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Mordida Cruzada Posterior na Ortodontia Preventiva

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Ortodontia Preventiva II 
Mordida Cruzada Posterior 
Mordida cruzada 
DEFINIÇÃO é quando um ou mais dentes ocupam um 
posicionamento inadequado no sentido vestíbulo lingual 
entre os dentes posteriores superiores e inferiores 
Todo paciente que apresenta mordida cruzada tem 
alguma assimetria facial, se corrigido cedo promove a 
correção das alterações faciais 
Não se autocorrige, deve ser corrigida assim que o 
diagnóstico é feito e a criança tenha maturidade para 
receber um aparelho ortodôntico (a partir de 5 – 6 
anos) 
Quanto mais velha a criança mais difícil é corrigir, por 
causa do fechamento das suturas 
Prevalência 
Dentição decídua – 8% 
Dentição mista – 23% 
Dentição permanente – 10% 
Tipos 
LINGUAL os dentes posteriores superiores estão 
posicionados lingualmente em relação aos dentes 
posteriores inferiores 
- pode ser mais simples (apenas uma parte do dente 
está cruzado) ou mais severo (o dente todo está 
cruzado – chamada COMPLETA) 
- é mais fácil de corrigir, pois é só atuar na sutura 
palatina em crianças 
VESTIBULAR a superfície lingual do molar superior está 
ocluindo na cúspide vestibular do molar inferior 
Síndrome de brodi quando todos os dentes posteriores 
superiores estão em mordida cruzada vestibular 
 
 
Etiologia 
RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTE DECÍDUO – o 
dente permanente procura uma via de erupção por 
lingual 
DORMIR COM A MÃO EMBAIXO DO ROSTO – 
pressiona o rebordo maxilar provocando a sua 
deformação/contração 
CHUPETA – língua baixa não pressiona o palato, a 
bochecha faz força e contrai o arco superior 
SUCÇÃO DE POLEGAR – mesmo caso da chupeta, 
alteração do mecanismo do m. bucinador 
FISSURAS DE LÁBIO E PALATO – de palato é mais 
associado, quando faz a cirurgia de correção forma 
uma cicatriz na sutura que impede o crescimento e 
deixa o arco contraído 
PERDA PRECOCE DE DENTES DECÍDUOS – perde o 
guia de erupção e muda o trajeto eruptivo 
DISCREPÂNCIA ÓSSEO DENTAL – paciente classe III 
(deficiência de maxila, crescimento excessivo de 
mandíbula, ambos) 
- mordida cruzada posterior relativa: em pacientes com 
discrepância esquelética no sentido anteroposterior; o 
avanço de maxila ou recuo de mandíbula na maioria das 
vezes corrige a mordida cruzada (se não corrigir 
precisa expandir a maxilar antes) 
HÁBITOS PARAFUNCIONAIS – quebram o equilíbrio da 
musculatura intra e extra bucal 
Respiração bucal (hábito mais prevalente) 
- olheiras 
- ausência de selamento labial 
- boca seca 
- face alongada 
- maxila não se desenvolve e causa mordida cruzada 
- se houver interposição de língua também tem 
mordida aberta anterior 
 
Classificação 
DENTÁRIA 
- menor extensão 
- acomete 1 a 2 dentes 
- mais fácil corrigir 
FUNCIONAL 
- desvio da mandíbula 
- geralmente não coincide linha média 
ESQUELÉTICA 
- deficiência de crescimento 
 
Diagnóstico 
Exame extra-oral 
- deficiência da área zigomática (maxila cresceu pouco 
no sentido anteroposterior, maloclusão classe 3) 
- assimetria fácil (desvio mandibular) 
Exame intra-oral 
- numero dentes envolvidos (quanto mais dentes 
envolvidos maior a chance de ser funcional ou 
esquelética) 
- alinhamento dental e rebordo vestibular (se o rebordo 
existe mas o dente está para lingual é uma mordida 
cruzada funcional; sulco central dos molares – 
alinhamento) 
- linhas medianas (observar a linha mediana facial – 
glabela, filtro labial superior, se não coincidem é uma 
provável mordida cruzada funcional) 
Exame funcional 
- interferências oclusais 
- desvio funcional de mandíbula 
- alterações musculares e articulares 
 
Dentária 
- não há envolvimento ósseo 
- padrão de erupção defeituoso 
- inclinação incorreta de um ou mais dentes (envolve 
poucos dentes) 
- não afeta o tamanho ou formato do osso basal 
Funcional 
- em MIH manifesta-se unilateralmente 
- geralmente envolve grande grupo de dentes 
- linha média geralmente não é coincidente 
- em RC (coincide linha média) mordida de topo ou 
cruzada bilateralmente 
Esquelética 
- discrepância estrutural entre maxila e mandíbula 
levando a uma desarmonia evidente na largura dos 
arcos 
- pode estar associada a displasia no sentido antero-
posterior 
- deficiência transversal da maxila 
- aumento transversal da mandíbula 
* ou a associação das duas ultimas 
- é muito visível 
- geralmente tem mais característica além da mordida 
cruzada (o cruzamento é mais significativo, palato 
profundo/ogival, mordida aberta, distância entre molar) 
 
 
* ordem de correção: 1º problema transversal, 
2ºanteroposterior, 3º ? (ou seja, corrige primeiro a 
mordida cruzada) 
* cervical palatina entre 26 e 16 deve ser maior que 
30mm, se for menor é uma mordida cruzada 
esquelética 
* 36mm é o ideal, até 34mm é considerado 
normalidade 
 
Tratamento 
- a mais fácil é a dentária 
MCP Dentária 
- elásticos intermaxilares 
- aparelhos removíveis (com mola, com parafuso 
expansor) 
- outros aparelhos (barra transpalatina. Quadri-hélice e 
similares) 
ELÁSTICOS INTERMAXILARES 
- quando o dente antagônico também está fora de 
posição (inferior para vestibular, superior para lingual) 
- se só o superior está para lingual e tem um arco 
lingual inferior pode, porque tem ancoragem nos 2 
molares inferiores e não vai ter forças nesse dente 
- 1 ou 2 dentes cruzados 
- tempo de correção: 2 a 3 meses 
- colar 2 botoes ou colocar banda nos dente, unir com 
um elástico 
- o dente pode estar já irrompido, mas é melhor se 
não tiver totalmente para contar com a força de 
erupção 
- não precisa de contenção porque o próprio plano 
oclusal ajuda a manter 
 
 
MOLAS E PARAFUSOS 
 
Ativação: 
- ativação do aparelho na consulta seguinte 
- 1 ou 2 quartos de volta por consulta (0,5mm) 
- avaliar a colaboração (uso – se ativar e não encaixar 
é pq não ta usando) 
- tratamento aproximado de 12 meses (6m de ativação 
+ 6m de contenção) 
 
MCP funcional 
- aparelhos removíveis (com exapandor encapsulado, 
com parafusos expansor, com mola coffin) 
- aparelhos fixos (arco com W de porter – fio 0,9 muito 
espeço/muita carga - , bihélice, quadrihélice) 
- ajustes oclusais (quando tem contato prematuro e o 
paciente desvia a mandíbula por causa do contato) 
O tratamento é semelhante ao da dentária 
Fixos: quando conincide a linha média e tem mordida 
cruzada posterior bilateral acentuada – usa o Disjuntor 
que é mais forte 
 
MCP esquelética 
Disjuntores palatinos: paciente mais novos de 6 a 12 
anos 
- Haas 
- Haas modificado – não tem pré-molar, cola no canino, 
dento-muco-suportado 
- Hirex – dento-suportado 
- MCNamara 
 
Disjunção cirúrgica: paciente maiores/adultos 
- MARPE 
Protocolo de ativação disjuntor 
1 quarto de volta = 0,25mm 
Até 14 anos de idade: 
- 4 quartos de volta na instalação do aparelho (dentista 
faz 2, responsável faz 2 – pra ter certeza) RX Oclusal 
- 2 quartos de volta por dia (1 de manha, 1 a noite) 
- 2 a 4 quartos de volta no retorno semanal 
- duração aproximada de 2 a 3 semanas (precisa 
acompanhar pra ver se está sendo efetivo) RX Oclusal 
- contenção por 6 meses RX Oclusal 
* começa a abrir um diastema entre os incisivos (sinal 
de sucesso clínico) 
* a maxila sempre abre em V 
* abre mais na região de incisivos do que na de molar 
* 10 a 20 libras de força em cada ativação = 5 a 10Kg 
* quanto mais velho o paciente maior a dificuldade de 
separar a sutura (porque já está acontecendo o 
embricamento da sutura palatina mediana, causa a 
fratura da sutura em alguns pontos) 
* deve haver sobrecorreção (cúspides palatinas dos 
posteriores inferiores estiverem ocluindo nas cúspides 
vestibulares superiores), porque sempre os dentes 
tendem a verticalizar dentro do osso 
* quanto em média ganha de espaço no arco dentário 
superior? 3mm em média
 
Movimento dentários sob ação de forças ortodônticas 
Correção da maloclusão - Aparelho ortodôntico - Força 
Força 
Energia necessária para induzir alteraçõesde 
movimento e/ou forma dos corpos (na orto altera o 
movimento) 
Resultado da ação de um corpo (fio) sobre outro corpo 
(dente), produzindo movimento 
- só movimenta a coroa (removível) 
- para um dente se movimentar é preciso usar uma 
força 
- não importa o tipo do aparelho (fixo ou removível) e 
sim a direção da força 
Características da força 
A força é uma GRANDEZA VETORIAL 
1 - Magnitude (quantidade de força, quantos gramas eu 
estou aplicando naquele dente) 
2 - Ponto de aplicação (o ponto que a força está sendo 
aplicada) 
3 – Direção (se está para mesial, distal, expandindo) 
4 - Sentido 
5 - Linha de ação 
 
Conceitos gerais 
Força: massa X aceleração (F= m.a) medida em N, mas 
usamos em gramas 
Magnitude pode ser medida em unidades de peso 
(onças) ou massa (gramas) 
O ponto de aplicação é indicado pela origem da seta 
(contato entre o corpo e o ponto de aplicação da 
força) – ou vai ser no braquete ou na cervical do dente 
Direção é o corpo da seta e a ponta da seta: 
- vertical: esta extruindo 
- transversal: está expandindo 
Sentido é a ponta da seta (para mesial, distal) 
 
 
Centro de resistência 
Centro de rotação 
- todos os dentes tem esses 2 centros, eles podem 
coincidir ou não 
Centro de resistência - Cres 
Ponto através do qual a linha de ação de uma força 
deve passar para produzir movimento de translação 
- se aplicar uma força exatamente no Cres o dente se 
movimenta coroa + raiz, na mesma direção 
- o dente se movimenta de corpo, é muito mais difícil 
atingir esse ponto 
- aparelho fixo consegue esse tipo de força 
 
ONDE ESTÁ O CRES? 
Unirradiculares – no longo eixo do dente, entre o 1/3 
cervical e o 1/3 médio da raiz (apical a crista alveolar, 
entre o terço cervical e médio da raiz) 
Multirradiculares – entre as raízes, 1 ou 2 mm apical a 
furca 
 
Importante – a posição do Cres varia com a altura do 
osso alveolar e com o comprimento da raiz 
 
Uma força aplicada NO CRES produz movimento de 
TRANSLAÇÃO 
 
Uma força aplicada LONGE DO CRES produz 
movimento de INCLINAÇÃO 
 
Power arm: coloca um fio ortodôntico em cima do 
centro de resistência do dente e gera o movimento 
nesse lugar com um elastic ou uma mola 
 
 
Centro de rotação - Crot 
Ponto onde um corpo sofre rotação quando a força é 
aplicada fora do centro de resistência, o Crot pode ser 
um ponto dentro ou fora do dente 
Um ponto sobre o qual o corpo rotacional determinado 
pelas suas posições inicial e final 
- o dente apenas se inclina 
- é um movimento muito perdido, muito atrapalhado, 
não é um movimento bom 
Complicação – os dentes não são corpos livres, estão 
cercados por ligamento periodontal e osso, que vão 
resistir às forças aplicadas 
 
Momento da força (M) 
Uma força aplicada fora do Cres, gera uma tendência 
de rotação que é conhecida como MOMENTO (M) 
O momento é o produto da magnitude da força (F) e 
da distância (d) perpendicular entre sua linha de ação e 
o centro de resistência do corpo 
 
- os dois casos vai produzir um momento, se aplicar a 
mesma força, o momento será maior no 2 caso, pois a 
distância é maior nesse caso 
- quanto mais incisal a força for aplicada maior será a 
distância ao Cres, maior será o momento gerado pela 
força aplicada no dente (por isso que na mola, o fio 
precisa ficar mais baixo e próximo ao Cres do molar, 
para não gerar um Momento muito grande e não 
inclinar demais o molar) 
O momento pode ser POSIIVO ou NEGATIVO: 
Positivo = se o dente girar no sentido horário 
Negativo = se o dente girar no sentido anti-horário 
 
 
 
1 – Gera inclinação, momento positivo 
2 – Gera inclinação, momento negativo 
3 – Gera inclinação (está acima do Cres), momento 
negativo 
 
Tipos de movimento dentário 
- inclinação 
- verticalização 
- translação 
- rotação 
- torque 
- intrusão 
- extrusão 
Tudo depende de onde está aplicando a força e da 
direção da força 
Inclinação dentária 
É um movimento coronário ao redor de um eixo que 
se encontra próximo ao ápice radicular 
- a força é aplicada na coroa do dente, a coroa se 
desloca para o sentido da força e a raiz para o sentido 
oposto 
- é o que consegue com aparelho removível, também 
com aparelho fixo 
- o ponto de rotação pode variar (estar no dente ou 
longe dele), mas a força está fora do Cres 
- 2 lados de compressão (onde o dente encosta no 
osso) e 2 de tração (ligamento espesso nesse lado) 
- pode ser considerado como o movimento dentário 
mais seguro e biológico (porque o movimento 
fisiológico dos dentes é a inclinação) 
- força deve ser baixa (até 50g) 
 
Verticalização 
É um movimento no qual a coroa permanece estática 
enquanto o ápice se desloca no sentido mésio-distal 
- apenas consegue com aparelho fixo 
- áreas de pressão e tração 
 
 
Translação 
Uma força distribuída de forma relativamente uniforme 
ao longo da superfície radicular, faz a coroa e o ápice 
radicular se moverem na mesma direção e quantidade, 
comprimindo o ligamento periodontal uniformemente. 
É o movimento paralelo ao longo eixo do dente. A raiz 
se desloca exatamente à mesma distância que a coroa. 
A força é aplicada no Cres 
- 1 face toda sobre tração, 1 face toda sobre pressão 
- é o pior porque o organismo leva muito mais tempo 
para reparar essa ação, tem que esperar uns 40 dias 
para ativar o aparelho pra não reabsorver a raiz 
- aparelho fixo 
 
 
Torque 
A raiz se desloca no sentido V-L enquanto a coroa se 
mantém fixa 
- o ponto de apoio ou Crot é o bracket 
- apenas aparelho fixo total (porque coloca o fio torcido 
dentro do slot um fio quadrado torcido) 
- só consegue quando faz uma dobra no fio ortodôntico 
- cuidado com o movimento pois pode jogar a raiz 
contra a cortical óssea e reabsorver a raiz se o torque 
for muito acentuado 
 
Rotação 
É o movimento do dente em torno do seu longo eixo 
- é o movimento menos perigoso pois o dente gira 
sobre o seu longo eixo 
- a presença de fibras elásticas e oxitalânicas na região 
cervical aumenta a contração das estruturas supra-
alveolare, originando a tendência à reicidiva 
 
- só consigo esse movimento se aplicar um binário 
BINÁRIOS: é quando eu aplico duas forças de igual 
magnitude, separadas por uma distância, em sentidos 
opostos ao mesmo tempo 
 
Extrusão 
Tracionar o dente em direção à própria erupção 
- aparelho fixo ou móvel 
- é o mais fácil de fazer 
- apenas áreas de tração dentária 
 
Intrusão 
É a troca de posição de um dente em relação à seus 
vizinhos, obtida por um movimento de reimplantação 
do mesmo contra o alvéolo. 
Movimento dentário no sentido contrário ao sentido de 
erupção 
- é o mais difícil, é necessário usar forças leves, pois a 
força é concentrada em uma pequena área do ápice 
- apenas com aparelho fixo 
 
 
 
 
Alterações histológicas do movimento dentário 
ortodôntico 
Periodonto de sustentação 
Os elementos que sofrem mudanças durante os 
movimentos dentários são: Ligamento periodontal 
(células, fibras de suporte, capilares e nervos) e, 
secundariamente, o Osso alveolar 
Ligamento periodontal 
- tecido conjuntivo especializado 
- situado entre o cemento e o osso alveolar 
- vasos sanguíneos, células do sistema vascular e 
nervos 
- principais células: osteoblastos, fibroblastos e 
cementoblastos 
- fluidos tissulares tem função de amortecer e dissipar 
as forças fisiológicas durante as funções oclusais) 
Fibras do ligamento periodontal 
- tenofibrilas (finas, no citoplasma dos elementos 
celulares) 
- fibras conjuntivas bastante finas (espaços intersticiais e 
medulares) 
- fibras colágenas densas (são as mais importantes pois 
são as fibras de suporte dos dentes) 
 
O ligamento periodontal e o osso alveolar possuem 
plasticidade, que permite a movimentação dentária 
fisiológica e a acomodação de pequenos movimentos 
que ocorrem durante a mastigação 
 
Movimentos dentários 
Os movimentos dentários podem ser fisiológicos ou 
ortodônticos 
Movimentosdentários fisiológicos 
São movimentos naturais, obtidos da reação tissular 
normal das estruturas de suporte, quando ocorre 
aplicação de força de curta duração 
Quando a força é aplicada sobre o elemento dentário, 
ele desloca-se no interior do espaço alveolar, estirando 
algumas fibras do ligamento periodontal e comprimindo 
outras, simultaneamente, o fluido que preenche os 
espaços entre as fibras também é comprimido contra 
as paredes ósseas. Com sua drenagem para fora do 
alvéolo de forma lenta, o líquido exerce uma resistência 
hidráulica ao movimento dental. As fibras periodontais e 
o fluido intersticial agem em conjunto, se contrapondo 
às cargas aplicadas sobre o dente, devolvendo-o a 
posição inicial 
EX: 
- erupção de dentes decíduos e permanente 
- função durante a mastigação 
- migração passiva para a oclusal 
- migração mesial 
- migração para espaços adjacentes ou antagonistas 
 
Movimentos dentários ortodônticos 
O movimento ortodôntico é baseado no princípio de 
que se uma pressão prolongada é aplicada a um dente, 
haverá remodelação óssea. 
- o osso é removido na área de pressão e adicionado 
nas áreas de tração 
- o movimento dentário é um fenômeno do ligamento 
periodontal 
O movimento ortodôntico se inicia da mesma forma 
que o fisiológico, porém como a força aplicada é 
contínua o fluido intersticial que antes exercia uma 
resistência hidráulica ao movimento dentário, passa a 
drenar para os tecidos vizinhos deixando de exercer a 
pressão que continha o movimento. A raiz então se 
aproxima da parede do alvéolo, distendendo o 
ligamento periodontal do lado em que a força está 
sendo aplicada (tração) e comprimindo as do lado 
oposto (pressão). O sistema vascular é comprimido, 
causando um processo inflamatório periodontal cuja 
reações tissulares levarão à remodelação óssea, com 
consequente migração dentária 
 
REAÇÕES TECIDUAIS FRENTE A MOVIMENTAÇÃO 
ORTODÔNTICA 
Reabsorção óssea no lado de pressão 
Neoformação óssea no lado de tração 
Reações tissulares 
Indicam as trocas histológicas ocorridas no ligamento 
periodontal e no osso alveolar em torno de um dente 
que tenha sido movimentado com finalidade ortodôntica 
Também envolvem modificações no tecido mole 
adjacente 
Estágios da formação óssea 
O novo tecido depositado durante a migração dentária 
apresenta várias fases de evolução. 
1 – Osteóide 
2 – Osso fasciculado 
3 – Osso lamelado 
Osteóide: é produzido pelos osteoblastos, encontrado 
em todas as superfícies ósseas onde está havendo 
nova deposição, não apresenta sanais de calcificação e, 
por isso, não sofre reabsorção 
Osso fasciculado: quando surgem os primeiros sinais de 
calcificação o tecido recebe o nome de osso 
fasciculado 
Osso lamelado: quando alcança certa espessura e 
maturidade as partes desse osso fasciculado 
reorganizam-se e formam o osso lamelado 
Quando maior a INTENSIDADE da força ortodôntica, 
mais demorado será a RECUPERAÇÃO dos tecidos 
(principal diferença entre movimento fisiológico e 
ortodôntico) 
As mudanças causadas pelas forças ortodônticas são 
mais MARCADAS e EXTENSAS 
Maior tempo para que se inicie a formação ósseas nas 
áreas previamente absorvidas por forças ortodônticas 
 
 
 
Respostas à aplicação de forças 
ortodônticas 
Ligamento periodontal 
Sistema de proteção duplo: mecanismo fibroso e 
hidráulico 
Fibras colágenas 
- articulação entre o dente e o osso (gonfose) 
GRUPO GENGIVAL 
- apenas uma das extremidades inseridas no cemento 
cervical 
- favorece o contato do dente com a gengiva 
- responsáveis pela reicidiva nos tratamento 
ortodônticos 
- fazer sindesmotomia além a contenção após o 
tratamento para evitar reicidiva 
GRUPO TRANSEPTAL (INTER-DENTÁRIAS) 
- parte do cemento de um dente e insere-se no 
cemento do outro dente 
- favorece a manutenção dos pontos de contato entre 
dentes vizinhos 
- em casos de extração dentária não deixam de existir 
- responsáveis pela reicidiva no tratamento 
GRUPO DA CRISTA ALVEOLAR 
- articulação do dente ao respectivo alvéolo 
- partem do cemento e vão até a crista óssea alveolar 
- relacionadas com os movimentos de lateralidade que 
um dente apresenta no alvéolo 
GRUPO HORIZONTAL 
- parte do cemento e, em trajeto horizontal, atingem a 
superfície óssea do alvéolo 
- relacionado aos movimentos de báscula/inclinação 
GRUPO OBLIQUO 
- trajeto obliquo, do osso para o cemento 
- relacionado com a função de sustentação do dente 
no alvéolo, evitando movimentos de intrusão dentária 
- são as mais desenvolvidas na espécie humana e 
também as que estão presentes em maior quantidade 
GRUPO APICAL 
- entre o ápice radicular e o fundo do alvéolo 
- amortecedor de forças na região apical, protegendo 
os feixes vasculo-nervosos da polpa e ligamento 
periodontal 
- resistentes e flexíveis, permitem que o dente resistas 
à função e aos vários esforços que é submetido 
 
Células do ligamento periodontal 
Fibroblastos – responsáveis pela síntese de calcígeno, 
fibras colágenas e das anciãs amorfas do ligamento 
Cementoblastos – responsáveis pela formação de 
cemento 
Cementoclastos – responsáveis pela reabsorção do 
cemento, porém essas células são encontradas em 
menor quantidade., são raras nessa região 
Osteoblastos – responsáveis pela formação de osso 
Osteoclastos – responsáveis pela reabsorção de osso, 
são encontradas em menor quantidade nesse local 
 
TEORIA DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA 
ORTODONTICA 
Teoria da pressão-tração 
Baseado nos mensageiros químicos que levam à 
remodelação óssea a ao movimento dentário 
A força aplicada provoca uma alteração do fluxo 
sanguíneo do ligamento periodontal, o fluxo sanguíneo 
diminui onde o ligamento é comprimido e aumenta 
onde o ligamento é tracionado, causando reabsorção na 
área de compressão e neoformação óssea e 
encurtamento das fibras do ligamento na área de 
tração 
Tração nas fibras 
As fibras periodontais formam um conjunto elástico, 
assim, quando em tração, são distendidas 
O efeito da tração da fibra provoca o aumento da 
atividade osteoblastica e calcificação 
Tração do osso 
Na área de tração ocorre neoformação na parede 
intra-alveolar, tende a regenerar a espessura original do 
espaço periodontal 
Forma-se, inicialmente, uma matriz de tecido conjuntivo 
(osteoide) que é gradualmente calcificado, tornando 
osso maduro 
Predominância da atividade osteogênica dos 
osteoblastos 
Pressão no osso 
A resposta do osso à pressão é geralmente 
reabsorção 
O osso é removido rapidamente permitindo 
movimentação dentária 
Predominância osteoclastica, mesmo frente a uma força 
menor 
 
 
Tração (fibras) 
T + (ESTIRAMENTO) = neoformação óssea 
(osteoblastos) 
- tração do lado à aplicação da força 
Pressão 
P + (COMPRESSÃO) = reabsorção óssea 
- pressão do lado oposto à aplicação da força 
 
 
ASPECTOS HISTOLÓGICOS DO MOVIMENTO 
DENTÁRIO 
Sequência – lado de pressão: 
1 – Compressão gradual do ligamento alvéolo-dentário 
pode durar de 4 a 5 dias é chamado de Período inicial 
do movimento dentário. Nessa fase NÃO ocorre 
reabsorção óssea do lado de pressão e, portanto a 
movimentação dentária é as custas da espessura do 
ligamento periodontal 
2 – Período de hialinização que pode se estender por 
mais 4 ou 5 dias ou até 2x mais. Nesse período NÃO 
ocorre movimento dentário propriamente dito, porém 
há presença de REABSORÇÃO ÓSSEA SOLAPANTE 
(indireta) no lado de pressão. 
3 – Período secundário, onde ocorre principalmente 
uma REABSORÇÃO ÓSSEA DIRETA (frontal) no lado 
de pressão 
 
O movimento dentário ortodôntico é dividido em 3 
fases: 
1 – Período primário 
2 – Período de repouso 
3 – Período secundário 
 
Período Primário 
Lado de Tração: 
- fibras periodontais são distendidas, produzindo um 
espessamento do espaço do ligamento periodontal (o 
movimento dentário é nesse espaço do ligamento) 
- proliferação de vasos sanguíneos 
- atividade mitótica do fibroblastosaumenta, intensifica 
entre 24 e 36 h após a aplicação da força 
 
Lado de Pressão: 
- fibras periodontais são comprimidas, causando uma 
diminuição do espaço do ligamento periodontal (metade 
de sua largura inicial) 
- destruição dos fibroblastos e outras células conjuntivas 
- número reduzido ou ausente de osteoclastos 
- diminuição de vasos sanguíneos, reduzindo a 
vascularização na região 
 
 
Período de Repouso 
- NÃO ocorre movimentação dentária 
Lado de Tração: 
- proliferação de vasos sanguíneos 
- proliferação de células (fibroblastos, osteoblastos) 
- início da formação de tecido osteóide (imaturo, não 
calcificado) 
Lado de Pressão: 
- formação de tecido hialinizado (unificação das fibras 
em uma massa sem estrutura, sem células e sem vasos 
sanguíneos) na região do ligamento periodontal 
- número reduzido ou ausência de osteoclastos, no 
interior do ligamento 
 
- proliferação de osteoclastos dentro das cavidade 
medulares adjacentes, início da reabsorção óssea 
solapante (indireta ou à distância – reabsorção 
progressiva e por baixo, retira o osso da cortical em 
torno da zona de compressão, dentro do espaço 
medular) 
 
IMPORTÂNCIA DA HIALINIZAÇÃO 
É causada em parte por fatores anatômicos e em 
parte por fatores mecânicos 
Fatores anatômicos: forma e o contorno da superfície 
óssea, se houver fissuras e espaços abertos é provável 
que haja um período de hialinização curto 
Fatores mecânicos: magnitude de força e a direção do 
movimento influenciam a localização e a extensão do 
tecido hialinizado 
O período de hialinização humana dura ao redor de 2 a 
3 semanas 
Depois da formação do tecido de hialinização no lado 
de pressão o dente só se movimentará após o osso 
subjacente ao tecido hialinizado ter sido eliminado pela 
absorção solapante. 
Os osteoclastos não reabsorvem tecido hialinizado, 
porém, são capazes de absorver e degradar sua matriz 
orgânica colágena 
Período Secundário 
Lado de Tração: 
- o ligamento periodontal que sofreu espassamento 
tem as condições histológicas normalizadas 
- circulação sanguínea retorna ao normal 
- fibroblastos produzem novas fibras colágenas que se 
adaptam à nova posição do dente 
- ocorre aposição óssea (novas espículas ósseas ao 
longo das fibras estendidas) 
- o tecido osteoide sofre depósitos de sais de cálcio e 
lentamente se calcifica (osso fasciculado – osso mais 
maduro) 
 
IMPORTÂNCIA DO TECIDO OSTEÓIDE: serve como 
matriz orgânica para deposição de substancias minerais. 
Não é reabsorvível e, portanto, se opõe ao movimento 
de retorno do dente deslocado.. Quando utilizamos 
aparelhos de força extra-oral, o osteoide é depositado 
durante a noite (período de uso do aparelho) e durante 
o dia impede que o dente retorne a sua posição 
(período de não uso do aparelho), se deixar de usar o 
aparelho por muito tempo, ocorre reicidiva, e o 
osteoide é depositado no lado oposto, atuando como 
resistência ao movimento dentário (vai precisar usar o 
aparelho por um período maior de tempo até que se 
normalize) 
Lado de Pressão: 
- aumento gradual do número de novas células do 
tecido conjuntivo, ao redor dos osteoclastos e onde a 
pressão é aliviada pela absorção solapante. 
- atividade osteoclástica direta (reabsorção óssea direta 
ou frontal – osteoclastos se formam diretamente ao 
longo da superfície óssea na área onde as fibras são 
comprimidas) 
- área de reabsorção não aparece em toda a extensão 
da zona de pressão, se desenvolve ao nível da lâmina 
dura em sentido centrípeto ao osso maxilar 
- com a remoção da parede interna do alvéolo o dente 
se movimenta 
 
 
FORMAÇÃO ÓSSEA 
É resultado da tração exercida sobre as fibras 
periodontais 
A calcificação do tecido osteóide inicia-se rapidamento, 
porém, a camada mais superficial continua sem 
deposição de sais, quando o novo osso fascicular atingir 
certa espessura, haverá reorganização desse osso que 
é relacionado ao movimento fisiológico do dente 
Essas reações tissulares de REMODELAMENTO 
ÓSSEO, estimuladas pela aplicação de força no dente, 
permitem que o movimento dentário ocorra sem que 
haja perda da integridade entre dente e alvéolo 
Força ótima ou ideal 
- forças de baixa intensidade não provocam reabsorção 
óssea 
- com o aumento da intensidade da força há o início da 
reabsorção, propiciando o movimento 
- quando se atinge o grau de movimento máximo, não 
adianta aumentar a intensidade da força que o dente 
não se move mais rápido 
- o movimento dentário também está relacionado com 
o tempo que a força permanece atuando, reação 
individual, idade, sexo, área de superfície raducular 
Existem 3 tipos de forças: 
1 – Suaves (60 a 100g) – forças ortodônticas dentárias 
2 – Médias (100 a 200g) – forças ortodônticas dentárias 
3 – Pesadas (acima de 200g) – forças ortopédicas 
(450g) 
 
FATORES QUE INTERFEREM NO MOVIMENTO 
DENTÁRIO 
- meio anatômico 
- magnitude de força 
- duração da aplicação da força 
- modo de aplicação da força 
- função oclusal 
- idade do paciente 
- direção de aplicação da força (tipos de movimentos 
dentários) 
Meio anatômico 
DENSIDADE ÓSSEA: quanto maior a densidade óssea, 
menor os espaços medulares, reabsorção óssea mais 
difícil 
LIGAMENTO PERIODONTAL: espessura variável 
FORMA E TAMANHO DO DENTE: determina a 
resistência por unidade de superfície 
POSIÇÃO DO DENTE: os dentes da maxila deslocam-se 
mais rapidamente do que os da mandíbula 
 
Magnitude de força 
- determina a duração da hialinização 
- força muito intensa = período de hialinização mais 
prolongado, formação de zonas hialinizadas secundárias 
Duração da aplicação da força 
- o ligamento periodontal deve ter períodos de 
reorganização, para reestabelecer seu suprimento 
sanguíneo e proliferação celular 
- é melhor uma força intensa/curta do que uma 
leve/contínua 
Modo de aplicação da força 
FORÇAS CONTÍNUAS: 
- aparelho fixo 
- movimento dentário contínuo 
- mantém a mesma magnitude de força por um tempo 
indefinico (ex: mola) 
- tecidos periodontais sem nenhum descanso, privação 
do tempo de reorganização 
- deslocamento por etapas 
FORÇAS DISSIPANTES 
- movimento dentário interrompido 
- forças contínuas, porém de magnitude crescente 
dentro de um período pequeno (3-4 semanas) 
- presença de um período de reorganização dos 
tecidos periodontais 
- melhor tipo de força para movimentar os dentes 
FORÇA INTERMITENTE 
- movimento dentário intermitente 
- aparelho móvel 
- movimento de curta duração (impulso ou golpe de 
curta duração durante períodos, com uma série de 
interrupções) 
- força é ativada quando o aparelho está na boca e não 
existe quando ele é removido 
- deslocamento em forma de INCLINAÇÃO (é uma 
desvantagem) 
FORÇAS FUNCIONAIS 
- surgem apenas durante a função bucal normal (ex: 
deglutição – ativador dirige as forças das contrações 
musculares contra os dentes) 
- associadas a aparelhos removíveis sem grampos 
- não são fáceis de controlar 
- movimento dentário é lento 
Função oclusal 
- movimento é impedido pela intercuspidação oclusal, o 
dente não se movimenta 
- uso do plano de mordida (o desgaste dentário não é 
indicado, pois a superfície desgastada pode ser 
necessária para dar estabilidade oclusal depois) 
Idade do paciente 
- as respostas biológicas são mais lentas no adulto do 
que na criança 
- também influencia do tipo e qualidade do osso 
formado 
- a fase de hialinização do adulto é maior, precisa de 
um tempo de contenção maior também 
Direção de aplicação da força 
- dependendo de onde aplica a força o movimento 
dentário vai ser diferente (inclinação, translação, 
verticalização, etc) 
- também influencia na resposta histológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames de imagem e suas indicações em 
odontologia 
Exame de imagem: engloba uma série de técnicas e 
modalidade, algumas que envolvem radiação ionizante e 
outras não. 
Os exames de imagens mais usados em odontologiasão: extrabucais e intrabucais 
 
Extrabucais 
Radiografica Panorâmica 
- obtém uma imagem geral dos maxilares 
- usada na avaliação das dentições, ausência de 
elementos dentários, auxilio na avaliação do suporte 
ósseo periodontal, posicionamento de terceiros molares 
inclusos 
 
 
Teleradiografia em norma lateral 
- muito usada como base para o traçado cefalométrico 
de pacientes ortodônticos 
- avaliação de adenoides, processos patológicos e 
traumatismos 
 
 
Telerradiografia Póstero-anterior (PA) de crânio 
- permite avaliar o crescimento lateral do crânio e 
detectar assimetrias e anormalidades dos seios da face 
- projeção de Waters: variação de posicionamento do 
paciente (B) 
- auxilia no planejamento ortodôntico, na avaliação de 
pacientes com politraumatismos e em cirurgias 
ortognaticas 
 
Radiografia de ATM 
- avaliação da articulação temporomandibular e seus 
contornos anatômicos (côndilo, fossa articular e limite 
articular anterior) 
- visualização do posicionamento do côndilo durante a 
oclusão e abertura máxima 
 
 
 
Intabucais 
Radiografia periapical 
- visualizar de forma mais detalhada o ápice radicular e 
possíveis patologias associadas a ele, além do espaço do 
ligamento periodontal e a crista óssea alveolar 
 
 
Radiografia interproximal 
- investigação de cáries e outras patologias relacionadas 
às coroas dos dentes 
 
Radiografia oclusal 
- investigação de patologias intra-ósseas e 
posicionamento de dentes inclusos 
 
Outros exames: 
- tomografia computadorizada Cone Beam (imagens 
em 3D em diversos cortes – implanto) 
- ressonância magnética (não utiliza radiação ionizantes, 
é uma espectroscopia, indicada para observar tecidos 
moles) 
 
Documentação Ortodontica 
- é sempre solicitado antes de iniciar o tratamento 
Cefalometria 3D: 
- é uma analise que vai além do plano bidimensional, 
considera outras características do paciente, como 
assimetrias faciais. 
- fornece dados mais concretos, porém esse exame 
exige que o paciente se submeta a uma tomografia 
computadorizada, que o expõe a 4X mais à radiação 
ionizante do que em um RX panorâmico 
- deve ser corretamente indicada, considerando a 
relação custo-benefício para o paciente 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução à Cefalometria 
Cefalometria 
Fase empírica (antropologia) 
Fase científica (1931) 
- Broadbent – USA 
- Hofratg – Alemanha 
Cefalometria radiográfica 
- origem na craniometria 
- feita em uma cefalostato (1931) 
POSIÇÃO DA CABEÇA DO PACIENTE 
- posicionadores auriculares no conduto auditivo 
externo 
- indicador nasal na altura do násio 
Plano sagital mediano: 
- paralelo ao filme e perpendicular ao feixe de raio X 
Plano horizontal de Frankfort: 
- paralelo ao solo 
 
DISTÂNCIA OBJETO – FILME 
Fator de nitidez e distorção: 
- plano sagital mediano ao filme de 9 a 13 cm 
- ampliação de 6 a 8,5% 
POSIÇÃO FOCO – OBJETO 
Raio central 
- nível do meato acústico externo 
- perpendicular ao filme 
Distancia foco-objeto 
- 5 pés ou 1,524 m 
RELAÇÃO ENTRE Ma, KVp E TEMPO DE EXPOSIÇÃO 
mA: 50 – 100 mA 
- determina a densidade da radiografia 
- fator perigoso da radiação 
 
Quilovoltagem: 80 – 96 KVp 
- determina o contraste entre os tecidos duros e moles 
Tempo de exposição 
- ecran (20x) 
Relação mA – KVp 
- determinante da força de penetração dos raios X 
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE 
- manter os dentes em oclusão 
- lábios em repouso 
- não deglutir ou respirar 
 
Traçado Cefalométrico 
Manual ou computadorizado 
Aplicações da cefalometria 
- estudo do crescimento crânio-facial 
- diagnóstico e planejamento do tratamento 
- avaliação do espaço naso-faringeano 
- diagnóstico das assimetrias esqueléticas através das 
radiografias póstero-anteriores 
- avaliação de resultados pós-tratamento 
 
Pontos, linhas e planos cefalométricos 
Pontos cefalométricos 
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO 
- universalidade ou frequência de uso 
- importância para um determinado plano de referencia 
- definição obscura ou controvertida ou método de 
localização no filme 
PONTOS CEFALOMÉTRICOS 
Impares: situados no plano sagital mediano 
Pares: situados em estruturas bilaterais 
Identificados sobre: 
- radiografias cefalométricas laterais e frontais 
 
Pontos situados sobre a rx lateral 
Pontos sagitais 
Pontos situados no plano médio sagital - ÍMPARES 
PONTO S: sela turca, situado no centro geométrico da 
sela turca 
 
 
PONTO N: násio, ponto mais anterior da sutura naso-
frontal 
 
 
PONTO ENA: espinha nasal anterior, ponto situado na 
extremidade da espinha nasal anterior 
 
 
PONTO ENP: espinha nasal posterior, ponto situado na 
extremidade da espinha nasal posterior 
 
 
PONTO PR: próstio, ponto mais anterior do processo 
alveolar da pré-maxila, geralmente situado entre os 
incisivos centrais, na extremidade do septo inter-alveolar 
 
 
PONTO A: subespinhal, ponto mais profundo do 
contorno da pré-maxila, entre a espinha nasal anterior e 
o próstio 
 
 
PONTO ID: infradental, ponto mais anterior do processo 
alveolar da mandíbula, geralmente situado entre os 
incisivos centrais, na extremidade do septo inter-alveolar 
 
 
PONTO POG: pogônio, ponto mais anterior do contorno 
da sínfise mandibular 
 
 
PONTO B: supramental, ponto mais profundo do 
contorno do processo alveolar da mandíbula, entre os 
pontos infra-dental e pogônio 
 
 
PONTO ME: mentoniano, ponto mais inferior do 
contorno da sínfise mandibular 
 
 
PONTO GN: gnátio, ponto situado na metade da 
distancia entre os pontos mais anterior (pogônio) e o 
mais inferior (mento) do contorno da sínfise mandibular 
 
 
PONTO BA: básio, ponto situado na extremidade 
inferior do clivus que começa na margem anterior do 
forame magno 
 
Pontos laterais – BILATERAIS 
PONTO PT: pterigoide, ponto situado na extremidade 
mais superior e posterior da fissura ptérigo-maxilar 
esquerda 
 
 
PONTO OR: orbitário 
Craniometria – ponto mais inferior sobre a margem 
inferior da órbita esqueda 
Cefalometricamente – ponto médio entre os dois 
contornos orbitários (direito e esquerdo) 
 
 
PONTO PO: pório 
Anatomico – ponto mais superior do conduto acústico 
externo 
Mecânico ou instrumental – ponto mais superior da 
projeção radiográfica dos posicionadores auriculares do 
cefalostato 
 
 
 
 
PONTO GO: gônio, ponto determinado pela bissetriz do 
ângulo formado por tangentes à borda posterior e à 
borda inferior da mandíbula 
 
 
 
Pontos situados no perfil dos tecidos moles 
PONTO LS: lábio superior, ponto mais proeminente do 
lábio superior 
 
 
PONTO LI: lábio inferior, ponto mais proeminente do 
lábio inferior 
 
 
PONTO POG’: pogônio mole, ponto mais anterior do 
contorno da sínfise mandibular de tecido mole 
 
 
PONTO MN: situado no meio da borda inferior do nariz 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linhas e planos cefalométricos 
LINHA S-N: sela-násio, união dos pontos S e N 
 
 
LINHA N-A: linha násio-ponto A, união dos pontos N e 
A 
 
 
LINHA N-B: linha násio-ponto B, união dos pontos N e B 
 
 
 
 
LINHA N-Ba: násio-básio, união dos pontos N e Ba 
 
 
LINHA S-Gn: sela-gnátio, união dos pontos S e Gn 
 
 
LINHA PT-GN: eixo facial, união dos pontos Pt e Gn 
 
 
LINHA A-Pog: linha A-pogonio, união dos pontos A e 
Pog 
 
 
 
LINHA S DE STEINER: linha traçada do ponto situado no 
meio da borda inferior do nariz (MN) e tangente ao 
meato (Pog’) 
 
 
 
PLANO Go-Gn: plano mandibular de Steiner, obtido pela 
união dos pontos Go e Gn 
 
 
PLANO HORIZONTAL DE FRANKFORT: obtido pela 
união dos pontos Po e Or 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Cefalométrica 
Objetivos do tratamento ortodôntico 
- equilíbrio das linhas faciais 
- estabilidade dentária após tratamento 
- tecidos bucais sadios 
- função mastigatória eficiente 
 
Medidas 
 
 
Análise cefalométrica simplificada 
- instrumento de diagnóstico, prognóstico e 
planejamento do tratamento ortodôntico 
- permite avaliaro padrão esquelético da face, o padrão 
dentário e o perfil facial 
É um sistema que visa definir, em valores numéricos, 
os componentes cranianos e faciais, esclarecendo como 
estas partes, independentemente, afetam o conjunto 
Padrão esquelético da face: estabelecer a relação 
antero-posterior da maxila e mandíbula com a base do 
crânio, bem como a relação dessas bases ósseas entre 
si, além de determinar diferentes tipos morfológicos 
Padrão dentário: descreve a relação dos incisivos 
superiores e inferiores com suas respectivas bases 
ósseas e a relação angular que estes dentes mantém 
entre si 
Perfil facial: avaliar a relação que se estabelece entre 
a quantidade de tecido mole existente sobre a sínfise, 
contorno do nariz, lábio superior e inferior, de tal modo 
que podemos determinar o tipo de perfil que o 
paciente apresenta e as modificações previstas no final 
do tratamento 
 
Avaliação do padrão esquelético 
Plano Horizontal (SNA, SNB e ANB) 
Plano Vertical (SN-Go.Gn, NS.Gn, Eixo facial) 
Ângulo SNA: determinado pela intersecção das linhas 
SN e NA. 
- registra o grau de protusão ou de retrusão da maxila 
em relação à base anterior do crânio 
VALOR NORMAL = 82º +/- 2º (maxila bem posicionada 
em relação a base anterior do crânio) 
> 84º = protrusão maxilar 
< 80º = retrusão maxilar 
 
Ângulo SNB: intersecção das linhas SN e NB. 
- expressa o grau de protrusão ou de retrusão da 
mandíbula em relação à base anterior do crânio 
VALOR NORMAL = 80º +/- 2º (mandíbula bem 
posicionada em relação à base anterior 
> 82º = protrusão mandibular 
< 78º = retrusão mandibular 
 
Ângulo ANB: interseção das linhas NA e NB. 
- representa a relação antero-posterior entre maxila e 
mandíbula 
- corresponde à diferença entre os ângulos SNA e 
SNB 
VALOR NORMAL = 2º +/- 2º 
- a partir de variações do ângulo ANB podemos fazer a 
classificação esquelética das maloclusoes, de tal forma 
que: 
ANB = 0º a 4º - maloclusão esquelética Classe I 
ANB > 4º - maloclusão esquelética Classe II 
ANB < 0º - maloclusão esquelética Classe III 
 
Ângulo SN.GoGn: interseção do plano mandibular 
(GoGn) com a linha SN 
- mede o grau de abertura e a altura vertical da porção 
anterior da mandíbula 
VALOR NORMAL = 32º +/- 3º (29 a 35 – equilíbrio 
entre o crescimento vertical e horizontal) 
< 32º = indicam bom padrão de crescimento facial 
> 35º = indicam podre padrão de crescimento 
< 29º = tendência de crescimento horizontal 
> 35º = tendência de crescimento vertical 
TRANSFERÊNCIA DA LINHA GO-GN: 
1 – o esquadro menor deve estar coincidindo com a 
linha Go-Gn (plano mandibular) 
2 – o esquadro maior deve estar em contato com o 
esquadro menor 
3 – fixar o esquadro maior de forma que ele não se 
mova 
4 – mantendo o esquadro maior fixo, o esquadro 
menor ira deslizar encostado no esquadro maior em 
direção a linha S-N até que haja interseção entre elas 
5 – o ângulo formado entre as duas linhas deverá ser 
medido 
- a linha tracejada é paralela ao plano mandibular 
 
 
 
 
Ângulo NS.Gn: determinado pela interseção das linhas 
SN e SGn 
- expressa a direção de crescimento mandibular 
VALOR NORMAL = 67º +/- 3º (64 a 70º - equilíbrio 
entre a rotação horária e anti-horária da mandíbula) 
< 64º = rotação anti-horária da mandíbula 
> 70º = rotação horária da mandíbula 
 
Eixo facial: determinado pela interseção das linhas N-Ba 
e Pt-Gn. 
- registra a direção do crescimento mandibular e 
expressa a proporção da altura facial em comparação 
com a profundidade da face 
VALOR NORMAL = 90º =/- 3º 
- de acordo com as variações do ângulo do eixo facial 
(quadrante inferior esquerdo) podemos classificar os 
tipos morfológicos da face em: 
87 a 93º = Mesofacial 
< 87º = Dolicofacial 
> 93º = Braquifacial 
 
 
 
 
Avaliação do padrão dentário 
Ângulo incisivo superior – NA: interseção do longo 
eixo do incisivo central superior com a linha NA 
- indica o grau de inclinação axial desse dente com a 
referida linha 
VALOR NORMAL = 22º (incisivo central superior bem 
posicionado em relação à sua base óssea) 
> 22º = inclinação axial aumentada 
< 22º = inclinação axial reduzida 
 
Distancia do incisivo central superior – NA: distância 
do ponto mais proeminente da coroa do incisivo central 
superior até a linha NA 
- expressa, em milímetros, a relação antero-posterior 
deste dente com a linha NA 
VALOR NORMAL = 4mm 
> 4mm = protrusão dos IC em relação a linha NA 
< 4mm = retrusão dos IC em relação a linha NA 
 
Ângulo incisivo inferior – NB: interseção do longo 
eixo do incisivo central inferior com a linha NB 
- mede o grau de inclinação axial deste dente com a 
referida linha 
VALOR NORMAL = 25º (ICI bem posicionado em 
relação à sua base óssea) 
> 25º = inclinação axial aumentada 
< 25º = inclinação axial reduzida 
 
Distancia incisivo inferior – NB: distância do ponto 
mais proeminente da coroa do incisivo central inferior 
até a linha NB 
- expressa em milímetros a relação antero-posterior 
deste dente com a linha NB 
VALOR NORMAL = 4mm 
> 4mm = protrusão 
< 4mm = retrusão 
 
 
Avaliação do perfil facial 
É feita por meio da linha de Steiner, que avalia a 
relação entre os tecidos moles e o perfil facial. Essa 
linha se estende do ponto MN, situado na metade da 
borda inferior do nariz até o ponto Pog’, que 
corresponde ao pogonio tegumentar 
Tecido duro 
Ângulo NAPg: interseção da linha NA com a linha APg 
VALOR NORMAL = 0º (-8,5º a +10º) – Perfil ósseo Reto 
< -8,5º = perfil ósseo Côncavo 
> 10º = perfil ósseo Convexo 
 
 
 
Tecido mole 
Linha S – Ls e Li: Soft Tissue, distancia dos pontos 
mais proeminentes dos lábios superior (Ls) e inferior 
(Li) à linha S 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Cefalométrica Simplificada 
 
 
 
 
 
 
Análise da Dentição Mista
 
Análise da dentição mista 
Permite determinar o tamanho dos dentes 
permanentes que ainda não irromperam anteriores aos 
primeiros molares permanentes, com o intuito de 
prever qualquer deficiência de espaço nos arcos 
dentários para, assim, atuar de maneira precisa 
É um importante meio de diagnostico através do qual 
se determina a discrepância ósseo dental do arco 
dentário, ou seja, a relação entre o espaço avaliado no 
arco (espaço presente) e o espaço requerido para os 
dentes permanentes sucessores 
Objetivos principais 
- avaliar a quantidade de espaço disponível no arco para 
os dentes permanente sucessores, bem como os 
ajuste oclusais fisiológicos necessários 
- informar se há espaço suficiente para caninos e pré 
molares irromperem 
- decidir se haverá necessidade de manter ou 
recuperar espaço para caninos e pré molares 
Considerar: 
- o perímetro do arco (espaço disponível) 
- o tamanho de todos os dentes permanentes 
anteriores aos 1º molares permanentes (espaço 
requerido) 
- as alterações no perímetro do arco que podem 
ocorrer com o crescimento e desenvolvimento 
Circunferência do arco é a distância entre a superfície 
mesial do primeiro melar permanente de um lado do 
arco e a superfície mesial do mesmo dente do lado 
oposto. Essa circinferencia diminui continuamente com a 
idade, devido a: 
- deslocamento mesial tardio dos 1º molares 
permanentes a medida que o espaço disponível é 
ocupado pela erupção de caninos e pré molares 
- tendência ao deslocamento mesial dos dentes 
posteriores durante toda a vida 
- pequenas quantidades de desgaste interproximal 
- posicionamento lingual dos incisivos devido ao 
crescimento diferencial maxilomandibular 
- posição inclinada original dos incisivos e molares 
 
Nomenclatura 
Espaço avaliado/presente (EA) refere-se ao espaço 
disponível a partir da face mesial do primeiro molar 
permanente de um lado a face mesial do primeiro 
molar permanente do lado oposto do arco 
Espaço requerido (ER) representa a soma dos diâmetros 
mésiodistais de incisivos, caninos e pré molares 
Discrepância ósseo dental (DM) é a diferença entre os 
valores doespaço disponível e do espaço requerido. 
Pode ser negativa ou positiva 
NEGATIVA ( - ): quando o espaço requerido for maior 
que o espaço presente, indica que haverá falta de 
espaço para o alinhamento correto dos dentes 
NULA: quando o espaço requerido for igual ao espaço 
presente 
POSITIVA ( + ): quando o espaço requerido for menor 
que o espaço presente, indicando excesso de espaço 
para alinhamento dos dentes 
 
Materiais necessários 
- modelos ortodonticos na dentição mista 
- compasso de ponta seca 
- régua milimetrada 
- transferidor 
- lapiseira 
- tabela 
 
Método de Moyers 
- não utiliza exames radiográficos, usando apenas os 
modelos de estudo, obtendo medidas mais precisas 
- baseado em que existe uma correlação entre o 
diâmetro mésiodistal dos dentes de uma mesma 
dentição, a largura mésiodistal dos dentes pode ser 
maior ou menor que a média, porém, a correlação de 
tamanho entre eles sempre existe 
- utiliza o diâmetro mésiodistal dos dentes que já 
irromperam para determinar o diâmetro daqueles que 
ainda não haviam irrompido 
- o dente utilizado de referência é o Incisivo inferior, 
pois: primeiros a irromperem, fácil medição, bom nível 
de correlação de tamanho com outros grupos 
dentários, raramente apresentam anomalias de forma e 
tamanho, dificilmente estão ausentes congenitamente 
Vantagens 
- possui um erro sistemático mínimo e sua variação é 
conhecida, podendo a média ser calculada 
- pode ser feito com igual segurança tanto pelo 
principiante como pelo especialista 
- não exige muito tempo 
- não necessita de equipamento especial ou radiografias 
- pode ser feito tanto na boca como em modelos de 
gesso 
- pode ser usado em ambos os arcos 
 
Como realizar a medida? 
1 - medir com o compasso de ponta seca a dimensão 
mésio-distal dos incisivos superiores e inferiores e 
transferir para a tabela, desse modo é possível calcular 
qual o espaço necessário para o alinhamento desses 
dentes 
2 - determinar a linha média do arco superior e inferior 
Arco superior: eleger 2 ou 3 pontos médios sobre a 
sutura palatina mediana, com o transferidor fazer 
coincidir esses pontos com a linha do 90º do 
transferidor e marcar no modelo 
Arco inferior: articular os modelos em RC e a linha 
média superior é transferida para o modelo inferior 
3 - determinar o espaço dos incisivos, com o compasso 
de ponta seca medir o tamanho do IC e IL na ficha e 
transferir para o modelo, fazer isso em ambos os lados 
4 - espaço remanescente/presente: posicionar o 
compasso na última marcação feita a abrir até a face 
mesial do 1º molar permanente (essa medida é o que 
tem disponível após alinhamento dos incisivos para os 
Caninos e Pré molares permanentes), marcar em mm 
esse espaço na tabela 
5 – espaço requerido: espaço necessário para 
alinhamento dos caninos e pré molares, utilizando a 
tabela de Moyers (prever com certo grau de confiança 
o tamanho desses dentes permanentes que ainda não 
irromperam), somar os diâmetros mésiodistais dos 
incisivos inferiores e buscar na tabela, sobre a coluna de 
75%, o tamanho dos caninos permanentes e pré-
molares 
6 – anotar a estimativa para cada um dos hemi-arcos 
7 – cálculo da discrepância de modelos setorizado (ou 
seja, para cada hemi-arco) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oclusão Normal na Dentição Permanente 
MISCIGENAÇÃO – herança de características oclusais 
diferentes (osso pequeno + dentes grandes) 
Desenvolvimento do conceito de oclusal 
Período fictício (antes de 1900) – não tinha recursos, 
analise baseada em contar os dentes 
Período hipotético (1900 a 1930) – Angle, tinham muitas 
hipóteses 
Período verídico (a partir de 1930) – Cefalometria 
radiográfica, avaliar o posicionamento dos dentes, e a 
posição da maxila e mandíbula em relação à base do 
crânio 
 
Conceitos de oclusão normal 
“A oclusão dentaria normal pode ser definida como um 
complexo estrutural caracterizado por uma relação 
normal dos chamados planos inclinados oclusais dos 
dentes, que se encontram situados individualmente e 
coletivamente em harmonia arquitetônica com seus 
ossos basais e com a anatomia craniana, apresentando 
pontos de contato proximais e posições axiais corretas 
e, tendo associado a eles, crescimento e 
desenvolvimento, posição e correlação normais de 
todos os tecidos e estruturas adjacentes.” 
 
OCLUSÃO IDEAL X OCLUSÃO NORMAL 
- ideal: é hipotética, não tem defeitos e nem variações 
- normal: apresenta variações individuais e aceita certos 
limites de normalidade 
 
Características da oclusão normal 
- dentes, arcos, base óssea e face 
- 32 dentes (pode desconsiderar os 3º molares) 
- diferentes formatos, diferentes funções 
- harmonia entre tamanho do osso basal e dos dentes 
 
Forma dos arcos dentários 
MESOCEFÁLICO 
- arco dental mais parabólico 
BRAQUICEFÁLICO 
- musculatura mais forte 
- arco dental trapezoidal ou quadrado 
DOLICOCEFÁLICO 
- paciente mais vertical 
- arco mais alongado, tendência a um triangulo 
Todos podem apresentar uma oclusão normal, não é 
um regra, existem variações 
Para que o paciente apresente uma oclusão normal é 
necessário avaliar vários aspectos: 
Contorno dos arcos dentários 
- diferenças no volume dentário V-L dos dentes 
- reentrâncias (INSET) ou saliências (OFFSET) 
- achatamento (TOE IN) no 2º molar superior 
Precisa ter um alinhamento lingual correto, para ser 
reconhecido pela língua, se os dentes têm volumes 
diferentes é preciso ter reentrâncias ou saliências, para 
que todos os dentes tenham o mesmo alinhamento 
lingual 
 
 
 
Linha de oclusão 
Verificação do alinhamento dos arcos dentários 
Arco superior: passar uma linha contornando o sulco 
central dos dentes posteriores e os cíngulos dos dentes 
anteriores 
Arco inferior: passa uma linha pelas cúspides 
vestibulares dos dentes posteriores inferiores e pelos 
bordos incisais dos dentes anteriores inferiores 
 
Relações entre os arcos dentários 
SENTIDO VERTICAL 
Arco superior: 
- o bordo incisal do IC se posiciona 0,5 mm abaixo do 
bordo incisal do IL 
- a ponta de cúspide do canino 0,5 mm abaixo do IC 
- as cúspides dos pré molares e molares na mesma 
altura do bordo incisal do IC (mesmo plano vertical) 
Arco inferior: 
- cúspide dos molares e pré molares na mesma altura 
dos incisivos 
- ponta de cúspide do canino 0,5mm acima dos outros 
dentes 
SENTIDO TRANSVERSAL 
- o arco superior deve ser 2mm mais largo do que o 
arco inferior 
 
Contatos oclusais 
RELAÇÃO DOS PLANOS INCLINADOS OCLUSAIS 
- cada dente superior oclui em 2 dentes inferiores 
Canino 
- o plano inclinado mesial da cúspide do canino superior 
esquerdo esta ocluindo no plano inclinado distal da 
cúspide do canino inferior esquerdo 
- o plano inclinado distal da cúspide do canino superior 
esquerdo está ocluindo no plano inclinado mesial da 
cúspide vestibular do 1ª pré molares inferior esquerdo 
1º Molar superior 
- elimina a cúspide distal do 1º molar inferior 
- o plano inclinado mesial da cúspide mésio vestibular do 
1º Molar superior esquerdo está ocluindo no plano 
inclinado distal da cúspide mésio vestibular do 1º molar 
inferior esquerdo 
CHAVE DE OCLUSÃO 
- quando o centro da cúspide mésio vestibular do 1º 
molar superior está ocluindo no sulco vestibular do 1º 
molar inferior 
 
Inclinação axiais 
Superior 
- no sentido V-L todos os dentes tem inclinação 
Vestibular 
- no sentido M-D todos os dentes tem inclinação Mesial 
 
Inferior 
- no sentido V-L tem diferentes inclinações 
IC e IL – verticais em relação ao osso, sem inclinação 
C – ligeiramente vestibular 
- a inclinação é gradual a partir daqui, se acentua 
conforme vai para a posterior: 
1º PM e 2º PM – lingual 
1º M – acentuadamente lingual 
2º M – acentuadamente lingual 
3º M – acentuadamentelingual 
- no sentido M-D todos os dentes são Verticais 
 
Curva de Spee 
Linha vertical no sentido antero-posterior das 
superfícies ocluais 
- reversa 
- reta 
- acentuada 
Oclusão normal deve ser reta ou ligeiramente 
acentuada 
 
Curva de Wilson 
Curva no sentido horizontal/transverso que passa pelas 
pontas das cúspides vestibulares e linguais dos molares 
- resulta da inclinação axial lingual dos dentes 
posteriores inferiores e superiores 
- promove a correta desoclusão na dentição normal 
 
Sobremordida (overbite) 
É o trespasse vertical dos incisivos superiores sobre os 
incisivos inferiores quando as arcadas estão fechadas 
- normalidade é de que o incisivo superiores cubra no 
máximo 1/3 do incisivo inferior (3mm) 
Alterações durante a idade: 
- incisivos: profunda 
- dentição mista: sobremordida leve 
- dentição permanente: 3mm 
0% quando a sobremordida é topo-topo e 100% 
quando é total (o incisivo superior cobre todo o incisivo 
inferior) 
 
Sobressaliencia (overjet) 
É o trespasse horizontal dos incisivos superiores em 
relação dos incisivos inferiores 
- normalidade 1 mm (limite de variação de até 3mm) 
- diminuído ou aumentado são incorretos 
 
Contatos proximais 
- distribuição das cargas 
- alimentação (pra não ir direto ao tecido gengival) 
- estabilização dos arcos 
SENTIDO V-L 
- mais ou menos no meio do dente na região de 
incisivos e caninos 
- mais para vestibular nos dentes posteriores 
SENTIDO CÉRVICO-OCLUSAL 
Arco superior 
- entre o terço incisal e médio da coroa, nos incisivos e 
caninos 
- na crista marginal em dentes posteriores (por isso 
nivela as cristas durante o tratamento ortodôntico) 
Arco inferior 
- posterior é igual 
- próximo ao bordo incisal nos incisivos e caninos (barra 
lingual deve ser coloca nessa região para estabilizar 
melhor os dentes) 
 
 
Função muscular e equilíbrio da oclusão 
M-D e vertical 
- contato com antagonista 
- contato mesial e distal com dentes vizinhos 
- processo alveolar e tecidos periodontais impedem a 
intrusão 
Vestíbulo-Ligual 
- língua, bochecha e lábios fazendo força no sentido 
oposto 
 
Guias de oclusão dinâmica 
CORRETA DESOCLUSÃO 
- lateralidade direita e esqueda (toca somente o canino 
no lado de trabalho e desoclui todos os outros dentes 
do lado de balanceio) – função em grupo não é normal 
em oclusão permanente 
- protrusiva (2 pontos de contatos entre incisivos 
superiores e inferiores e o restante deve desocluir) 
- ausência de interferências 
 
Harmonia facial 
TERÇOS FACIAS 
- devem ser proporcionais (do mesmo tamanho) 
- o terço inferior é dividido em 1/3 superior e 2/3 
inferiores 
- uma face harmônica é esperado encontrar uma 
oclusão correta, já uma face desarmônica é esperado 
uma oclusão incorreta

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