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Treinamento de flexibilidade, contrarresistido, funcional e corrida W B A 0 7 1 0 _ v1 .0 Autoria do Desafio Profissional: Marcio Teixeira Leitor Crítico: Pedro Octavio Barbanera Proposta de Resolução Para que o desafio seja resolvido, a ideia inicial é verificar, como solicitado, as principais características, classificações e fatores determinantes das atividades (treinamento funcional, flexibilidade, treinamento resistido e corridas) que serão desenvolvidas no treinamento personalizado na clínica “Saúde e qualidade de vida”. Neste caso, vamos dividir esta resolução em 3 partes e, posteriormente, a conclusão. PARTE 1 – O treinamento funcional O professor de Educação Física deve ter o conhecimento de que o treinamento funcional tem como principal característica e objetivo proporcionar a busca da aptidão das pessoas, utilizando-se de um programa individualizado, que não depende do nível de preparação física e da rotina de seu cotidiano, atividades que incluem exercícios especiais do praticante e que irão melhorar a sua performance e sua eficiência nas atividades diárias. Pode ser realizado por pessoas de todas idades, sendo desenvolvidas as capacidades motoras generalizadas (força, resistência, velocidade, coordenação e flexibilidade), colaborando com a estabilização da postura, proporcionando excelentes resultados estéticos e, ainda, prevenindo lesões. As atividades realizadas no treinamento funcional estão pautadas em linhas metodológicas: a especificidade desportiva, no pilates (em que o CORE é um dos seus alicerces), e as atividades associadas à melhora das capacidades funcionais das pessoas. Alguns exemplos de exercício funcional: prancha, corrida no local com elevação de joelhos, salto com flexão de joelhos, agachamento com salto, afundo pliométrico, abdominal canoa, siri cruzado, flexão de cotovelos e pular corda. É importante que o profissional tenha conhecimento das vantagens de cada tipo de atividade física, embora quase todas elas estejam de forma generalizada, o treinamento funcional tem suas particularidades, que são apresentadas a seguir: • Os exercícios podem ser realizados por pessoas de todas as idades, desde adolescentes a idosos. • Aprimoramento da postura. • Desenvolvimento de forma equilibrada de todas as capacidades físicas como: equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência. • Indicado não só para aqueles que buscam resultados estéticos, mas também para os que buscam melhora nas capacidades físicas e motoras. • Ideal para ser aplicado em reabilitação de pacientes vítimas de sequelas. • Melhora o desempenho de praticantes de outras modalidades esportivas. • Previne lesões. • Oferece grande variação de exercícios e, com isso, é mais difícil de se tornar monótono. PARTE 2 – O treinamento resistido O treinamento resistido (TR), também comumente visto como treinamento de força ou treinamento com pesos, faz-se uma das formas mais conhecidas e praticadas de exercício, tanto no aprimoramento no treinamento físico de atletas de rendimento, como para aperfeiçoar as aptidões físicas relacionadas à saúde ou estética, nas fases da infância e adolescência, adulta e nos idosos. Sendo o treinamento resistido voltado para o treinamento da força muscular, deve ser considerada a utilização de aparelhos de musculação e pesos, mas é possível também utilizar resistência hidráulica, eletromagnética, molas, elásticos e outros. No treinamento relacionado à estética, alguns fatores devem considerados pelo profissional de educação física, como: emagrecimento, alterações na composição corporal, hipertrofia muscular e autoestima. Já no treinamento resistido com objetivo principal a saúde, deve ser desenvolvida a força muscular, a melhora da flexibilidade, a mobilidade articular, a autonomia funcional e a coordenação motora, além da prevenção e tratamento de lesões e doenças. Por outro lado, no treinamento relacionado ao rendimento o treinamento resistido procura a busca da alta performance, desenvolver a força máxima, força de resistência, força rápida (potência) e a força isocinética, e utiliza-se de treinos de força com transferência (força submáxima x força rápida = potência). Sobre os parâmetros metodológicos relevantes para o treinamento de força, a seleção de exercícios deve ser feita com os seguintes aspectos: idade e nível de desempenho, necessidade do desporto e fase de treinamento. Na prescrição do treinamento de força alguns parâmetros devem ser observados: grupos musculares a serem trabalhados, metabolismo envolvido, risco de lesões e ação muscular. O professor deve estar atento que na elaboração da sessão de treino (unidade de treino) é necessário avaliar as variáveis que, por meio de diferentes combinações, podem ter uma enorme variedade em protocolos de treinamento. As principais variáveis que devem ser observadas são: escolha do exercício, ordem dos exercícios, volume dos exercícios, intensidade dos exercícios, intervalos entre as séries dos exercícios e frequência de exercícios das sessões. A identificação destas variáveis dependerá de cada indivíduo praticante e principalmente do objetivo e método utilizado. No entanto, fica a sugestão contida no conteúdo da disciplina, segundo alguns autores e pesquisadores: • Força Pura 85% a 95% da Carga Máxima Dinâmica (CMD) Número de repetições: 2 a 3 Número de séries: 3 a 8 Intervalo: 2 a 5 minutos Objetivo: treinar a força máxima. • Força Dinâmica 60% a 85% da Carga Máxima Dinâmica (CMD) Número de repetições: 6 a 20 Número de séries: 3 a 5 Intervalo: 1 a 4 minutos Objetivo: mais adequada para hipertrofia. • Força Explosiva 30% a 60% da Força Máxima Dinâmica (FMD) Número de repetições: 6 a 10 Número de séries: 4 a 6 Intervalo: 2 a 5 minutos Objetivo: melhorar a potência. Em alguns casos específicos de modalidades, são usadas cargas maiores (por exemplo 80%); levantadores de peso são um exemplo. • Força de Resistência 40% a 60% da Carga Máxima Dinâmica (CMD) Número de repetições: 15 a 30 Número de séries: 3 a 5 Intervalo: 30 a 45 segundos Objetivo: aprimorar a resistência aeróbia e anaeróbia local. • Força Endurance 25% a 45% da Força Máxima Dinâmica (FMD) Número de repetições: mais de 30 Número de séries: 4 a 4 Intervalo: necessário para recuperação para a próxima série Objetivo: utilizado em situações específicas de cada esporte. • Força Isométrica 50% a 70% da Força Máxima Dinâmica (FMD) Número de séries: 3 a 5 Tempo de contração: 6 a 15 segundos Número de ângulos: 3 Objetivo: treinar a força isométrica; é utilizada na reabilitação, obviamente com cargas menores. PARTE 3 – As corridas de rua Sobre o treinamento de corrida, podemos verificar que é a escolha de muita gente que quer perder peso, melhorar a condição aeróbia, a sociabilização, e, na maioria das vezes, como aspecto competitivo na essência. No entanto, a grande maioria das pessoas buscam viver uma rotina mais saudável e qualidade de vida. As provas convencionais de meia e longas distâncias do atletismo são: 800, 1.500, 5.000, 10.000 e 42.195 metros (maratona). As provas denominadas de Corrida de Rua têm distâncias variadas, sendo que algumas delas são distribuídas da seguinte forma: 3 a 5 km, 4 km a 6 km, 8 km a 16 km, 21 km a 30 km e acima de 30 km até maratona. As corridas de rua, na maioria das vezes (dependendo da distância), utilizam como fonte de energia predominante e determinante o Oxigênio, somado à gordura corporal, sendo assim considerada uma atividade aeróbia. Para que haja um desempenho eficiente e eficaz, neste caso treinar a resistência é o mais indicado, tanto para corredores considerados amadores ou estreantes como para os atletas profissionais ou de elite. O treinamento da resistência proporcionará o aumento do Volume Máximo de Oxigênio,produto de suma importância neste tipo de atividade. Os métodos mais conhecidos de treinamento de corrida são: treinamento intervalado, treinamento contínuo, intervalado curto, intervalado longo e fartleck. Para a periodização do treinamento são utilizados pequenos, médios e grandes ciclos de treinamento (sessão, microciclo, mesociclo e macrociclo, respectivamente), divididos em períodos, fases e etapas, dentro de uma temporada competitiva. Sobre os intervalos de recuperação no treinamento da corrida, podemos destacar o intervalo rígido, dentro de uma sessão de treino (no qual o instrutor indicará previamente o tempo), o intervalo ordinário (estabelecido por algum indicador, normalmente frequência cardíaca) e o intervalo extremo (de um dia para outro ou final de semana). Outro ponto a ser considerado na estruturação de um treinamento é a adaptação à carga estabelecida, na qual o atleta passa da fase da homeostase para a fase de início do exercício, na qual haverá a reação de choque ou alarme (primeiro impacto da carga), depois a fase de resistência (adaptação e mudança de mecanismos) e, por fim, a fase de esgotamento (normalmente no final do treino, fase em que haverá uma fadiga mais prolongada). Outro aspecto interessante e não menos importante e abordado aos corredores de rua (também para demais atividades) é a questão do aspecto nutricional, sendo indicados a ingestão de líquidos (sais minerais), vitaminas (micro e macronutrientes), lipídios (gorduras), proteínas (macroproteínas) e principalmente carboidratos (glicogênio), no entanto esta responsabilidade é do profissional da nutrição. CONCLUSÃO Neste momento de reflexão, observando todos os temas aqui apresentados e discutidos, conclui-se que o profissional de Educação Física que aceitar este desafio deverá entender e compreender além de todos os aspectos, fatores e características do desenvolvimento das atividades propostas nesta clínica, que, por se tratar de atividades individualizadas e personalizadas, a prescrição, orientação e controle da carga de treinamento deverão ter como parâmetros indicadores individuais para serem analisados. Assim, não basta apenas considerar se é um indivíduo do sexo masculino ou feminino, mas outros fatores como: idade (cronológica e biológica) fatores endógenos (hormonais e outras variáveis) e exógenos (alimentação, convivência social e familiar, econômica etc.), a experiência da prática, ou seja, tempo de treinamento, além dos objetivos a que se buscam com este treinamento. Outra informação muito importante que atenderá qualquer tipo de exercício físico são as avaliações prévias constantes que deverão ser realizadas, desde exames médicos e testes ou outros tipos de avaliações motoras, que na maioria das vezes servirá como parâmetro para carga inicial e controle do desempenho no decorrer do programa que está sendo desenvolvido. Por fim, que resultados considerados significativos de sucesso dependerão da adaptação da carga de treino a cada indivíduo, do acompanhamento direto do profissional instrutor e da dedicação e comprometimento do praticante.
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