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Fonte: Revista Terra LEGISLAÇÃO BÁSICA RIISPOA -2017 Portaria nº 6, 25 de JULHO de 1985 Aprovar as Normas Higiênico-Sanitárias e Tecnológicas para Mel, Cera de Abelhas e Derivados Instrução Normativa nº 11, 20 de OUTUBRO de 2000 Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deve cumprir o mel destinado ao consumo humano direto. Instrução Normativa nº 03, 19 de JANEIRO de 2001 Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Apitoxina, Cera de Abelha, Geléia Real, Geléia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de Própolis DEFINIÇÃO MEL Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores (mel floral) Ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas Ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas (mel de melato) Que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colmeia. Fonte: Revista Terra DEFINIÇÃO MEL (IN 11/2000) É uma solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose. Contém ainda uma mistura complexa: Hidratos de carbono Enzimas Aminoácidos, Ácidos orgânicos, Minerais, Substâncias aromáticas, Pigmentos E grãos de pólen, Podendo conter cera de abelhas procedente d o processo de extração. CLASSIFICAÇÕES DO MEL SEGUNDO SUA ORIGEM Mel Floral: Obtido do néctar das flores Mel unifloral ou monofloral Mel multifloral ou polifloral Melato ou mel de Melato Obtido principalmente a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sulgadores de plantas Segundo o procedimento de obtenção de mel do favo: Mel escorrido: É o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas. Mel prensado: É o mel obtido por prensagem dos favos, sem larvas. Mel centrifugado: É o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem larvas. Segundo sua apresentação e/ou processamento: Mel: É o mel em estado líquido, cristalizado ou parcialmente cristalizado. Mel em favos ou mel em secções: É o mel armazenado pelas abelhas em células operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas, que não contenha larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções de tais favos. CLASSIFICAÇÕES DO MEL Segundo sua apresentação e/ou processamento Mel com pedaços de favo: É o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel, isentos de larvas. Mel cristalizado ou granulado: É o mel que sofreu um processo natural de solidificação, como conseqüência da cristalização dos açúcares. Mel cremoso: É o mel que tem uma estrutura cristalina e fina que pode ter sido submetido a um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de untar. Mel filtrado: É o mel que foi submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu valor nutritivo. CLASSIFICAÇÕES DO MEL ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS PORTARIA Nº 6, DE 25 DE JULHO DE 1985 Define apenas dois estabelecimentos APÍARIO ENTREPOSTO DE MEL E CERA DE ABELHAS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS APÍARIO Estabelecimento destinado: À produção, Extração, Classificação, Estocagem e Industrialização (mel, cera e outros produtos de abelhas); limitado à produção das colmeias do seu proprietário e/ou associados. Compatível com a sua capacidade instalada APÍARIO Localização: Rural; Área de terreno suficiente, visando futuras ampliações; Distante de demais construções ou abrigo de animais, construção própria à finalidade, não devendo estar anexa a residências; Afastado das vias públicas, preferentemente a uma distância mínima de 10 (dez) metros Fácil acesso e circulação interna; Dispor de facilidade para abastecimento de água potável, instalação de fossas sanitárias Ou rede de esgotos industriais e sanitários; ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS APÍARIO Construção destinada às operações de extração, filtração, decantação, classificação, envase e estocagem = CASA DO MEL Afastado do colmeidal Podendo ser urbana Equipamentos: Basicamente compõem-se de: Desoperculadores, Tanques ou mesas para desoperculação, Centrífugas, Filtros, Tanque ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS FLUXOGRAMA DO MEL Apis melifera melifera Néctar transportado Colmeia Secreções das glândulas hipofaringeanas: invertase, diastase, glicose oxidase, catalase e fosfatase (convertem açucares complexos em glicose e frutose) Mudanças em sua concentração e composição química armazenado nos alvéolos. CARACTERÍSTICAS DO NÉCTAR Umidade: Néctar = 80% “Mel verde” = 40% Mel = 18% abelhas colocam o lacre (fina camada de cera) Mel operculado Mel maduro. opérculo Como reduz umidade?? Regurgitação A cada 5 a 10 segundos, a abelha receptora aspira a gota de volta, repetindo todo o processo por cerca de 20 minutos Ventilação Nos alvéolos, parte da água do mel "verde" será evaporada por corrente de ar entre os favos, produzida pelas abelhas CARACTERÍSTICAS DO NÉCTAR PORTARIA Nº 6, DE 25 DE JULHO DE 1985. Transporte Apiário para Casa do Mel Nos caixilhos Embalagens específicas para esta finalidade Fechadas, protegidas Geléia real e/ou pólen deverão ser transportados sob refrigeração, permitindo uso de caixa com gelo. CASA DO MEL Estabelecimento onde se manipula o m e l seus derivados, através do: Recebimento Extração Centrifugação Filtração, decantação, envase e estocagem Deve ser em separado de depósito d e material de envase e rotulagem Local para embalagem 2 ª estocagem e expedição Equipamentos CASA DO MEL Estrutura física Pé-direito 3 m Paredes Em alvenaria e revestida Conferindo impermeabilização a 2 m. De cor clara Piso: Impermeável 2% de declividade Teto e forro concreto, alumínio, amianto e/ou plástico rígido Porta e Janelas Metálicas ou material impermeáveis Janelas com telas Vestuário CASA DO MEL Equipamentos Desoperculadores Em aço inox, cromado ou estanhado, permitindo cabos de madeira CASA DO MEL Centrifuga, tanque ou mesas de desorperculacao Aço inox, material plástico atóxico, ferro estanhado (max. 2% de chumbo) CASA DO MEL Filtros Tela aço inox ou fio de náilon nos limites de 40 a 80 mesh (0,42 a 0,177 mm) Não permite o uso de pano filtrante Tubulações Em aço inox ou plástico atóxico Curtas e desmontáveis Diâmetro interno não inferior a 40 mm Filtragem Depois decantado O mel deve ser colocado em decantadores de aço inoxidável por + de 48 h. Separação das impurezas (alvéolos, cera, etc) que escaparam durante a filtração. CASA DO MEL Envase varejo e/ou atacado CASA DO MEL ENTREPOSTO MEL E CERA DE ABELHAS Definição Estabelecimento destinado: Recebimento, Classificação Industrialização do mel, cera de abelhas e demais produtos apícolas Localização No centro do terreno, 10 m. De vias publicas Área externa pavimentada. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS Entreposto MEL e Cera de Abelhas Deve possuir dentro de suas instalações Seção de recepção e seleção Laboratório Caracteres externos e organolépticos, Determinação da densidade, Determinação de água, acidez Deposito de matéria-prima Sala de elaboração Depósito de embalagens Depósito de produtos embalados e expedição Dependência para Higienização e Sanitização de Recipientes Sala de higienização Entreposto mel e cera de abelhas Fabricação de bebidas fermentadas Local em separado e específico Cera e Própolis Área isolada dos produtos comestíveis Seção de recepção Tanque de fusão e clareamento Filtração Seleção Seção de embalageme expedição ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS Entreposto mel e cera de abelhas Equipamento e Estrutura Física Tanque banho-maria, aquecimento e decantação Pasteurizador e umidificador Filtro, misturadeira e envasadeira Construção Civil Pé-direito, teto, forro, piso, paredes Caldeira no mínimo 3 m de distância Venda Varejo é permitido Em prédio isolado e acesso direto as vias públicas ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS Estrutura obrigatória ao SIF SIF permamente Gabinete e inst. Sanitárias, Preferencialmente isolados, Quando juntos, com acesso exclusivo SIF periódico Permite que seja apenas uma sala no bloco administrativo. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAS COMPOSIÇÃO BÁSICA DO MEL Água Níveis elevados de umidade (>18%) → fermentar pela ação de leveduras osmofílicas. Mel → Aa de 0,54 a 0,75. COMPOSIÇÃO BÁSICA DO MEL Água Fermentação Ocorro quando o mel esta "verde“ Colhidos de favos que não tiveram seus alvéolos Devidamente operculados → elevado teor de água. Má assepsia durante a extração, manipulação, Envase e acondicionamento em local não apropriado. COMPOSIÇÃO BÁSICA DO MEL Ação das enzimas Invertase Transforma 3/4 da sacarose do néctar em glicose e frutose Diastase (amilase) Quebra o amido. Instável a elevadas temperaturas. Degradada à temperatura ambiente por longos períodos de armazenagem. Ácido glucônico Principal composto ácido do mel. Peróxido de hidrogênio Protege o mel contra a decomposição bacteriana. COMPOSIÇÃO BÁSICA DO MEL Glicose-oxidase + glicose ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS MEL Umidade: BR: máx 20% EU: máx 18% Determinada com refratômetro de abbé a 20 °c, converte em umidade com tabela chateway Importante quanto a vida de prateleira do mel MT: problema na época das águas Colheita na momento certo Acima deste valores Fraude ou mel imaturo (mel verde). TABELA DE CHATEWAY ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS MEL pH 3,3 – 4,6 Importante que esteja abaixo de 4,6 possuir atividade anti-microbiana Acidez: máx. 50 equivalentes/kg Método titulométrico que se fundamenta na neutralização por solução de NaOH 0,05N até a solução atingir um pH de 8,5. 10 g mel + 70 ml de água = titular NaOH 0,05n Acidez livre = (mL de NaOH 0,05N utilizados na bureta - mL branco) x 5 MEL Prova de lund: Determinação de substâncias albuminoides precipitáveis Como o ácido tânico. Determina também se houve adição de água ou outro diluidor no mel Precipitação positiva (0,6 a 3 ml) Pesquisa de sub. Albuminóides Mel + ac. Tânico = 24 hs precipita 0,6 a 3 ml Se o mel é puro, o precipitado oscila entre 0,6 a 3 ml. Em mel artificial ou diluído, não se produz precipitado ou aparece apenas vestígios. Essa pesquisa não tem valor se o mel foi submetido a temperaturas elevadas. ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS MEL Reações cromáticas Têm por finalidade identificar a presença de hidroximetilfurfuraldeido (HMF) no mel O HMF é usado como um indicador de aquecimento e modificações decorrentes de armazenamento incorreto É formado pela quebra da frutose em presença de ácido e o aquecimento aumenta a velocidade da reação. Ocorre naturalmente no mel (normalmente na faixa de 1 mg/kg) e não é uma substância tóxica. ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS MEL Reações cromáticas Indica que, quando detectado em quantidade superior a 60 mg/kg demonstra a presença de adulteração por açúcar comercial ou aquecimento indevido. O mel, quando estocado à 20 ºc, aumenta em cerca de 1 mg/kg/mês a quantidade de hmf. Analisado por meio de espectrofotometria IN 11/2000 Mel Floral e Melato: máximo 60 mg/kg Reação de Jagerschmidt Reação de Fiehe ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS Portaria n°6/85 Quando necessário concentrar mais o mel, deve seguir binômio Tempo X T°C abaixo, de forma a manter no máximo HMF 40 mg/kg Mel Pasteurizado ANÁLISES E ÍNDICES DE QUALIDADE DO MEL E DA CERA DE ABELHAS Deve ser resfriado imediatamente a no máximo 50°C Empresa maiores, montar sistema rápido de aquecimento e arreferecimento. CRITÉRIO DE INSPEÇÃO DO MEL Mel em favos Favos limpos, claros, operculado e 1º uso Não pode exceder 30% da quantidade de mel CRITÉRIO DE INSPEÇÃO DO MEL Fonte: Revista Terra Geleia Real Produzida pelas abelhas operárias Para abelha rainha (toda a sua vida) Operárias (até aos 3 dias de idade). Consistência semi-líquida, gelatinosa, levemente amarela Cor e consistencia semelhante leite condensado, e de sabor ácido. Comercializada refrigerada Não superior a 16°c Transporte entre 5°C a 16°C Substâncias estranhas e impurezas – inutilização Geléia real fresca: É o produto coletado por processo mecânico a partir da célula real, retirada a larva e filtrada. Geléia real in natura: É o produto mantido e comercializado diretamente na célula real após a remoção da Larva Geléia Real Composição: água, proteínas, lipídios, açúcares, vitaminas, hormônios e sais minerais. Cor: varia de branca a marfim; Umidade: 60% a 70%; Liofilizada: máximo 3% pH: 3.4 a 4.5; Sacarose: máximo 5,0%; Microbiologia Polén Considerado um dos alimentos mais nutritivos Desde que não desidratado, deve ser conservado sob refrigeração. Poderá ser comercializado através de 3 formas Adicionado ao mel de abelhas em proporção mínima de 5% "In natura“ Umidade máxima de 30% Desidratado Umidade máxima de 4% Própolis Reveste as aberturas da melgueira. Isola o ambiente interno a fim de manter a temperatura ideal, impedir a entrada de predadores “Possui” propriedades bactericidas e fungicidas. Bastante usada na tradição popular No rótulo não pode constarem indicações de propriedades medicamentosas ou que induzam o consumidor a adquiri-la com fins terapêuticos Classificação Quanto ao teor de flavonóides: Baixo teor: até 1,0 % Médio teor: >1,0% - 2,0 % Alto teor: >2,0 % Composição: resinas, produtos balsâmicos, cera, óleos essenciais, pólen e microelementos Máximo 8% umidade Extrato de Propólis Elementos solúveis da própolis em solução hidroalcoólica Extrato Seco = min. 11% Graduação Alccólica = máximo 70 °GL Própolis Cera de Abelha Produzida pelas glândulas ceríferas Abdome das abelhas operárias Usado na fabricação dos favos Indústrias de cosméticos, medicamentos e velas Indústria têxtil, na fabricação de polidores e vernizes Para industrialização da cera e/ou própolis deve ter dependência própria Cera de Abelhas BRUTA - quando não tiver sofrido qualquer processo de purificação, apresenta cor desde o amarelo até o pardo, untuosa ao tato, mole e plástica ao calor da mão, fratura granulosa, odor lembrando o do mel, sabor levemente balsâmico e ainda com traços de mel; Cera de Abelhas BRANCA ou PRÉ-BENEFICIADA – quando tiver sido descolorida pela ação da luz, do ar ou por processos químicos, isenta de restos de mel, apresentando-se de cor branca ou creme, frágil, pouco untuosa e de odor acentuado. Apitoxina produto de secreção das glândulas abdominais (glândulas do veneno) das abelhas operárias e armazenado no interior da bolsa de veneno Composição: água e substâncias ativas como a apamina, melitina, fosfolipase, hialuronidase e aminoácidos. Máximo 3% de umidade; 50% a 85% teor protéico Hidromel Bebida alcoólica fermentada Água + Mel + Fermento Máximo de 14oGL Aceita-se a inclusão de licores e frutas Não podendo ser produzida no Apíario (Casa do Mel) COMPOSTOS OU XAROPE DE AÇÚCARES Conteúdo mínimo de 30% (trinta por cento) de mel de abelhas Classificado como de mesa; NÃO pode utilizar melindustrial Índice de HMF máximo de 60 mg/kg; Reação de lund positiva. Os compostos ou xarope de açúcares somente poderão ser fabricados nos entrepostos, vedando-se sua elaboração em apiários. Não podem de forma algum possuir qualquer relação nominal com mel Inclusive é proibido o uso de abelhas no rótulo. MICROBIOLOGIA Fontes de contaminação: Primária – antes da colheita: Difícil controle; Pólen; Aparelho digestivo abelhas; Pó; Ar; Solo; Néctar. MICROBIOLOGIA Fontes de contaminação: Secundária – após colheita Contaminação do mel; Manipuladores; Contaminação cruzada Equipamentos Instalações Eficaz forma de controle de qualidade BPF Principais contaminações: Leveduras; Fungos filamentosos; Métodos de Análise Microbiológicos Contagem de coliformes totais e termotolerantes; Contagem Padrão de Placas; Fonte: Revista Terra NENHUM OBSTACULO SERÁ SE SUA VONTADE DE VENCER FOR MAIOR.
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