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HABILIDADES BÁSICAS DE COZINHA WEBCONFERÊNCIA III Profª Gisele Marins Chiaradia Conteúdo WEB 3: •Métodos de Cocção •Cocção com vegetais •Bases de Cozinha •Caldos Básicos •Ovos MÉTODOS DE COCÇÃO CALOR SECO SEM GORDURA GRELHAR • Equipamentos utilizados – chapa, grelhas e broiler • Uso: carnes macias, aves, peixes, crustáceos e vegetais mais firmes, pães, crepes. • Grelha ou chapa: o calor age diretamente por baixo e é repartido (distribuído). CALOR SECO SEM GORDURA Chapear • Equipamentos utilizados – chapa CALOR SECO SEM GORDURA ASSAR (No forno) • Mediante ar quente e calor direto • Ambiente fechado Cuidados: • Preaquecimento, Temperatura, tempo etc • Marinar previamente alimentos duros ou fibrosos • Bardear ou lardear alguns alimentos • Dourar previamente • Deixar descansar antes de cortá-lo (balancear sucos) • Evitar furar as carnes • Não derramar líquidos frios durante o processo Obs.: Ideal para cortes grandes ou peças individuais, alimentos frescos, bolos, tortas, massas etc. LARDEAR: Introduzir pedaços de toucinho numa peça de carne ou introduzir pedaços de carne que contenha gordura ou bacon em outra carne para proporcionar umidade e sabor. BARDEAR: Enrolar fatias de gordura em pedaços de carne para que essas não ressequem durante a cocção. CALOR SECO COM GORDURA SALTEAR • Cocção direta com pouca gordura; • Usar equipamento apropriado, sem tampa; • Chama alta controlada; • Agitar em movimentos contínuos e ascendentes • Ideal usar uma panela de fundo triplo; CUIDADOS! • Aquecer previamente a frigideira • Usar pouca gordura • Não saltear alimentos grandes CALOR SECO COM GORDURA FRITAR COM POUCA GORDURA (FRITURA RASA) • Nesse método de fritura, a quantidade de óleo utilizada é a única coisa que difere, ou seja, utiliza-se uma frigideira com no máximo dois dedos de altura de óleo para fritura. • O mais importante desse método é que o óleo só deve cobrir metade do ingrediente a ser frito e nada além disse, pois ele será virado ao menos uma vez para cozinhar o outro lado fora do óleo. • Para uma fritura de qualidade, deve-se buscar dourar os dois lados da mesma maneira e com a mesma coloração. Acompanhar com molhos a parte. Obs.: A melhor e a mais adequada frigideira para a fritura rasa é chamada de sautoir. CALOR SECO COM GORDURA FRITAR COM POUCA GORDURA (FRITURA RASA) CALOR SECO COM GORDURA FRITURA POR IMERSÃO • Método de cocção definido por utilizar óleo para cozinhar os alimentos. O óleo deve ser aquecido a altas temperaturas e os alimentos são colocados em imersão. • Produtos fritos por imersão podem ser cobertos por um empanamento, para adicionar crocância, proteger o alimento e dar sabor às preparações. CALOR SECO COM GORDURA EMPANAMENTO • O empanamento serve para dar características crocantes e douradas como finalização. O empanamento protege do óleo quente e pode também agregar sabor quando a massa de empanamento for temperada e aromatizada. Existem alguns tipos de empanamento mais comuns, como: A) empanamento simples: feito com apenas um tipo de farinha (trigo, milho, amêndoa etc.). CALOR SECO COM GORDURA EMPANAMENTO B) empanamento completo: feito com farinha de trigo, ovo batido (ou algum líquido) e farinha de rosca. Pode ser: •A milanesa; •A romana e •A dorê CALOR SECO COM GORDURA EMPANAMENTO •A milanesa CALOR SECO COM GORDURA •Empanamento a romana CALOR SECO COM GORDURA •Empanamento A dorê CALOR SECO COM GORDURA EMPANAMENTO C) empanamento com massa mole: prepara-se uma massa bem leve com farinha de trigo, um líquido e um aromatizante até conseguir uma consistência aderente. Obs.: Leiam na apostila sobre gordura X fritura e sobre pontos de cocção. CALOR SECO COM GORDURA Empanamento a Orly CALOR ÚMIDO • Pode ser utilizada para quase todos os alimentos; • Cocção lenta ou com calor úmido, pode ser realizada através de um líquido quente ou vapor, que irá amolecer o alimento. • O alimento é hidratado e isso faz com que a sua consistência seja quebrada. • Utiliza vapor, água ou outro líquido. MÉTODOS DE COCÇÃO • Escalfar (pocher) • Fervura branda – cozinhar em fogo lento • Ferver (boil) • Cozinhar à vapor: com ou sem pressão, em papilotte ou • al Cartocchio CALOR ÚMIDO COZIMENTO NO VAPOR • Os alimentos são cozidos num recipiente fechado (para cozimento a vapor) que contém um líquido em ebulição (pode ser água, caldo etc.). • Mais saudável; • Menos perda de nutrientes. • Pode ser com ou sem pressão. CALOR ÚMIDO COZIMENTO NO VAPOR CALOR ÚMIDO COZIMENTO NO VAPOR - Papillotte CALOR MISTO OU COMBINADO • É realizado em duas etapas: primeiro calor seco, para criar a crosta protetora; depois se acrescenta líquido aromatizado. • Com a utilização do calor misto, os alimentos apresentam características especiais e agradáveis. Ex.: cocção do arroz. Refogar o arroz: calor seco Cozinhar o arroz: calor úmido. Para o calor misto temos: BRASEAR ESTUFAR GUISAR CALOR MISTO OU COMBINADO BRASEAR • Deriva do francês braiser, ou seja, cozinhar em braisière – panela oval ou retangular com tampa. • T= 180º C; • O alimento é previamente dourado em gordura quente e em seguida cozido em líquido aromatizado. • Aplicado em peças grandes de carne (podem ser marinadas). Obs.: Não é recomendada para alimentos macios e de fácil quebra. BRASEAR - CALOR MISTO OU COMBINADO BRASEAR CALOR MISTO OU COMBINADO ESTUFAR • Método de cocção lento; • T= 100º a 120º C; • Os alimentos são cozidos no próprio suco ou com adição de muito pouco líquido; • As panelas devem ser hermeticamente fechadas e seladas. CALOR MISTO OU COMBINADO GUISAR • É usado em pequenas peças, geralmente mais gordas; • Primeiro é dourado em pouca gordura e depois terminam de cozinhar dentro de um líquido ou molho; • Pode ser adicionada farinha de trigo; • O molho resultante é grosso e geralmente gorduroso Métodos Auxiliares de Cocção •Branquear Métodos Auxiliares de Cocção •Gratinar COCÇÃO COM VEGETAIS COCÇÃO COM VEGETAIS Cocção com vegetais CONTROLE DE QUALIDADE E ALTERAÇÕES NA COCÇÃO DE VEGETAIS Dois fatores são extremamente importantes quando pensamos em cozinhar vegetais: 1. O que acontece no processo de cocção? Como os vegetais mudam quando cozidos? 2. Como controlar estas mudanças? Cocção com vegetais A cocção afeta os alimentos alterando sua textura, sabor, cor e valor nutricional. Compreendendo bem sua reação, podemos controlar as mudanças e transformar os alimentos de forma positiva e favorável às características que buscamos. Cocção com vegetais TEXTURA A alteração da textura é a principal mudança ao cozinhamos os vegetais, pois as fibras e amidos se transformam pela exposição ao calor. FIBRAS A pectina e a celulose são as principais fibras contidas nos vegetais, estas dão ao vegetal estrutura e firmeza, a cocção amolece-as. Cocção com vegetais FIBRAS A quantidade de fibras varia: ❖De acordo com o vegetal. Ex.: espinafre e tomate contêm menos fibras do que as cenouras. ❖De acordo com suas características. Ex.: cenouras velhas são mais fibrosas que cenouras novas. ❖De acordo com cada parte do vegetal. Ex.: a ponta do aspargo contém menos fibra que seu caule, portanto é mais macia e cozinha mais rapidamente. Cocção com vegetais As fibras se tornam mais firmes (duras) na presença de: - Ácidos: o contato com ácidos aumenta o tempo de cocção das fibras. - Açúcares: eles fortalecem a celulose, deixando-a mais firme. As fibras se tornam mais tenras (macias) na presença de: - Calor. - Produtos alcalinos (Ex.: bicarbonato de sódio). Porém o contato de vegetais com produtos alcalinos faz com que estes percam seu valor nutritivo. Cocção com vegetais Vegetais cozidos de modo adequado irão apresentar as seguintes características: - COR: brilhante e natural. - APARÊNCIA: natural. - TEXTURA: macia, preservando as características do vegetal. - SABOR: natural.Cocção com vegetais CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS PIGMENTOS - divididos em 3 grupos: a) Clorofila: pigmento mais largamente distribuído na natureza, provocando uma colocação verde às hortaliças (espinafre, brócolos, couve, escarola). b) Carotenoides: grupo que compreende o caroteno (amarelo alaranjado - cenoura, abóbora, mandioquinha) e o licopeno (vermelho - tomate, pimentão vermelho). c) Flavonoides: grupo que compreende as antocianinas (vermelho arroxeado - beterraba, repolho roxo, berinjela) e as anto xantinas (branco e branco amarelado - couve-flor, batata, nabo). COCÇÃO COM VEGETAIS Vegetais Verdes: • São aqueles que apresentam esta cor em decorrência de serem ricos em clorofila. • Para estes tipos de legumes a cocção deve ser feita com bastante água e sal, para maior recuperação do calor e aumentar a alcalinidade da água. • Quanto mais rápida a cocção melhor. • A panela deverá estar destampada para que os ácidos escapem. • Ao final deverá sofrer um choque térmico, porém não devem ser deixados na água. •Quando cozidos demais perdem o tom ficando acinzentados. COCÇÃO COM VEGETAIS Vegetais Amarelos: •São aqueles ricos em caroteno. •Devem ser cozidos apenas com água suficiente para cobri-los. •Pode ser adicionado sal. A panela deverá estar destampada. •Se a cocção for excessiva perderão a cor. •Também deverão sofrer choque térmico, como quaisquer legumes que não sejam servidos imediatamente após a cocção. COCÇÃO COM VEGETAIS Vegetais Brancos: •São os legumes ricos em flavonas. •Há necessidade de que sua cocção seja feita com água suficiente para cobri-los. •Pode ser adicionado sal, ácidos como suco de limão ou vinagre. •A panela deverá estar tampada para que os ácidos permaneçam seguros realçando o branco. •A couve-flor se inclui entre estes, assim como a alcachofra. COCÇÃO COM VEGETAIS Vegetais Vermelhos: •São os legumes ricos em antocianina. •A cor é extremamente solúvel em água. •Por este motivo quanto menos água para cocção melhor. •É recomendável a adição de ácidos (vinagre ou limão). •Não se deve adicionar sal. Panela tampada para manter ácidos. •Beterraba: melhor cozê-la com casca, para não sangrar a cor. Cocção com vegetais Adições químicas na cocção dos legumes alteram suas características da seguinte forma: CAROTENO FLAVONÓIDE CLOROFILA ÁCIDO (limão, vinho, vinagre etc.) Retarda a cocção, criando maior resistência. - Não altera a coloração. Retarda a cocção, criando maior resistência. - Ressalta a cor. Retarda a cocção¸ criando maior resistência. - Perde a cor. BASE (bicarbonato de sódio) Acelera a cocção com a quebra da celulose desestruturando as fibras, ocorrendo a perda de nutrientes e provocando um sabor amargo. Não altera a coloração. Acelera a cocção, há a perda de nutrientes e pode provocar sabor amargo. - Perde a cor. Acelera a cocção, há a perda de nutrientes e pode provocar sabor amargo. - Retém cor Cocção com vegetais Bibliografia: • McGee, Harald. Comida e cozinha: ciência e cultura da culinária. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011. BASES DE COZINHA 44 BASES 45 São preparações compostas por diferentes ingredientes, utilizadas para facilitar a confecção de determinadas produções culinárias. Servem também para modificar ou melhorar o sabor, a textura, a cor e o aroma dos alimentos. São divididas tradicionalmente em 4 grupos: a) Fundos básicos (caldos); b) Ligações ou espessantes; c) Aromáticos ou aromatizantes; d) Embelezadores e melhoradores de sabor. A- FUNDOS •São líquidos saborosos e clássicos produzidos pelo cozimento lento de Mirepoix, ingredientes aromáticos, ossos e ou carcaças, em água. •É muito usado como base para confecção de caldos, sopas e molhos. 46 A- FUNDOS 47 A- FUNDOS São a base da cozinha clássica, influenciam e caracterizam o sabor das preparações. Os fundos possuem normalmente três componentes: 1.Componentes nutritivos ou de base: • Ossos, aparas de carne (boi, vitela, frango, porco, caça) • Espinhas e aparas de peixe; • Legumes. 48 A- FUNDOS 2. Componentes aromáticos: • Mirepoix, bouquet garni, sachet d’épices, folhas de louro, ervas etc. 3. Componentes líquidos: • Água e as vezes vinho. Obs.: (a) os fundos após cocção são chamados de caldos. (b) Em francês o termo fonds de cuisine significam a mesma coisa. 49 Fundos Caldos: resultado da cocção dos fundos e servem de base para diversas preparações culinárias e como elemento de cocção para carnes, aves, peixes, grãos e legumes. Podem ser divididos em: • Fundos claros (fonds clairs) • Fundos escuros (fonds bruns) • Fundos de aves (fonds de volaille) • Fundos de peixe (fonds de poisson) • Fundos de legumes (fonds vegetariens) • Fundos de caça (fonds de gibier) 50 FUNDOS BÁSICOS Fundos FUNDOS CLAROS • Fundo claro de vitela • Fundo claro de aves • Fundo claro de peixes 51 Consistem basicamente em: ossos, carcaças, espinhas, mirepoix, água, vinho branco etc. Fundos • Fumet de peixe Essa é uma versão mais rápida do fundo de peixe, mas com algumas mudanças características em seu processo de preparação. Utilizam-se, ainda, carcaça e aparas de peixe, que, dessa vez, precisam ser salteadas e suadas e pouquíssima gordura. Depois, deve-se acrescentar um meio ácido (limão, vinagre ou vinho branco) e pôr fim à água. Cozinha-se também em fogo baixo por no máximo uma hora. Possui muito mais sabor que o fundo de peixe, mas sempre ficará mais turvo e não muito claro. 52 Fundos COURT BOUILLON É um termo francês que designa caldo reduzido preparado normalmente com água, vinho branco ou vinagre, sal, pimenta-do-reino preta em grão, cenoura, cebola e bouquet garni. Trata- se de uma preparação importante no preparo de molhos e para ovos pochés ou outros ingredientes. 53 Fundos FUNDOS ESCUROS São preparados tendo por base: ossos e carnes bovinas. Antes da cocção os ossos são assados. A carne é dourada, acrescentam-se os componentes aromatizantes e água. Leva-se para cozinhar em fogo brando. Para obter uma cor mais escura pode ser acrescentado vinho tinto ou extrato de tomate. 54 55 Glacês Geléias, extratos, essências Fundos Caldos concentrados Glacês: têm a aparência de xarope e quando frios, consistência de gelatina devido ao colágeno Extratos: glacês concentrados e sem gordura. Se tornam sólidos após resfriamento. Essências: são glacês reduzidos e concentrados, com aparência pastosa. Os extratos e essências são utilizados para reforçar o sabor de molhos, sopas e assados. Quais são os cuidados que devemos ter na preparação de fundos? 1. Não tampe a panela durante a cocção. 2. Comece com liquido frio (a ação gradual do calor faz com que o alimento comece a soltar seu liquido para água e, consequentemente, seu aroma e sabor são liberados). 3. Cozinhe o fundo sempre em fogo baixo para evitar que o liquido turve e para não reduzi-lo antes de todos os sabores serem liberados. 4. Escume sempre que preciso para retirar as impurezas. 5. Não adicione sal, pois se trata de uma base (o sal é acrescentado no preparo final de uma receita da qual esse fundo é também um dos ingredientes. 6. Coe, resfrie, etiquete e armazene adequadamente B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) As ligações são realizadas pelos componentes espessantes que servem para engrossar, dar textura, aos líquidos. Os agentes espessantes têm a função de espessar (engrossar) líquidos, como molhos, cremes, sopas, pudins etc., e podem ser utilizados em preparações da confeitaria. Ao falar de espessamento de um molho, está se falando de sua “viscosidade”. Essa definição pode ser descrita facilmente pela forma na qual o líquido escorre na ponta de uma colher ou de um utensílio similar. 57 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) A classificação dos agentes de ligação é feita em dois grandes grupos (principais) com diversos subgrupos: Espessantes naturais: os mais usados dentrode uma cozinha profissional são gemas ou ovos inteiros, sangue proveniente de algum animal (coagulação), algum tipo de coral (cascas de crustáceos); Espessantes elaborados: amido (milho, batata etc.), creme de leite (fresco, pasteurizado), gelatina. 58 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) a)Naturais Gemas: sozinha, temperatura inferior a 70 ºC. Gemas normalmente utilizam uma combinação de ingredientes junto a elas para funcionar melhor como agente de ligação, assim como: ❖gema e creme de leite fresco são aquecidos lentamente e servem para espessar molhos e sopas; ❖gemas e mais algum tipo de gordura no estado líquido (azeite, óleo, ghee etc.), misturados, geram uma emulsão entre os ingredientes onde a gema serve como uma forma de casulo que armazena a gordura. Serve para preparar emulsões frias ou quentes (maionese e molho holandês, respectivamente); ❖gemas e farinha de trigo / gema e amido de milho são combinações muito usadas na confeitaria por seu rápido preparo. Ovos inteiros: confeitaria em preparações delicadas e quase sempre preparadas em banho-maria (cocção lenta). Bastante utilizados em pudins, cremes, recheio de tortas etc. 59 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) 60 Liaison – Liga Fina B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) Sangue: em produtos da charcutaria ou em molhos feitos com o próprio sangue (molho pardo) – acrescentar vinagre para evitar a coagulação. Não deixar ferver. 61 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) •Coral: As cascas dos crustáceos possuem bastante sabor e são sempre utilizadas com manteiga ou creme de leite fresco para preparação de molhos espessados. Não pode chegar a ferver para não interferir no agente espessante. Podem ser de lagostas e outros crustáceos 62 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) b) Elaboradas: •Amido: é encontrado na farinha de trigo, milho, arroz, batata (fécula), mandioca (tapioca e polvilho), leguminosas secas. O AMIDO COM A UMIDADE, FERMENTA E AUMENTA DE VOLUME PERMITINDO A AGLUTINAÇÃO E ASSIM O ESPESSAMENTO. As ligações por amido podem ser a quente e a frio. 63 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) Amido 64 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) Slurry 65 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) A quente: ROUX Mistura de manteiga derretida e farinha de trigo, em quantidades iguais, variando de acordo com a preparação desejada. O tempo de cocção varia de acordo com o tipo de roux, serve para dividir os tipos de roux. É a combinação de 50% de manteiga ou margarina + 50% de amido (farinha de trigo)+ mais cocção. O Roux deve sempre entrar nas produções da seguinte maneira: roux frio em liquido quente ou roux quente em liquido frio. A coloração dependerá do tempo de cozimento da mistura de gordura e amido. 66 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) Roux branco ou claro (blanc) – necessita pouco cozimento, o suficiente para desaparecer o gosto da farinha. O grau de ligação é forte, serve para molho claros e sopas cremosas. Roux amarelo (blond) – cocção suave até ficar ligeiramente dourado. O grau de ligação é médio. Roux escuro (brun) – deve ser cozido até obter uma coloração bem escura. Grau de ligação fraco. Utilizado em molhos escuros. Roux negro (noir) – utilizado na cozinha créole. 67 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) 68 A frio: • Beurre manié – mistura não cozida de manteiga amolecida e farinha de trigo. As proporções variam e a pasta tem que ser homogênea. Uma maneira mais fácil de utilização pode ser feita depois que a preparação estiver pronta, separando pequenos pedaços que são acrescentados aos poucos ao líquido quente e misturados com o auxílio de um fouet (batedor de claras). • Singer (salpicar farinha) – método que consiste em salpicar farinha na preparação a ser frita ou simplesmente salteada, seja essa farinha branca ou torrada. Utilizado em fricassés, braseados etc. 69 B- LIGAÇÕES OU ESPESSANTES (liaisons) ❖creme de leite: para ser um elemento de ligação deve ser misturado com gemas de ovos. Pode ainda enriquecer molhos e outras preparações. ❖ gelatina: são comercializadas em folhas ou pó, naturais ou aromatizadas. São utilizadas para engrossar molhos frios (dando origem aos chauds-froids), cremes, mousses etc. 70 C - Aromáticos São componentes à base de legumes, ervas e especiarias adicionados a fundos, sopas e molhos para realçar o sabor. • Mirepoix – cenoura, cebola, salsão ou alho-poró em cubos. Utilizado para aromatizar fundos, sopas, molhos e braseados. • Mirepoix branco – retira a cenoura e adiciona alho-poró. Utilizado em molhos claros e fundos. • Bouquet garni – composto basicamente de salsão (aipo), salsa, tomilho, louro e alho-poró (a parte verde). Retira-se após fornecer ao fundo o sabor desejado. Os ingredientes variam de acordo com a região. • Sachet d’épices – saquinhos de pano fino com dente de alho, louro, pimenta em grãos, tomilho, salsa. É retirado após a utilização. • Cebola brulée – cebola cortada ao meio e tostada na chapa ou frigideira. Além de aromatizar, acentua a cor. • Cebola piquée – descascada, leva uma folha de louro e cravo espetados. 71 D- EMBELEZADORES São complementos de molhos, sopas e massas com a finalidade de melhorar o aroma e a textura. • Liga fina: mistura de gemas com creme de leite que suaviza o sabor e a consistência e melhora a textura de creme e veloutés. • Creme de leite, nata e manteiga: mesma finalidade da liga fina. • Corantes naturais e artificiais: utilizados pra realçar ou mudar a cor de uma preparação. 72 OVOS OVOS E COCÇÃO COM OVOS OVOS OVOS E COCÇÃO COM OVOS Estrutura do ovo OVOS E COCÇÃO COM OVOS Cuidados ao comprar ovos: •Examine a data de validade e se há rachaduras na casca. •Recuse ovos com datas próximas do vencimento, procure compra-los de fornecedores de confiança e o mais frescos possível e não compre ovos com rachaduras. •gemas e claras firmes, mesmo após serem quebradas em superfícies planas; •Câmara de ar (que fica na base mais larga do ovo) pequena. OVOS E COCÇÃO COM OVOS Frescor do ovo: OVOS E COCÇÃO COM OVOS •Preparar ovos parece uma tarefa fácil, mas nem tanto. •É preciso sutileza e olhar atento para que você tire melhor proveito dos seus resultados, especialmente quando o assunto e a temperatura e o tempo de cozimento, para atingir o ponto exato sem perder suas várias proteínas, que tem papel significativo nos seus diversos preparos. OVOS E COCÇÃO COM OVOS Cuidados com os ovos: •Como dissemos, o controle atento de tempo e temperatura são fundamentais para manter as proteínas da gema e das claras dos ovos. •Em omeletes de forno e suflê, as claras em neve é que garantem a consistência aerada. •Com ácidos e/ou açúcar, as claras em neve ganham mais estabilidade e devem ser batidas até o ponto correto para não perderem a consistência aerada. OVOS E COCÇÃO COM OVOS •Omeletes de forno levam claras em neve, e por essa razão as proteínas são mais bem distribuídas e não ficam tão concentradas como nas omeletes tradicionais (ou ao estilo francês). •As gemas são responsáveis pela liga das gorduras de um molho-base, como o do suflê, auxiliando a distribuição nas espumas das claras em neve enquanto assam. •As gemas em pudins e outros cremes têm a consistência mais frágil, se comparadas aquelas preparadas com amidos. •As proteínas dos ovos devem ser aquecidas até o ponto correto para não encolherem e, consequentemente, não interferirem nos volumes de suflês, por exemplo. OVOS E COCÇÃO COM OVOS Uso dos ovos: Ovo inteiro Pode ser usado a vontade em bolos e doces, panquecas, cremes e sobremesas diversas. Mas, quando crus, devem ter cuidado especial, pois podem apresentar substancias nocivas a saúde. Leia no seu livro sobre a Salmonela. OVOS E COCÇÃO COM OVOS Gemas – o sabor concentra-se nas gemas e em ovos de boa qualidade, como os orgânicos, a sua cor e um amarelo-escuro, com sabor suave e essencial para garantir os melhores resultadosem qualquer prato, seja um ovo mexido ou para engrossar molhos e cremes. Claras – tem pouco sabor, porem funcionam muito bem quando batidas, pois podem aumentar em ate oito vezes o seu volume. Por isso, são essenciais na formação da consistência dos merengues, mousses e suflês. São importantes fontes de proteína e muito consumidas pelos atletas na forma de omelete de claras. WEB 4 •Molhos básicos e derivados •Molhos à base manteiga •Molhos emulsionados •Sopas •Leguminosas e cocção •Tipos de arroz e cocção Até o nosso próximo encontro.
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