Buscar

DESENVOLVIMENTO HUMANO - 1ª a 3ª semana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO – EMBRIOLOGIA
1º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
A cada ciclo ovariano, alguns folículos primários começam a crescer, mas, em geral, somente um alcança a maturidade plena e apenas um oócito é liberado na oocitação. Na oocitação, o oócito está em metáfase na segunda divisão meiótica e está cercado pela zona pelúcida e por algumas células granulosas. O movimento das fímbrias tubais carrega o oócito para a tuba uterina. Antes que os espermatozoides possam fertilizar o oócito, têm de passar por:
· Capacitação, período no qual uma capa de glicoproteínas e de proteínas plasmáticas seminais é removida da cabeça do espermatozoide
· Reação acromossômica, durante a qual são liberadas substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina, para penetrar a zona pelúcida.
Durante a fertilização, o espermatozoide precisa penetrar na:
· Coroa radiada
· Zona pelúcida
· Membrana celular do oócito 
Tão logo o espermatozoide penetre no oócito:
· O oócito termina sua segunda divisão meiótica e forma o pró-núcleo feminino
· A zona pelúcida se torna impenetrável a outros espermatozoides
· A cabeça do espermatozoide se separa da cauda, incha e forma o pró-núcleo masculino 
Após os pró-núcleos replicarem seus DNAs, os cromossomos paterno e materno se misturam, dividem-se longitudinalmente e passam por uma divisão mitótica, dando origem ao estágio de duas células. Os resultados da fertilização são:
· Restauração do número diploide de cromossomos
· Determinação do sexo cromossômico
· Início da clivagem.
A infertilidade é um problema para 15 a 30% dos casais e pode ser superada usando a tecnologia de reprodução assistida (TRA). A fertilização in vitro (FIV) envolve fertilizar os óvulos em um meio de cultura e colocá-los no útero no estágio de oito células. Em alguns casos, os óvulos são fertilizados pela injeção intracitoplasmática dos espermatozoides (ICSI), por meio da qual um único espermatozoide é injetado em um citoplasma do óvulo. Essas técnicas in vitro estão associados a maior risco de defeitos congênitos, nascimentos prematuros, baixo peso ao nascer e nascimento múltiplo. Aproximadamente 1 a 2% de todos os nascimentos nos EUA ocorrem por TRA.
A clivagem é uma série de divisões mitóticas que resultam no aumento da quantidade de células, os blastômeros, os quais se tornam menores a cada divisão. Após três divisões, eles sofrem compactação, para se tornarem uma bola celular altamente agrupada com camadas interna e externa. Os blastômeros compactados se dividem para formar uma mórula de 16 células. Conforme a mórula entra no útero no terceiro ou no quarto dia após a fertilização, começa a aparecer uma cavidade, e se forma o blastocisto. A massa celular interna, que se forma por volta do período da compactação e que se desenvolverá no embrião em si, aloja-se em um dos polos do blastocisto. A massa celular externa, que envolve as células internas e a cavidade blastocística, formará o trofoblasto. 
O útero está na fase secretória no período da implantação, e o blastocisto se implanta no endométrio ao longo da parede anterior ou posterior. Se a fertilização não ocorrer, então começa a fase menstrual, e as camadas endometriais esponjosa e compacta são liberadas. camada basal permanece para regenerar as outras durante o ciclo seguinte.
2º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO
No início da segunda semana, o blastocisto está alojado parcialmente no estroma endometrial. O trofoblasto se diferencia em uma camada interna, que prolifera ativamente, o citotrofoblasto; e em uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que invade os tecidos maternos. No nono dia, desenvolvem-se lacunas no sinciciotrofoblasto. Subsequentemente, os sinusoides maternos são erodidos pelo sinciciotrofoblasto, o sangue materno entra na rede lacunar e, por volta da segunda
semana, começa uma circulação uteroplacentária primitiva. Enquanto isso, o citotrofoblasto forma colunas celulares que penetram e são cercadas pelo sincício, as vilosidades primárias. No final da segunda semana, o blastocisto está completamente alojado e seu orifício de entrada na mucosa está fechado.
Enquanto isso, a massa celular interna ou embrioblasto se diferencia em epiblasto e hipoblasto, formando, juntos, um disco bilaminar. As células epiblásticas originam os amnioblastos que recobrem a cavidade amniótica, superior à camada epiblástica. As células hipoblásticas são contínuas com a membrana exocelômica, e, juntas, elas recobrem a vesícula vitelínica primitiva. No final da segunda semana, o mesoderma extraembrionário preenche internamente o espaço entre o trofoblasto e o âmnio, bem como a membrana exocelômica. Quando se desenvolvem vacúolos nesse tecido, forma-se o celoma extraembrionário ou cavidade coriônica. O mesoderma extraembrionário que recobre o citotrofoblasto e o âmnio é o mesoderma extraembrionário somático; a cobertura que cerca a vesícula vitelínica é o mesoderma extraembrionário esplâncnico.
A segunda semana do desenvolvimento é conhecida como a “semana do dois”:
· O trofoblasto se diferencia em duas camadas: o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto
· O embrioblasto forma duas camadas: o epiblasto e o hipoblasto
· O mesoderma extraembrionário se divide em duas camadas: as camadas somática e esplâncnica
· Formam-se duas cavidades: a amniótica e a da vesícula vitelínica.
A implantação ocorre no final da primeira semana. As células trofoblásticas invadem o epitélio e o estroma do epitélio subjacente com a ajuda de enzimas proteolíticas. A implantação também pode ocorrer fora do útero, como na cavidade retouterina, no mesentério, na tuba uterina ou no ovário (gravidez ectópica).
3º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO:
O evento mais característico durante a terceira semana é a gastrulação. Ela começa com o surgimento da linha primitiva, que tem em sua parte cefálica o nó primitivo. Na região do nó e da linha, as células epiblásticas se movem para dentro (invaginam) para formar novas camadas, o endoderma e o mesoderma. As células que não migram através da linha primitiva, mas permanecem no epiblasto, formam o ectoderma. Assim, o epiblasto dá origem as três camadas germinativas, ectoderma, mesoderma e endoderma, e essas camadas formam todos os tecidos e órgãos.
As células pré-notocordais que invaginam na região da fosseta primitiva se deslocam para a região cefálica até alcançarem a placa precordal. Elas se intercalam no endoderma como a placa notocordal. Com a continuação do desenvolvimento, a placa se desprende do endoderma e forma um tubo sólido, a notocorda. Essa estrutura determina um eixo na linha média, que funcionará como a base do esqueleto axial. As partes cefálica e caudal do embrião são estabelecidas antes que a linha primitiva tenha se formado. Assim, as células do hipoblasto (endoderma) na margem cefálica do disco formarão o EVA, que expressa genes de formação da cabeça, incluindo OTX2, LIM1 e HESX1, bem como o fator solúvel cerberus. NODAL, um membro da família de genes TGF-β é, então, ativado e inicia e mantém a integridade do nó e da linha primitivos. Na presença de FGF, o BMP4 ventraliza o mesoderma durante a gastrulação de modo que ele forme o mesoderma intermediário e o mesoderma da placa lateral. Chordin, noggin e follistatin antagonizam a atividade de BMP4 e dorsalizam o mesoderma para originar a notocorda e os somitômeros na região da cabeça. A formação dessas estruturas em regiões mais caudais é regulada pelo gene BRACHYURY (T). A lateralidade (assimetria esquerda-direita) é regulada por uma cascata de moléculas e de genes sinalizadores. FGF8, secretado por células no nó e na linha primitivos, induz a expressão de NODAL e de LEFTY2 do lado esquerdo, e esses genes aumentam a expressão de PITX2, um fator de transcrição e gene-chave para a lateralidade esquerda. O neurotransmissor serotonina (5-HT) também atua na definição da lateralidade por meio da restrição da expressão NODAL ao lado esquerdo. O posicionamento normal dos órgãos (a esquerda e a direita) é chamado de situs solitus, enquanto sua inversão completa é chamada de situs inversus. Quando um ou mais órgão estiverem em posiçãoanormal, essa condição será chamada de situs ambiguous ou heterotaxia. Indivíduos com situs inversus correm baixo risco de apresentar outros defeitos congênitos, mas seus filhos correm risco mais elevado, principalmente para cardiopatia. Em contrapartida, os pacientes com heterotaxia correm risco elevado de ter muitos tipos de malformações congênitas e quase todos apresentam algum tipo de anormalidade cardíaca. Erros nos níveis de 5-HT ou a expressão incorreta de genes da via de sinalização da lateralidade, como PITX2, resultam em defeitos de lateralidade, como dextrocardia, situs inversus e anomalias cardíacas. As mutações no fator de transcrição dedo de zinco ZIC3 causam heterotaxia associada ao X com cardiopatias graves e outros defeitos.
As células epiblásticas que se movem pelo nó e pela linha primitivos são predeterminadas por suas posições a se tornarem tipos específicos de mesoderma e de endoderma. Assim, é possível elaborar um mapa de destino do epiblasto mostrando seu padrão.
No final da terceira semana, são estabelecidas três camadas germinativas na região da cabeça, consistindo em ectoderma, mesoderma e endoderma, e esse processo continua a produzir essas camadas para as áreas mais caudais do embrião até o final da quarta semana. A diferenciação tecidual e orgânica já começou e ocorre no sentido cefalocaudal à medida que a gastrulação continua.
Enquanto isso, o trofoblasto progride rapidamente. As vilosidades primárias adquirem um centro mesenquimatoso, no qual surgem pequenos capilares. Quando esses capilares vilosos fazem contato com os capilares da placa coriônica e do pedúnculo embrionário, o sistema viloso está pronto para fornecer nutrientes e oxigênio ao embrião.

Outros materiais