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FAD_III_aula_7_gastro (1)


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Fisiopatologia e 
análises das doenças III
MSc. Natália de Morais Cordeiro
natalia.cordeiro@unigranrio.edu.br
FUNÇÕES:
1. Ingestão
2. Mastigação
3. Digestão
4. Absorção
5. Eliminação de resíduos
Alimentos
Diferentes 
Funções
Estruturas 
Modificadas e 
Especializadas
SISTEMA DIGESTÓRIO 
TUBO DIGESTÓRIO
• Órgão exócrino e endócrino - digere os alimentos e secreta hormônios
• Dilatação do tubo digestivo onde o bolo alimentar é processado até 
formar um fluido viscoso – quimo
• Digestão do alimento – HCl, pepsina, lipase gástrica, produção de
hormônios (gastrina, grelina, etc)
• Três regiões com estruturas histológicas diferentes:
• Cárdia
• Fundo
• Corpo 
• Antro/Piloro
ESTÔMAGO
• Glândulas gástricas – 2 a 3 litros de suco gástrico
por dia
• Suco gástrico – água, HCl, pepsinogênio (pepsina),
lipase gástrica e muco (protetor)
• Quimo é lançado no duodeno (intestino delgado) de
forma intermitente graças a contração coordenada
da camada muscular e o relaxamento do esfíncter
pilórico
HISTOFISIOLOGIA DO ESTÔMAGO
Fosseta
ESTÔMAGO 
Fossetas
Prega
Muco
MUCOSA  Epitélio
Célula epitelial de 
revestimento cilíndrica
Secreção de 
mucinas
Tipos de glândulas gástricas da mucosa
 células superficiais de revestimento (muco)
 células mucosas do colo (muco)
 células fonte (de reserva)
 células enteroendócrinas (hormônios- gastrina)
 célula principal (zimogênica) – enzimas
(pepsinogênio e lipase)– suco gástrico
 células parietais (oxínticas) – produção de HCl,
fator intrínseco
REGIÃO FÚNDICA DO ESTÔMAGO
Tipos de glândulas gástricas da mucosa
fosseta
colo
Região 
superior do 
corpo
Região 
inferior do 
corpo
principais
CÉLULA PARIETAL- PRODUÇÃO DE HCL
Estímulos para secreção do HCL:
 Cefálico (pensamento, cheiro, visão)
Impulsos parassimpáticos – acetilcolina – célula parietal
Gástrico (presença de alimento no estômago)
Gastrina e histamina – célula parietal
 Intestinal (presença de alimento no intestino delgado)
Gastrina – células parietais
A ligação de qualquer destes sinalizadores nos receptores
da célula parietal inicia a síntese e liberação de HCl para
os canalículos da célula
PRODUÇÃO DE HCL PELAS CÉLULAS PARIETAIS
• GASTRITE
• inflamação aguda ou crônica da mucosa que 
reveste as paredes internas do estômago
Patologias
http://cache1.mundodastribos.com/wp-content/uploads/2010/12/Gastrite.jpeg
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• processo inflamatório transitório que pode ser acompanhado de 
hemorragia
• desprendimento da mucosa superficial, provocando sangramento 
gastrintestinal agudo
• Causas:
• Uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios, especialmente 
aspirina;
• Consumo abusivo de álcool;
• Fumo em excesso;
• Quimioterapia;
• Uremia;
• Infecções sistêmicas como a salmonelose
• Traumatismos, queimaduras, cirurgia
Gastrite aguda
• presença constante de inflamações na mucosa que 
acabam provocando atrofia da mucosa e metaplasia 
epitelial
• Causas:
• Anemia perniciosa
• Infecção crônica, especialmente por Helicobacter pylori
• Consumo excessivo de álcool e cigarro
• Pós operatórios
Gastrite crônica
Gastrite por Helicobacter pilory
Gastrite por Helicobacter pilory
Gastrite por Helicobacter pilory
Gastrite por Helicobacter pilory
ÚLCERA PÉPTICA
• lesão (ferida aberta) localizada no estômago ou
duodeno com destruição da mucosa da parede
destes órgãos
• Causada pela insuficiência dos mecanismos
protetores da mucosa contra a acidez gástrica
Úlcera
Relacionada com infecção pelo Helictobacter
pylori (H.pylori) – 90% dos casos
O elevado aumento do conteúdo do suco
gástrico, reduz a eficácia do revestimento
mucoso, deixando-o vulnerável ao H.pylori
Úlcera
Uma úlcera péptica pode ocorrer em vários
lugares:
• Estômago (chamada úlcera gástrica)
• Duodeno (chamada úlcera duodenal)
• Esôfago (chamada úlcera esofágica)
Úlcera
• Invasivos - dependem da realização de 
endoscopia para detectar a infecção no 
material clínico
• Não-invasivos - tem como princípio os 
métodos sorológicos, teste respiratório e 
PCR em antígeno fecal, não requerendo a 
endoscopia
Diagnóstico
Diagnóstico
TESTE RESPIRATÓRIO COM UREIA MARCADA
• Capacidade do H. pylori hidrolisar ureia em amônia e carbonato
Diagnóstico
TESTES SOROLÓGICOS
• Econômicos
• Objetivo - identificar anticorpos específicos 
Testes sorológicos – Ac IgG - HPG
• ELISA
• Fixação do complemento
• Aglutinação
• Hemaglutinação
• Imunoblot
Diagnóstico
PCR EM ANTÍGENO FECAL
• H. pylori é raramente cultivado das fezes
• Pesquisa de antígenos em material fecal é um 
método que diagnostica a infecção e pode 
monitorar a resposta pós-tratamento
• É um teste qualitativo que precisa de 
equipamento adequado para a interpretação da 
reação
• Eficaz - diagnóstico e controle da infecção
Diagnóstico
Histologia
• Após a endoscopia, obtendo-se dois ou mais 
fragmentos da região do corpo e antro gástrico, 
que serão corados para identificação da bactéria 
• Não tem sido realizado como diagnóstico de 
rotina - demorado, oneroso e invasivo
• Fornece dados importantes sobre o estado da 
mucosa gástrica 
• Análise histológica possui sensibilidade e 
especificidade altas
Diagnóstico - Testes com uso de biópsia
Teste da urease
• Coleta de material da mucosa do antro gástrico 
e a colocação deste em meio contendo uréia e 
indicador de pH
• Presença do H. pylori - alteração de cor no 
indicador por aumento do pH 
• Estudo concluiu que a melhor associação para a 
acurácia da infecção por H. pylori é a do teste 
rápido da urease com a histologia
Diagnóstico
PCR
• Descobrir a informação genética do H. pylori
• Busca de possíveis fatores de patogenicidade
• Extrema especificidade e sensibilidade, 
permitindo identificar uma única cópia de DNA 
do microrganismo no material examinado 
Diagnóstico
Diagnóstico
Imunohistoquímica
• Detecção de antígeno por um anticorpo 
(monoclonal ou policlonal) em conjunto com 
outros processos de visualização, com métodos 
de coloração
• Aplicada principalmente em estudos de doenças 
neoplásicas e infecciosas
• Permite identificação da expressão dos 
oncogenes
Diagnóstico
Diagnóstico
Cultura
• Mais específico e importante para a 
determinação da sensibilidade aos 
antimicrobianos e também pode caracterizar o 
tipo de bactéria
• Os melhores resultados têm sido com inoculação 
do fragmento em meio não seletivo, como o ágar 
sangue
Diagnóstico
Diagnóstico
• Citologia
• maior e/ou igual sensibilidade - biópsia para 
identificar H. pylori
• Fácil execução e com resultados em um menor 
tempo
• Com o intuito de aumentar a acurácia do 
diagnóstico, este método é associado a outras 
técnicas existentes 
Diagnóstico - Testes com escovado gástrico
• Disfunções inflamatórias do trato digestivo
caracterizadas por dano e inflamação da mucosa
intestinal
Colite Ulcerativa Doença de Crohn
• afeta apenas a mucosa do cólon • pode afetar qualquer área do trato 
gastrointestinal
•pode haver segmentos de intestino 
saudável normal entre os segmentos 
do intestino doente
Doenças inflamatórias intestinais
Etiologia
• Imunorregulação anormal da mucosa constitui o ponto 
central para o início e a perpetuação da inflamação
• Predisposição genética história familiar positiva 
fator de risco mais importante conhecido para o 
desenvolvimento de Doença Inflamatória Intestinal
6-10% dos casos de DII são familiares
Doenças inflamatórias intestinais
Doenças inflamatórias intestinais
Liberação de espécies 
reativas de oxigênio
Dano celular e tecidual e 
perda de integridade do 
epitélio colônico
Potencial para causar dano
direto no DNA ou provocar
inflamação via IL-6 e TNF-α, 
que promovem carcinogênese
Doenças inflamatórias intestinais
• Laboratorial:
– Hemograma, VHS, proteína C reativa, albumina sérica, 
testes da função hepática;
– Exame de fezes (excluir causas infecciosas)– P-ANCA (auto-anticorpos citoplásmicos antineutrófilos 
perinucleares) 
– ASCA (anticorpos para epítopes oligomanosídicos da 
levedura Saccharomyces cerevisiae) podem ser úteis para o 
diagnostico de RCUI e CD respectivamente;
Diagnóstico
– Exames laboratoriais
•Cultura e parasitológico de fezes
•Hemograma 
– Fase aguda: leucocitose com desvio à 
esquerda, linfopenia, eosinofilia moderada ou 
acentuada, plaquetose
–Anemia microcítica
•VHS/ PCR
– Indicativo de atividade da doença
Diagnóstico
– Exames laboratoriais
• Frações proteicas
– Avaliam prognóstico e prenúncio da recidiva
• Ferro, zinco, cálcio e magnésio baixos
– Testes sorológicos específicos
•ASCA
– Marcador altamente específico para DC
– Relacionado ao comprometimento do int. delgado
– Frequentemente expresso em DC de início precoce- até 
70%
•P-ANCA (anticitoplasma de neutrófilos) 
especialmente contra a mieloperoxidase (MPO)
Diagnóstico
Diagnóstico
P-ANCA (anticitoplasma de neutrófilos) 
Colite Ulcerativa:
- padrão característico, denominado ANCA atípico
– Exames de imagem
•RX simples de abdome
–Para suspeita de obstrução intestinal
•TC 
–Podem ser usados nas crises, presença de 
massas ou abscesso
•RM
–Pode ser usada em alérgicos à contraste e 
gestante
–Pode ser usada para se conhecer o índice de ativ. 
da doença
Diagnóstico
– Exames endoscópicos
•Enteroscopia 
– Sangramento do delgado com falha de outros métodos
•Colonoscopia
– Confirmar suspeita clínica e coleta de biópsia
– Auxilio no diagnóstico diferencial
•Cápsula endoscópica
– Informa sobre tipo de lesão, extensão
– Realizar trânsito intestinal previamente evitando 
retenção da CE em áreas de estenose
Diagnóstico
• Avaliação do transito 
intestinal (ID), 
colonoscopia e 
endoscopia digestiva 
alta (biópsias), enema 
baritado, US, RM, 
cintilografia de 
leucócitos marcados 
com Tecnécio-99;
Diagnóstico