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Estudo da Pessoa Física e do Empresário Individual

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AULA 3 – ESTUDO DAS PESSOAS
3.1 PESSOA FÍSICA OU NATURAL
A pessoa física ou natural é a pessoa comum que é capaz de direitos e deveres
na ordem civil. Em geral, os direitos e obrigações da pessoa natural advêm com a
personalidade civil, garantida desde o nascimento com vida; mas a Lei põe a salvo
desde a concepção, os direitos do nascituro (art. 2° do CC).
Desde o nascimento a pessoa natural é titular de direitos e obrigações na vida
civil, possui capacidade de direito, mas não pode exercê-la até que complete a
maioridade (18 anos, salvo se houver emancipação).
Enquanto a pessoa não adquirir sua capacidade de direito, como o menor de
idade, por exemplo, ela precisará estar representada ou assistida, até que adquira a
capacidade de fato.
 Capacidade de fato – é adquirida aos
18 anos
 Capacidade de direito – toda a pessoa é
titular de direitos e obrigações na órbita
civil.
Assim, preceitua o Código Civil, no Livro I, das pessoas, no título I, das
pessoas naturais, no capítulo I, da personalidade e da capacidade:
Art. 3o do Código Civil- São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os
atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Os absolutamente incapazes precisam estar representados, enquanto que os
relativamente incapazes precisam ser assistidos.
Art. 4o do Código Civil - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Entretanto, nos casos em que houver a cessação da menoridade, antes dos 18
anos completos a pessoa física ficará habilitada para exercer todos os atos da vida civil,
são hipóteses legais que acarretam a emancipação da pessoa física.
Portanto, de acordo com o art. 5o, § único do Código Civil, cessará, para os
menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.
É importante salientar que a concessão dos pais, o casamento, o exercício de
emprego público efetivo, colação de grau de ensino superior e o estabelecimento civil
ou comercial, assim a existência de relação de emprego possibilitam a antecipação da
capacidade de exercício através da emancipação.
3.2 DAS CARACTERÍSTICAS DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Neste ponto é importante destacar duas características daquele que exerce a
atividade empresarial em nome próprio, quais sejam: a capacidade para o exercício dos
atos da vida civil e empresarial e a ausência de impedimento legal.
3.2.1- DA CAPACIDADE
A capacidade de exercício ou de fato se adquire quando a pessoa natural
completa a idade legal, 18 anos, ou se emancipa, em uma das hipóteses elencada acima.
Art. 972 CC – Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno
gozo de capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Vale ressaltar, que dentre os casos previstos em Lei de emancipação àquele que
mais chama atenção ao Direito empresarial é o do inc. 5º, do art. 5º do Código Civil:
“pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria”. Nestes casos, a emancipação se dá de forma automática, não necessitando
comprovar através de nenhum documento específico.
Enquanto que o casamento se comprova pela certidão de casamento, o exercício do
emprego público com o termo de exercício, a concessão pelos pais por meio de escritura
pública, a colação de grau por meio de uma certidão ou diploma de conclusão de curso
superior, no caso da emancipação pelo exercício da atividade civil ou empresarial essa
prova deve ser feita na Junta Comercial, autarquia que registra o empresário ou
sociedade empresária, mediante a apresentação de declaração de várias pessoas
atestando que o menor já exercia a atividade empresarial e, portanto, estaria emancipado
automaticamente.
Antes de se registrar na Junta Comercial, uma vez exercendo a atividade
empresarial será considerado empresário irregular e estará sujeito à falência, mesmo
ainda não tendo alcançado a idade biológica penal, 18 anos, biológica porque não
importa a hora do nascimento, apenas a data e não se tem como emancipar a maior
idade penal. Qualquer ato de transgressão legal das Leis penais por aquele que ainda
não completou a maior idade penal, 18 anos, será considerado ato infracional e estará
sujeito a uma medida preventivo pedagógica, e não, a uma pena.
Entretanto, o menor antes de completar 18 anos não conseguirá se beneficiar
com a concessão da recuperação judicial, pois só conseguiria se emancipar com o
exercício de atividade civil ou empresarial a partir dos 16 anos. De acordo com o caput
do art. 48 da L. 11.101/2005 (Lei de Recuperação de Empresas) se exige, no mínimo, 2
(dois) anos de atividade regular, para ser concedido o benefício da recuperação judicial.
No mesmo sentido é o Enunciado do CJF:
Enunciado 197 – Por mais que uma pessoa de 16 anos venha a se emancipar antes
de 18 anos não conseguirá a recuperação judicial, por a Lei 11.101/05 exigir 2 anos
de atividade regular.
Quanto à atividade empresarial individual pelo incapaz é comum os MEI
(microempreendedores individuais) optarem por ser empresários individuais, mas é
necessário que o exercício da atividade n]ao se concentre na figura do MEI. O grande
problema de ser empresário individual é que a responsabilidade desse empresário atinge
todos os bens daquele que investe nesta atividade, de forma ilimitada. Não há separação
patrimonial dos bens do empresário individual, dos bens da pessoa natural.
A Lei não impede o menor, por exemplo, de ser sócio, desde que não ocupe
cargo de administração e gerência, esteja devidamente representado ou assistido e só
invista em pessoas jurídicas em que sua responsabilidade seja limitada, ou seja, não
exceda os limites do que investiu. Mas por quê? Quem exerce a atividade empresarial
fica a frente da atividade empresarial, enquanto que no caso de sócio, quem fica a frente
é Pessoa Jurídica. Em caso de ocupação de administração e gerência esses cargos
poderiam gerar uma responsabilidade fora dos limites previstos em lei e nesses casos a
Lei veda que o menor ou incapaz ocupe tais cargos.
Outro requisito importante, além da capacidade de exercício ou de fato para o
exercício da atividade empresarial, é a ausência de impedimento legal.
3.2.2 IMPEDIDOS LEGALMENTE:
A Lei considera que algumas pessoas pelo exercício do cargo público que
exercem teriam impedimento legal para exercerem a atividade empresarial em nome
próprio, como os magistrados, promotores, diplomatas, exercentes de cargo político
(executivo e legislativo), funcionários públicos, militares, oficiais das forças armadas,
falido entre outros impedidos por Lei.
Art. 973 do CC – A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Se a pessoa impedida ou que tiver qualquer proibição legal para ser empresário
ou sócio, contrariar o dispositivo legal, não ficará dispensada das suas responsabilidades,
ou seja, o ato praticado porela não será inválido, pelo contrário, será válido e ela
responderá de forma ilimitada, respondendo com seu patrimônio pelo prejuízos
causados a terceiro, inclusive, podendo estar sujeita à falência.
Este impedimento legal seria para o exercício da atividade empresária individual,
mas eles poderão ser sócios. A vedação legal os proíbe de exercer diretamente ato
incompatível com a sua função ou seu status pessoal. Como sócios, não há vedação,
porque quem exerce a atividade empresarial é a sociedade como será visto adiante. O
que a Lei veda aos impedidos legalmente é como sócios de exercerem cargo de
administração e gerência.
3.2 PESSOA JURÍDICA:
Tem como conceito ser um grupo humano, criado na forma da Lei e dotado de
personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns, com exceção da
Fundação. A pessoa jurídica é considerada um centro autônomo de relações jurídicas,
demonstrando-se tratar-se de entidade, criada a partir da vontade humana, mas que a Lei
empresta personalidade jurídica e capacidade de direito.
O nascimento da Pessoa Jurídica ocorre com o registro dos atos constitutivos
(contrato ou estatuto) no órgão competente.
Somente a pessoa jurídica tem personalidade jurídica, que nasce com o registro.
São requisitos da personalidade jurídica:
 Autonomia patrimonial da pessoa jurídica que acarreta a separação do
patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa jurídica.
 A pessoa jurídica passa a ser titular de direitos e obrigações, ou seja, débitos,
créditos, compras, certidões, alienações, entre outros, são efetuados em seu
próprio nome, respondendo assim, pessoalmente pelos seus atos.
Entre as pessoas jurídicas de direito privado que se formam com investimento de
terceiros particulares destacam-se as associações, sociedades e a EIRELI.
ASSOCIAÇÕES
DIREITO SOCIEDADES
PRIVADO EIRELI (EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE
LIMITADA)
As associações se diferenciam das sociedades e EIRELI porque estas duas
últimas possuem fins econômicos, enquanto que a associação possui fim não econômico,
ou seja, não possui finalidade lucrativa.
ASSOCIAÇÃO SOCIEDADE
ART. 53 do Código Civil. Constituem-se as
associações pela União de pessoas que se
organizem para fins não econômicos.
§ único. Não há, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.
ART. 981 do Código Civil. Celebram contrato
de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para
o exercício de atividade econômica e a partilha,
entre si, dos resultados.
Conclusão:
Em que pese ambas se constituírem com a união de esforços de seus integrantes,
nas associações os fins são filantrópicos, sociais, políticos ou de qualquer outro gênero,
como já salientou Coelho (2013, v. 2, p. 31), enquanto que nas sociedades e na EIELI o
fim é exclusivamente econômico, gerando partilha dos resultados entre seus integrantes
e obrigações recíprocas.
Associação ≠ Sociedade
A sociedade sempre irá visar a atividade lucrativa. A associação não tem fins lucrativos.
Portanto, o DIREITO EMPRESERARIAL se concentra naquelas pessoas jurídicas de direito
privado que possuem fins lucrativos, como é o caso das sociedades e da EIRELI.
A EIRELI (Empresa individual de responsabilidade limitada) foi um grande
avanço para o Direito Empresarial, pois como será visto no capítulo 5 (quinto) que antes
do advento dessa pessoa jurídica a opção pela sociedade exigia uma pluralidade de
investidores na sua formação. O principal objetivo de quem exerce a atividade
empresarial é não correr um risco patrimonial além dos seus investimentos, ou seja, o
ideal que aquele que investe na atividade econômica tenha uma responsabilidade
patrimonial limitada e não responda pessoalmente pelos prejuízos gerados pelo
empreendimento. Até 2011, que foi a entrada em vigor da EIRELI, não se permitia uma
responsabilidade limitada para aquela pessoa que exercia a atividade empresarial
individualmente. Havia necessidade de se constituir uma sociedade com no mínimo 2
(dois) sócios.
A EIRELI, esta pessoa jurídica, permitiu o exercício da empresa por uma única
pessoa e limitou a responsabilidade desse investidor. Antes da EIRLEI, somente a
constituição por meio de sociedade e a opção pelo tipo limitada que permitia a limitação
patrimonial dos sócios, conforme será melhor trabalhada nos capítulos seguintes.
Exercícios:
1. João, menor de 16 anos, exerce a atividade empresarial em nome próprio há
mais de 1 ano e resolve registrar seu negócio na Junta Comercial. O que ele
necessitará apresentar para comprovar que preenche o requisito legal da
capacidade de exercício ou de fato?
2. Cite duas diferenças entre o Empresário Individual e a EIRELI, no que tange a
espécie de pessoa e a responsabilidade patrimonial dos investidores:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COELHO. Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. v.2, 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.