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A BNCC na educação brasileira (7)

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A BNCC na educação brasileira
Homologada em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define as aprendizagens que todos os alunos têm o direito de adquirir ao longo da educação básica que se divide em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. A Base foi construída em um processo colaborativo e democrático, iniciado em 2015 e liderado pelo Ministério da Educação (MEC). A primeira versão do documento passou por uma consulta pública (entre setembro de 2015 e março 2016) contando com aproximadamente 12 milhões de contribuições. A segunda versão foi analisada por gestores, professores e alunos de todos os estados, em seminários organizados pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) com uma participação em torno de 9 mil recomendações. A partir delas, o MEC finalizou a terceira versão junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE) com sua homologação concluída em 2017. Na quarta e última versão da Base foram definidas cinco áreas do conhecimento Linguagens, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Humanas e Ensino Religioso (inserido na última versão). Os componentes que englobam a área das Linguagens são: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte e Educação Física; na de Matemática, somente o componente curricular matemática; na de Ciências Naturais, no ensino fundamental, organizou-se apenas com Ciências; nas Ciências Humanas os componentes de História e Geografia e o próprio Ensino Religioso. 
Sendo assim, a BNCC está fundamentada em bases legais que englobam a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997, os fundamentos teóricos e metodológicos que envolvem as Diretrizes Curriculares Nacionais (2013) e o Plano Nacional de Educação de 2017. No quadro 1, a linha do tempo publicada pela editora Moderna colabora na análise da implementação do documento e apresenta todo o percurso cronológico e de conteúdo realizado pelo Ministério da Educação em diversas etapas. 
Quadro 1: Linha do tempo da construção da BNC
Fonte: Disponível em:< https://web.moderna.com.br/documents/3901628/0/BNCC+-+Material+para+o+professor/01f4c4f9-7774-4e0d-bedb-565635b3294c>. Acesso em 19 de nov. 2019
A Base está organizada através dos princípios éticos, estéticos e políticos – assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais - que visam a formação humana em suas múltiplas dimensões e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. O documento visa a formação integral do estudante, seu crescimento como cidadão e sua qualificação para o trabalho. É um documento que determina os aspectos fundamentais que organizam cientificamente o que todos os alunos devem aprender durante a educação básica – do ensino infantil ao ensino médio - ano a ano, independentemente do local onde residem ou estudam. Todos os currículos das redes de ensino públicas e particulares de áreas rurais e urbanas do país deverão conter esses conteúdos.
A principal inovação da BNCC para o país é que a educação passe a ter uma concepção de educação integral – que é diferente de ensino em tempo integral - no qual contempla todas as dimensões do desenvolvimento humano, ou seja, a parte cognitiva, intelectual e o desenvolvimento físico, social, emocional e cultural. A proposta é o desenvolvimento de habilidades e atitudes, através da interdisciplinaridade e não isolada em cada componente curricular. 
 Os professores terão que desenvolver junto aos alunos propostas metodológicas que colaborem no desenvolvimento destas habilidades não só para a escola mas para o dia a dia. 
A Base não é um currículo pois a finalidade destes dois documentos possuem propostas diferentes. A Base apresenta os conhecimentos que serão fundamentais para que os estudantes brasileiros desenvolvam, de forma progressiva, o seu percurso na educação básica. O currículo se caracteriza pela forma como as redes de ensino desenvolverão as habilidades e competências propostas na BNCC.
 Sendo assim, podemos considerar que a Base colabora na construção dos referenciais curriculares utilizando como principal proposta a defendida no Projeto Político Pedagógico da rede e/ou unidade escolar. O PPP não pode ser desconsiderado pelo fato da BNCC ser um documento oficial. As características da escola, da comunidade e de propostas de intervenção do entorno da unidade de ensino, priorizando suas melhorias e agregando as famílias, deverão continuar sendo trabalhadas e registradas no PPP. Logo, são o currículo e a proposta do PPP os dois documentos que ratificam as características particulares e de identidade da escola e não a Base. Ela será obrigatória em todos os currículos de todas as redes do país, públicas e particulares, ao contrário dos documentos anteriores, que devem continuar existindo, mas apenas como documentos orientadores não obrigatórios – incluindo dentre estes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
Em virtude da dimensão cultural e geográfica do país pensar em um documento único para atender a educação básica parece uma tarefa difícil de ser aplicada. A Base fornece o conteúdo para a construção dos currículos que são de responsabilidade dos municípios e estados. E, com esta abertura as características regionais serão mantidas. Embora o documento seja único o país apresenta uma gama de contrastes econômicos, socioambientais e culturais e tais características não devem ser negligenciadas na construção dos currículos. 
 Vale salientar que a Base orienta os currículos com o que ensinar, ou seja, os conhecimentos e habilidades essenciais. O como ensinar é uma responsabilidade da rede de ensino e da escola, logo, o planejamento deverá atendar o que preconiza o documento. Assim, espera-se que as diversidades regionais e locais, indicadas nos PPPs e a autonomia do professor sejam garantidas com este documento. 
Os livros didáticos deverão adequar-se e passar por revisões pois serão um dos recursos que darão suporte para que a Base chegue às salas de aula. Algumas provas oficiais que avaliam as escolas como o Saeb continuarão sendo aplicadas e as suas matrizes atenderão ao que propõe a BNCC. Esta especificidade exige que as escolas, privadas ou públicas, preparem seus alunos de acordo com o conteúdo da Base.
A tecnologia é um assunto que aparece na Base de forma transversal exigindo da escola e corpo docente a construção de metodologias que atendam esta demanda. 
A partir de 2020, as escolas do país deverão ter suas propostas adequadas à BNCC, o que exigirá dos setores de gestão uma reformulação nos projetos políticos pedagógicos das escolas. Será uma oportunidade para criar novos diálogos nas redes de ensino priorizando uma construção de aprendizagem que atenda aos anseios e as realidades dos alunos. 
Referencias
EDITORA MODERNA. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Fundamental- Material para o Professor. 2018. Disponível:< https://web.moderna.com.br/documents/3901628/0/BNCC+-+Material+para+o+professor/01f4c4f9-7774-4e0d-bedb-565635b3294c> Acesso em 21 de nov. 2019.
PENIDO, Ana. As Competências Gerais da BNCC. 2018. (13m19s) Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=-wtxWfCI6gk&t=203s>. Acesso em 21 de nov. 2019.

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