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1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Andrea Affonso dos Santos Jaqueline Aparecida do Nascimento Oliveira Pamela Sponton Manoel Tais Cristina do Nascimento de Melo A ludicidade como ferramenta no processo de alfabetização infantil Américo Brasiliense – SP 2019 2 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A ludicidade como ferramenta no processo de alfabetização infantil Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tutor: Rafael Akira Fujita Américo Brasiliense - SP 2019 MANOEL, Pamela; MELO, Tais; OLIVEIRA, Jaqueline; SANTOS, Andrea. 3 A ludicidade como ferramenta no processo de alfabetização infantil. Relatório Técnico- Científico para Licenciatura em Pedagogia – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Rafael Akira Fujita. Polo Américo Brasiliense, 2019. RESUMO O objetivo deste projeto é a alfabetização de crianças através da ludicidade, através de músicas, brincadeiras e interações entre alunos e professores. O intuito é auxiliar crianças do ensino fundamental a aprender de uma maneira diferente, prazerosa e muito estimulante. Através de músicas e protótipos incentivamos a audição, a interação, a concentração dessas crianças, fazendo com que elas desenvolvam o prazer pela escrita e pela leitura através do lúdico. Os resultados alcançados foram maior interação entre os alunos, concentração mais desenvolvida durante as atividades, melhora no conhecimento sobre as palavras e desenvolvimento da imaginação. Ao ensinar através do lúdico, o professor tem inúmeras possibilidades para a sua aula, o lúdico atrai a atenção das crianças e ao mesmo tempo melhora o desenvolvimento escolar dos alunos. PALAVRAS-CHAVE: Interação, Lúdico, Alfabetização, Música, Desenvolvimento. MANOEL, Pamela; MELO, Tais; OLIVEIRA, Jaqueline; SANTOS, Andrea. 4 Play as a tool in the process of child literacy. Techical-Scientific Report for Degree in Pedagogy – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Rafael Akira Fujita. Polo Américo Brasiliense, 2019. RESUMO The objective of this project is to teach children literacy through playfulness, through music, play and interactions between students and teachers. The aim is to help elementary school children learn in a different, pleasurable and very stimulating way. Through songs and prototypes we encourage the hearing, interaction, and concentration of these children, causing them to develop the pleasure of writing and reading through playfulness. The results achieved were greater interaction between the students, more developed concentration during the activities, improved knowledge of words and development of imagination. By teaching through play, the teacher has countless possibilities for his class; play attracts the attention of children and at the same time improves the students' school development KEYWORDS: Interaction, Playful, Literacy, Music, Development. MANOEL, Pamela; MELO, Tais; OLIVEIRA, Jaqueline; SANTOS, Andrea. 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Ilustração de uma aula lúdica, com vários recursos utilizados pelo professor. Figura 2: Alunos durante a apresentação da atividade. Figura 3: Criança realizando a atividade. Figura 4: Alunos realizando o preenchimento da folha. Figura 5: Caixa de Música utilizada pelo grupo. Figura 6: Aluna realizando a pintura da atividade. Figura 7: Aluna escrevendo durante a atividade. Figura 8: Atividade que foi realizada com os alunos Figura 9: Protótipo. Figura 10: Regras do jogo. Figura 11: Alunos em interação com a caixa. Figura 12: Brainstorming: criação do protótipo. Figura 13: Protótipo Inicial. 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 07 1.1 Problema e Objetivos 08 1.2 Justificativa 09 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 11 2.1 Aplicação das Disciplinas Estudadas no projeto Integrador 13 3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 15 4. PROTÓTIPO 20 4.1 Protótipo Inicial 21 5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS 22 REFERÊNCIAS 23 ANEXOS 24 7 1. INTRODUÇÃO A alfabetização infantil é uma vivência muito importante para a criança, é nessa fase que ela descobre o novo e pode se comunicar melhor, a alfabetização infantil é um momento fundamental para todas as crianças, esse momento deve ser incentivado, motivado e ao mesmo tempo prazeroso para o aluno. O professor pode ter inúmeras possibilidades para esse momento, pode usar atividades escritas, música, histórias e muita ludicidade. Muitos profissionais da área educacional utilizam a ludicidade como um recurso pedagógico, pois a utilização de recursos lúdicos, como jogos e brincadeiras, auxilia a transposição dos conteúdos para o mundo do educando. Nesse sentido, a ludicidade, como elemento da educação, também é passível de demonstrar a evolução humana com base em suas interações sociais, culturais e motoras, pois o homem sempre teve em seu repertório as linguagens do brincar. [...] (RAU, 2012, p. 25) A ludicidade na escola é fundamental, pois através dela os alunos aprendem melhor, desenvolvem a escrita e leitura, conseguem interagir com os colegas, se socializam com o ambiente e com seus professores de uma maneira mais gratificante e prazerosa. Figura 1 8 A alfabetização em conjunto com o lúdico pode auxiliar alunos com mais dificuldades a desenvolver a escrita e a leitura de uma maneira que não o deixe constrangido, nervoso ou com medo. A ludicidade é capaz de induzir a imaginação e fazer com que as crianças aprendam brincando. O lúdico é um auxiliar importante do professor, através dele o professor pode alcançar objetivos esperados e fazer com que os alunos se interessem cada vez mais pelo ato de ler e escrever. O lúdico na escola pode ajudar muito as crianças a desenvolver sua sociabilidade e, mais amplamente, desenvolver uma compreensão positiva da sociedade e adquirir mais habilidades. É importante lembrar que não há modelo universal de criança; é necessário considerar tudo o que cada uma delas tem de específico para entender as formas pelas quais aprendem melhor. É pensando nisso que o lúdico pode ajudar na aprendizagem, por meio de adequação das propostas aos interesses dos alunos. (DUPRAT, 2014, p. 32) 1.1 Problema e Objetivos Como o lúdico pode influenciar no processo de alfabetização e letramento no ensino fundamental? Observamos durante nossa visita a instituição escolar que muitos alunos ainda apresentam dificuldades no aprendizado da escrita e da leitura e também dificuldades de concentração na aula dada pela professora. Identificamos que alguns alunos não conseguem acompanhar a turma e acabam se sentindo inferiores. Nosso objetivo geral é fazer com que eles, através do lúdico, se aproximem mais uns dos outros, interajam, e aprendam. Queremos estimular a concentração e desenvolver a alfabetização de uma maneira alegre e cheia de imaginação. Estimular é nosso objetivo específico, através da estimulação é que podemos alcançar metas com esses alunos, seja através de uma música, de uma atividade ou apenas de uma conversa, estimular através do lúdico é o caminho para que todos cheguem ao mesmo objetivo, que é a alfabetização. [...] O lúdico é um jeito diferente de educar, porque traz elementos do dia a dia dos alunos associados ao prazer. Quando a criança está brincando espontaneamente, mostra seus sentimentos, medos,curiosidades, interesses e necessidades. Não só os conteúdos ensinados tornan-se mais interessantes, porque vêm acompanhados de linguagens diferentes – músicas, desenho, dança –, como esse momento se torna 9 uma forma de conhecer seu perfil afetivo, social e econômico. [...] (DUPRAT, 2014, p. 24) O objetivo desse projeto é através de um protótipo auxiliar o educador a propiciar um momento prazeroso e de muito aprendizado e estimulação para seus alunos. Fazendo com que eles se concentrem e interajam de acordo com o que for pedido. 1.2 Justificativa A escolha do tema, a ludicidade como ferramenta no processo de alfabetização infantil, surgiu da necessidade de integrar o lúdico na sala de aula no processo de ensino aprendizagem. Tal necessidade se refere estimular os alunos a novos desafios saindo da mesmice de ficarem condicionados a cobrir pontilhados, repetir letras e fazer cópias para memorização na alfabetização. Sair do tradicional para alcançar de forma prazerosa o conhecimento. Esses métodos tradicionais são necessários, pois os alunos precisam de exercícios de fixação e repetição, mas, existe a necessidade de que essas atividades sejam elaboradas por meios concretos e com uso de materiais lúdicos adequados á faixa etária e a aprendizagem individual. O brincar e o brinquedo criam na criança uma nova forma de desejos. Ensinam-na a desejar, relacionando seus desejos a um fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo; aquisições que, no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação e moralidade. Vygotsky (1984, p.114) Os jogos e as brincadeiras que levam os alunos ao desenvolvimento cognitivo precisam estar presentes dentro do ambiente escolar, eles são necessários ao processo de ensino e aprendizagem na alfabetização. O brincar revela a estrutura do mundo da criança, como se organiza o seu pensamento, às questões que ela se coloca como vê o mundo à sua volta. Na brincadeira, a criança explora as formas de interação humana, aprende a lidar com a espera, a antecipar ações, a tomar decisões, a participar de uma ação coletiva (BRASIL, 2007, p. 9). 10 Para estimular as crianças há um fator importantíssimo, a interação entre professor e aluno favorecendo o processo de ensino, ampliando as oportunidades de aprendizagem através do lúdico, ocultando as avaliações e tornado o ensino prazeroso. No jogo pode-se correr risco, experimentar, tentar, inventar, tudo isso livre do fantasma de uma avaliação punitiva e castradora. O professor que utiliza o jogo tem o papel de organizar e sistematizar essas atividades para que elas possibilitem aos alunos caminhar em busca de novos conhecimentos. Como mediador, o professor deve possibilitar o deslocamento do pensamento para níveis cada vez mais generalizados e mais abrangentes. (SOUZA, 2009, p. 8) Assim sendo, nosso trabalho está voltado a compreender como o lúdico auxilia na alfabetização e como o professor contribui nesse processo se reinventando para passar os conteúdos curriculares através da música, da história e do jogo. 11 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nosso trabalho será embasado na teoria construtivista de Jean Piaget e de Lev Vygotsky, demonstrando o declínio do modelo tradicional aplicado até hoje por alguns educadores que ainda enxergam a criança apenas como receptora do conhecimento e se esquece de que são seres únicos e sociais, com sua própria história e visão do mundo e que para se desenvolver necessitam de um ambiente acolhedor, em sua maioria lúdica, promovendo o despertar para o conhecimento científico. Para Piaget (1973, p. 76), “o desenvolvimento da criança implica numa série de estruturas construídas progressivamente através de contínua”. A criança é um ser ativo que estabelece relações de troca com o conhecimento, num sistema de relações vivenciadas e significativas, uma vez que este é resultado de laços do indivíduo sobre o meio físico e social em que vive adquirindo significações ao ser humano quando o conhecimento é inserido em uma estrutura, esse processo se chama assimilação. Neste sentido o ambiente escolar deve ser estimulante e favorecer essa interação, devendo estar fundamentado numa proposta de trabalho que tenha como característica processos dinâmicos para a construção cognitiva. No processo de ensino e aprendizagem a capacidade do aluno em aprender depende não somente do ensino, mas também das formas de pensamento que ele predispõe para assimilá-lo, ou seja, depende do nível de competência cognitiva do aluno. Para Piaget, o mecanismo da equilibração tem um jogo duplo de assimilação e de acomodação e depois, busca permanente equilíbrio entre a tendência dos esquemas para assimilar a realidade e a tendência contraria de se acomodar e se modificar atendendo as suas resistências e exigências, isto é, na visão de Piaget o sujeito estabelece a ação de troca com o meio, o qual pressupõe que essas duas dimensões: a assimilação e a acomodação faz com que esse sujeito age ativamente sobre o objeto, de forma que assimila, apropriando-se dele. [...] não se pode falar de aprendizagem ou de aquisição se não há conservação do que é aprendido, e, reciprocamente, não se utiliza o termo „memória‟ a não ser no caso da conservação de informações de fonte exterior [...] a memória de um esquema não é assim outra coisa senão esse esquema como tal. Pode-se, portanto, a respeito dele evitar falar de „memória‟, exceto para fazer do esquema um instrumento da memória. PIAGET (1973, p. 214-215). 12 Para Piaget (1973), as atividades lúdicas é a construção do conhecimento, isto é, não podem ser vistas apenas como divertimento e entretenimento, pois essa teoria favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral. Analisando pela visão de Vygotsky (2007), é no momento do brincar que as crianças se deparam com questões e desafios, além de seu comportamento diário, levantando hipóteses na tentativa de compreender os problemas que lhes são propostos pela realidade na qual agem mutuamente. “[...] as crianças não se preocupam muito com a representação; elas são mais simbolistas do que naturalistas e não estão, de maneira alguma, preocupadas com a similaridade completa e exata, contentando-se com indicações superficiais”. (VYGOTSKY, 2007, p. 135). Assim quando as crianças brincarem edifica a consciência da realidade e, ao mesmo tempo, experimentam a possibilidade de transformá-la, onde o ambiente faz parte desse processo e auxilia na interação com outro. Vigotsky (1980) se diferencia de Piaget ao considerar que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida, constituindo as funções psicológica superiores. Não estabelece faces para explicar o desenvolvimento como Piaget, para Vigotsky o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo; A criança interage socialmente tendo acesso a informações; aprende regras, no caso do jogo interagindo com seus pares e não com resultado de um engajamento individual na solução dos problemas. O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita das letras. VIGOTSKY (1987, p.134) Para Vigotsky a brincadeira e o jogo são atividades específicas da infância em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos é, uma atividade social com contextocultural. Assim como o conceito de Zona proximal de desenvolvimento é o elo do professor 13 em relação ao aluno, sempre verificando a necessidade e a capacidade dessa criança para evoluir na sua trajetória de aprendizagem. [...] o brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual da sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior que a realidade. Como foco de lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma fonte de desenvolvimento. VIGOTSKY (2007, p,122) Piaget e Vygotsky se assemelham no cognitivismo e construtivismo. Entretanto, Vygotsky evoluiu seus estudos na perspectiva da educação, cujo entendimento volta-se para desenvolvimento cognitivo não podendo ser compreendido sem ambiente social, ou seja, contexto social histórico e cultural, que permite compreender a construção entre espaço e tempo na formação da criança. Entre os autores o que fica claro é que no lúdico, seja através da música, histórias, ou dos jogos e que a criança explora o meio ao seu redor, através de ações motoras e mentais, livremente, espontaneamente, vivenciando tais experiências com prazer e satisfação. 2.1 Aplicação das Disciplinas Estudadas no Projeto Integrador Este projeto está baseado nas disciplinas, Alfabetização e Letramento, Arte e Música na Educação: Fundamentos e práticas. O processo de alfabetização, é um momento crucial, pois desenvolve a habilidade de ler e escrever; o letramento desenvolve o uso da leitura e da escrita. A diferença entre alfabetização e letramento, está na dominação da leitura e da escrita. O aluno alfabetizado sabe codificar e decodificar a escrita, o aluno letrado, tem a capacidade de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais diversos contextos. Entende-se que a música é uma linguagem e forma de conhecimento. A música está presente em nosso cotidiano intensamente; no rádio, na TV, nos jingles, nas redes sociais, etc., por meio de brincadeiras e manifestações espontâneas, pela 14 ação do professor ou familiares, a linguagem musical tem sua própria estrutura e características. O trabalho com música deve considerar, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças. A linguagem musical é um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de ser um poderoso meio de integração social. Tomando como referência as ideias de Teca Alencar de Brito, Koellreutter, Shafer e Delaland. A criança desenvolve a sua sensibilidade sonora e musical, ao explorar e reconhecer os sons do ambiente e as múltiplas possibilidades de produzi–los. 15 3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS O trabalho é uma pesquisa de campo e qualitativa, nosso objetivo é coletar dados, investigar, observar o nível de alfabetismo e letramentos dos alunos, através de uma atividade e um jogo realizado com a turma na sala de aula. De início, os alunos ouviram a música “Leilão de jardim”, e em seguida nós entregamos uma atividade impressa para cada aluno, com um texto que é a letra da música, no meio do texto, havia lacunas que as crianças tinham que preencher com escrita, as palavras que estavam faltando, como mostra a figura 8. Também havia desenhos de animais, que contém na música para pintar. Cada aluno preencheu sua atividade de forma que pudéssemos observar as hipóteses de escrita, em que cada um se encontra. Figura 2 – Arquivo Pessoal Figura 3 – Arquivo Pessoal 16 Figura 4 - Arquivo pessoal Figura 5 – Arquivo Pessoal Figura 6 - Arquivo pessoal Figura 7 - Arquivo pessoal 17 Figura 8 - Arquivo pessoal Criamos um jogo em uma caixa aberta, chamado “ Qual a palavra certa? ”, para que chamasse a atenção das crianças de maneira prazerosa, e que, através do jogo, pudéssemos estimular a audição, a interação, concentração, trabalho em grupo e também auxiliar na alfabetização, com o uso da música. A caixa aberta tem um jardim, com vários animais, bichos e Plantas, que contém na música, “Leilão de jardim”. Cada figura do jardim tinha uma plaquinha com nome do 18 animal ou bicho, mas as letras estavam embaralhadas. E, em seguida apresentamos a caixa aos alunos. Em um grupo de 22 alunos, foram divido em quatro grupos, ao som da música “Leilão de jardim”, eles tentaram desembaralhar as palavras uma a uma, e um escriba foi escolhido por cada grupo, para anotar as respostas (palavras organizadas). Cada palavra correta correspondia a um ponto. O grupo vencedor anotou todas as palavras corretamente, e ganharam umas medalhas de ouro, o grupo que ficou em segundo lugar, acertou todas as palavras com exceção das palavras ovos e grilinhos, esqueceram de anotar a letra “s” das palavras, esses ganharam medalhas de prata. Foi uma ótima atividade, além da percepção e escrita, também foi trabalho de engajamento da equipe. Utilizamos vários tipos de materiais como, papel sulfite A4, E.V.A, isopor, cola, palitos, canetinha, caixinha de som para que os alunos pudessem ouvir a música. Figura 9 – Arquivo Pessoal 19 Figura 10 – Arquivo Pessoal Figura 11 – Arquivo Pessoal 20 4. PROTÓTIPO Através da técnica de Braisntorming, definimos o nosso protótipo inicial. Figura 12: Arquivo Pessoal 21 4.1 Protótipo Inicial Consiste em uma caixa aberta, com um cenário construído com referência na musica Leilão de Jardim, onde os alunos tentaram descobrir o que está escrito nas palavras embaralhadas, tendo com referência a imagem e o som da música. Essa brincadeira lúdica vai estimular a audição, a concentração, a imaginação, o trabalho em equipe e auxiliar na alfabetização dos alunos. Figura 13 – Arquivo Pessoal 22 5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS O objetivo do projeto foi trazer uma maneira diferente de aprender, considerando que cada aluno tem sua especificidade, o lúdico traz para a sala de aula uma vontade a mais de aprender, onde os alunos podem se expressar naturalmente, foi visto também que o lúdico promove uma prática educacional onde se trabalha oralidade, regras e socialização. Foi observado também que o lúdico desperta o interesse do saber, onde a criança da sentido ao mundo, que é descoberto e interpretado de maneira significativa e prazerosa, onde não há medo de errar e se socializa mais facilmente com o outro. Visando a maneira tradicional de ensinar, onde educador transmite seu conhecimento para o educando que é passivo, foi decidido uma maneira de trabalho onde o educando possa estar ativo, interagindo com os colegas e com o educador. Sendo assim, conseguimos com que cada aluno participe ativamente, onde se percebe um melhor desenvolvimento social e cognitivo. Ao trabalhar com atividades lúdicas percebemos um maior entusiasmo em participar das aulas, pois existe uma motivação onde cada aluno pode se expressar livremente, agir e interagir com as demais crianças. 23 REFERÊNCIAS BUENO; J. Leilão de jardim. Disponível em: https://www.letras.mus.br/julia-bueno/leilao-de- jardim/. Acesso em: 01/09/2019. BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações para a Inclusão da Criança de Seis anos de Idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2007. DUPRAT; M. C. Ludicidade e educação infantil. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4ª ed. Riode janeiro: Zahar, 1973. RAU; M. C. T. D. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: InterSaberes, 2012. SOUZA, Mônica Menezes. A atividade lúdica na sala de aula de matemática: ação e reflexão. Disponível em http://sbem.com.br/files/ix/enem/minicurso/trabalhos. VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,1984. Figura 1 retirada do site: https://publicdomainvectors.org/pt/. Acesso em: 01/09/2019 https://www.letras.mus.br/julia-bueno/leilao-de-jardim/ https://www.letras.mus.br/julia-bueno/leilao-de-jardim/ http://sbem.com.br/files/ix/enem/minicurso/trabalhos https://publicdomainvectors.org/pt/ 24 ANEXOS Anexo A – Letra da música utilizada. “Leilão de Jardim” (Cecília Meireles) Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de muitas cores, Lavadeiras e passarinhos, Ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, Uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo, que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (Este é o meu leilão) 25 Anexo B – Atividade escrita realizada com os alunos. 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 Anexo C – Projeto sendo realizado em sala de aula 45 46