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Farmacologia Pode ser definida como: O estudo da interação dos compostos químicos com o organismo vivo. Ciência experimental que estuda as propriedades das drogas e seus efeitos nos sistemas vivos. Ciência que estuda as alterações provocadas no organismo pelas drogas ou medicamentos. Droga + Corpo = Efeito Biológico Droga História Remédios à base de ervas foram largamente utilizados desde os primórdios da civilização; O desenvolvimento inicial da farmacologia foi bastante empírico; Em 1765, Lind recomendava o uso clinico da casca da cinchona no tratamento da malária; Em 1804, Johnson declarou que o uso da cinchona durante a febre era prejudicial passando a indicar, no seu lugar, altas doses de calomelano (cloreto mercuroso); Em 1847, Rudolf Buchheim criou o primeiro instituto de farmacologia (na sua casa) na Estônia; O desenvolvimento da farmacologia necessitava deum suporte cientifico maior; Em 1858, Virchow propôs a teoria celular; “Onde uma célula surge, houve uma célula antes, exatamente como um animal não procede de nada que não seja outro animal e a planta de outra planta. . . nem pode um tecido desenvolvido ter sua origem a não ser de uma célula.” Em 1869, foi utilizada uma fórmula estrutural para descrever uma substancia química; Em 1878, Pasteur descobriu a bactéria como causa de doença; Dessa forma, a farmacologia, como ciência, nasceu apenas em meados do século XIX; O desenvolvimento da química foi fundamental para a farmacologia; Em 1805, Friedrich Serturner, um jovem boticário alemão, purificou a morfina a partir do ópio; Assim, os primeiros farmacologistas concentravam sua atenção em fármacos derivados de plantas como a quinina, o digital, a atropina, a efedrina e a estricnina; Séculos XX e XXI No início do século XX, a química sintética começou a se desenvolver o que revolucionou a farmacologia, bem como, a indústria farmacêutica; Paul Erlich (1909) iniciou a era da quimioterapia antimicrobiana com a síntese de compostos arsenicais para o tratamento da sífilis; Gerhard Domagk (1935) desenvolveu as primeiras sulfonamidas; Chain e Florey desenvolveram a penicilina durante a Segunda Guerra Mundial (baseado nos trabalhos de Fleming, 1928); A descoberta de muitos hormônios, neurotransmissores e mediadores inflamatórios foi importante na comunicação entre a fisiologia e a farmacologia; A descoberta de enzimas e de rotas metabólicas nesse período fez nascer a bioquímica como ciência o que também reforçou a farmacologia como ciência biomédica; Desenvolvimento da Farmacologia Farmacologia Introdução à Farmacologia 20/08/2020 Benéfico Maléfico “. . . é uma substancia química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente ou um ingrediente essencial da dieta, que, quando administrada a um organismo vivo, produz um efeito biológico.” Princípios terapêuticos alternativos Além da terapia baseada em fármacos, existem outros procedimentos terapêuticos: Cirurgia, dietas, exercícios, acupuntura, fisioterapia, terapia ocupacional, .. . . O advento da biotecnologia A biotecnologia surgiu nos anos de 1980 como uma fonte importante de novos agentes terapêuticos: Anticorpos Enzimas Proteínas reguladoras Fatores de crescimento Citocinas. . . Definições Biotecnologia: ciência que estuda formas de manipulação dos fenômenos biológicos. Farmacogenética, farmacogenômica: ramos da farmacologia que estuda a variabilidade individual de reações à um fármaco. Farmacoeconomia, farmacoepidemiologia: áreas voltadas aos levantamentos dos dados de suporte. Fármaco: é o princípio ativo do medicamento. Medicamento: é um fármaco devidamente preparado para ser administrado ao paciente; Remédio: é tudo aquilo que cura ou evita uma enfermidade. Dose: é a quantidade do medicamento capaz de promover o efeito terapêutico esperado. Dose letal: é a quantidade do medicamento capaz de promover a morte do indivíduo. Dosagem: inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. Posologia: é o estudo da dosagem de um medicamento. Dose Efetiva Média (DE50): é a dose capaz de promover o efeito terapêutico em 50% dos indivíduos. Dose Letal Média (DL50): é a dose capaz de promover letalidade em 50% dos indivíduos. Índice Terapêutico (IT): é definido pela relação entre DL50/DE50. Pró-fármaco: é aquele que precisa ser transformado no organismo para promover o efeito terapêutico. Ex: pivampicilina → ampicilina levodopa → dopamina Placebo: substancia com efeito apenas psicológico; Nome químico: é o nome que indica a estrutura química do fármaco. Nome comercial: é o nome que identifica o medicamento comercialmente. Medicamento de referência: foi o primeiro a ser desenvolvido, foi patenteado. Medicamento genérico: passa por teste. Identificado pelo principio ativo. Não intercambiável. Forma farmacêutica: é a maneira como os medicamentos são preparados, apresentados e consequentemente comercializados e utilizados. Preparações liquidas: soluções, suspensões, emulsões, xaropes, elixires e loções. Preparações pastosas: geleias, cremes, pomadas, unguentos e pastas. Preparações solidas: comprimidos, drágeas, capsulas, pílulas, supositórios, óvulos e velas. Vias de administração Enteral Parenteral Via oral Engenharia genética Biofármaco s Estuda a ação da droga sobre o organismo. Mecanismo de ação Farmacodinâmica Farmacologia Farmacocinética Estuda a ação do organismo sobre a droga. Absorção Metabolização Distribuição Excreção Oral Retal Respiratória Tópica Injetável Intramuscular Subcutânea Intravenosa Vantagens: Maior segurança, comodidade e economia; Esquemas terapêuticos fáceis; Boa absorção intestinal. Desvantagens: Efeitos colaterais (náuseas, vômitos e diarreia); Variação do grau de absorção; Ação de enzimas digestivas; pH gástrico; Necessidade de cooperação do paciente; Interação com alimentos; Metabolismo de 1ª passagem. Via retal Vantagens: Administração em pacientes inconscientes, nauseados ou com vômito. Desvantagens: Absorção incompleta; Irritação da mucosa retal. Via intramuscular Vantagens: Absorção rápida; Administração em pacientes inconscientes, nauseados ou com vômito; Adequada para volumes moderados; Adequado para veículos diversos. Desvantagens: Dor; Lesões musculares (pH e substancias irritantes); Reação inflamatória. Via subcutânea Vantagens: Absorção adequada e constante para fármacos em solução; Absorção lenta para fármacos em suspenção. Desvantagens: Facilidade de sensibilização do paciente; Dor e necrose por substancias irritantes. Via intravenosa ou endovenosa Vantagens: Efeito rápido; Grandes volumes; Substâncias irritantes; Controle da dose. Desvantagens: Risco de embolia; Risco de reação anafilática; Choque pirogênico; Impropria para fármacos insolúveis ou oleosos.
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