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Planejamento de Cardápios para ADULTOS 1 Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:8 Profa. Ma. Cléia Cardoso http://biblia.gospelmais.com.br/mateus_7:8 Introdução • É uma fase em que o organismo encontra-se em estabilidade. • A alimentação do adulto deve estar voltada para a manutenção de seu peso ideal, prevenindo, assim, as doenças crônicas não transmissíveis e proporcionando- lhe melhor qualidade de vida 2 • A boa alimentação tem consequências sobre a produção. Boa alimentação Capacidade Saúde Capacidade de produção aquisitiva 3 Introdução • A atenção deve ser dada a transição nutricional que o país vem passando. • ↑ Obesidade e consequentemente das doenças crônicas não transmissíveis (HAS, DM, doenças cardíacas e câncer) • ↑ consumo de gorduras (principalmente de origem animal) • ↑ consumo de açúcar e alimentos refinados • ↓ consumo de integrais • ↓ consumo de fibras 4 Introdução • Nos adultos a mudança alimentar pode ocorrer devido: ▫ Fator econômico ▫ Falta de atividade física ▫ Excesso de trabalho (horas extras) ▫ Maus hábitos alimentares ▫ Stress ▫ Outras 5 ADULTOS 6 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Goiânia, 2018 = 54% 7 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Goiânia, 2018 = 46% 8 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Goiânia, 2018 = 16% 9 TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Goiânia, 2018 = 17% 10 Alterações no gasto energético • O gasto energético pode mudar com a idade, em vista de: ▫ Modificação do peso corporal ou da composição corporal ▫ Diminuição do GEB ▫ Diminuição da atividade física ▫ Aumento da prevalência de enfermidades e invalidez 11 • O comitê Especializado sobre Necessidades de Energia e proteína da FAO/OMS recomenda que o aporte energético de homens e mulheres seja considerado estável dos 20 aos 39 anos de idade e ter uma diminuição de 5% para cada década entre as idades de 40 e 59 anos 12 PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE DIETAS • Anamnese Alimentar 13 Levantamento de dados Definição do perfil nutricional Características do paciente características antropométricas, sociais, culturais e econômicas, condições de saúde, indicadores bioquímicos, consumo alimentar, além dos dados pessoais (idade, data de nascimento, sexo) PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE DIETAS • Peso ou composição corporal 14 IMC Simples e prático Massa muscular x gordura gorporal Cálculo para gasto energético total para adultos (19 anos ou mais) DRI (2002) EER = gasto energético total (GET) - I (anos); P (kg); A (m) Masculino: EER = 662 – 9,53x (I) + FA x (15,91 x P + 539,6 x A) FA: 1,00 (sedentário); 1,11 (baixa atividade); 1,25 (ativo); 1,48 (muito ativo) Feminino: EER = 354 – 6,91 x (I) +FA x (9,36 x P + 726 x A) FA: 1,00 (sedentário); 1,12 (baixa atividade); 1,27(ativo); 1,45 (muito ativo)21 NAF H M Sedentário: 1,0 1,0 Pouco ativo: 1,12 1,16 Ativo: 1,29 1,27 Muito ativo: 1,59 1,44 Cálculo para gasto energético total para adultos (19 anos ou mais) com SOBREPESO/OBESIDADE, segundo DRI (2002) EER = gasto energético total (GET) I (anos); P (kg); A (m) HOMEM ADULTO: REE = 1086 – 10,1 X idade + AF x [13,7 x peso (kg) + 416 x altura (m)] MULHER ADULTA: REE = 448 – 7,95 x idade + AF x [11,4 x peso (kg) + 619 x altura (m)] Recomendação de macronutrientes 17 Nutrientes SBAN (1990) WHO (2003) e Guia pop. brasileira DRI – AMDR (2002) SBC (2005) Proteínas 10 a 12% 10 a 15% 10 a 35% - CHO totais 60 a 70% 55 a 75% 45 a 65% 50 a 60% CHO simples Limitar < 10% <25% - Lip totais 20 a 25% 15 a 30% 20 a 35% 25 a 35% AG saturado ≤ 8% <10% Não definido < 10% < 7% se LDL↑ AG monoinsaturado > 8% a diferença Não definida ≤ 20% AG polinsaturado 3% 6 a 10% Não definido ≤ 10% AG ω-6 linoléico - 5 a 8% 5 a 10% - AG ω-3 linolênico - 1 a 2 % 0,6 a 1,2% - AG trans - <1% - - Colesterol <100mg/1000kcal <300mg/dia - <300mg/dia <200mg/dia se LDL↑ Proteínas – Indivíduos sedentários 18 • Em situação em que há o catabolismo, sugere-se valores superiores a 1,0g/kg/dia, porém não excedendo 2,5g/kg/dia FAO/OMS (1985) NRC/RDA (1989) SBAN (1990) DRI-RDA (2002) Proteínas (g/kg/dia) 0,75 0,8 a 1,0 1,0 0,8 Necessidade de proteínas Praticantes de treinamento de força Praticantes de treinamento AERÓBICO Sedentários Recomendações atuais consumo de proteína Proteínas 20 FAO/OMS (1985) NRC/RDA (1989) SBAN (1990) DRI-RDA (2002) Proteínas (g/kg/dia) 0,75 0,8 a 1,0 1,0 0,8 Calcule a necessidade proteica de homem sedentário com 1,74m e 70kg, 25 anos de acordo com: DRI NRC / RDA Proteínas 21 FAO/OMS (1985) NRC/RDA (1989) SBAN (1990) DRI-RDA (2002) Proteínas (g/kg/dia) 0,75 0,8 a 1,0 1,0 0,8 Calcule a necessidade proteica de homem sedentário com 1,74m e 70kg, 25 anos de acordo com: DRI NRC / RDA 70 x 0,8 = 56g de proteína (mínimo) 70 X 1,0 = 70g de proteína (máximo) Calculando... 22 Ainda com relação ao Homem de 25 anos 1,74m, 70kg , Calcule: Sua necessidade energética segundo DRI, considerando agora uma atividade física baixa, ou seja pouco ativo Qual o intervalo em gramas de macronutrientes necessário para alcançar a recomendação de acordo com DRI Proteínas: 10 a 35% Carboidrato: 45 a 65% Lipídeos: 20 a 35% Essa dieta apresenta no mínimo e no máximo quantos gramas de proteína por quilo de peso? Calculando... • EER = 662 – 9,53x (I) + FA x (15,91 x P + 539,6 x A) EER = 662- 9,53 x25 + 1,12 x (15,91x70 + 539,6 x 1,74) EER = 662- 238,25 + 1,12 x (1113,70 + 938,90) EER= 662 – 238,25 + 1,12 x 2052,6 EER = 662 -238,25 + 2298,91 EER = 2722,66 Kcal/ dia -5% = 2586,53 Kcal/dia (mínimo do plano) Variação de 5% +5% = 2911,23 Kcal/dia (máximo do plano) 23 Ainda com relação ao Homem de 25 anos, 1,74m, 70kg , Calcule: Sua necessidade energética segundo DRI, considerando agora uma atividade física baixa, ou seja pouco ativo Calculando... 24 Qual o intervalo em gramas de macronutrientes necessário para alcançar a recomendação de acordo com DRI Proteínas: 10 a 35% 2722,66 x 10% = 272, 27 Kcal / 4 = 68,07g (mínimo) 2722,66 x 35% = 952,93 Kcal / 4 = 238,23g (máximo) Carboidrato: 45 a 65% 2722,66 x 45% = 1225,20 Kcal / 4 = 306,3g (mínimo) 2722,66 x 65% = 1769,73 Kcal / 4 = 442,43g (máximo) Lipídeos: 20 a 35% 2722,66 x 20% = 544,53 Kcal / 9 = 60,50g (mínimo) 2722,66 x 35% = 952,93 Kcal / 9 = 105,88g (máximo) Essa dieta apresenta no mínimo e no máximo quantos gramas de proteína por quilo de peso? Mínimo: 56g Máximo: 70g Recomendações de fibras SBAN (1990) SBC (2005) Fibras 20g/dia ou 8 a 10g/1000kcal 20 a 30g/dia 25 Idade Gênero Masculino Feminino 14 a 50 anos 38g 25g 51 anos ou mais 38g 21g Fonte IOM (2002), valores referentes a AI O Guia Alimentar da população brasileira recomenda recomendação é de consumo ≥ 400g de vegetais e frutas por dia Recomendação hídrica 26 Bebida + alimentos (L) Água (L) Homens 3,7 3,0 Mulheres 2,7 2,0 Gestação 3,0 2,3 Lactação 3,8 3,1 Recomendação de sódio OMS (2003) DRI (2004) < 2000 mg/dia Idade AI UL 19 a 50 1500 2300 mg/dia 50 a 70 1300 27 SBAN (1990) WHO (2003) SBC (2005) < 6 g/dia < 5 g/dia < 6 g/dia Recomendação de Sal (cloreto de sódio) Para conversão considere 1g de sal = 400mg de sódio É a quantidade de alimentos que o indivíduo deve receber nas 24 horas do dia, a fim de manter equilibrado o seu organismo, dentro de um ótimo estado de saúde, indispensável à vida. DEVE: Cobrir os requerimentos nutricionais Ser adaptado as características e estados fisiológicos Individualizado Plano Alimentar 1ª Regra: VARIEDADE Não existe um alimento completo 2ª Regra: MODERAÇÃO Alguns alimentos devem ser consumidos com moderação. 3ª Regra: PROPORCIONALIDADE Respeitar a proporção dos alimentos, segundo os grupos a que pertencem. Regras para Elaboração de um Plano Alimentar 1 ª LEI: QUANTIDADE A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobriras exigências energéticas e manter em equilíbrio seu balanço 2 ª LEI: QUALIDADE O Plano Alimentar deve ser completo em sua composição para oferecer ao organismo todas as substâncias que o integram LEIS DE ESCUDERO 3 ª LEI: HARMONIA As quantidades dos diversos nutrientes que integram a alimentação devem guardar uma relação de proporção entre si. A alimentação deve respeitar a interferência de um alimento em outro, a biodisponibilidade 4 ª LEI: ADEQUAÇÃO A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo. É necessário, então conhecer a finalidade do plano alimentar e se o mesmo se adequa às condições fisiológicas ou patológicas, bem como hábitos alimentares e as condições socioeconômicas do individuo. “É a quantidade e qualidade de alimentos que o indivíduo deve receber nas 24hs do dia, a fim de manter equilibrado o seu organismo, dentro de uma ótima saúde, indispensável à vida.” BARIONI, et al 2008 PLANO ALIMENTAR ETAPAS DO PLANEJAMENTO ALIMENTAR 1. Estudo do indivíduo; 2. Determinação das necessidades energética; 3. Determinação das necessidades de nutrientes; 4. Elaboração do plano alimentar 5. Elaboração da orientação nutricional Características demográfica: Sexo Idade Estágio de vida: gestante, lactante, lactente, pré-escolar, escolar, adolescente, adulto, idoso 1. Estudo do indivíduo Medidas antropométricas: Peso Altura Composição corporal Estado Nutricional: Desnutrido Eutrófico Sobrepeso Obeso Condição fisiológica: Crescimento, Estágio puberal, Gestação, Lactação. Histórico Clínico: existência ou risco de patologia Atividades diárias: Tipos: atividade física, trabalho, estudo,refeições,etc horários e/ou duração local Hábito alimentar: pessoal e regional Preferência e Aversão Nível sócio econômico Disponibilidade em preparar ou “comprar” a refeição Religião 1. Estudo do indivíduo Finalizando o Estudo do indivíduo Registro das principais queixas do paciente Determinacão do diagnóstico nutricional Determinção das OBJETIVOS / METAS: Perceba que objetivo se atém à definição daquilo que é almejado enquanto a meta responde a duas perguntas: quanto? e até quando? Determinação das ESTRATÉGIAS: A estratégia é o planejamento do jogo para promover a satisfação dos clientes e atingir as metas/objetivos de desempenho. Equação FAO/OMS DRI, 2002 Determinar a equação correta para o cálculo Criança de 0 a 2 anos; Meninos ou meninas de 3 a 8 anos; Meninos ou meninas de 9 a 18 anos; Manutenção de peso para meninos ou meninas de 3 a 18 anos com risco ou sobrepeso; Homens ou mulheres com 19 anos ou mais Homens ou mulheres com 19 anos ou mais com sobrepeso ou obesidade; Mulher grávida; Mulher lactente; 2. Determinação das necessidades energética CÁLCULO DO VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET) Distribuição proposta por Assis (1997): Café da manhã ou desjejum 20% a 25% do VET Lanche da Manhã 5% a 10% do VET Almoço 35% a 40% do VET Lanche da Tarde 10 a 15% do VET Jantar 15 a 25% do VET ceia 0 a 5% do VET 2. determinação das necessidades energética EX: VCT=2.200kcal Café da manhã= 25% VCT 100 550kcal DISTRIBUIÇÃO DO VET NAS REFEIÇÕES Planejamento • Ao se elaborar um cardápio para adultos, é preciso considerar: • O hábito alimentar: que já está formado e não pode ser mudado bruscamente. • A disponibilidade dos alimentos: é importante saber quais são os alimentos disponíveis no local, por época do ano. • O poder aquisitivo: mesmo disponível, o alimento pode não ser acessível para o consumidor. • O número de refeições: dependerá da rotina diária e sua composição deverá adequar-se às suas atividades. • As necessidades nutricionais relativas ao seu estado de saúde. • O estilo de vida, principalmente suas atividades profissionais, que estabelecem o status da sociedade. 37 GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 2006 2014 Resumindo... Os 10 passos VÍDEOS... • Guia alimentar para a População Brasileira 40 41
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