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EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL E NO MUNICÍPIO

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EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL E NO MUNICÍPIO 
INTRODUÇÃO
A educação pública no Brasil só teve início por volta do século XX. Conforme estudos de Mendonça 2012, a trajetória da Educação Infantil enfrentou momentos difíceis e aconteceu de forma muito lenta, durante várias décadas houve diversas transformações principalmente na pré-escola que não tinha caráter formal, pois não havia profissionais qualificados, a mão de obra era frequentemente formada por voluntários, que quase sempre desistiam desse trabalho, por não entender que a criança necessitava de uma atenção especial na fase inicial, pois a infância é o período onde a criança se desenvolve, é a fase em que acontecem as descobertas do mundo de suas vivências através da percepção dos seus sentidos torna-se possível ver, ouvir, sentir, tocar. 
Sem falar que nesta época não existia uma valorização da criança como individuo, havia criança, mas não havia o conceito de infância. Durante este percurso que veio se arrastando por séculos foi criada pela a Igreja Católica as Rodas dos Expostos, ou dos rejeitados essa instituição era de cunho filantrópico da Santa Casa de Misericórdia, e foram se espalhando pelo país no século XVIII.
Dentro deste contexto surgem os primeiros movimentos voltados para o cuidado mais intenso com a criança no ano de 1874, na qual as Câmaras Municipais do Brasil passaram a destinar uma ajuda financeira para as crianças negras, místicas ou brancas que não tivessem condições financeiras que fossem rejeitadas pela sociedade. 
Com o advento da República houve uma preocupação maior com educação da criança, mas foi somente no século XX, que aconteceram as ações que demonstravam atuações por parte da administração pública. As instituições destinadas ao cuidado da criança eram de cunho preventivo e de recuperação das crianças pobres, consideradas perigosas para a sociedade. O foco não era na criança, mas naquilo que era denominado como menor abandonado e delinquente, ou seja, uma criança pobre vista como delinquente e perigosa em potencial, a qual vivia mal alimentada, em lares nos quais o alcoolismo era uma constante e conviviam com país que, muitas vezes não trabalhavam. 
Com o surgimento do Ministério da Educação (MEC) em 14 de Novembro de 1930 pelo presidente Getúlio Vargas, o qual é um órgão do governo federal do Brasil fundado no decreto nº 19.402, com o nome Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, eram encarregados pelo estado e despacho de todos os assuntos relativo ao ensino, saúde pública e assistência hospitalar. 
Após a Idade Moderna, a Revolução Industrial, o Iluminismo e a constituição de Estados laicos essa visão que se tinha da criança passa a se modificar social e intelectualmente, porém apenas a criança nobre era tratada melhor, diferentemente da criança pobre. É neste contexto que surgi à figura do Pedagogo que era o escravo que conduzia à criança a escola.
Conforme estudos de Chiesa, Anna Maria com seu artigo publicado no livro “Primeira Infância no Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes – Uma experiência a ser replicada”.
A infância surge como período de atenção relevante, na área da saúde, desde o final do século XVIII, com a criação da puericultura na Europa, como campo de conhecimentos e práticas voltados para assegurar fundamentalmente a sobrevivência das crianças, por meio de cuidados de higiene e nutrição adequados. É no final do século XIX que a puericultura chega ao Brasil, trazida por Moncorvo Filho, no contexto da difusão da teoria microbiana de Pasteur, também com enfoque predominante na redução das doenças por meio de práticas sanitárias de controle. Entre 1910 e 1930, a ciência se institucionaliza, é regulamentada por leis e atividades de saúde pública e incorporada à prática pediátrica. (CHIESA, p.50)
Dentro deste campo discursivo torna - se possível perceber que o modelo de educação infantil adotado em meados dos anos 70, o Brasil assimilou as teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e Europa, as quais alimentavam a ideia de que as crianças mais pobres sofriam de privação cultural e eram colocadas para explicar o fracasso escolar delas, tal conceito direcionou por muito tempo a Educação Infantil, enraizando uma visão assistencialista e compensatória adotada sem que houvesse uma reflexão crítica mais profunda sobre as raízes estruturais dos problemas sociais.
Isto teve uma influência muito grande nas decisões de políticas públicas voltadas para a Educação Infantil, pode-se observar que esta origem do atendimento fragmentado destinado às crianças carentes, uma educação voltada para suprir supostas “carências”, é uma educação que leva em consideração a criança pobre, como alguém que não responderá aos estímulos dados pela escola de forma significativa. 
Conforme BNCC p.31,
Com a Constituição Federal de 1988, o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a 6 anos de idade torna-se dever do Estado. Posteriormente, com a promulgação da LDB, em 1996, a Educação Infantil passa a ser parte integrante da Educação Básica, situando-se no mesmo patamar que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. E a partir da modificação introduzida na LDB em 2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, a Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos. (Brasil, 2017 p. 31)
Percebe-se que foi graças à Constituição de 1988, que a criança foi colocada no lugar de sujeito de direitos e a educação infantil foi incluída no sistema educacional. A criança passa de um ser sem importância para um indivíduo de grande relevância na sociedade, com diretos e que precisa ter suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais supridas custeadas pelo poder público, no caso, pelos Municípios. A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e abrange a creche e a pré-escola para as crianças de 0 a 6 anos.
Apesar dos avanços obtidos através de leis constitucionais as quais fazem referências a Educação Infantil, ainda se percebe que muito precisa ser feito para diminuir a distância entre a legislação e a realidade.
Segundo Fraboni, (1998)
 
“a etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela “transformação”, tecnológico - cientifico e pela mudança ético-social, cumpre todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando- a finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social”. (1998, pg.68).
Desta forma é possível perceber o ato de conceber a criança como ser individual, com suas definições bem diferentes dos adultos, que possuem direitos enquanto cidadão são mudanças na educação infantil, tornando o atendimento ás crianças de 0 a 05 anos ainda mais específicos.
No contexto social brasileiro considera-se as etapas da educação infantil o período de vida escolar em que se atende, pedagogicamente, crianças com idade entre 0 e 5 anos divididos em fases distintas. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira - LDB, “a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
A LDB em seu artigo 29 relata que a educação infantil, caracteriza-se primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Portanto, é essencial conhecer a situação atual desta esfera, bem como saber quais caminhos trilhar para melhorar a qualidade do ensino no município de Nova Soure Bahia e garantir formação de qualidade para a toda a população buscando melhoria para a educação infantil através da reelaboração de seu “currículo” buscando parceria com os profissionais envolvidos no processo e escuta da comunidade escolar por entender Educação Infantil é um alicerce e é primordial para a aprendizagem da criança, pois socializa, desenvolve habilidades,melhora o desempenho escolar no futuro, promove o lúdico, o ético, a cidadania e os laços afetivos, propiciando à criança resultados efetivos para toda a vida dentro e fora de seu território.
Percebe-se que no decorrer do percurso e mudanças na Educação Infantil a partir da implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dá um salto histórico ao  reconhecê-la como etapa essencial e estabelecer seis direitos de aprendizagem para bebês e crianças de 0 a 5 anos. Assim, para que estes direitos sejam contemplados o professor precisa sempre tê-los em mente para garantir que as experiências propostas estejam de acordo com os aspectos considerados fundamentais no processo. 
O documento também inova ao reconhecer essa etapa da Educação Básica como fundamental para a construção da identidade e da subjetividade dos alunos. Para isso, é importante criar condições para a formulação de perguntas no contexto educacional infantil para dar oportunidade das crianças pensarem sobre o mundo ao seu redor e desenvolver estratégias de observação, criando hipóteses e narrativas referentes à sua realidade social. 
É sabido que a educação infantil compreende as primeiras etapas da formação básica das crianças. Com a implantação da nova BNCC, a qual coloca em prática por todas as escolas do país a partir do ano de 2020, esse nível educacional passa a ser dividido em três estágios, de acordo com a faixa etária dos educandos:
· Crianças de 0 a 01 ano e 06 meses; (Creche).
· Crianças de 01 ano e 07 meses a 03 anos e 11 meses; (creche).
· Crianças de 04 anos a 05 anos e 11 meses. (pré - escola)
Torna-se possível entender que a mudança para esses três estágios é uma forma de trabalhar mais favoravelmente com as novas questões que integram a educação infantil e possam contemplar os objetivos e os direitos de aprendizagem, bem como os campos de experiência, sempre relacionando com a etapa específica do desenvolvimento do educando.
Por isso, destaca-se que a situação da educação infantil necessita de algumas mudanças e para isto, as políticas públicas, para o Município de Nova Soure Bahia, devem priorizar a educação básica e construir em sua Proposta Curricular para a Educação Infantil do Município projetos passíveis de serem efetivados para contemplar os direitos assegurados por lei para a criança que ingressa na Educação Infantil.
É relevante ressaltar que ao iniciar sua trajetória de vida, as crianças têm direito a saúde, amor, aceitação e segurança, que caracterizam a vida humana e, como tal, tem especificidades que precisam ser conhecidas e respeitadas, tanto no olhar ao sujeito que vive este período como à sociedade que culturalmente lhe dá significado. As famílias, as instituições e a sociedade como um todo são responsáveis pela infância e giram em torno da criança, propondo ações que se complementem nesse ciclo. 
Cada entidade tem sua devida importância e uma não anula a outra. O Currículo da Educação Infantil, que vai do 0 a 5 anos é centrado nos eixos: Formação Pessoal e Social e Conhecimento do Mundo, contribuindo para prática e vivências pedagógicas que resultam em êxito e alegria, culminando com aprendizagem satisfatória e significativa das crianças que marcam toda sua trajetória. 
Durante muito tempo, as instituições infantis, incluindo as brasileiras organizavam seu espaço e sua rotina diária em função apenas do cuidado higiênico e assistência. Como foi citado anteriormente vimos que foi a partir de 1980 que houve uma ampliação do debate a respeito das funções das instituições infantis para a sociedade moderna. 
Modificar essa concepção de educação assistencialista implica em atentar para várias questões que vão além dos aspectos legais. Envolve acima de tudo, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, à responsabilidade da sociedade e o papel de todos os envolvidos no processo do desenvolvimento infantil. 
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de Nova Soure Bahia, consciente de que a natureza do trabalho pedagógico requer domínio de saberes específicos das diversas áreas do conhecimento, bem como daqueles relativos às metodologias e à compreensão dos processos presentes no planejamento, organização curricular, avaliação e gestão da educação escolar, propõe esta proposta que nasce na SEMEC porém, poderá ser modificada no decorrer dos anos a partir da prática e ampliação da formação. 
Quando a SEMEC organizou a proposta para este nível de ensino, que atenderá às crianças da zona rural e urbana em classes de Creche e Pré-escola do município, cuidado especial foi dado para a construção de uma ação educativa que trabalhasse com a criança em sua globalidade respeitando as necessidades de aprendizagem individuais e especiais. Assim, as teorias do desenvolvimento infantil têm embasado a elaboração das situações didáticas deste nível. A ideia fundamental é a de buscar a concretização das intenções educativas, explorando as atividades de ensino e aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. BRASIL.
________. Ministério da Educação. Educação integral: texto referência para o debate nacional. Série Mais Educação. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cadfinal_educ_integral.pdf>. Acesso em: 05 SET. 2020. 
CHIESA, Anna Maria artigo publicado no livro “Primeira Infância no Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes – Uma experiência a ser replicada”. Disponível em www.google.com.br 
Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Art. 205-214. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988.
Disponível em > htpt://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição.htm>.
FRABONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da infância e a ciência pedagógica e Didática. In. ZABALTAR, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. 1998.
Lei nº 9.394. De 20 de dezembro de 1996. Art. 3. Sete Jus. Brasil.
MENDONÇA, Fernando Wolff. Teoria e Prática na Educação Infantil. Maringá, PR: UNICESUMAR, 2013.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de Oliveira. Educação Infantil Métodos. São Paulo, 2002.

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