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Cuidados mediatos ao rn

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Cuidados mediados ao rn
São aqueles realizados no berçário ou no alojamento conjunto. Normalmente realizados nas 2 primeiras horas após o parto.
São realizados após certificar-se de que o recém-nascido está adaptado à vida extra- uterina, ou seja, apresenta respiração espontânea e mantém a temperatura corporal estável.
São cuidados mediatos:
▪ Higiene corporal;
▪ Exame físico completo;
▪ Avaliação das capacidades de alimentação;
▪ Avaliação da perda ponderal.
{Higiene corporal}
Não há necessidade de banhar imediatamente o RN ainda no Centro Obstétrico, salvo RNs de mães HIV+ ou que nasceram banhados em mecônio;
Pode-se aguardar sua transferência para o Alojamento Conjunto, ou se preciso, para a Unidade Neonatal.
O primeiro banho só deve ser dado após a estabilização dos sinais vitais;
Durante o banho a equipe de enfermagem pode observar o comportamento do RN, como irritabilidade e atividade muscular;
A equipe deve envolver os pais nos cuidados de seu filho, ensinar os procedimentos de higiene e ajudá-los a reconhecer as características individuais de seu RN.
Finalidades do Banho:
▪Remover os resíduos do parto (sangue e líquido amniótico) e sujidades; para filhos de mães HIV-positivo, o banho é imediato;
▪Reduzir a colonização microbiana;
▪Promover conforto e relaxamento.
...observações:
Durante da limpeza da pele, deve-se preservar o manto ácido, que é formado por epiderme, suor, lipídios, produtos metabólicos e substâncias externas; 
Também não se deve retirar o vernix caseoso (substância lipídica presente na pele do RN ao nascimento), pois é um fator de proteção e hidratação natural.
Utilizar somente água morna;
O uso de sabão neutro deve ser criterioso, somente para remoção de crostas de sangue e para limpeza da genitália suja. O sabão predispõe o surgimento de rachaduras na pele do RN;
Não utilizar talco (risco de aspirar e apresentar distúrbios respiratórios).
TÉCNICA: BANHO DE IMERSÃO
1. Lavar as mãos antes e após o procedimento. 
2. Calçar luvas de procedimento, principalmente quando for o primeiro banho, para garantir técnica asséptica. 
3. Verificar a temperatura axilar. (normal 36,5) Hipotermia/Hipertermia - Registrar na evolução 
4. Despir o RN, retirando a roupa/fralda e envolvendo com a toalha em dobra. 
5. Na presença de fezes e urina, retirar o excesso com algodão úmido e água. 
6. Verifique a temperatura da água do banho.
7. Segurar o RN adequadamente, protegendo os ouvidos para não entrar água: segure por baixo do seu braço esquerdo com a mão apoiando a cabeça. Atenção para o risco de entrada de água no ouvidos do RN, poderá provocar otite.
8. Iniciar o banho pela face e a cabeça.
9. O rosto deverá ser lavado apenas com água pura e secado em seguida. O couro cabeludo é lavado com água e sabão, enxaguado e secado imediatamente.
10 .Fazer a higiene do corpo:
A. Retire a toalha, segurando a criança de modo a apoia o dorso e o pescoço no seu antebraço;
B. Colocar a criança sentada na banheira, lavando-a do pescoço para as extremidades e de cima para baixo;
C. Limpar o coto umbilical, verificando o curativo;
D. Lavar a genitália no sentido ântero-posterior;
E. Virar o corpo do RN, segurando-o pela axila e mantendo o braço dele por cima do seu antebraço e lavar o dorso e complementar a limpeza da região anal.
11.Retirar da banheira, enrolando o RN na toalha, secar seu corpo
rápida e delicadamente; 
12.Vestir o RN de acordo com a temperatura ambiente.
TÉCNICA: HIGIENE DA FACE
-Lavar as mãos antes e após o procedimento;
-Fazer a higiene ocular: limpar os olhos com bola de algodão molhada com água pura, do canto externo para o interno (desobstrução da glândula lacrimal);
-Fazer a higiene do nariz: utilizando fusos de algodão ou palinetes para limpar delicadamente as narinas. Se necessário, usar soro fisiológico para amolecer e retirar secreções aderidas;
-Fazer a limpeza do ouvido: utilizando fusos de algodão ou palinetes para limpar a parte externa. Nunca introduzir no conduto auditivo.
TÉCNICA: TROCA DE FRALDA
-Lavar as mãos antes e após o procedimento; 
-Calçar luvas de procedimento; 
-Realizar a limpeza da genitália sempre no sentido ântero-posterior; 
-Nas meninas afastar os grandes lábios e realizar a limpeza com um algodão umedecido, enxaguando em seguida; 
-Nos meninos retrair delicadamente o prepúcio e retirar secreção, se presente; 
-Vestir a fralda deixando o coto umbilical para fora; 
-Aplicar pomada à base de óxido de zinco. Deve ser retirada e renovada a cada troca de fralda.
As primeiras fezes do RN são denominadas mecônio, e são eliminadas normalmente logo nas primeiras horas após o nascimento; Durante a permanência do RN no hospital, deve-se observar e registrar o número de evacuações e o tipo de fezes eliminadas. Isso certificará o bom funcionamento metabólico, além de assegurar problemas congênitos do sistema digestivo; A urina costuma ser clara, transparente e de baixa densidade. Em alguns RNs ocorre a eliminação excessiva de uratos, determinando uma coloração avermelhada nas fraldas. A mãe deve ser esclarecida, pois pode pensar que é sangue.
CURATIVO DO COTO UMBILICAL
-O curativo do coto umbilical é feito diariamente após o banho ou sempre que estiver molhado de urina ou sujo de fezes. Tem por objetivo promover a cicatrização, por meio da mumificação e evitar a contaminação local; 
-É importante atentar a qualquer anormalidade, como presença de sangramento, secreção purulenta, hiperemia, edema e odor fétido; 
-O material necessário é: frasco com álcool a 70%, cotonete e gaze. O curativo consiste na limpeza da base do coto com o cotonete embebido em álcool, fazendo movimentos suaves e circulares.
DERMATITE DE FRALDAS 
-A prevenção é fundamental para evitar as dermatites de fraldas; 
-As fraldas descartáveis diminuem o riso de dermatite porém o uso prolongado de fraldas molhadas promove a lesão da pele; -A causa mais comum é a irritação por contato com urina e fezes. Uma camada espessa de óxido de zinco pode proteger a pele lesada;
-É fundamental manter a pele seca, por isso a troca de fraldas deve ser frequente. Durante o dia deixar o RN sem fralda em certo períodos para que a pele “respire”.
- O uso da fralda abafa , provocando aumento da temperatura e umidade, tornando a pele mais sensível à irritação ao contato com urina e fezes;
{EXAME FÍSICO}
O exame físico do recém nascido é realizado pelo enfermeiro, sendo necessário o mesmo conhecer toda a anamnese materna e descrição de nascimento do RN: tipo de parto, anestesia, condições do líquido amniótico, apresentações e alterações da frequência cardíaca; 
-O RN estará despido, em decúbito dorsal sobre um colchonete macio, em ambiente iluminado e com temperatura aquecida e estável; 
-O examinador deve se colocar na frente do RN, tento previamente lavado as mãos e antebraços.
OBSERVAÇÕES GERAIS
-Antes de manipular o RN para realizar o exame físico é importante descrever sua postura e o seu comportamento geral;
-No RN a termo, a postura deve ser aquela de flexão completa como consequência da posição intra-uterina, chamada posição fetal: cabeça flexionada e o queixo repousando sobre a porção superior do tórax, braços fletidos com as mãos fechadas, pernas flexionadas nos joelhos e nos quadris e pés em dorsiflexão; 
-A coluna vertebral também se mostra flexionada;
-O comportamento é observado quanto ao grau de alerta, à sonolência e irritabilidade, que são sinais comuns de problemas neurológicos.
AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
Não existe diferença na verificação dos sinais vitais em RN. No entanto, precisamos atentar para alguns cuidados, pois alguns RNs podem ficar agitados ou chorosos quando manipulados pelos profissionais de saúde e isso pode alterar os valores da freqüência cardíaca (pulso apical) e da respiração.
Os parâmetros de normalidade dos sinais vitais no RN são:
Temperatura axilar – No RN a termo, está entre 36,6° e 37° C. 
Pulso apical – A FC varia entre 120 e 160 bpm. 
Respiração – A FR média é de 40 rpm no RN a termo e 60 rpm no prematuro. Variação 25/60 rpm.
Verificaçãoda respiração (R) 
-A respiração deve ser avaliada durante um minuto completo; -Nos RNs observam-se os movimentos abdominais e não os torácicos, já que neles a respiração é realizada pelo diafragma; -Ao verificar a respiração, devemos atentar também para sua profundidade, bem como para a identificação de eventuais sinais de cansaço, cianose, batimentos das asas do nariz.
Verificação da freqüência cardíaca (FC)
-É aferida usando-se um estetoscópio por meio do pulso apical, quando colocamos o estetoscópio sobre o tórax (entre o esterno e o mamilo esquerdo do RN) e auscultando-se o batimento na região pré-cordial, dois dedos abaixo do mamilo esquerdo; 
-A freqüência do coração é contada durante um minuto, prestando-se atenção ao ritmo e à força de pulsação.
Verificação da temperatura (T) 
-A verificação de temperatura corporal pode ser medida no reto ou na axila; 
-No entanto, quando há necessidade de constantes aferições, a introdução freqüente de um termômetro no reto pode causar danos à mucosa retal, sendo recomendável a verificação de preferência na axila.
Verificação do peso 
-Tal procedimento deve ser realizado no momento da admissão do RN, diariamente e sempre que houver necessidade de nova avaliação. Servirá de base para o controle da curva ponderal; 
-O material necessário é colocado em carrinho com balança própria para RN (até 15 kg), papel toalha, compressa de gaze, frasco com álcool a 70% e impresso próprio para registro; 
-Limpe a cuba da balança com álcool, realize a calibração da mesma e forre-a com papel toalha;
-Ao colocar o RN na balança, fique atento a seus movimentos na cuba, mantendo a mão próxima, sem tocá-lo. Verifique o peso num momento em que haja menor atividade física do RN. Retire-o da cuba da balança e coloque-o novamente no berço; -O peso deve ser registrado em gramas, em impresso próprio, assim como o ganho ou perda em relação ao peso anterior. Nos RNs com diagnóstico de infecção, quando não houver balança separada para esses casos, deve ser verificado seu peso após todos os demais.
Verificação da estatura 
-A estatura é verificada com régua antropométrica ou fita métrica e servirá de base para a avaliação do crescimento; 
-Coloque o RN em decúbito dorsal em uma superfície plana, apoiando a parte fixa da régua na sua cabeça e a parte móvel no calcanhar. Estenda as pernas do RN, segurando em seus joelhos, mantendo a régua bem posicionada ou a fita bem esticada e proceda à leitura.
Perímetro cefálico (PC) 
-É a medida da circunferência da cabeça, sendo verificado com fita métrica. Servirá de base para a avaliação do crescimento e desenvolvimento. É realizada com o RN em decúbito dorsal, passando-se a fita métrica a partir da maior saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas, realizando-se então a leitura; 
Perímetro torácico (PT); 
-É a medida da circunferência do tórax, sendo verificado com fita métrica, variando em torno de 33 cm. O RN deve estar posicionado em decúbito dorsal, sem roupa. Passa-se a fita ao redor do tórax na altura dos mamilos, realizando a leitura.
Perímetro abdominal (PA) 
-É a medida da circunferência do abdômen, sendo verificada com fita métrica, variando em torno de 35cm. O RN deve estar em decúbito dorsal e sem roupa. O perímetro abdominal é medido passando-se a fita em torno do abdome, logo acima do umbigo. Realize a leitura; 
-É importante ressaltar que o registro das medidas antropométricas no prontuário da criança deve ser realizado imediatamente após à verificação das mesmas. Caso não seja possível, registre após a realização de todos os cuidados antes de encaminhar o RN para a mãe;
{capacidade de alimentação}
-As técnicas de alimentação do RN variam em função da coordenação de três capacidades: 
Sucção; 
Deglutição; 
Respiração; 
-A criança deve ser alimentada preferencialmente com o leite de sua própria mãe. Na impossibilidade pode ser substituído pelo leite de outras mães, desde que seja pasteurizados.
Deverão se amamentados ao seio maternos todos os RNs apresentando: 
Peso superior a 1.800g ou; 
IG igual ou superior a 35 semanas; 
Além de ter boa aptidão para sugar e deglutir. 
A GAVAGEM será feita a partir de sondagem orogástrica, em prematuros com:
 Peso inferior a 1.800g ou; 
Idade gestacional menor que 35 semanas, naqueles em que a deglutição ou sucção sejam insuficientes ou naqueles impossibilitados de sugar.
PERDA PONDERAL 
Todos os RNs perdem até 10% do seu peso, desde o nascimento até por volta do 3º ou 4º dia de vida; 
Essa perda é causada pela diminuição do edema, pela eliminação de mecônio e urina e pela pequena ingesta fisiológica de alimentos nos primeiros dias; 
A pesagem diária do RN é fundamental para que se avalie a perda ponderal; 
A partir do 5º dia de vida, o peso geralmente começa a aumentar. Por volta do 10º - 14º dia o RN está com o peso do nascimento.
É muito importante que as perdas ponderais sejam analisadas e comparadas diariamente, a fim de se atuar precocemente nos casos em que os índices ultrapassem os limites da perda fisiológica; Os pais precisam ser esclarecidos sobre a perda fisiológica do peso do seu RN, para que se evitem desmames precoces devido ao mito do “leite fraco” que não sustentaria o RN.
{encaminhamento ao 
alojamento conjunto (AC)}
São encaminhados para o Alojamento Conjunto (AC) os recém-nascidos que apresentam as seguintes características: 
-Boa vitalidade;
-Capacidade de aleitamento pleno; 
-Controle térmico; 
-RN PIG ou GIG após aferição de níveis normais de glicemia
GIG: Grande para a idade gestacional (peso acima do percentil 90)
PIG: Pequeno para a idade gestacional (peso abaixo do percentil 10) 
AIG: Adequado para a idade gestacional (peso entre percentil 10 e percentil 90)
As mães também devem gozar de boas condições físicas e psicológicas; 
Considera-se com boa vitalidade o RN que apresenta: 
Peso maior que 1.800g; 
IG igual ou superior a 35 semanas; 
Sucção efetiva; 
Apgar acima de 7 no quinto minuto.
{exercício}
Conceitue os cuidados mediatos? 
Quais as finalidades do banho no RN? 
O que deve-se observar durante a troca de fraldas do RN? 
Como deve ser realizado o curativo do coto umbilical? 
O que é dermatite de fralda e como prevenir? 
Quais os parâmetros dos SSVV no RN? 
O que deve ser observado em relação a perda ponderal do RN?
{referências}
American Academy of Pediatrics, American College of Obstetricians and Gynecologists, eds. Guidelines for perinatal care. 2001; BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Atencao a Saude. Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. Atencao humanizada ao recem-nascido de baixo peso: Metodo Canguru/Ministerio da Saude, Secretaria de Atencao a Saude, Departamento de Ações Programaticas Estrategicas. – 2. ed. – Brasilia : Editora do Ministerio da Saude, 2011. 204 p. : il. – (Serie A. Normas e Manuais Tecnicos); 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. epartamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p. color. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) – (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5)
ROBERTA GONDIM 2020

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