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texto liquens PCC BOTANICA DE CRIPTOGRAMAS UNIP 2020

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Como um dos requisitos para a avaliação na disciplina Botânica de Criptógamas, a Prática como Componente Curricular por mim elaborada, tem a seguir um breve texto explicando o que são liquens e após duas situações nas quais os liquens puderam ser utilizados como bioindicadores ambientais:
Líquen é uma associação entre um fotobionte e um micobionte, as algas e os fungos respectivamente, essa relação ocorre entre dois indivíduos de reinos diferentes, pois a alga pode ser tanto do reino protista quanto do reino monera enquanto o fungo pertence ao reino fungi. Em sua maioria consideram uma simbiose mutualística onde o fungo dá estrutura para a alga e ela por sua fez cuida da produção de oxigênio e glicose, há uma diferente interpretação para essa relação onde consideramos um parasitismo controlado, onde o fungo parasita a alga. 
O componente estrutural dos líquens, o Micobionte é responsável pela morfologia, eles podem possuir forma de folhas (Folhoso), não possuir camadas nem ser estratificado (Gelatinoso), espalhado como uma crosta fortemente aderido ao substrato (Crostoso), e estratificado com aparência arbustiva (Fruticoso). Não possuem uma reprodução por meio de gametas, são constituídos por dois genomas distintos sua reprodução vegetativa pode ser Sorédio (algas + hifas), Isídios (ramos diferenciados do talo que se destacam) ou Fragmentação (fragmentos indiferenciados do talo)
Um fato muito interessante sobre os liquens que devemos pontuar é sua sensibilidade a qualidade do ar que está presente, ele não consegue se desenvolver em um ambiente que possua muita poluição atmosférica, como uma grande cidade por exemplo, essa característica pode ser utilizada então como um indicador biológico de qualidade ambiental. 
Algumas situações que podemos citar dessa característica está relatada no Artigo 1 dos disponibilizados, onde após monitoramento passivo da qualidade do ar em sete pontos da cidade de Uberaba, Minas Gerais, Brasil, verificando áreas com menor e maior nível de emissão de poluentes, desde a Reserva Particular do Patrimônio Natural Vale Encantado como Ponto 1, até o Distrito Industrial III como Ponto 7, concluiu-se que as áreas que possuíam os menores níveis de poluição atmosférica eram as mesmas que apresentavam maior diversidade de líquens, como no Ponto 1, e consequentemente as regiões que possuíam menor diversidade de líquens eram as que apresentavam maiores níveis de poluentes, como o Ponto 7.
Uma segunda situação está presente no Artigo 2 dos disponibilizados, nele também foi realizado monitoramento passivo da qualidade do ar, desta vez numa área de termoelétrica, no Rio Grande do Sul, Brasil, neste estudo, os pontos amostrados analisados não apresentavam condições adequadas para o desenvolvimento da micota liquenizada, provavelmente consequência do ambiente urbano-industrial que cerca a usina, como poluentes de veículos e os compostos de indústrias, ou a própria usina que emite para atmosfera composto como NOx, CO e CO2. Ou seja, novamente os Liquens como bioindicadores da qualidade do ar.
Fontes: 
Artigo 1 – Costa e Mineo, 2013. Os líquens como bioindicadores de poluição atmosférica no município de Uberaba, Minas Gerais, Brasil.
Artigo 2 – Martins, Käffer e Lemos, 2008. Liquens como bioindicadores da qualidade do ar numa área de termoelétrica, Rio Grande do Sul, Brasil.