estão internadas em hospitais por tempo 
indeterminado, necessitam de uma atenção especial dos profissionais. Estas 
crianças se afastam da sua rotina e se deparam com um local onde ela é 
direcionada frequentemente a procedimentos dolorosos, tal fator podem 
contribuir para futuros traumas. 
Estudos sobre a humanização em ambientes hospitalares começaram ser 
abordados nos anos 80, desde então os hospitais desenvolvem ações 
consideradas humanizadoras na intenção de desenvolver melhor conforto ao 
paciente , tanto na humanização do atendimento, quanto na humanização do 
espaço hospitalar.
A região de Ribeirão Preto é formada por um conjunto de34 cidades, e tem como 
polo de tratamentos oncológicos infantil, o HC da criança do hospital das 
clinicas da faculdade de medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Com isso as 
crianças de toda região tendem a se deslocar da sua cidade até a cidade de 
Ribeirão Preto, em busca de tratamentos, e muitas das crianças com a saúde 
debilitada.
De acordo com o site saopaulo.sp.gov.br (Portal do governo) 2017, o HC da 
criança conta com 233 leitos, 72 salas e consultórios, 3 salas cirúrgicas, e 15 
leitos de UTI, atendendo em média 300 pacientes por dia.
Com a finalidade de desafogar o HC da criança, e de diminuir a distancia no 
deslocamento dos pacientes em busca de tratamentos, é proposto um centro de 
tratamentos oncológicos infantil na cidade de Sertãozinho, que além de englobar
 
 1.2 Objetivos Gerais 
Projetar um hospital especializado em combate e prevenção ao câncer para 
crianças e adolescentes, visando proporcionar a segurança, funcionalidade e bem 
estar de todos.
1.3 Objetivo Especifico
 
Provocar um aspecto lúdico fazendo o uso de desenhos coloridos nos pisos, e 
disponibilizando espaços para diversão e interação. Como por exemplo sala de 
jogos, brinquedoteca, playgrounds e cinema, fazendo uso de diferentes materiais e 
cores proporcionando um local com maior tranquilidade e conforto, e não o 
ambiente hospitalar que estamos enraizados.
 1.4 Metodologia
O projeto é fundamentado por pesquisas bibliográficas. Fazendo a utilização de 
livros, artigos científicos, trabalhos de final de graduação disponíveis digitalmente.
Tais estudos demonstram a evolução do ambiente hospitalar, os tipos de doenças 
oncológicas e seus tratamentos, e como foco do projeto, a importância da 
humaização em espaços hospitalares, fator que influencia na melhora física e 
piscicologicas do paciente, principalmente ambientes pediátricos. Atribuindo uma 
melhora na qualidade de vida e na auto estima.
O projeto arquitetônico e a diagramação do caderno, será desenvolvido pelos 
softwares Corel Draw, AutoCad e maquete eletrônica pelo Sketchup junto ao V-ray.
um grupo de cidades que a tem como referencia, conta com um déficit de 
instituições voltadas ao combate e prevenção ao câncer.
14
Fonte: Rafael - Hospital do Câncer de Barretos
Capitulo 2
Evolução 
Do HospitalEspaço pra inserir o 
desenho de uma criança 
paciente do hc da criança.
Desenho ainda não 
disponível. 
2. Evolução do hospital
Definição de hospital
Hospital, do latim hospitalis, adjetivo derivado de hospes (hospede, estrangeiro, 
viajante). "O que da agasalho, que hospeda"
Hospitium, lugar onde os hospedes eram recebidos, dai o nome de hospício para 
estabelecimentos que recebiam enfermos pobres e incuráveis, ou insanos.
 (Hospital Colônia de Barbacena (MG), nos anos 60. Aberto em 1903, comportava 
 200 pacientes, mas chegou a abrigar 5 mil internos.) Fonte: OUTRASPALAVRAS.
Em sua origem os hospitais eram locais onde as pessoas com doenças graves ou 
sem cura iam para morrer, não tendo o caracter de órgão curativo. Eram 
instituições beneficiente e agências de ajuda aos pobres.
 
 
Originárias da época de (3.300 a 2.360 a.c), foram encontrados em luxor os 
chamados, papiros médicos ou papiros medicinais. São antigos textos egípcios 
escrito em papiros, os procedimentos e práticas medicas do antigo egito. Esses 
papiros relatam detalhes como, diagnósticos, doenças, remédios indicados, 
cirurgias ou encantos mágicos.
Os egípcios consideravam a respiração a função vital mais importante e o coração 
sendo o centro da circulação sanguínea. Na mitologia grega são encontrados 
muitas figuras simbólicas da medicina. As mais importantes são: Apolo, Quiron e 
Asclépio. Nessa época de (3.300 a 2.360 a.c), já eram reconhecidas varias 
doenças, cardíacas, abdominais, oftalmológica, distúrbios da bexiga, e edemas. 
A India é registrada como um grande construtor em 226 a.c, o rei Asota 
influenciado pelo budismo foi o grande compulsor.
 A partir do século ıv com crescimento do cristianismo, que os hospitais se 
expandiram. Comandado por sacerdotes e religiosos, os monastérios passaram a 
servir de refúgio para viajantes e doentes pobres, Esses lugares possuíam um 
infermitorium , onde os pacientes eram tratados, uma farmácia, e um jardim com 
plantas medicinais. Foram eles que se tornaram modelo para os hospitais 
modernos.
 
 
‘’É a parte integrante de uma organização médica e social, 
cuja função básica consiste em proporcionar à população 
assistência médica integral, preventiva e curativa sob 
qualquer regime de atendimento, inclusive domiciliar, 
constituindo-se também como centro de educação, 
capacitação de recursos humanos e de pesquisas em 
saúde, bem como encaminhamento de pacientes, cabendo-
lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a 
ele vinculados tecnicamente.’’ (Ministério da Saúde)
(Escritos da época em papiros)
 Fonte: Wickipdia 
(Cidade de Luxor) Fonte:Mirelle Tomé 2017 
17
Marco da história, o hotel Dieu, em Lion construído nos tempos medíevais, 
servia originalmente como ponto de encontro pontificia e refugio para membros 
locais e itinerantes do clero.
Quando o primeiro medico maltre martin conras foi contratado em 1454, o "hotel 
Dieu" se transformou em hospital totalmente funcional um dos mais importantes 
da França.
 (Hotel Dieu tranformado em hospital em 1454) Fonte: Vincent-Ramet.
Os concelhos da cartagena e o de aquisgrana orientou que os hospitais fossem 
edificados próximo de igrejas ou conventos, e determinou algumas regras para as 
construções.
A planta física de cada sala deveria ter um altar, e a posição das camas deveriam 
permitir a observação de atos religiosos. A sobrevivência financeira do hospital 
medieval, era constituída por doações ligadas a oferendas, propriedades de 
terras.
Na renascença as congregações religiosas foram perdendo o controle dos 
hospitais e estes foram criando caráter municipal.
O governo francês, após o incêndio do Hospital de Dieu, criou uma comissão 
formada por figuras importantes (Lavoisier, Laplace, Tennon,entre outros), onde 
criaram diretrizes de projeto para a reforma do hospital que foram adotadas por 
muitos hospitais do mundo. As diretrizes aconselhavam:
· Numero máximo de leitos inferior a 1.200 para reduzir a contaminação.
· Maior isolamento entre as enfermeiras.
· Circulação de ar com aberturas de todos os lados.
· 
· Os pavilhões dispostos em ordem paralela.
· As fachadas devem ser uma ao norte e outra ao sul
· Implantação de jardins (tratados) entre os pavilhões.
Até 1650 acreditava-se que as doenças eram derivadas da poluição, podridão, 
cheiro ruim, suor fétio, espíritos dos animais, e fermentação do sangue. Anos 
depois começaram a entender e comprovar a existência de bactérias em algumas 
doenças (fungos, germes, vermes, vírus, entre outros...).
O Brasil logo após a descoberta deu início a assistência hospitalar. O sistema foi 
criado pela rainha Leonor de Lencastre (91458 – 1525). Fundou as Santas casas 
da misericórdia.
Em 1543 foi fundado em Santos o primeiro hospital do Brasil, feito por Brás 
Cubas. Logo depois foi construído o primeiro hospital de Pernambuco, em 
Olinda. E em São Paulo foi criado a santa casa antes do final do século XVI.
No século XVIII surgiram os hospitais militares no pais. Somente quem era 
militar tinha assistência médica nesses hospitais.
 (Hospital militar e quartel da guarda fiscal) 
 Fonte: Livro a historia da arquitetura hospitalar.
O problema principal relacionado a saúde na época, eram as pestes, 
principalmente variola e febre amarela. Com esses problemas o império percebeu 
a falta de leitos hospitalares para a quantidade de enfermos.
Apenas em 1850 o império criou hospitais de isolamento destinado aos enfermos 
atingidos pelas epidemias de febre amarela e cólera.
18
A oferta de assistênciamédica pelo governo quase não existia até 1920. Em 1920 
foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), com isso a 
assistência hospitalar se relacionava cada vez mais com as politicas de 
previdência social.
Após muitas mudanças e evoluções do hospital e do governo, é criado em 1988 o 
SUS – Sistema Único de Saúde. O sus visa atender toda a população sem 
preconceitos quanto a, raça, sexualidade, e classe social.
Nesse novo cenário, o Ministério da Saúde, abordando os aspectos do projeto 
arquitetônico adequado às suas funções, criou um novo documento, a 
Portaria MS nº 1884/94, que estabelece as Normas para Projetos Físicos de 
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, que foi atualizada em 2002 pela RDC 
ANVISA n° 50/2002.
. Em:
·1988 – Promulgação da Constituição do Brasil: sétima Constituição do 
Brasil promulgada em 5 de outubro. 
·1990 – Publicação da Lei Orgânica da Saúde: cria em 19 de setembro o sistema 
público de saúde brasileiro: Sistema Único de Saúde(SUS). 
·1994– Publicação da Portaria n. 1.884/GM do Ministério da Saúde em 11 de 
novembro, que determina pela primeira vez a obrigatoriedade de exame e 
aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de 
saúde, em todo o território nacional, na área pública ou privada. 
·1999– Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Lei 
n.9.782, de 26 de janeiro, que define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras 
providências. 
·2002 – Publicação da Resolução RDC n.50, de 21 de fevereiro, que dispõe 
sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e 
avaliação de projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. 
·2003 – Criação da Política Nacional de Humanização (PNH) Criado o PNH 
a partir do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar 
(PNHAH) de 2000. 
·2013 – Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) 
através da Portaria n. 529, de 1° de abril do Ministério da Saúde: 
estabelece o objetivo geral de “[...] contribuir para a qualificação do 
cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional”. 
Enquanto que na antiguidade os hospitais eram templos, igrejas, monastérios e 
hotéis adaptados. A forma moderna de um hospital era feita por monoblocos, e 
separações onde dividiam os doentes por idade, categoria de doenças e por sexo. 
Assim surge o hospital pavilhonar, como solução arquitetônica ideal. 
 
 (Desenho demonstrativo em planta de um hospital pavilhonar) 
 Fonte: Corbella i Corbella, Escudé i Aixelà and Pujol i Ros, 2006, 21.
Com a revolução tecnológica da construção cívil e com a descoberta da estrutura 
metálica, surge uma nova tipologia, o monobloco vertical.
Através dos séculos os hospitais deixam de ser o lugar onde se confinavam 
doentes e os preparavam para a morte e passa a ser uma instituição com 
especialidades médicas e alta tecnologia, com fins curativos e com objetivo da 
recuperação total do enfermo.
19
Atualmente o conceito da setorização moderna ainda é usada por diversos 
hospitais atuais, a separação de salas e alas da modernidade se estende até hoje, 
com algumas melhoras no âmbito construtivo devido as descobertas tecnológicas 
das ultimas décadas.
2.1 O SUS
Antes da constituição de 1988 não havia um modelo de saúde no Brasil, eram 
apenas ações voltadas ao capital. Dando mais importância ao sistema financeiro, 
do que a saúde.
A organização no que visa um ‘‘sistema’’ de saúde, era feita por boticários e 
curandeiros. Antes de 1800 haviam apenas 4 médicos no Brasil e os 
medicamentos tinham alto custo, por serem originários de portugal e do oriente.
O perfil econômico do pais era de um país agrário exportador, com isso chegavam 
doenças de outros países, e também eram disseminadas doenças tropicais 
oriundas do Brasil. Com o grande número de pessoas vindas de outros países e 
com o saneamento precário e aglomerado as doenças se propagavam com mais 
facilidade.
Cortiços Rio de Janeiro Fonte: flickrCortiços Rio de Janeiro Fonte:
http://arteculturaeliteratura.blogspot.com
A 8° Conferencia Nacional da Saúde em 1986, propôs um novo conceito de saúde 
pública no Brasil, com mudanças baseadas no direito universal a saúde, com 
melhores condições de vida. Com a presença de organismos internacionais, fez 
com que a sociedade desse mais atenção aos valores de saneamento e na 
participação das decisões.
O relatório de base que demonstravam os conceitos discutidos na 8° conferência 
nacional de saúde , foi usado para elaboração do capitulo de saúde da constituição 
de 1988 e para a criação do SUS - Sistema Único de Saúde.
A criação do SUS possibilitou o acesso universal a saúde sem nenhum tipo de 
discriminação. Dando atenção total e integral em doenças de alta complexidade, 
assim como em cuidados assistenciais.
Mesa de debate da 8° conferencia Nacional de Saúde. Fonte: Ministério da Saúde
Sistema
Único 
De Saúde
Fonte: Ministério da Saúde (Modificado pelo autor)
20
Uma das leis regentes do Sistema Unico de Saúde é a (lei 8.080/1990). Dentro do 
Art. 5 desta lei, se encontra os objetivos do SUS, que seriam:
Ÿ I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da 
saúde;
Ÿ II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
Ÿ III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas.
Com estes objetivos, fica a cargo do SUS a criação de politicas e a execução de 
ações de:
Ÿ Vigilância sanitária,
Ÿ Vigilância ambiental 
Ÿ Vigilância epidemiológica
Ÿ Saúde do trabalhador 
Ÿ Vigilância nutricional
Ÿ Saneamento
Ÿ As relativas politicas de sangue e hemoderivados
O SUS pode também expedir normas e condições de funcionamento para 
instituições de serviços médicos no país. Alem de realizar contratos de direito 
público quando sua disponibilidade for insuficiente, para garantir assistência 
médica.
O Sistema Único de Saúde tem como base 3 objetivos doutrinários:
Universalidade - Busca atender a todos sem distinção ou restrição, oferecendo a 
todos a atenção necessária sem qualquer custo, independente da faixa etária, raça 
cor, ou classe social.
Eqüidade - Visa disponibilizar os recursos e serviços com justiça, e de acordo com 
as necessidades de cada um, dando maior atenção aos que mais necessitam.
Integralidade - Oferecer atenção necessária a saúde da população, promovendo 
ações continuas de prevenção e tratamento aos indivíduos da comunidade em 
quaisquer níveis de complexidade. 
Com base nos objetivos doutrinários, foram criados os objetivos organizativos, 
objetivos na qual visa uma organização que traga mas facilidade ao sistema de 
forma que promova melhor qualidade no atendimento.
De acordo com o site oficial do Ministério da Saúde, os objetivos organizativos ou 
operacionais são:
Regionalização e Hierarquização - os serviços devem ser organizados em níveis 
crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, 
planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento 
da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre 
os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a 
hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de 
acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos 
limites dos recursos disponíveis numa dada região.
Descentralização - descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os 
três níveis de governo. Com relação à saúde,descentralização objetiva prestar 
serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos 
cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o 
município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, 
técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o 
princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, 
onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
Art. 196 da Constituição Federal. ‘‘A saúde é direito de 
todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação.’’
21
Participação Popular - a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para 
isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam 
formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
2.2 Politica Nacional de Humanização
Em 2003 foi lançada a Politica Nacional de Humanização (PNH), com o intuito de 
mudar os modos de gerir e cuidar dos pacientes em serviços de saúde.
Seus macro objetivos são:
Ÿ Ampliar as ofertas da Politica Nacional de Humanização aos gestores e aos 
conselheiros de saúde, priorizando a atenção básica e hospitalar, com ênfase 
nos hospitais de urgência e universitários.
Ÿ Incentivar a inserção dos trabalhadores do SUS na agenda dos conselhos de 
saúde e das organizações da sociedade civil.
Ÿ Exibir a politica de humanização e ampliar os processos de formação e 
produção de conhecimento em conjunto com movimentos sociais e 
institucionais
A PNH também conhecida com Humaniza SUS, tem como objetivos primários:
Ÿ Contagiar outras pessoas para exercer a humanização nos atendimentos de 
saúde, começando pela sensibilização dos gestores e trabalhadores para por 
fim sensibilizar os pacientes.
Ÿ Fortalecer iniciativas de humanização existentes.
Ÿ Aprimora estrategias e métodos a fim de aprimorar e obter mudanças nos 
modelos de atenção e gestão.
Ÿ Implantar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando 
experiências geradas no SUS.
De forma que obtenha os seguintes resultados:
Ÿ Atendimento acolhedor e resolutivo.
Ÿ Implantação de modelo de atenção com responsabilidade e vinculo com o 
usuário.
Ÿ Garantia dos direitos do usuário.
Ÿ Valorização dos trabalhos de saúde.
Ÿ Maior participação dos gestores nas atividades de contato direto .
Tais mudanças construídas de forma coletiva e compartilhada, atingindo o 
usuário, trabalhadores, e gestores.
Os princípios da Politica Nacional de Humanização são a tranversalidade, 
indissociabilidade entre atenção e gestão, e protagonismo corresponsabilidade e 
autonomia dos sujeitos e dos coletivos.
Transaversabilidade.
Tem que se fazer presente em todas politicas do SUS, buscando transformar as 
relações de trabalho. Ampliando o grau de contato entre os trabalhadores, e da 
comunicação entre as pessoas de todos saberes e especialidades, para juntos 
produzirem melhor qualidade na saúde.
Indissociabilidae entre atenção e gestão.
Trabalhadores e usuarios, buscam entender o funcionamento da gestão e os 
serviços da rede de saúde, e participar das tomadas de decisões nas organizações 
de saúde. 
Protagonismo corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos.
Toda e qualquer mudança é mais concreta se construída com autonomia e vontade 
das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. Onde os usuários 
não são só os pacientes, mas também trabalhadores e gestores.
Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legitima cidadã de direitos, e 
valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde.
‘‘Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular 
necessidade de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar 
a relação entre equipes/serviços e usuários/populações. Como valor 
das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, 
a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a 
construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as 
Equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário Com sua rede 
socioafetiva.’’ - Biblioteca virtual do Ministério da Saúde
22
O câncer
Capitulo 3
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3. O que é câncer?
Câncer é um conjunto de doenças que tem como similaridade o crescimento 
descontrolado das células em diferentes partes do corpo, que invadem orgãos e 
tecidos. A enfermidade também é conhecida como neoplasia, e oncologia é a 
ciência que estuda essa doença, e os profissionais são nomeados de oncologistas.
Trilhões de células vivas formam o corpo humano, também chamada de células 
normais, que se dividem e morrem de forma controlada e natural. O câncer tem 
início quando as células de algum órgão ou tecido começam a se multiplicar 
descontroladamente. O crescimento de células cancerígenas se diferencia pelo 
fato de romperem o que seria um ciclo natural, que seria se dividirem e 
realizarem a apoptose.
As células cancerosas se multiplicam e o crescimento descontrolado invadem 
células saudáveis de outros órgãos e tecidos. Estas células se tornam 
cancerígenas pois há alteração em seu DNA, corrompendo o gene chamado 
oncogene, que realiza a divisão celular e a morte da célula no momento certo.
(Processo de desenvolvimento de um tumor) Fonte: INCA 
Célula normal
Tecido
Órgão
(pulmão)
Agente canceroso
Tecido infectado
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas 
pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos 
ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas 
desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo 
carcinógeno. ( Inca. 2018)
Fonte: INCA; Modificado pelo autor.
As causas do câncer podem ser tanto por fatores genético como por fatores 
ambientais.
Nas causas genéticas é pré-determinada a causa, devido a capacidade do 
organismo se defender de agressões externas, ou por herdar um DNA 
corrompido de algum familiar já diagnosticado com a doença.
Nas causa ambientais e químicas, tem ligação com a alimentação, condições de 
trabalho, medicamentos, hormônios, radiação, vírus, hábitos sexuais, entre 
outros fatores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar 
Gomes da Silva (INCA). Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados 
a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio 
homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos 
de câncer.
25
3.1 Câncer no Brasil
Assim como no mundo, o número de casos de câncer no Brasil cresce em conjunto 
com as transformações globais dos últimos anos, que muda a situação de saúde pela 
urbanização acelerada.
Uma pesquisa feita pelo ministério da saúde em 2014, apontou cerca de 427 mil 
casos no Brasil em 2006 – ou 355 mil se excluído os casos de tumores de pele não 
melanoma. Esse número corresponde a 2 novos casos por ano, a cada 1.000 
brasileiros.
No Brasil, o número de pacientes que recorrem ao SUS (Sistema Único de Saúde) 
passou de 292 mil em 2010 para 393 mil no ano de 2015. Atualmente, o SUS atende 
474 mil pacientes.
Os tipos de câncer mais incidentes no país são: 
 - Em homens, Brasil, 2020
 
 
 
 Fonte INCA.
 
Para ter acesso ao diagnóstico e tratamento pelo SUS é preciso um 
encaminhamento para um ambulatório de especialidades para realizar outros 
exames mais aprofundados. Feito isso, é confirmado ou não o diagnóstico e então 
o SUS têm 60 dias para dar início ao tratamento em centros de tratamento 
especializados.
“São hospitais de referência, muitos deles comequipes de pesquisa. Com o diagnóstico, 
normalmente o tratamento começa bem antes 
dos 60 d i as ” ( d i z F ranc ies , ge ren te 
administrativo do instituto de responsabilidade 
social do hospital Sírio-Libanês.
Embora o tratamento seja considerado rápido, o SUS conta com outros problemas 
como a demora na obtenção de novas tecnologias e remédios para o câncer na rede 
pública.
 - Em mulheres, Brasil, 2020
 
 Fonte INCA.
26
Após a consulta o médico precisa pedir autorização ao convênio para realizar 
exames, a empresa tem até 5 dias para autorizar ou até 10 dias se solicitar mais 
informações do caso do paciente. Depois do exame o convênio precisara aprovar 
o tratamento indicado para o paciente. A espera pelo tratamento varia de caso para 
caso.
Atualmente no Brasil existem 410 instituições privadas voltadas ao câncer. Os 
estados com a maior concentração de hospitais privados que oferecem tratamento 
oncológicos são: 
Ÿ São Paulo com 149 hospitais 
Ÿ Minas Gerais com 51 hospitais 
Ÿ Rio Grande do Sul com 43 hospitais
Fonte: MS/SVS/DASIS/CGIAE/ Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM. MS/INCA/ Conprev/Divisão 
de informação; modificado pelo autor
No Brasil, a mortalidade por neoplasia aumentou consideravelmente nas últimas 
décadas. Em 2004 a mortalidade por câncer representou 13,7% de todos os óbitos 
registrados no país, ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório. 
Estimativas para o ano de 2020 do número de casos novos de câncer, por Estado, levando em 
contas os tipos de câncer mais incidentes.
Fonte: INCA
30,8
5,2
10,0
12,413,7
27,930,0
20,0
10,0
0,0
Ap
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cri
na
s
Ou
tra
s
Merulla Steagall, presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, 
lembrou que muitos medicamentos novos para o tratamento de câncer são 
incorporados antes na rede privada do que na rede pública. Diz também que 
medicamentos aprovados a 10 anos pela Anvisa para os tratamentos ainda não se 
encontram disponíveis para os usuários do SUS.
Na rede pública existem 317 unidades e centros de assistência habilitados no 
tratamento do câncer, porém só 73 especializados na doença (Fonte: Jornal da 
Record 07/2017). Todos os estados tem pelo menos 1 hospital habilitado em 
oncologia. Os estados com mais instituições que tratam o câncer em conjunto ao 
SUS são: 
 
Ÿ São Paulo com 80 hospitais
 
Ÿ Minas Gerais com 37 hospitais
 
Ÿ Rio de Janeiro com 30 hospitais
No sistema privado os desafios são diferentes, muitas vezes o paciente se depara 
com a demora em consultas com determinados especialistas, além de ter que 
esperar durante muito tempo a liberação do convênio para determinados exames 
ou para o próprio tratamento. Em alguns casos o plano não arca com alguns 
quimioterápicos indicados pelo médico.
O acesso ao tratamento conta com algumas diferenças quando comparado com a 
rede pública. Em primeiro lugar o paciente vai até um consultório que seja 
convêniado, ou medico convêniado. Feito isso o plano de saúde tem até um mês 
para conseguir a consulta para seu convêniado.
27
3.2 Câncer Infantil
No câncer infantil as causas são pouco conhecidas, acredita-se que alguns tipos 
específicos já sejam determinados geneticamente. De acordo com a medicina 
especializada em oncologia, o tumor infantil possui menor tempo de evolução, em 
geral crescem rapidamente e são mais agressivos. Porém, apresenta respostas 
positivas aos tratamentos.
A partir dos dados obtidos do RCBP, no Brasil o câncer pediátrico varia 1% 
(Palmas, 2.000 – 2.001) a 4,6% (Campo Grande, 2.000) de todos os tipos e que os 
mais freqüentes na população infantil são a leucemia, linfoma e os tumores no 
sistema nervoso central.
A leucemia é o câncer infantil com maior ocorrência no Brasil e no mundo, as 
crianças com idade inferior a 5 anos são as mais acometidas por este tipo de 
neoplasia.
 Enquanto o câncer em adultos tem ligação com, sol, tabagismo, álcool entre 
outras exposições, o câncer infantil não tem ligações com fatores químicos e 
ambientais. Os sintomas do câncer infantil são semelhantes com as de doenças 
comuns entre as crianças, por isso é fundamental realizar consultas freqüentes ao 
pediatra, profissionais que poderão identificar os primeiros sinais de um possível 
câncer.
Alguns sinais de alerta:
Ÿ Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea.
Ÿ Caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais 
de infecção
16%
18%
18%
1%10%
5%
8%
8%
1%
7%
4% 4%
Leucemia
Linfomas e Neoplasias Reticulo - endoteliais
SNC e Miscelânia de Neoplasias Intracranianas 
e Intraespinhais
Tumores no Sistema Nervoso
Retinoblastoma
Retinoblastoma
Tumores Renais 
Tumores Hepáticos 
Tumores Ósseos malignos
Sarcomas de Partes Moles
Neoplasia de Célula Germinativas transflobásticas, 
e outras Gonadais
Carcinomas e Outras Neoplasias Malignas Epiteliais
(Gráfico dos tipos de tumores mais freqüentes 
 em crianças) Fonte: INCA; modificado pelo autor
“Temos visto que a detecção precoce do câncer, feitos nos 
serviços de saúde, têm sido cruciais para a queda na 
mortalidade. Isso é imprescindível, pois para a obtenção de 
melhores resultados, é preciso ter diagnóstico precoce e o ágil 
encaminhamento para início de tratamento” – (Fátima 
Marinho, diretora de departamento de doenças e agravos não-
transmissíveis e promoção de saúde, do Ministério da Saúde, 
2018). 
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 
(INCA), cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer 
anualmente no Brasil, o que seria equivalente a 32 casos por dia, e é considerada a 
primeira causa de morte por doença na população infanto-juvenil.
Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos por câncer podem ser 
curados se forem diagnosticados precocemente e tratados em centros 
especializados.
28
AM
3
BA
19
CE
10
DF 9
ES
8
GO
5
MA
5
MT
5
MS
7
MG
37
PA
4
PB 5
AP
1
AL 5AC
1
PR
28
PE 12
PI
3
RJ
30
RN 7
RS
30
RO
4
RR
1
SC
20
SP
80
SE 3
TO
3
Número de hospitais especializados em oncologia, por estado (Brasi). De acordo 
com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
(Mapa com o numero de hospitais púbicos especializados em oncologia no 
Brasil) Fonte: Acervo pessoal; dados retirados do site INCA
Estimativas para o ano de 2020 do número de casos novos de câncer por estado 
(Brasil)
Fonte: INCA
Um estudo feito em 2018 pelo Observatório de Oncologia do movimento todos 
juntos contra o câncer (TJCC), junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM). 
Segundo o estudo as regiões com o maior IDH (Indice de desenvolvimento 
humano) mais altos, são onde o câncer é a principal causa de morte.
Entre as 516 cidades brasileiras onde os tumores são a primeira causa de morte, 
80% se localizam na região sul.
Ÿ Região sul (275 cidades), sudeste (140 cidades) = 80%
Ÿ Região nordeste (48 cidades) = 9%
Ÿ Região centro-oste (34 cidades) = 7%
Ÿ Região norte (19 cidades) = 4%
29
Ÿ Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de 
ar, sudorese noturna.
Ÿ Alterações oculares, pupila branca, estrabismo de inicio recente, 
perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos.
Ÿ Inchaço abdominal.
Ÿ Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou 
grave, vômito ( em especial pela manhã ou com piora ao longo 
dos dias).
Ÿ Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de 
infecção.
Ÿ Fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como 
isolamento social.
Ÿ Tonturas, perda de equilíbrio ou coordenação.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 
(INCA). É estimado que no Brasil ocorra 2704 mortes anualmente pelo câncer 
infantil, e 215.000 casos diagnosticados em crianças menores de 15 anos, e 
cerca de 85.000 em adolescentes de 15 a 19 anos.
Para ajudar a combatere entender o câncer infantil a IARC junto com a 
Organização Mundial da Saúde, busca diminuir a desigualdade no acesso aos 
diagnósticos e na qualidade do tratamento, para que possa melhorar os 
resultados do tratamento para todas as crianças, em especial aqueles que vivem 
em países com recursos limitados.
A iniciativa global tem o intuito de alcançar a taxa de sobrevivência para pelo 
menos em 60% para as crianças com câncer pelo mundo até o ano de 2030. Essa 
meta representa aproximadamente o dobro da taxa de sobrevivência atual. 
Dos 73 hospitais especializados em câncer no Brasil, poucos têm pediatria e os 
que possuem ficam sobrecarregados, além de se localizarem apenas em grandes 
cidades.
O hospital Araújo Jorge, em Goiânia, por exemplo, atendeu em 2017, 5.426 
crianças e 3.277 destas eram de outras cidades do interior e de outros estados, isso 
mostra como o país ainda precisa de hospitais do câncer voltados a pediatria 
(reportagem do Jornal da Record, 2017).
O dia nacional de combate ao câncer infantojuvenil é lembrado oficialmente no 
dia 23 de novembro, a data é uma forma atrair atenção para um grupo de doenças 
oncológicas raras, mas que representam a primeira causa de óbitos entre as 
crianças e adolescentes. Visa também estimular ações educativas associadas a 
doença, realizar debates e outros eventos sobre as politicas publicas de atenção 
integral as crianças e adolescente com câncer, alem de divulgar os avanços 
técnicos da área.
O laço dourado da campanha simboliza a cor da fita destacando a conciência do 
câncer infantojuvenil e o padrão ‘‘ ouro’’ necessário no cuidado e tratamento 
desses pacientes. 
Fonte: Centro Universitário São Camilo
30
Tratamentos
Capitulo 4
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 4.1 Cirurgia
A cirurgia é o tratamento contra o câncer mais antigo considerado o principal 
tratamento e pode ser curativo quando a doença se encontra em estágio inicial. A 
cirurgia também é utilizada com outros fins, como uma biópsia cirúrgica, alivio de 
dores, ou diminuição de um tumor para combina-lo com outro tratamento.
Entre os tipos de cirurgia há, a cirurgia curativa, que é feita quando o tumor está 
localizado em apenas uma área do corpo e provavelmente toda doença possa ser 
retirada. Pode ser usada isoladamente ou em conjunto com radioterapia, 
quimioterapia e outros tratamentos.
Cirurgia para remover parte do tumor
Esse procedimento é usado para remover apenas uma parte do tumor, mas não 
toda doença. Necessário quando a retirada total do tumor causaria muito dano aos 
órgãos ou tecidos próximos, nesse caso é retirado o máximo possível e o restante é 
tratado com quimioterapia ou radioterapia. 
Cirurgia de suporte
A cirurgia de suporte é realizada para pacientes terem outras opções terapêuticas 
como a inserção de cateter para a administração da quimioterapia.
4. Tratamentos contra o Cãncer
Após o paciente ser diagnosticado o médico discutirá as opções de tratamento 
que dependerão do estágio que se encontra o tumor, localização e saúde geral 
do paciente.
Os principais tipos de tratamentos são:
Cirurgia Paliativa
Esse tipo de cirurgia é usado quando a doença já está mais avançada utilizado para 
aliviar dores e desconfortos que a doença causa. Esse método serve para dar 
melhor qualidade de vida para a pessoa mas não para cura-la do câncer.
Cirurgia Profilática
A cirurgia profilática ou preventiva é feita para remover o tecido que 
provavelmente se tornara câncer mesmo que não exista sinais de câncer. Mas isso 
não impede que a doença se manifeste, a cirurgia é indicada para pessoas com 
histórico familiar de câncer.
Os efeitos colaterais que podem ocorrer durante e após a cirurgia são eles, 
hemorragias, danos ao tecido ou órgãos próximos, dor, infecções e recuperação 
lenta das funções do corpo.
 4.2 Radioterapia
A radioterapia é um tratamento indolor onde se utiliza radiação ionizantes, um 
tipo de energia que pode destruir ou impedir que as células do tumor aumente.
A maioria dos pacientes diagnosticados com câncer é tratatado por radiações, e o 
resultado pode ser bastante positivo. O tumor pode ser controlado ou até mesmo 
curado. Quando não é possível a cura a radioterapia pode servir para a diminuição 
do tamanhos do tumor de forma que contribua para a qualidade de vida, aliviando 
a pressão, dores, hemorragias entre outros sintomas.
 O numero de sessões de radioterapia pode variar de acordo com a localização do 
tumor, e podem ser das seguintes formas.
33
Braquiterapia 
São colocados aplicadores pelo médico, no local que se encontra o tumor a ser 
tratado, após a aplicação o aparelho transmite radiação até os aplicadores 
colocados no corpo do paciente. Procedimento feito em ambulatório, podendo ser 
necessário anestesia. As sessões variam de paciente para paciente, na radioterapia 
externa.
Radioterapia externa ( ou tradicional)
Na radioterapia externa o paciente fica deitado no aparelho, que estará 
direcionado para a área a ser tratada, sendo em áreas no rosto ou cabeça, é 
necessário o paciente usar uma mascara que o ajude a manter a posição durante o 
tratamento.
(Paciente fazendo uso da mascara para ajudar a manter a posição durante o tratamento ) Fonte: INCA
Caso a área de tratamento seja no corpo é utilizado um aparelho chamado 
tomógrafo, que ajuda o médico a marcar a área a ser tratada, desenhando sobre a 
pele com uma caneta de tinta vermelha. Essas marcas permanecem até o término 
do tratamento. 
O procedimento acontece com o paciente sozinho na sala enquanto o técnico do 
aparelho fica supervisionando da sala de controle.
Já na Braquiterpia podem ser utilizados diversos dispositivos como cateter e 
aplicadores, isso depende do estado fisico e do tumor do paciente. Alguns 
pacientes precisam de sedação para evitar desconforto na aplicações dos 
aplicadores.
Na Braquiterapia ou radioterapia interna é colocado uma fonte de radiação, dentro 
ou junto a área que precisa de tratamento. Através dos aplicadores é passado a 
radiação, com intuito de desacelerar ou eliminar as células cancerígenas.
(Sala de controle do tratamento de radioterapia) Foto: Unimed Sorocaba
(Marcação para delimitar o local a ser tratado 
com a radioterapia externa) Fonte: INCA
34
Os efeitos colaterais da radioterapia se diferenciam de região para região.
HOMEM MULHER
Região, cabeça e pescoço
Alterações no paladar, dor ao engolir. Reações na pele (pele ressecada, 
escurecida ou avermelhada ou com feridas) que podem causar dor e 
dificuldade para se alimentar. E boca seca ou saliva grossa.
Região torácica 
Cansaço, reações na pele (pele ressecada, escurecida ou avermelhada), 
perda de pelos no local do tratamento, coceira na área tratada, perda de 
apetite e náuseas.
Região pélvica 
Cansaço, alteração do ritmo intestinal (diarréia ou prisão de ventre), 
reações da pele (perda de pelos no local de tratamento, coceira na área e 
ardência ao urinar. 
Cérebro, olho, lábio, boca, 
nasofaringe, orofaringe
Traqueia, brônquios, 
pulmão
Esófago, vesícula, 
vias bilares, ânus
Bexiga, uretra
Pele
Mama
Útero, colo do útero, 
vagina, vulva
Próstata, 
pênis
Atualmente o sistema público tem um déficit em equipamentos de radioterapia. 
Hoje paciente de câncer tratados pelos SUS (sistema único de saúde) enfrentam 
longas filas de espera, e muitos precisam ir para outra cidade para receber 
tratamento, pois não existem salas de radioterapia suficiente para suprir a 
demanda dos diagnosticados.
O SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia) estima que 5.000 pessoas morrem 
todo ano em decorrência do déficit nessa área, considerando apenas os cinco tipos 
de câncer com maior incidência no Brasil. Esse déficit ocorre pelo alto custo e 
complexidade de uma sala de radioterapia, a construção de uma sala de 
radioterapia ou ‘‘Bunker’’ como é chamado. È necessário materiais especiais e 
paredes deconcreto de alta densidade e no mínimo 2 metros de espessura.
Essa construção pode passar de 9 milhões, além do equipamento radiográfico na 
qual o investimento é no mínimo de 7 milhões.
Para esse tipo de obra é necessário profissionais especializados. ‘‘A complexidade 
de uma contrução dessas é muito grande’’ afirma o presidente da SBRT, Arthur 
Accioly Rosa (2019).
O locais do corpo onde o tratamento é mais utilizado são:
(Sala de radioterapia) Fonte: Acervo galeria hospital Drauzio.
Fonte: INCA; modificado pelo autor)
 Fonte: A.C.Camargo câncer center; modificado pelo autor
35
4.3 Quimioterapia
O termo quimioterapia, refere-se ao tratamento de doenças com a utilização de 
substancia químicas.
A quimioterapia é o tratamento mais conhecido, quando o assunto é o 
tratamento oncológico, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para 
combater o câncer. O tratamento não causa dor, apenas a picada da agulha, na 
hora de posiciona-la na veia para receber os remédios quimioterápicos.
Após o paciente ser diagnosticado o médico discutira as opções de tratamento 
que dependerão do estágio que se encontra o tumor, localização e saúde geral do 
paciente.
Os principais tipos de tratamento são:
Via oral (pela boca)
São remédios em forma de comprimidos, cápsulas e líquidos, que você 
pode tomar em casa.
Intravenosa (pela veia)
A medicação é aplicada na veia ou por meio de cateter 
(Que é um tubo frio colocado na veia), na forma de injeções ou dentro 
do soro.
Intramuscular (pelo músculo)
A medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.
Subcutâneo (abaixo da pele)
A medicação é aplicada por meio de injeção no tecido gorduroso acima 
no músculo .
(Metedos de aplicação dos medicamentos quimioterápicos) Fonte: INCA; modificado pelo autor
A escolha do medicamento vai de acordo com cada paciente e suas 
individualidades. Existem mais de 110 quimioterápicos para o tratamento do 
câncer, que podem ser usados individualmente ou em conjunto.
O uso da quimioterapia assim como da radioterapia é usado para vários fins e 
diferentes tipos de tratamentos, os mais comuns são:
Poliquimioterapia.
Tratamento onde é usado varias drogas para tratar uma doença, mais utilizado em 
tratamentos de leucemia e linfomas.
Quimioterapia Adjuvante.
Esse tipo de quimioterapia é administrada após um tratamento principal, como 
cirurgia, para que bloqueie e dificulte a volta do câncer, ou para disseminação total 
do tumor.
Quimioterapia Neoadjuvante ou de Indução.
Tratamento aplicado antes de qualquer tratamento cirúrgico ou de radioterapia, 
para avaliar a efetividade do tratamento. A quimioterapia adjuvante diminui o 
tumor, podendo melhorar os resultados em outros tratamentos.
Intratecal (na espinha dorsal)
É pouco comum, sendo aplicada no liquor (liquido da espinha), 
administrada pelo médico, em uma sala própria ou no centro cirúrgico.
Tópica (sobre a pele)
Medicamento que pode ser liquido ou pomada, aplicado na pele
36
(Sala de quimioterapia) Fonte: Galeria Hospital Oncologia Niterói
De acordo com o Observatório da Oncologia, ‘‘Em 2010, o Tribunal de Contas da 
União (TCU) realizou uma análise das APAC (Autorização de Procedimentos de 
Alta Complexidade) processadas no mesmo ano e revelou que 60,5% dos 
pacientes foram diagnosticados em estadiamento avançado, níveis 3,4 e 5'’. 
Sendo o ‘‘estadiamento’’ a extensão do câncer no corpo de uma pessoa.
O custo médio de uma sessão de quimioterapia é de 1.783,35 reais (100%), sendo 
1.671,66 reais (93,75%), gatos com farmáco.
Segundo o Conselho Nacional de Secretarios da Saúde (CONAAS), o Sistema 
Único de Saúde em 2010 passou por uma crise de desabastecimento, deixando 
cerca de 2 milhões de pacientes sem tratamentos no sistema público de saúde.
Acredita-se que os fatores que contribuem para o desabastecimento são:
Ÿ As excessiva burocracias que envolvem o processo de compra.
Ÿ O fato de remédios deixarem de ser fabricados no Brasil de forma que exija 
todo um processo de importação de alto custo e complexidade
Ÿ O alto custo de tratamentos, principalmente na área oncológicas
Os efeitos colaterais da quimioterapia são os que mais assustam entre todos os 
tratamentos de câncer.
Ao contrario da radioterapia a quimioterapia age em todo corpo. No intuito de 
atingir as células cancerígenas, a quimioterapia também atinge as células 
saudáveis que estão crescendo rapidamente. Entre as células estão as responsávei 
pelo trato digestivo e as células que fazem o cabelo crescer, quando atingidas pelo 
tratamento causam diarréia e quedas de cabelo, além desses efeitos colaterais a 
quimioterapia tem também como efeito colateral, anemia, constipação, dor, 
infertilidade, náuseas e vômito, Mudanças sexuais, Fadiga, Mudança de apetite, 
entre outros sintomas.
4.4 Transplante de Medula Óssea
O transplante de medula óssea é proposto para algumas doenças que afetam as 
células do sangue, como leucemia e linfomas.
É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoéticas, 
responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos 
brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante de medula.
O transplante pode ser ideogênico (do próprio paciente), ou halogênico (de um 
doador), além das células precursoras vindas do sangue circulante de um doador 
ou do sangue de um cordão umbilical.
O processo para o transplante tem inicio no teste de compatibilidade entre o 
doador e o receptor, após comprovar que ambos são compatíveis, o paciente ou 
responsável legal assina um termo de consentimento, com isso é feito o 
agendamento do transplante. 
37
(Imagem ilustrativa de um transplante de medula óssea) Fonte: Jornal O Paraná 
 Após o transplante a quimioterapia feita no pré-transplante, provoca queda na 
produção de todas as células do sangue, tanto doentes quanto sadias. O baixo 
numero de leucócitos (célula de defesa do organismo), deixa sujeito a infecções 
bacterianas, virais, entre outras infecções. Com isso o paciente ficará incapaz de 
se defender das infecções, com isso fazendo uso de antibióticos como solução.
Nesse período em que as células transplantadas ainda não produzem células 
sanguíneas suficiente, o paciente é tratado com transfusões de hemácias e 
plaquetas, além de receber medicamentos para influenciar a produção de 
leucócitos, importante célula de defesa do organismo.
Com a recuperação da medula as células crescem com uma nova memória, e 
como são células de defesa, podem reconhecer alguns órgãos como estranho, essa 
doença é chamada de enxerto popularmente conhecida como ‘‘rejeição’’, é 
comum e pode ser controlada com medicamentos.
No transplante de medula a rejeição é rara mas pode acontecer, por esse motivo o 
processo de seleção de dados compatível é de extrema importância.
Para evitar uma forte ocorrência de rejeição, são prescritos imunossupressores, 
que diminui a ação das células transplantadas contra o organismo do paciente.
A rejeição é importante para a preservação de recaídas da doença. Os linfócitos 
agridem as células doentes, lavando a menor chance de recaída.
O doador passa por um procedimento cirúrgico sob anestesia, são realizadas 
punções com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e aspirada a medula. Esse 
procedimento não danifica a saúde do doador, e em poucas semanas a medula 
óssea esta recuperada.
No pré-transplante o receptor do transplante prepara seu corpo para receber as 
células sadias da medula. Essa preparação é realizada com altas doses de 
quimioterapia e em alguns casos radioterapia, o procedimento ataca as células 
doentes e destrói a própria medula, de forma que na hora do transplante não haja 
nenhuma célula imune.
Após esse processo ele recebe uma medula saudável como se fosse uma 
transfusão de sangue. E com o transplante finalizado as células da nova medula 
circulam e vão se alojar na medula óssea, onde vão se desenvolver.
38
Ambientes 
Hospitalares
Capitulo 5
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paciente do hc da criança.
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5. Ambientes hospitalares
A Humanização dos espaços hospitalares vem se mostrando muito eficaz nos 
últimos anos. A ideia tem como propósito proporcionar um ambiente mais 
acolhedor, onde o paciente se sinta bem.
O resultado deste trabalho é a melhor aceitação dos tratamentos e a diminuição 
no tempo de recuperação. O maior exemplo de humanização no setor 
oncológico infantil são os palhaços, ou como são chamados ''Doutores do riso'', 
os palhaços ou mímicos se apresentam para as crianças e fazem brincadeiras de 
adivinha.
 (“Doutor do riso” alegrando o dia das crianças que se encontram internadas) Fonte: Nós podemos Paraná.
“Somos clowns especializados no estudo do riso. E 
com esse poder combatemos alguns males, invisíveis 
para a medicina, que se encontram no interior das 
pessoas. A nossa principal batalha é contra a tristeza 
que existe na saúde, no social, no educacional e 
também no cultural” (Alan Cesar Soares. 01/2014)
Quando se está hospitalizado, ocorre uma interrupção na rotina, tanto da criança 
como da família, e ela se depara com um lugar pouco acolhedor e com 
procedimentos assustadores para crianças como (injeções, punções, 
quimioterapia, radioterapia, entre outros...).
Assim que a criança é hospitalizada ela tem sua vida transformada.
Moradores de UTI pediátrica e paciente com necessidades educacionais 
especiais, necessitam de uma atenção diferenciada e um ambiente hospitalar 
agradável e freqüentado por profissionais especializados.
Para os pacientes internados na UTI pediátrica tem a classe hospitalar, um 
trabalho conjunto de ação pedagógica, entre a secretaria da educação, secretaria 
da saúde e também dos gestores.
A professora da classe acompanha crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos 
internadas na UTI pediátrica e enfermaria de pediatria. São feitas atividades em 
grupos e individuais, a maior parte das atividades são atividades lúdicas e 
criativas. Em alguns casos o trabalho pode ser realizado em conjunto com a 
escola que a criança frequenta, através do acompanhamento das tarefas pela 
professora da classe hospitalar.
 
(Crianças fazendo o uso da classe de aula hospitalar) Fonte: Cinthya Leite
41
Além da humanização escolar, um bom setor pediátrico conta com desenhos 
tanto na parede como no teto e no piso. Alem de espaços externos e 
brinquedotecas para que elas continuem vivendo sua infância da melhor forma 
possível. O ambiente é todo pensado para aliviar o estresse, os medos, as aflições 
das crianças e de seus pais, com playgrounds, voluntários, contadores de 
histórias, músicos, artistas entre outras atividades
5.1 Humanização em ambientes Hospitalares
O significado de saúde, vai além de um bem estar físico e livre de doenças, sendo 
também uma qualidade de vida, tanto na saúde, quanto na saúde psicológica, 
educação, trabalho, lazer e cultura.
Apesar de ter sido criado em 2003 pelo Ministério da Saúde, alguma definições e 
politicas sobre o que seria a humanização, até a atualidade não a uma 
concordância cem por cento definida.
O processo de humanização é um processo amplo que envolve o hospital como 
(Hospital Infantil Nemour com desenho nas 
paredes e teto) Fonte: Liliana martinez
(Brinquedoteca, espaço para lazer das 
crianças/pacientes) Fonte:Acervo Hospital 
Albertin Einsten
 um todo, desde um porteiro ou faxineiro, até um médico ou chefe administrativo. 
Tal processo que não se caracteriza por processos técnicos e tecnológicos e sim de 
um processo de sensibilidade.
Planeteree uma organização, que tem como intuito incentivar a humanizarção em 
espaços hospitalares tem como conceito dez componentes centrais.
Interação humana Suporte a familia Educação e informação
Ambiente de cura através
 da arquitetura
Artes e diversão Alimentação e nutrição
Toque humano Terapias complementares Comunidades saldáveis 
Espiritualidade
42
Ÿ Janelas baixas permitem ao paciente a visão exterior a partir do seu leito;
Ÿ Iluminação e uso de cores adequadas;
Ÿ Integração com a natureza;
Ÿ Regulagem dos aparelhos hospitalares.
Outros autores enfatizam a importância com a temperatura, de forma que haja 
pesquisas sobre os materiais a serem usados para que possa se ter condições 
térmicas e acústicas favoráveis.
5.2 Seis fatores que influenciam no ambiente.
Luz 
A iluminação de um ambiente hospitalar não visa apenas o visual estético como 
vários fatores biológicos e de bem-estar. A iluminação tanto natural quanto 
artificial são importantes para qualificação dos espaços hospitalares, 
especialmente quando o local é um lugar de alta permanência.
“O bem estar físico e emocional do homem é 
influenciado por seis fatores: luz, cor, som, aroma, 
textura e forma. Estes elementos do ambiente têm 
impacto tão grande no psicológico e no físico dos 
indivíduos que uma instalação médica bem projetada, 
aplicando adequadamente estes fatores, pode ser 
considerada parte importante do tratamento.” 
(GAPPELL, 1995
[...] A despeito disso, no país, a iluminação de hospitais 
frequentemente se limita à satisfação das iluminâncias 
mínimas estabelecidas pelas normas. A influência 
positiva na iluminação, como a melhoria do estado 
psicológico e fisiológico dos indivíduos, é geralmente 
ignorada. (CAVALCANTI; MASCARÓ, J.; MASCARÓ, 
L., 2002).
 Mesmo com a organização sendo fundada em 1978, existem apenas 23 hospitais 
no mundo que atendem as especifidades do modelo Planetree.
Se o nível de estimulação é muito alto, devido ao som ou iluminação intensa entre 
outros elementos do ambiente, vão causar estresse. Porém se o nível de 
estimulação for muito baixo o paciente estará mais propício a depressão ou 
sentimentos ruins.
Pesquisas mostram que a pluralidade de distrações, fazem com que o paciente 
pense em algo mais, além de sua doença. De forma que isso leve a redução do 
estresse.
As estimulações vão de pessoas entrando e saindo, mobiliários diferentes, cores 
intensas ou fracas, ou até mesmo o som dos aparelhos hospitalares que são a 
causa da insônia de muitos pacientes.
Algumas das estimulações positivas no ambiente hospitalar são
Ÿ Presença de átrios, jardins internos ou espaços abertos ao exterior;
Ÿ Uso de elementos como água e fogo, incluindo fontes, lareiras e aquário;
''Pesquisas no campo da psicologia ambiental sugerem 
que a sensação de bem-estar humana é geralmente 
causada quando o ambiente físico oferece um grau 
moderado de estimulação positiva, ou seja, níveis de 
estimulação que não são nem tão altos nem tão baixos''. 
(Wohlwill; Berlyne apud ULRICH, 1990).
‘‘Por isso que a inclusão de quedas d'água, visuais 
para jardins, trabalhos de arte interativos e aquários, é 
cada vez mais, parte integrante dos projetos para 
ambientes de saúde. Estes elementos não são apenas 
suavizações estéticas, são partes do ambiente que 
promove a cura” - Malkin (1991).
43
As cores tem grande influência física e psicológica por exemplo uma cor quente 
como vermelho estimula seu sistema nervoso simpático, aumentando a atividade 
cerebral, enviando mais sangue para os músculos e aumentando os batimentos 
cardíacos e a pressão arterial. Já a cor azul estimula o sistema nervoso 
parassimpático, causando um efeito tranqüilizantes.
As cores também afetam as percepções de espaço. Enquanto que as cores quentes 
parecem avançar, as cores frias parecem se distanciar.
CORES FRIAS
CORES QUENTES
( A ilustração mostra como as cores podem mudar a percepção do espaço) Fonte: Lider 
interiores
“A percepção da cor é alterada pela idade. Crianças 
respondem melhor aos contrastes, preto e branco, cores 
primárias e secundárias, diferentes saturações e 
sombras. Os idosos, devido ao amarelamento das 
lentes dos olhos, têm a percepção das cores alterada, 
não podendo mais distinguir tão bem os tons de azul e 
verde.” (MODESTO, 1986).
A escolha da cor depende de vários fatores como a incidência solar, cultura 
regional,tamanho do espaço e idade do usuário.
A luz do sol é importante para obstenção do cálcio e do fósforo, para o 
crescimento e fortalecimento dos ossos, para o controle de profilaxia visão e de 
infecções e para melhora da capacidade física.
 
Cor 
A escolha das cores no meio hospitalar precisão ser bem cuidadoras e baseada em 
estudos científicos que indicam os efeitos psicológicos que elas causam.
As cores podem ser categorizadas como quentes e frias. As cores quentes são os 
tons mais próximos do vermelho e laranja, e as cores frias são os tons mais 
próximos do azul e verde.
(Luz artificial Hospital Infantil EKH) (Luz natural Hospital Infantil EKH)
 Fonte:Ketsiree Wongwan Fonte:Ketsiree Wongwan.
44
(Jardim interno, causam efeito acústico) Fonte: Fonte Herzog & De Meuron
O aroma, tanto quanto o som, pode ser positivo ou 
negativo. É, na verdade, uma persuasão silenciosa 
que influencia a mente, o corpo e a saúde. O cheiro 
é o mais evocativo dos sentidos, tem uma relação 
muito íntima com o lado emocional, e faz o caminho 
mais rápido de ligação com o cérebro estimulando-
o a resgatar memórias. (GAPPEL, 1991).
(Árvore na recepção) 
Fonte: Hospital de urgências de goiania 
Sabemos que a maioria dos hospitais costumam ter vários sons ao mesmo tempo, 
como de aparelhos médicos, cadeiras, vozes, passos, portas entre muitos outros. 
O barulho estressante causa irritações e frustração, agrava o mau humor, reduz a 
limiar da dor, afeta a percepção visual e diminui a capacidade de aprendizado. 
Esse tipo de estímulo não atinge somente o paciente como também a equipe de 
trabalho, de forma que passem a diminuir a produtividade.
É necessário usar materiais acústicos quando necessário, para que não seja 
refletido ou amplificado as ondas sonoras. Carpetes, tecidos, madeira, e painéis 
acústicos proporcionam ambientes quietos e tranqüilos.
Sons naturais, principalmente causados pela água também causam um efeito 
relaxante. Por isso o número de projetos com hospitais com jardim interno 
também aumentado consideravelmente.
“Um trauma auditivo, além de causar estresse, produz 
mudanças fisiológicas na estrutura capilar Impedindo a 
circulação do sangue e obstruindo o canal vascular, e tem 
como resultado pressão alta, doenças do coração e 
úlceras”. (GAPPEL, 1991).
Aroma
O aroma como o som pode causar efeitos desagradáveis e agradáveis. Os aromas 
desagradáveis aceleram a respiração e os batimentos cardíacos, já os agradáveis 
diminuem o estresse e causam tranqüilidade.
Nos hospitais os aromas desagradáveis mais incidentes são os vindos do 
remédios e do álcool. A solução mais freqüente para sanar os problemas de 
aroma, são arranjos florais e da possível vegetação interna.
Além das plantas exalarem aromas agradáveis, elas purificam o ar intenso 
absorvendo as toxinas.
45
Som
Forma
A forma do espaço físico interfere no processo de tratamento dos pacientes.
Por exemplo, o desenho arquitetônico em que a planta tem como características os 
quartos perto da enfermagem, causa tranquilidade no paciente porque a 
proximidade com os enfermeiros causam sensação de segurança e bem-estar.
Locais de tratamentos intensivos tem uma decoração de interiores que pareça mais 
(Quarto de internação que passa a impressão de ser um quarto de hotel) Fonte: 
Holiste psiquiatria 
(Espaço de recreação infantil) 
Fonte - Desconhecida 
(Sala de espera com banco em
 forma de tetrixl) Fonte - Desconhecida 
Textura
Dentro dos ambientes o conforto do corpo humano é assegurado pela escolha 
adequada dos móveis, forma, material, textura, etc. A qualidade do espaço pode 
ser enriquecida pelo uso de tratamentos diferenciados para as superfícies, como a 
variedade de tecidos e acabamentos assim como a versatilidade dos móveis, 
proporcionando conforto.
Outra opção é promover o contato do paciente com o ambiente exterior ou com 
plantas situadas dentro do espaço hospitalar.
(Espaço de interação entre o interior e exterior) Fonte: casa cor 2019, planeta terra
um quarto residencial ou de hotel, do que um hospitalar, encorajam a recuperação 
mais rápida
Quando se trata de espaço infantil o uso correto da forma é de extrema 
importância. As formas variadas e de diferentes cores despertam a atenção e 
causam experiências lúdicas, que ajudam na formação dá percepção geométrica e 
da percepção espacial.
46
Leituras
Projetuais
SCANER DESENHO 
CRIADO POR UMA 
CRIANÇA INTERNADA 
NO HOSPITAL DO 
CÂNCER
Capitulo 6
Espaço pra inserir o 
desenho de uma criança 
paciente do hc da criança.
Desenho ainda não 
disponível. 
Novo pavilhão Vicky e Joseph Safra do 
Hospital Albert Einstein. 
Fonte: Clinica due vita
6.1 Projeto: Novo pavilhão Vicky e Joseph Safra do Hospital Albert 
Einstein. 
Endereço: Rua Ruggero Fasano, Morumbi, São Paulo - SP 
Início das obras: 2005 
Conclusão das obras: 2009 
Área construída: 70.109 m² 
Arquitetos: Kahn Brasil
Concluído em 2009 o Pavilhão Vicky e Joseph Safra, implementação do Hospital 
Israelita Albert Einstein recebeu certificação LEED GOLD, criada pelo U.S. Green 
Building Council e verificada pelo Green Building Certification Institute (GBCI). 
O LEED é o um certificado prestigiado no mundo todo, para edifícios sustentáveis 
de alto desempenho.
Pontos que fizeram o edifício alcançar a sustentabilidade.
Ÿ Jardins nas áreas de cobertura: Criam áreas de lazer e reduzem a entrada de 
calor.
Ÿ Coleta e aproveitamento de águas pluviais: A água é direcionada para um 
sistema de tratamento no subsolo e depois é utilizado para o sistema de 
irrigação.
Ÿ Dispositivos de baixo consumo
Ÿ Sistema de ar condicionado eficiente e com controle individualizado.
Ÿ Iluminação de baixo consumo.
Ÿ Uso de materiais locais.
“Nossa preocupação com a sociedade é colocada em 
prática com iniciativas sustentáveis como esta, sejam na 
área da saúde, da responsabilidade social ou do meio 
ambiente” (Claudio Luiz Lottenberg, presidente da 
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.)
O principal destaque do projeto é a volumetria, que insere o entorno urbano, 
trazendo o espaço público para dentro do edifício através do paisagismo assim 
compondo composição de volumes interligados por meio de reentrâncias. 
Situação
1. Pavilhão Vick e Joseph Safra (Kahan do Brasil)
2. Bloco A (Jarbas Karman, Domingos Floretini e Jorge Willhelm
3. Bloco B/C (Jorge Wllhelm) / 4. Bloco D (Rino Levi)
5. Bloco 3 - em construção (Kahn do Brasil)
 Implantação geral do Hospital israelita Albert Eistein – Fonte: Escritório Kahn Brasil (2009)
50
“O edifício apresenta como solução para reduzir os gastos com energia, a própria 
implantação do prédio. A edificação se encontra em orientação leste-oeste com 
inclinações nas fachadas, para diminuir o recebimento de luz solar direta. De 
forma que diminua a temperatura no interior do hospital, assim reduzindo gastos 
com climatizadores.
As fachadas dos prédios são constituídas por cerâmicas ventiladas, que evitam que 
o calor seja transmitido para o interior do edifício, e boa parte das esquadrias que 
absorvem a iluminação natural é formada por vidros duplos de alto desempenho.
Os 4.000m² de jardim na cobertura do edifício, é um fator importante na 
diminuição da temperatura dos ambientes internos, e na administração da água.
‘‘ Os jardins captam as águas da chuva e encaminham para reservatórios 
subterrâneos específicos. Após passar por processos de filtragem a água é usada 
em irrigação por gotejamento’’ Explica Carolina Botelho, arquiteta do setor de 
desenvolvimento de projetos da Kahn.
As chuvas que caem nas áreas que não são cobertas por jardim, passam pelo 
mesmo tratamento, reutilizando a água para limpeza de piso, reservatório de 
combate ao incêndio, entre outros.
Cerâmica ventilada
Vidro duplo
(Fachada do hospital Sírio Libanês) Fonte: Site Exame
(Fachada demonstrando a área verde na cobertura ) Fonte: SanarMed
O novo prédio possui 70.000m² distribuídos em 10 andares no qual seis andares 
são de estacionamentos, o edifício conta com mais de 200 consultórios médicos, 
centro de diagnósticos por imagem, centro cirúrgico, serviços de endoscopia e 
oftalmologia.
Implantação - Pavilhão Vick e Joseph e Joseph Safra
1. Desembarque de publico / 2. Devolução de veiculos / 3. Acesso de serviços / 4. Acessos de serviços / 5. 
Praça do térreo / 6. Praça do 7° pavimneto / 7. Cobertura jardim / 8. Praça do diagnostico / 9. Praça do Bairro
Fonte: Kahan do Brasil
51
Térreo
1. Elevadores sociais / 2. Elevadores serviços / 3. Desembarque / 4. Recepção / 5. Café / 6. Lojas, agencias 
bancaria e serviços de conveniências / 7. Praça externas
1° Subsolo
1. Elevadores / 2. Elevadores de serviço / 3. Acesso de serviços / 4. Estação micro-ônibus / 5. Bicicletario / 
6. Processamento de recicláveis / 7. Vestiários de funcionários.
A A
Intermediário 1 ( diagnósticos)
1. Elevadores sociais / 2. Elevadores serviços / 3. Estar/conveniência / 4. Registro / 5. Vestiários / 6. 
Imagens / 7. Cardiologia / 8. Coleta laboratorial / 9. Café / 10. Apoio administrativo / 11. Devolução de 
veículos
Fonte: Kahan do Brasil Fonte: Kahan do Brasil
Intermediário 2 ( centro cirúrgico)
1. Elevadores sociais / 2. Elevadores de serviço / 3. Endoscopia / 4. Oftamologia / 5. Vestiario/barreira / 6. 
Prepare/recuperação / 7. Setor de salas de cirurgia / Apoio logistico
Fonte: Kahan do Brasil Fonte: Kahan do Brasil
52
Corte AA
1. Desembarque / 2. Recepção/átrio / 3. Clinica-dia / 4. Consultórios / 5. Jardim externo / 6. Cobertura jardim / 
7. Diagnósticos / 8. Piso técnico / 9. Centro cirúrgico / 10. Estacionamentos / 11. Vestiário de funcionários / 12. 
Elevadores sociais / 13. Elevadores de serviço
Em estrutura metálica aparente foi construído duas passarelas em um vão de 45 
metros, que interligam os edifícios e permitem o trajeto de funcionários e 
visitantes aos centros de atendimento ambulatóriais recém projetados.
Área interna da passarela, circulação horizontal- Fonte: Nupeha
1° Pavimento (clínica - dia)
1. Elevadores sociais/ 2. Elevadores de serviço / 3. Estar/conveniência / 4. Posto de enfermagem / 5. Acesso 
ao hospital
Fonte: Kahan do Brasil
Fonte: Kahan do Brasil
Considerações de interesse pessoal: Percebe-se a importância com o conforto e 
eficiência térmica. Como por exemplo, os jardins na cobertura para captação de 
águas pluviais e a cerâmica ventilada, com intuito de diminuir o calor do ambiente 
interno. O projeto conta também com soluções estruturais sustentáveis que visam 
a economia. Além da setorização bem distribuída, e separação dos ambiente de 
acordo com a sua respectiva área.
Outros pontos positivos são:
Ÿ Reduções no consumo de água e energia
Ÿ Cuidados na utilização de materiais, em função do seu conteúdo e 
características de emissão de poluentes
Ÿ Diminuição da carga sobre as redes de drenagem de águas pluviais da cidade
Ÿ Alta qualidade e controle do ar interno, devido as soluções arquitetônica
Ÿ Redução do efeito de ilha de calor na região
Tais fatores foram referenciais para o projeto.
53
Hospital Infantil Nemours 
Children's
Fonte: Archdaily
6.2 Projeto: Hospital Infantil Nemours Children's
Endereço: 6535 Nemours Pkwy, Orlando, FL , Estados Unidos
Início das obras: 2005 
Conclusão das obras: 2012 
Área construída: 192.000 m² 
Arquitetos: Stanley Beaman & Sears
O hospital infantil Nemours Children's destinado a tranquilizar e inspirar, tem 
uma preocupação com as crianças com doenças crórnicas, bem como com 
crianças que recebem um diagnóstico grave ou fatal. O hospital é destinado a 
trazer tranqüilidade e bem estar de forma que encoraje as crianças nos seus 
tratamentos e ao mesmo tempo as divirta.
A implantação no terreno de 60 hectares, teve como prioridade o paisagismo e os 
espaços verdes. Foi plantada vegetação no inicio da obra, para que uma paisagem 
mais madura esteja criada na inauguração, além do lago e das fontes dagua.
Antes da construção do hospital foi feito um debate com o tema “ O que é melhor 
para a criança “. Após o debate foi feito a distribuição do hospital de acordo com 
suas prioridades. 
Foram projetados quartos com dormitórios para dois pais, lavanderias em cada 
pavimento, e grandes salas de estar e recreação. Também foram feitos acessos 
para área externas de descanso e lazer, incluindo terraços ajardinados na 
cobertura, e instalações aquática na cobertura.
A arquitetura interior tem como fundamento, os resultados dos estudos da área 
médica que evidenciam o impacto do ambiente para a saúde. 
Uma das primeiras pesquisas foram feitas nos EUA na universidade de Delaware. 
Os cientistas acompanharam o pós operatório de alguns pacientes, e aqueles que 
eram colocados próximos a janelas ou quadros de paisagem, receberam alta um 
dia antes dos demais.
Os móveis e revestimentos trouxeram características lúdicas para trazer vida e 
alegria aos usuários do ambiente(Planta de situação.) Fonte: Archdaily
(Área externa de lazer do hospital Nemours.) 
Fonte: Jonathan Hiilyer
Sala de estar do hospital Nemours 
Fonte: Jonathan Hiilyer
55
(Mobiliario e painel lúdico.) Fonte: Jonathan 
Hiilyer
(Mobiliarios diferenciados e coloridos.) 
Fonte: Jonathan Hiilyer
O projeto conta com uma quadra de entrada ajardinada, 95 leitos e 76 salas de 
exame, emergência, uma central de energia e um prédio de estacionamento. É 
possível acomodar ainda 32 leitos e 24 salas de exame, todos esses espaços 
subdivididos em blocos verticais. O plano diretor antecipa uma expansão de 
espaço hospitalar. 
Fonte: Jaine Hammarstrom
Fonte: Jaine HammarstromFonte: Jaine Hammarstrom
1° Pavimento
2° Pavimento
3° Pavimento
56
A cor da iluminação na fachada de cada quarto pode ser escolhida pela criança, de 
forma que crie dinâmica na fachada de todo o edifício, principalmente ao 
escurecer.
A fachada do edifício é feita em sua maioria por elementos sustentáveis como:
Ÿ Terracota (principal), produto encontrado na natureza e 100% reciclável. O 
sistema ventilado reduz o uso do ar condicionado até 30%. 
Ÿ Painéis de metais customizados, reduzindo o desperdício, sujeira e 
interferência de ordem civil. É possível passar instalações entre os painéis, 
além de uma sofisticada arquitetura com diversas cores e formatos.
Ÿ Estrutura pré moldada, devido sua montagem rápida, prática, e sem 
desperdícios ou impactos ambientais vindos do canteiro de obras.
Ÿ Grandes aberturas em vidros, de forma que o interior interaja com o exterior.
Ÿ Brises para melhor controle da iluminação natural
(Fachada com luzes de cores diferentes escolhidas pelos pacientes) Fonte: Site Nemours
( Brises e terracota) Fonte: Jonathan 
Hiilyer
(Concreto e vidro) Fonte: Jonathan 
Hiilyer
Considerações de interesse pessoal: A preocupação com o bem estar do paciente 
se torna o ponto de partida vital do projeto. Para esse fim é feita a utilização de 
mobiliário móveis e fixos coloridos, telas de interação, áreas externas para lazer, e 
desenhos nas paredes teto e piso.
O edifício conta com uma setorização bastante funcional, essa distribuição não 
dificulta ou interfere no quesito humanização. De forma que a setorização bem 
composta e o ambiente humanizado seja um conjunto ideal e curativo.
A fachada do hospital faz utilização de materiais sustentáveis que ajudam na 
temperatura térmica do interior do edifício. 
Tais fatores foram referenciais para o projeto.
(Paineis de vidro) Fonte: Jonathan Hiilyer (Fachada externa) Fonte: Jonathan Hiilyer
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Fonte: Ronald Tilleman
Centro de Oncologia Infantil 
Princess Máxima
6.3 Projeto: Centro de Oncologia Infantil Princess Máxima
Endereço: Heidelberglaan 25, 3584 EA Utrecht, Holanda
Início das obras: 2014 
Conclusão das obras: 2018 
Área construída: 44.833 m² 
Arquitetos: LIAG architects
O Centro Oncológico Princess Máima, projetado pelo grupo de arquitetos, LIAG 
architects, é considerado o maior centro oncológico

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