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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU CURSO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA TÉCNICA DIETÉTICA BÁSICA INTRODUÇÃO A TÉCNICA DIETÉTICA PROFA. MS. DERNIER MARTINS FORTALEZA 2019 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 4 OBJETIVOS DA DISCIPLINA...................................................................................... 5 APLICAÇÃO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL............................................................. 5 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA....................................................... 5 LABORÁTORIO DE TÉCNICA DIETÉTICA................................................................. 6 OBJETIVOS DAS AULAS PRÁTICAS......................................................................... 6 REGRAS A SEREM OBSERVADAS NO LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICA.................................................................................................................... 6 CONDUTA PESSOAL.................................................................................................. 6 HIGIENE PESSOAL...................................................................................................... 6 MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS................................................................................ 6 HIGENIZAÇÃO DE MATERIAIS, UTENSILIOS E EQUIPAMENTO............................ 7 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO.............................................. 7 HIGENIZAÇÃO DE MATERIAIS, UTENSILIOS E EQUIPAMENTOS......................... 7 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO.............................................. 7 CRITÉRIOS E FORMAS DE AVALIAÇÃO DO ALUNO.............................................. 7 1 INTRODUÇÃO A TÉCNICA DIETÉTICA ................................................................. 8 1.1 OBJETIVOS DA TÉCNICA DIETÉTICA................................................................. 8 1.2 METODOLOGIA PARA PESOS E MEDIDAS........................................................ 8 1.3 MÉTODOS PARA PESAGEM DOS ALIMENTOS................................................. 9 1.3.1 PADRONIZAÇÃO DE NÍVEIS............................................................................. 9 1.3.2 PADRONIZAÇÃO DE MEDIDAS PARA PÃES, BOLACHAS, DOCES, FRUTAS E HORTALIÇAS............................................................................................ 9 1.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS COM AS MEDIDAS CASEIRAS...................... 10 2. METODOLOGIA PARA PESOS E MEDIDAS.......................................................... 10 2.1 MENSURANDO OS ALIMENTOS........................................................................... 10 2.2 PESANDO OS ALIMENTOS................................................................................... 10 2.2.1 Ingredientes Secos............................................................................................. 10 2.2.2 ingredientes líquidos.......................................................................................... 11 2.2.3 Ingredientes pastosos ou gordurosos.............................................................. 11 3 3 MÉTODO PARA REDAÇÃO DE RECEITAS CULINÁRIAS...................................... 11 3.1 COMPONENTES DAS FICHAS TÉCNICAS.......................................................... 12 3.2 FINALIDADE DAS FICHAS TÉCNICAS................................................................ 12 4. ALIMENTOS E TÉCNICAS....................................................................................... 13 4.1 ALIMENTOS NATURAIS, INDUSTRIALIZADOS E PREPARAÇÕES.................. 13 4.2 TÉCNICAS BÁSICAS............................................................................................. 14 4.2.1 OPERAÇÕES COM ALIMENTOS........................................................................ 14 4.3 INDICADORES NO PREPARO DOS ALIMENTOS............................................... 20 5 CEREAIS................................................................................................................... 22 6. MASSAS................................................................................................................... 23 7.PÃES ......................................................................................................................... 24 8. VERDURAS E LEGUMES........................................................................................ 25 9 FRUTAS.................................................................................................................... 27 10. LEITES E DERIVADOS.......................................................................................... 28 11. CARNES................................................................................................................. 30 12. AVES ...................................................................................................................... 23 13.PEIXES (PESCADOS) ............................................................................................ 34 14. EMBUTIDOS........................................................................................................... 35 15. OVOS...................................................................................................................... 36 16. LEGUMINOSAS...................................................................................................... 36 17. ÓLEOS E GORDURAS.......................................................................................... 37 18. AÇÚCARES ........................................................................................................... 38 19. CALDOS, MOLHOS E SOPAS.............................................................................. 39 20 INFUSOS E BEBIDAS........................................................................................... GLOSSÁRIO DE TERMINOLOGIAS EM TÉCNICA DIETÉTICA............................... 40 41 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 46 4 INTRODUÇÃO O Conhecimento da Técnica Dietética é de extrema importância tanto na definição de uma conduta alimentar quanto na criação de cardápios. Seja atuando na área clínica ou na de produção de alimentos, o Nutricionista precisa dominar os indicadores da cocção, das perdas não comestíveis, da reidratação e do processo de desgelo. Além disso, o Nutricionista deve saber mensurar os gêneros alimentícios a serem prescritos e sua adequada forma de preparo no intuito de reduzir as perdas nutricionais e adequar a situação clínica diagnosticada. Com isso, não significa que esse profissional precisa ser exímio na culinária, mas que apresente a ciência da nutrição como uma das suas ferramentas de trabalho, segundo conselheiros do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Saber cozinhar bem não é, necessariamente, um diferencial para este profissional, já que sua responsabilidade na produção das refeições está centrada no controle de qualidade da alimentação servida do ponto de vista nutricional, sensorial, microbiológico e financeiro. Neste sentido, a elaboração de cardápios adequados a cada realidade é um desafio, uma vez que as Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) abrangem empresas com filosofias diversas, sejam elas cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde, atividades próprias da Alimentação Escolar e do Trabalhador, restaurantes comerciais e similares, lanchonetes, hotelaria,serviços de buffet ou empresas fornecedoras de alimentos congelados e catering. De acordo com a Nutricionista Carlene Brito, é fundamental que o Nutricionista possua domínio dos processos de cocção. “O conhecimento técnico laboratorial pode ser necessário para apresentar o que precisa ser feito pela sua equipe de trabalho. Mas o ‘pôr a mão na massa’ é desnecessário quando se dispõe de uma equipe instruída e bem coordenada”, acredita. Para Mirian Vazquez, a falta de habilidade do Nutricionista em relação às técnicas gastronômicas é compreensível, já que sua formação é muito mais generalista, humanista e crítica. “Conhecer as técnicas dietéticas para ensinar/treinar os funcionários é suficiente, mas imagino que se for necessário ‘colocar a mão na massa’, mesmo sem nenhuma destreza, o Nutricionista fará isso porque o preparo da alimentação e toda a sua complexidade é nosso objeto de estudo. Nós não estamos preparados para cozinhar, quem gosta e quer se aperfeiçoar nesta área, busca um curso de gastronomia”. Para profissionais que lamentam o fato de não dominar as técnicas dietéticas como gostariam, sugere-se que eles criem e testem receitas/fórmulas que auxiliem na recuperação do paciente, melhore o rendimento dos atletas ou, ainda, contribuam para a melhoria da qualidade de vida do comensal, seja ele adulto ou criança. “Para isso, é necessário atentar para as características sensoriais, as novas pesquisas, o modismo e as tendências de uma sociedade influenciada pela mídia e voltada para o consumo. Nada nos impede de utilizar a cozinha da nossa casa para testar nossos experimentos! Considerando que seja de pouca valia planejar e prescrever dietas se a supervisão do preparo não acontecer, o nutricionista será bem-aventurado quando desenvolver e avaliar novas receitas ou produtos alimentares com foco na melhoria da alimentação humana. “A cozinha deve ser o nosso laboratório”, finaliza a profa. Miriam Vazquez. Adaptado de: http://crn5.org.br/nutricionistas-precisam-dominar-bem-a-tecnica-dietetica-para- criar-cardapios/ Esta apostila refere-se a disciplina de Técnica Dietética do quarto semestre do curso de Nutrição da Uninassau Parangaba. Foram elencados um resumo dos principais conteúdos para auxiliar nos estudos. Bons estudos a todos! Profa. Dernier Martins – derniermartins@gmail.com 5 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Ao final do curso o aluno será capaz de: Conhecer os diversos tipos de alimentos; Conhecer as diferentes técnicas de preparo dos alimentos; Descrever as alterações físico-químicas que ocorrem nos alimentos em decorrência do processamento; Compreender a relação: custo valor nutritivo peso; Descrever aspectos relacionados ao volume e aspectos sensoriais das preparações; Utilizar de forma racional os alimentos (aproveitamento máximo); Utilizar de forma correta os utensílios, materiais e equipamentos; Sistematizar os procedimentos e as técnicas adequadas para aquisição, seleção, pré preparo, preparo, conservação, armazenamento e apresentação dos alimentos; Descrever os pesos dos diversos tipos de alimentos e suas respectivas proporções entre medidas caseiras e padronizadas; Avaliar e degustaras preparações culinárias; Descrever as normas de higiene e manipulação dos diferentes alimentos; Calcular o valor nutritivo e descrever indicadores de parte comestível, indicadores de conversão, indicadores de reidratação, e custo das preparações (total e por porção); Elaborar projetos de pesquisa desenvolvendo protocolos, preparações e experimentos de acordo com técnicas dietéticas adequadas; Trabalhar em equipe na execução das tarefas para maior eficiência do trabalho com relação ao tempo dispendido, qualidade do produto final, limpeza do local utilizado, manutenção adequada dos materiais, equipamentos e objetivos da equipe. APLICAÇÃO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL Planejamento de cardápios; Planejamento dos recursos necessários à produção de refeições (financeiros, materiais, humanos, estrutura física); Orientação a clientes e pacientes; Orientação a profissionais e equipe de trabalho; Desenvolvimento de pesquisas relacionadas à área de alimentação e nutrição. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA Pesos e medidas Frutas (Apresentação dos indicadores PB, PL, FC, IC, IR) Hortaliças Ovos Óleos e gorduras Cereais e Massas Leguminosas Leites e queijos Açúcares Carnes Aves Pescados 6 LABORÁTORIO DE TÉCNICA DIETÉTICA Nesse laboratório, são elaborados protocolos de preparações com diversos grupos de alimento, estudar os indicadores e dimensionar pesos, medidas e porções de alimentos. OBJETIVOS DAS AULAS PRÁTICAS: Conhecimento dos alimentos in natura e industrializados Utilização correta dos procedimentos e das técnicas adequadas para aquisição, pré-preparo, conservação e apresentação dos alimentos. Conhecimento dos pesos dos diversos tipos de alimentos e suas respectivas proporções. Avaliação e degustação das preparações culinárias. Prática das normas de higiene manipulação dos diferentes alimentos. Cálculo de valor nutritivo, indicador de parte comestível, indicador de conversão e de reidratação e custo das preparações. Elaboração de projeto de pesquisas desenvolvendo protocolos, preparações e experimentos de acordo com as técnicas dietéticas adequadas. Desenvolvimento do espírito de equipe na execução das tarefas para maior eficiência do trabalho com relação no tempo, qualidade do produto final, limpeza do local utilizado, equipamentos e objetivos de equipe. REGRAS A SEREM OBSERVADAS NO LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICA Para o funcionamento adequado e rendimento do trabalho, algumas regras devem ser observadas com relação a: CONDUTA PESSOAL • Efetuar o reconhecimento das áreas e instalações do laboratório (estrutura física, equipamentos, utensílios, descarte de resíduos, redes - hidráulica, elétrica, gás); • Ser pontual. • Não provar os alimentos durante o preparo. • Não usar joias ou acessórios (piercings, anéis, coalres, etc) que possam prejudicar a manipulação. • Manter um bom relacionamento com os colegas, professores e funcionários. • Empenho pessoal em aprender e desenvolver as atividades. HIGIENE PESSOAL • Use jaleco adequadamente (fechado) e touca e sapatos fechados (obrigatório); • Entrar no laboratório já uniformizado. • Lavar as mãos antes do início das atividades e sempre que necessário. • Usar luvas quando for manipular um alimento previamente higienizado; • Não fumar MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS • Não levar a boca talheres ou as mãos utilizadas no preparo dos alimentos. 7 • Lavar as toalhas utilizadas para provar os alimentos imediatamente após o uso • Evitar falar próximo aos alimentos. • Usar luvas somente quando necessário, ao manipular alimentos após o cozimento ou o alimento cru após a sua desinfeção. • Não usar celular durante a aula prática, somente para bater fotos no final. HIGENIZAÇÃO DE MATERIAIS, UTENSILIOS E EQUIPAMENTOS • Retirar todos os materiais imediatamente após o uso. • Secar os utensílios e equipamentos antes de guarda-los. • Ser responsável pela limpeza total de sua área de trabalho. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO • Ajustar a divisão de tarefas. • Ler atenciosamente as instruções. • Reunir o material e ser utilizado. • Mantenha a organização das operações e do local; • Transportar os alimentos em utensílios apropriados. • Desprezar o resto dos alimentos após degustação. • Organize a mesa para apresentação e degustação final; • Anotar os resultados na planilha apropriada para o relatório. CRITÉRIOS E FORMAS DE AVALIAÇÃO DOALUNO Durante a aula prática: pontualidade, discussão, organização, higiene, trabalho em equipe, embasamento, postura, experimento, apresentação e conclusão. Pós aula prática: preenchimento e entrega de planilhas padrão, roteiros e relatórios. Entrega de impressos e atividades. Atenção: a presença do aluno na aula prática é essencial para a elaboração das atividades pós aula prática. Dessa forma, não serão aceitas as atividades pós aula prática dos alunos que se ausentarem total ou parcialmente da respectiva aula. Atividades da aula teórica: exercícios teóricos entregues na aula ou após a mesma. Composição da nota final: média das notas dos exercícios teóricos e relatórios, média das notas das aulas práticas, frequência. 8 1. INTRODUÇÃO A TÉCNICA DIETÉTICA A DIETÉTICA estuda e aplica os princípios e processos básicos da ciência da nutrição no organismo humano permitindo o planejamento, a execução e a avaliação de dietas adequadas as características biológicas, sócio econômicas ,culturas e psicológicas das individuas. A TÉCNICA DIETÉTICA é a sistematização e o estudo dos procedimentos para tornar possível a utilização dos alimentos visando a preservação do valor nutritivo e à obtenção dos caracteres sensoriais desejados. Também fazem parte das técnicas Dietéticas as operações tecnológicas a que são submetidos os alimentos e as modificações ocorridas durante o seu processo. ORNELLAS, 2001 Estudo dos procedimentos que tornam possível a utilização dos alimentos, visando à preservação de suas qualidades sensoriais desejadas e seu valor nutricional. (PHILLIPPI, 2003; AMARAL, 1997) “Técnica e dietética é a disciplina que, baseada em ciências exatas, estuda as operações as quais são submetidos os alimentos depois de cuidadosa seleção e modificação que estes sofrem durante os processos culinários e de preparação para o consumo”. (Ornellas, 2003) 1.1 OBJETIVOS DA TÉCNICA DIETÉTICA DIETÉTICO – consiste em adequar a forma de preparo dos alimentos da dieta às necessidades fisiopatológicas do indivíduo ou da população; DIGESTIVO–facilitam e antecipam etapas digestivas; NUTRITIVO – preservação e melhora do valor nutritivo; HIGIÊNICO – prevenir a ação de fatores externos que possam prejudicar a qualidade dos alimentos; SENSORIAL – aparência, cor, odor, sabor, consistência, textura; OPERACIONAL – consiste em preparar e organizar espaços físicos, materiais, equipamentos e utensílios; planejar os cardápios, e capacitar o pessoal selecionado para o trabalho; ECONÔMICO - planejamento técnico dos cardápios, compras racionais, que levem em conta: safra e disponibilidade no mercado, avaliação periódica das quantidades per capita, armazenamento correto, pré-preparo sem desperdício, aplicação de técnicas culinárias que preservem o valor nutritivo do alimento, reaproveitamento seguro das sobras de alimentos, economia de recursos (humanos, materiais e financeiros) nas diversas operações de preparo dos alimentos (aquisição, recebimento, armazenamento, pré-preparo, preparo, distribuição, controle de sobras, gestão dos resíduos). 1.2 METODOLOGIA PARA PESOS E MEDIDAS O sucesso de uma preparação culinária depende: Tipo de utensílio; Temperatura; Tempo de preparo; 9 Quantidade e qualidade. Receita Básica: É considerada ´´padrão de referência``, sua redação deve conter informações claras e precisas. Como utilizar as receitas: Ler com atenção a receita; Pesquisar o significado de termos desconhecidos; Não modificar as quantidades de ingredientes; Variação dos condimentos; Reunir os ingredientes e utensílios. 1.3 MÉTODOS PARA PESAGEM DOS ALIMENTOS Objetivo: • Padronizar métodos de pesagem de alimentos para minimizar erros e variações de medidas. • Obter medidas exatas requer instrumentos com capacidade de medidas padronizadas. Utilização de medidas caseiras: • Facilitam as preparações de alimentos em UAN e LTD; • Efetivam a análise quantitativa da alimentação de indivíduos quando se aplica inquéritos alimentares. Modo de apresentação: • Os alimentos são classificados em grupos e por ordem alfabética. • Mensuração dos alimentos (balanças digitais). • Verificar no utensílio: a marca e capacidade. 1.3.1 PADRONIZAÇÃO DE NÍVEIS Os utensílios empregados como medidas de volumes, são usados nos seguintes níveis: - Nivelado; - Raso; - Cheio. 1.3.2 PADRONIZAÇÃO DE MEDIDAS PARA PÃES, BOLACHAS, DOCES, FRUTAS E HORTALIÇAS Os ingredientes devem ser medidos com precisão 10 Pesar inteiro e classificar como: - Unidade pequena; - Unidade média; - Unidade grande. 1.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS COM AS MEDIDAS CASEIRAS Variedade de nomes para um mesmo produto: - Aipim, macaxeira, mandioca; - Almeirão, carirú; - Cenoura amarela, mandioquinha, batata baroa. Variedade de utensílios: - Canecas; - Cuias; - Latas. Nomes de medidas: - Um punhado; - Um pouquinho; - Um molho. 2 METODOLOGIA PARA PESOS E MEDIDAS Para que uma preparação seja realizada com sucesso vários fatores são importantes, tais como tipo de utensílios temperatura e tempo de preparo, além da qualidade e quantidade dos ingredientes. A redação de uma receita de passagem e medição de ingredientes sejam adequados, é essencial o conhecimento da capacidade volumétrica dos utensílios e sua padronização de medidas. Antes de iniciar uma receita é importante ler com atenção todos os itens, a fim de assegurar as condições de preparo e evitar a interrupção do trabalho. 2.1 MENSURANDO OS ALIMENTOS • Usar sempre a mesma balança para passagem de todos os ingredientes da receita. • Usar um recipiente medidor que deverá ser pesado sem os ingredientes. • Colocar os ingredientes no recipiente medidor e obter o peso necessário. 2.2 PESANDO OS ALIMENTOS 2.2.1 Ingredientes Secos Tabletes, pedaços, grãos, pós, farinha, açúcar, aveia. etc... • Não devem ser pressionados para serem medidos e nem sacudidos; • Desfazer grumos; 11 • Peneirar; • O ingrediente não deve ser retirado da lata ou pacote com o utensílio de medição. • O alimento deve ser colocado no recipiente medidor com o auxílio de uma colher. • Utilizar uma espátula ou lado cego da faca para nivelar e retirar o excesso. 2.2.2 Ingredientes Líquidos • Os alimentos líquidos devem ser colocados nos utensílios onde são pesados e em seguida transferida para os medidores de vidro com graduação de tamanho adequado para leitura do volume. • O recipiente deve ser preenchido aos poucos com auxílio de um funil, até atingir a quantidade necessária. • A leitura do volume deve ser feita em superfície plasma, com os olhos na altura do menisco e a medida deve ser tomada na parte inferior. • É possível usar xícaras e colheres padronizadas. • Encher gradativamente até que atinja a quantidade desejada. 2.2.3 Ingredientes Pastosos ou Gordurosos Doce de leite, manteiga, margarina: • Devem ser pesados em temperatura ambiente. • Devem ser colocados no utensílio padronizado com auxílio de uma colher. • Deve-se pressionar o alimento a cada adição para acomoda-lo e evitar formação de bolhas. • Quando a medida estiver cheia, deve ser nivelada com uma espátula ou faca de fundo cego. 3 MÉTODO PARA REDAÇÃO DE RECEITAS CULINÁRIAS Receita ou Ficha Técnica é a fórmula para obtenção de uma preparação culinária, e deve apresentar ingredientes, quantidades, modo e tempo de preparo, rendimento, valor calórico e custo. 12 3.1 COMPONENTES DAS FICHAS TÉCNICAS Nome fantasia; Nome técnico; Lista de ingredientes; Lista dos utensílios; Quantidades; Modo de preparo; Tempo de pré-preparo e preparo; Rendimento; Valor calórico; Custo; Definição da forma verbal; Grupo que a preparação pertence. 3.2 FINALIDADE DAS FICHAS TÉCNICAS: Base para o cálculo de custo das preparações; Facilita o trabalho de compras; Controle de desperdícios; Possibilita aumento da produtividade. Terminologia e símbolos utilizados na redação de receitas C. Colher de sopa xíc Xícara de chá C.ch Colher de chá r Raso (a) C. s Colher de sobremesa ch Cheio (a) C c Colher de café dt Dente Peq Pequeno un Unidade Md Médio q.s. Quantidade suficiente Gde Grande Passo a passo Porções em pratos rasos Tempo de preparo ½ Frações 13 Exemplo: Nome fantasia: BOLO NUTRITIVO NOME TÉCNICO: BOLO DE ABOBRINHA TIPO ITALIANA COM AÇÚCAR Ingredientes: 2 xíc. de abobrinha italiana ralada 3 ovos 2 xíc. de açúcar mascavo 1 xíc. de óleo 3 xíc. de farinha de trigo 1 C de canela em pó 1 Cs de baunilha 1 Cs de bicarbonato de sódio ½ xíc. de uva passa preta sem sementes 1 C de fermento em pó químico Modo de preparo: - Bater no liquidificador a abobrinha, os ovos, o açúcar mascavo e o óleo. - Passar a massa para a tigela. Acrescentar a farinha de trigo e mexer até a massa ficar lisa. - Adicionar a canela, a baunilha, o bicarbonato e a uva passa. Misturar bem. - Acrescentar o fermento e mexer delicadamente. - Colocar em uma forma untada e polvilhada com farinha de trigo. - Levar para assar a 180ºC. - Pesar e porcionar. Utensílios e equipamentos: - Liquidificador - Tigela média - Forma tipo “bolo inglês” - Tempo de pré-preparo: 10min Preparo: 30min Rendimento (n. porções): 10 fatias 1 fatia – 50 g Custo total: R$ Custo por porção: R$ Valor nutritivo: 1 fatia (100 g) = 344 kcal Proteínas: 5,43 g Carboidratos: 39,70 g Lipídios: 18,50 g 4. ALIMENTOS E TÉCNICAS 4.1 ALIMENTOS NATURAIS, INDUSTRIALIZADOS E PREPARAÇÕES Naturais: São todos os alimentos in natura de origem vegetal ou animal: 14 • Cereais, leguminosas, tubérculos, raízes, açúcares, nozes e oleaginosas, verduras, legumes, pescados, rã, aves, carnes bovinas, carnes suínas, ovos, leite, gorduras, bebidas, condimentos e frutas. Industrializados: São os alimentos de origem vegetal ou animal que para o consumo final foram submetidos a diversas técnicas, como cocção, pasteurização, etc, além da adição de outras substâncias, que os fazem alimentos tecnologicamente modificados: • Cereais alimentos infantis, leguminosas, verduras, legumes, frutas tubérculas/raízes, nozes, carnes produtos cárneos e embutidos, pescados, aves, laticínios, fast-food, alimentos pré-parados, doces, doces gelados, açúcares/adoçantes, gorduras, suplementos, condimentos, bebidas, molhos. Preparações: São as receitas constituídas por alimentos processados em vans, cozinhas, onde sofrem etapas de pré-preparo e preparo, combinando diferentes ingredientes em receitas comuns e habituais. • Preparação principal • Entrada • Acompanhamento • Aperitivo • Sobremesa • Lanche • Bebidas 4.2 TÉCNICAS BÁSICAS Os alimentos são a matéria prima primordial para a elaboração das preparações. O preparo dos alimentos em TDC deve assegurar: • Valor nutritivo • Agradável palatabilidade e aceitação • Digestibilidade • Apresentação atraente 4.2.1 Operações com alimentos Pré-preparo de alimentos Para que os alimentos possam ser consumidos, é necessário, inicialmente, passar pelo processo de pré-preparo, que consiste em operações de limpeza, divisão ou mistura, para serem consumidos crus ou submetidos à cocção. Durante o pré- preparo, podem ser utilizados métodos secos (escolher arroz ou feijão) ou úmidos (lavar frutas, verduras e legumes). Divisão simples 15 Chama-se divisão simples, em TD, a operação em que o alimento é fracionado em partes, porém mantido aparentemente como um todo. A divisão pode variar em grau e ser feita com uso de instrumento cortante (facas) ou com o auxílio e máquinas (moedor, liquidificador, processador). Os métodos de divisão simples mais empregados são: Cortar/picar: dividir o alimento em pedaços menores, utilizando-se de facas ou lâminas. Ex.: tomate. Moer: dividir o alimento em pequenos pedaços, tornando-o homogêneo, por meio manual ou com a utilização de máquinas. Ex.: carne. Triturar: dividir o alimento em pedaços muito pequenos por meio de aparelhos ou máquinas. Ex.: amendoim. Amassar: pressionar o alimento de forma que fique homogeneizado para uso em purês. Ex.: batata. Divisão com separação de partes: O alimento pode ser fracionado em partes menores; cada parte contém diferentes componentes. Por meio da divisão com separação de partes, é possível separar dois líquidos, dois sólidos ou um sólido e um líquido. Os líquidos podem ser separados por operações tais como: Decantar: separar dois componentes líquidos, deixando-os descansar e fazendo que se separem em razão das diferentes densidades que possuem. Ex.: retirada de gordura do caldo da carne. Centrifugar: separar dois líquidos de densidades diferentes com o auxílio de uma centrífuga. Ex.: retirada do creme ou gordura do leite. Os sólidos podem ser separados por operações como: Pelar ou descascar: retirar a pele ou casca utilizando facas. Ex.: frutas, tomate, berinjela. Peneirar: separar partículas sólidas de diversos tamanhos. Ex.: retirar impurezas de farinhas. Moer: retirar partes de um alimento; pode ser utilizado um moinho. Ex.: separar germes dos cereais. Um sólido e um líquido podem ser separados por meio de operações como: Espremer: extrair líquido de um alimento sólido, utilizando agentes de pressão, como espremedor manual ou elétrico. Ex.: Espremer limão ou laranja. Filtrar ou coar: separar partículas sólidas de um líquido. Ex.: Caldos e bebidas, chá, café. Sedimentar: deixar o líquido em repouso para que as partículas sólidas nele contidas depositem-se no fundo do recipiente. Ex.: suco de maracujá. Centrifugar: separar sólidos e líquidos por força centrífuga. Ex.: Extrair suco de cenoura ou beterraba utilizando centrífuga. Métodos de união dos alimentos Durante o preparo de uma receita, podem ser realizadas operações com a finalidade de união dos alimentos, tais como: Misturar: unir dois ou mais ingredientes facilmente misturáveis, empregando-se energia mecânica. Ex.: bolo, salada de frutas. 16 Bater: unir dois ou mais ingredientes de difícil mistura. Nesse caso, há necessidade de movimento mais rápido, que pode ser feito manualmente ou com batedeira. Ex.: claras em neve com açúcar, gema de ovo e óleo. Amassar, sovar: durante o preparo de massas, é importante amassá-las bem, para que todos os ingredientes se unam de maneira uniforme, garantindo, assim, o desenvolvimento do glúten. Para massa em grandes quantidades, é necessária a utilização de equipamentos mecânicos. Ex.: farinha de trigo e gordura. Preparo de alimentos O preparo compreende as operações fundamentais, por meio de energia mecânica (divisão ou união), energia térmica (calor ou frio), ou pela associação de ambas. Durante o preparo, frequentemente, utiliza-se a cocção para possibilitar o consumo dos alimentos. Ex.: cocção de arroz. Métodos Cocção Para que a maior parte dos alimentos possa ser consumida, é necessário que ela seja submetida ao processo de cocção. Os principais objetivos da cocção dos alimentos são: - manter ou melhorar o valor nutritivo; - aumentar a digestibilidade; - aumentar a palatabilidade, diminuindo, acentuando ou alterando a cor, o sabor, a textura ou a consistênciados alimentos; - inibir o crescimento de organismos patogênicos ou o desenvolvimento de substâncias prejudiciais à saúde. Valor nutritivo A perda de componentes hidrossolúveis, uma das mais importantes alterações no valor nutritivo, pode ocorrer no alimento por meio da cocção. A preservação do valor nutritivo dos alimentos ao se utilizar o calor da cocção também está diretamente ligada à quantidade de água utilizada, bem como ao tempo de duração desse processo. A destruição de vitaminas (como a tiamina e o ácido ascórbico) também pode ocorrer pelo uso do calor. Sabor Por meio da cocção, pode-se manter a palatabilidade dos alimentos e também acentuar seu sabor natural. Quando o objetivo é manter o sabor original do alimento, o processo de cocção deve ser o mais breve possível. Por exemplo, vegetais frescos devem ser cozidos em pouco tempo, com o mínimo de água. Se o objetivo é obter uma superfície dourada no alimento, então, o método de cocção deve ser por calor seco, como assar, grelhar ou fritar. Algumas vezes, o objetivo é modificar ou misturar os sabores dos alimentos, como em cozidos e sopas. Quando os alimentos são cozidos juntos para haver um novo sabor final, o processo de cocção com frequência é mais longo, de forma a permitir a combinação desejada 17 dos sabores. Cozinhar desnecessariamente o alimento prejudica o sabor, além de fazer com que os alimentos tornem-se rijos ou extremamente moles. Processos básicos de cocção Calor úmido A cocção por calor úmido pode acontecer por meio de líquido quente ou vapor. É uma cocção lenta, na qual o vapor hidrata o alimento, abrandando as fibras: Cocção em líquido: consiste em cozinhar os alimentos em água. Os tipos de cocção em que se emprega calor úmido são: – fervura em fogo lento: é uma cocção de longa duração, com líquido suficiente para cobrir o alimento, cuja temperatura não deve ultrapassar 95°C. Ideal para carnes mais rijas ou alimentos que necessitam de cocção prolongada, a fim de adquirir sabor. Ex.: doces e molhos; – fervura em ebulição: consiste em cozinhar os alimentos, em água abundante, a uma temperatura de 100°C. Ex.: caldos, batatas, leguminosas secas, massas, legumes. Quando se utiliza os métodos de cocção por calor úmido, é importante destacar que pode haver perda por dissolução de componentes hidrossolúveis, alterando-se, dessa forma, o valor nutritivo do alimento. Assim, recomendam-se reduzida quantidade de água e menor tempo de cocção do alimento para minimizar as perdas. O banho-maria é um processo de cocção em que o alimento é colocado em uma vasilha, e esta, por sua vez, é imersa em outra que contém água quente ou fervente. É usado para cozinhar molhos, pudins, derreter chocolate, e outras preparações que não podem ir diretamente ao calor intenso, ou que não devem ferver. Se houver água na vasilha interna, a cocção será por calor úmido; caso contrário, será por calor seco, evaporando-se a água do alimento. Cocção a vapor: consiste em cozinhar por meio do vapor que envolve o alimento. Este método apresenta a vantagem de realçar a aparência dos alimentos, além de reduzir as perdas por dissolução, preservando o valor nutritivo. A cocção a vapor pode ser realizada: – sem pressão: utiliza-se um recipiente com orifícios no fundo, colocado sobre outro recipiente com líquido em ebulição. Os alimentos são dispostos sobre os orifícios e, assim, são cozidos pelo vapor do líquido em ebulição; – sob pressão: cocção em panelas especiais, vedadas com uma tampa, possibilitando a formação de pressão dentro do utensílio. Quanto maior for a pressão, mais rápido o cozimento. Este método pode ser empregado para a cocção de leguminosas secas ou carnes mais rijas. – cocção em panelas elétricas: o arroz pode ser cozido e mantida sua temperatura com a utilização de panelas elétricas projetadas para essa finalidade. Calor seco O calor seco ocorre quando, no método de cocção, existe a desidratação do alimento. O calor seco pode ser aplicado ao alimento com ou sem gordura: Calor seco com gordura: consiste em transmitir calor, de forma indireta, ao alimento, por meio de gordura. Os métodos são: 18 – saltear: consiste em submeter pequenas quantidades de alimento em pouca gordura, bem quente, mantendo a frigideira em constante movimento para que os alimentos não grudem no fundo. Ex.: batata sauté; – frigir: colocar os alimentos em pouca gordura, bem quente, sem movimentar o recipiente de cocção. Ex.: ovos; – fritar com gordura: colocar os alimentos em gordura suficiente, A gordura absorvida pelos alimentos depende do utensílio, da quantidade e do tipo de óleo utilizado, do tempo de imersão, bem como do tipo e da composição do alimento a ser submetido ao processo. Com isso, a quantificação exata torna-se difícil e, para fins práticos, adotou-se uma média de 3 g de óleo para cada unidade de salgadinho, como coxinha, rissole e croquete. Deve-se utilizar papel absorvente para a retirada do excesso de óleo após a fritura. Calor seco sem gordura: consiste na aplicação apenas de ar seco, sem a adição de gordura. A aplicação desta forma de calor pode ser realizada por meio indireto ou direto. Os métodos de cocção por calor seco sem gordura são: – assar no forno: aplicação de ar quente e calor indireto; – assar no espeto: aplicação de ar quente e calor indireto. É possível utilizar o forno (espeto que gira dentro do forno) ou a churrasqueira, cuja fonte de calor é produzida por carvão, lenha ou eletricidade; – grelhar: método que consiste em preparar os alimentos por exposição ao calor seco e forte, utilizando-se grelha (meio indireto). Para grelhar, são utilizadas chapas aquecidas que transferem calor ao alimento por meio direto. Calor misto A cocção é realizada em duas etapas; inicia-se com calor seco em gordura, para formar uma camada protetora em volta do alimento (selar o alimento) e impedir a saída dos sucos; posteriormente, submete-se o alimento a calor úmido, adicionando-se pequenas quantidades de líquido. Os métodos de cocção por calor misto são: Brasear: o alimento é dourado em pequena quantidade de gordura; em seguida, acrescenta-se o líquido, mantendo-se o ponto de fervura, até que o alimento fique macio. Ex.: carne de panela; Refogar: o alimento é frito em pouca gordura e termina a cocção no vapor que se desprende. Pode-se acrescentar uma pequena quantidade de líquido. Ex.: cebola, chuchu, abobrinha e arroz; Ensopar: o alimento é refogado em gordura quente; em seguida, acrescenta-se líquido suficiente para cozinhar, até que o alimento esteja macio e o molho encorpado. Ex.: frango com batata. Cocção no micro-ondas A cocção no micro-ondas ocorre por meio de ondas eletromagnéticas, geradas por unidades emissoras chamadas magnétrons. O aquecimento nesse tipo de forno se dá à medida que as micro-ondas penetram no alimento, causando fricção entre as moléculas de água e, consequentemente, produzindo calor. Os fornos comuns de micro-ondas são utilizados para cozinhar, gratinar, aquecer e descongelar alimentos. Algumas preparações devem ser adaptadas à 19 utilização do forno de micro-ondas, em virtude das características dos ingredientes. Ex.: ovo cozido, que deve ter a gema perfurada para evitar o rompimento durante o processo. É importante destacar que não devem ser usados recipientes de metal no forno de micro-ondas, pois os metais refletem as micro-ondas, comprometem o preparo da receita e podem causar danos ao aparelho. Além de fácil higienização, o forno de micro-ondas é um equipamento capaz de agilizar o preparo, o aquecimento e o descongelamento dos alimentos. Permite, ainda, uma melhor preservação do valor nutritivo dos alimentos, quando da cocção de vegetais sem a presença deágua. Atualmente, os fornos de micro-ondas trazem a combinação com energia elétrica, que permitem dourar, gratinar e assar alimentos de forma satisfatória. Tempo de cocção dos alimentos Deve-se respeitar a ordem de colocação dos alimentos de acordo com o tempo de cocção de cada um e o tipo de preparação culinária; por exemplo, ao se preparar um cozido, devem ser colocadas primeiro as carnes para obter o caldo. Nesse caldo, são colocados os alimentos mais duros (cenoura, chuchu), seguidos de batata, batata-doce, vagem, cebola, repolho. É preciso observar o grau de maciez dos alimentos e retirá-los à medida que estiverem cozidos. Outro método de cocção utilizado é conhecido como Sous-Vide, que em francês, quer dizer “sob vácuo” . O objetivo da técnica é manter a integridade do alimento, evitando a perda de umidade e sabor. A cocção dos alimentos se dá em sacolas plásticas seladas a vácuo em baixas temperaturas por um tempo maior que o tradicional. O tempo pode variar entre 2 e 72 horas e em temperatura estável (entre 40°C e 70°C). Cocção em água e sal As verduras e legumes, após cocção por tempo adequado, podem ser servidas ao natural ou acompanhadas de molhos variados. Sopas: Podem ser simples ou mistas, com as verduras e legumes amassados na forma de purê ou cortadas em pequenos pedaços. O caldo pode ser espessado com leite e farinha, tornando-se sopa-creme. Normalmente, são servidas como entrada. Purê: Pode ser utilizado como acompanhamento ou como recheio de preparações. Torta: Massa feita a partir do purê das verduras e legumes, ao qual se acrescentam ovos e coberturas diversas. Suflê: Preparado com verduras e legumes, ou com carnes e peixes, acrescentando- se molho branco, condimentos, claras em neve, leva-se ao forno para gratinar. Legumes recheados: Os legumes têm sua polpa retirada e são recheados entre as partes ou ao meio. Podem ser acrescentados recheios variados, utilizando-se a própria polpa em diversas combinações. Ex.: pimentão recheado com carne moída. Legumes à milanesa: O legume cru ou cozido é passado no ovo, levemente batido, e na farinha de rosca ou de trigo antes de ser frito. Ex.: berinjela à milanesa, abobrinha à milanesa, couve-flor à milanesa. Legumes empanados: Antes de serem fritos, os legumes são envolvidos por uma mistura preparada com farinha de trigo, ovos, água ou leite. Ex.: couve-flor, vagem, tempurá de legumes. 20 Bolinhos e croquetes: São feitos a partir de massas preparadas com farinha de trigo, ovos, leite ou água, misturados aos legumes e verduras; após modeladas, são fritas em óleo quente. Sauté: As verduras e os legumes são tostados em pequena quantidade de óleo. Ex.: batata ou cenoura sauté. Verduras e legumes ensopados: São cortados, refogados e, aos poucos, adiciona- se água. Podem ser servidos como acompanhamento de carnes. Verduras e legumes refogados: Cortados, são fritos com os temperos. Verduras e legumes gratinados: Depois de cozidos, são cobertos com molho e manteiga, polvilhados com farinha ou queijo ralado e levados ao forno para gratinar a camada superficial. Coloração (pigmentos) Para a escolha do método de cocção mais adequado, deve-se conhecer a classificação das verduras e legumes segundo a cor e as possíveis modificações que sofrem durante a cocção (Quadro 7.3). 4.4 INDICADORES NO PREPARO DOS ALIMENTOS INDICADOR DE PARTE COMESTÍVEL (IPC) É uma constante obtida pela relação do peso bruto (gramas) e do peso líquido (gramas) do alimento. Este indicador era conhecido anteriormente como fator de correção. IPC = _PB (g) PL (g) 21 INDICE DE CONVERSÃO É uma constante obtida da relação entre o peso do alimento processado (gramas) e o peso do alimento em estado inicial (gramas). IC= Peso do alimento processado (g)____ Peso do alimento no estado inicial (g) INDICE DE REIDRATAÇÃO É uma constante obtida da relação entre o peso do alimento reidratado (gramas) e o peso do alimento seco (gramas). IR = Peso do alimento reidratado (g) Peso do alimento seco (g) IPC A obtenção desse indicador não se restringe apenas ao cálculo do valor das perdas por retirada de cascas, aparas, sementes, talos e sujidades. O conhecimento da forma de consumo e da parte comestível do alimento permite que a avaliação do valor nutritivo da dieta e/ou cardápio não fique sub ou superestimada. As falhas causadas por estimativas incorretas podem acarretar problemas operacionais em Unidades de Alimentação, como: - aumento nos custos; - desperdícios com sobras de alimentos já preparados; - aquisição superfaturada. Outros fatores podem influenciar o IPC dos alimentos: - no pré-preparo: a técnica empregada, o tipo de utensílio ou equipamento, e o recurso humano; - no preparo e na forma de apresentação: corte de legumes (à juliana, cubos, tiras etc.) e formas de consumo (laranja com bagaço, melão boleado etc.). Considerando-se esses aspectos, recomenda-se que cada Unidade de Alimentação tenha definido seus valores para o IPC, pois, dificilmente, os IPCs obtidos serão iguais, dada a grande variabilidade das condições para obtenção do alimento na forma desejada. Na impossibilidade de definir esse indicador, especificamente para o local de trabalho (hospital, restaurante), podem ser adotados alguns valores padronizados. Porém, ao se optar por tabelas com valores já existentes, é importante que seja conhecida a metodologia empregada na obtenção dos valores, adaptando-os, se necessário, às peculiaridades de cada local. O IPC é diretamente proporcional ao tempo decorrido após a colheita e a oferta, ou seja, quanto mais recente a colheita, mais íntegro o alimento e, consequentemente, menor a perda por partes amassadas, machucadas ou estragadas e impróprias para o consumo. Na avaliação de dietas, a forma como o alimento é consumido pode minimizar as fontes de erros, principalmente considerando-se a análise de micronutrientes. Pode-se exemplificar com a laranja. Existem diferentes tipos de laranja (laranja-da-baía, laranja-lima, laranja-pera), inúmeras formas de consumir a fruta (em gomos, chupada, espremida). Para cada 22 uma das formas, o IPC é diferente, pois são considerados, além do peso médio do alimento bruto, os valores de casca, semente, bagaço e albedo. São exemplos de IPC de alguns alimentos: IC Os alimentos podem sofrer modificações por fatores físicos (temperatura), químicos (ação de ácidos) e biológicos (fermentos). A ação externa que os alimentos recebem, na passagem de um estado para outro (cocção, congelamento, descongelamento), faz com que o peso dos alimentos se modifique. Além do tipo de calor (úmido ou seco) que age sobre o alimento, outros fatores interferem no produto final, como: intensidade de calor, tempo de cocção, tipo de utensílio, adequação de equipamentos, qualificação da mão de obra e diferentes preparações para um mesmo alimento (assado, grelhado, gratinado, refogado e desidratado). No caso de um alimento cozido, seria o peso do alimento cozido/peso do alimento cru; se fosse para saber a diferença no peso de um alimento após o descongelamento, poderia ser utilizado o peso do alimento já descongelado/peso do alimento congelado. No caso de preparações como feijoada e polenta com molho, por exemplo, utiliza-se o peso final sobre o somatório de todos os pesos líquidos dos ingredientes utilizados, obtendo-se o IC da preparação. Os alimentos em sua forma natural ou consumidos crus, como frutas e vegetais (saladas), não podem ter seu IC calculado; apenas o IPC, quando submetidos a algum procedimento de pré-preparo (ex.: cortados em cubos) ou consumidos de forma diferente (ex.: laranja espremida para suco).Normalmente, as tabelas de composição centesimal trazem características dos alimentos crus. A informação do peso do alimento depois de cozido é importante para a conversão ao alimento preparado. Da mesma forma, o conhecimento do IC permite que as quantidades de alimentos nos processos de compra não sejam estimadas inadequadamente. Recomenda-se, assim como para o IPC, que as Unidades de Alimentação tenham suas próprias tabelas de IC a partir de suas realidades locais. São exemplos de IC de alguns alimentos: batata (1,00), macarrão (2,50), arroz (2,70) e feijão (2,00). IR O Indicador de Reidratação (IR) normalmente é utilizado para grãos como arroz, feijão e triguilho, além de alimentos deixados de remolho (imersos em água). Quanto maior o tempo de reidratação, menor o tempo de cocção. Quando um alimento fica de remolho, sofre um aumento em seu peso pela hidratação a que foi submetido. Ex: para fazer um tabule ou uma massa utilizando trigo para quibe, o trigo deve ficar de remolho, tendo seu volume aumentado de 2 a 3 vezes o peso seco. São exemplos de IR: proteína texturizada de soja (2,0), quinoa (2,0) e triguilho (2,0). 5. CEREAIS Conceito São alimentos de origem vegetal constituído de grãos e largamente consumidos no mundo. Os principais cereais são: arroz, trigo, milho, aveia, centeio e cevada entre outros. São muito consumidos por fazerem parte do hábito alimentar de diversos povos, pela 23 facilidade de cultura, conservação, transporte, baixo custo e alto valor nutritivo além da variedade de formas de utilização. Valor nutritivo: Fonte de carboidrato e energia, os cereais integrais também são ricos em fibras. Pode-se encontrar também proteínas e vitaminas. Estruturas dos grãos: Casca, películas, endosperma e germe. O beneficiamento consiste na retirada da casca, das películas e do germe. Digestibilidade: É afetada pelo grau de fracionamento do grão e pelo método de cocção. A digestão é mais fácil se o cereal estiver bem cozido. Armazenamento: Local seco, fresco e ventilado. TIPOS DE CEREAIS, FORMA DE CONSUMO E PREPARAÇÃO 6. MASSAS Conceito: De acordo com a resolução nº 93 de 31 de Outubro de 2001 da AVS, massa é o produto não fermentado, apresentado sob várias formas, recheada ou não, obtida pelo empasto, amassamento mecânico de farinha de trigo comum e/ou complementos, isoladamente ou adicionados diretamente a massas. Aplicação em técnica dietética • Macarrão: Pode ser consumido imediatamente após a cocção, acompanhado de molhos. • Ponto ideal é conhecido como “al dente” ou seja, a massa não deve estar nem muito dura nem muito mole. • Tempo de cocção: aproximadamente 10 minutos. • Massas comuns: espaguete, fettuccini, talharim, fusili, pene, rigatoné, caracol. Cereal Consumo Preparações Doces: canjica, pamonha, curau, pipoca, bolos, pães, mingaus, etc. Salgados: cuzcuz, pipoca, creme milho, polenta, saladas, etc. Arroz Doces: arroz doce, mingau, bolos, etc. - Polido Salgados: bolinho de arroz, risoto, sopas, etc. - Parbolizado - Instantâneo Acompanhamento - Selvagem - Integral - Arbório - Malekizado Doces: bolos, massas para tortas, doces, etc. Salgados: pizzas, tortas, pães, etc. Trigo para kibe Tabule Salgados: massas para pizzas, tortas, quibes, etc. Doces: Bolos, vitaminas. Salgados: pães. Doces: mingau, biscoito, bolos. Salgados: pão, sopa, torta. Doces: bolos, biscoitos. ------------ Salgados: pão, torradas. Bebidas: uísque, vodks,álcool. Bebidas: creveja. ------------ Salgados: pão, sopa. Milho (espiga) Cozido ou assado em conserva, grãos refogados, recheios e cremes Trigo (farinha de trigo) --------- Centeio Cevada Trigo (farelo/germe) Adicionado a frutas para fazer vitaminas. Aveia Grãos, farinha, flocos adicionado ao leite ou frutas. 24 • Bolos: Doces ou salgados são resultados de uma mistura básica de farinha, ovos, leite, fermento, açúcar e/ ou sal e gordura. • Tortas: São feitas com a massa à base de farinha na qual se acrescenta um recheio. A massa pode ser doce ou salgada. Podem ser classificadas em: massas leve, úmida, pastelão, dura,quebradiça, cremosa, podre e folhada. • Pizza: Os ingredientes de sua massa são os mesmos usados para fazer pão, ou seja, farinha, água, sal e fermento. A massa fina ou grossa é coberta por uma camada de molho de tomate acrescida dos mais variados ingredientes. • Panquecas: São preparados por uma massa semi-líquida de farinha de trigo, ovos e leite, depois de aquecidas ou fritas são recheadas com ingredientes doces ou salgados. 7. PÃES CONCEITO: pão foi o primeiro alimento preparado pelo homem, evoluindo para uma grande variedade, porém, quase todos são feitos com três ingredientes básicos: farinha, levedo ou fermento e água. Os outros ingredientes empregados na elaboração dos pães são: sal, gordura, açúcar, leite e ovos. Todos os ingredientes utilizados na preparação dos pães apresentam funções especificas. Portanto a escolha dos ingredientes de boa qualidade é primordial para o sucesso da receita. O fermento biológico é o ingrediente responsável pelo crescimento do pão, sendo composto por leveduras que consomem o açúcar e produzem gás carbônico, deixando a massa mais macia. O fermento pode ser fresco ou granulado. Tipos de pães conhecidos: francês, italiano, sovado, americano, preto, sírio, sueco, croissant, de batatas, ciabatta, entre outros. DICAS DE PREPARO DE PÃO CASEIRO (Codeagro, 2014) 25 8. VERDURAS E LEGUMES Conceito: são plantas ou parte de plantas que servem para o consumo humano, como folhas, flores, frutas, caules, sementes, tubérculos e raízes. Hortaliça é a denominação genérica para legumes e verduras. Legumes: As partes comestíveis são os frutos, a semente, ou as partes que se desenvolvem na terra, como abobrinha, batata, berinjela, cenoura, tomate, mandioca. Verduras: As partes comestíveis são as folhas, as flores, os botões ou as hastes, como espinafre, agrião, brócolis, acelga, alface. Valor nutritivo: A maioria das verduras e dos legumes são fonte de vitaminas, minerais e fibras. Fibras solúveis e insolúveis são encontradas em diversas hortaliças. Classificação: As hortaliças podem ser classificadas de acordo com a parte que pode ser consumida. • Folhas- acelga, agrião, espinafre. • Sementes- vagem, ervilha, milho. • Flores- alcachofra, couve-flor. • Frutos- abóbora, jiló, pepino, tomate. • Caules- palmito, aspargo. • Bulbos- alho, cebola. • Raízes e tubérculos- beterraba, cenoura, mandioca. Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. Aplicação em técnica dietética 26 A aplicação mais comum é em saladas, podendo ser crua ou cozida. As hortaliças podem ser combinadas ou simples para a composição das saladas, ou ainda podem ser acrescidas de um agente ligante como a maionese. Outras aplicações: Sucos, sopas, purês, empanadas, bolinhos e croquetes, fritas, à milanesa, refogadas, gratinadas, suflês, sautés, etc. Armazenamento: a forma mais indicada é o armazenamento sob refrigeração. Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. 27 Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. 9. FRUTAS Conceito: É a parte polposa que rodeia a semente de plantas. As frutas são ricas em suco, com sabor geralmente doce e podem ser consumidas in natura. Valor nutritivo: As frutas são fones de carboidratos, vitaminas e minerais. Também possuem fibras solúveis e insolúveis. Classificação:• Extra: elevada qualidade sem defeitos. • Primeira: boa qualidade com tolerância para pequenos defeitos. • Segunda: boa qualidade com pequenos defeitos de tamanho (desenvolvimento), cor e formação. • Terceira: normalmente utilizadas para fins industriais. 28 Aplicação em técnica dietética As frutas podem ser utilizadas em sobremesas sozinhas ou como componente, sucos, saladas mistas, com hortaliças e molhos. Armazenamento: A forma ideal de armazenamento é sob refrigeração. No caso das frutas como laranja,abacaxi, limão,etc, pode-se armazenar em temperatura ambiente em local seco e ventilado. 10. LEITES E DERIVADOS Conceito: É um produto originário das glândulas mamárias dos mamíferos. Valor nutritivo: Podem ser encontrados no leite nutrientes como carboidrato, vitaminas, minerais, lipídios e proteína. Controles: O leite para consumo humano, considerando as necessidades e condições de armazenamento, além do controle de micro-organismos patogênicos, apresentam formas de processamento térmico, bastante conhecidas: • Pasteurização, ultrapasteurização (UHT) e homogeneização. Tipos de leite O leite mais comum é o de vaca, que para melhor conservação passa por vários processos industriais. • Pasteurizado: Leite tratado em um processo combinado de aquecimento 72º a 76º C por 15/ 20 segundos é imediatamente resfriado. Deve ser transportado sob refrigeração e o tempo médio de conservação é de 24 horas. Encontramos o leite tipo A,B,C com variação de teor de gordura para cada tipo. • Ultrapasteurização (UHT): Leite aquecido de 130 a 150º C por 2/4 segundos com resfriamento imediato. Pode ser transportado em temperatura ambiente e consumido no prazo de 3 meses a partir da data de processamento. • Semidesnatado: Retirada parcial da gordura. • Desnatado: Leite com retirada total de gorduras. • Leite em pó: Pode ser integral ou desnatado. Este leite passa por tratamento térmico de desidratação, pode ser armazenado por 3 meses da data de processamento. • Leite evaporado: Indicado para uso culinário. O tratamento térmico retira parcialmente a água e não possui adição de açúcar. • Condensado: Leite pasteurizado com adição de açúcar, também indicado para uso culinário. • Modificado: Leite com acréscimo ou redução de nutrientes. Aplicação em técnica dietética 29 O leite é um ingrediente usado com frequência pois confere sabor, maciez, cor, cremosidade e umidade à receita. Pode ser usado no preparo de doces, mingaus, sopas, cremes, bolos, purês, massas, molhos, adicionado ao chocolate, café, chá ou ainda pode ser consumido puro. Queijos Produto fresco em forma sólida ou cremosa, obtido pela coagulação do leite pasteurizado, combinado com o fermento láctico, coalho ou calor. Classificação: • Fresco: Pronto para consumo. • Maturado: Submetido ao processo de cura. Os queijos se dividem em quatro grandes grupos de acordo com a umidade da massa: • Moles: Tipo requeijão ou cremoso (cream cheese) • Semimdes: Consistência intermediária (mussarelas, roquefort). • Duros: Edam, o cheddar e o gruyépe. Caracterizam-se pelos buracos visíveis do corte do queijo. • Muito duros: São queijos envelhecidos como o parmesão normalmente são consumidos ralados. Conservação: Queijos como fresco, requeijão, ricota devem ser armazenados sob refrigeração. Os queijos com massa delicada como o camembert e o roquefort não podem ser guardados em geladeiras, pois o frio retira a ação do micro-organismo. No caso dos queijos duros pode-se armazenar em local fresco e arejado. Aplicação em técnica dietética Conforme a variedade, os queijos podem acompanhar massas, tortas, saladas, suflês, cremes, sopas, gratinados, ovos mexidos ou omeletes, com legumes, em pizzas, bolos, pudins, doces, etc. Iogurte Conceito: Leite fermentado, natural ou artificialmente. Uma cultura de fermentos lácteos é adicionado ao leite e uma temperatura de aproximadamente 45º C. Outros ingredientes como açúcar, mel, frutas ou cereais podem ser adicionados ao iogurte. Conservação: Deve ser consumido em até 24 horas depois de aberto. Existem vários tipos de iogurtes como: integral, sabor ou pedaços de frutas, com geleias, com mel, frutas secas, cereais, desnatado, etc. Você sabe a diferença entre iogurte e bebida láctea? A bebida láctea apresenta, pelo menos, 50% do total de ingredientes de leite, soro de leite, permitindo a adição de gordura vegetal ou não, e tem que ter, no mínimo, 1g de proteína a cada 100 g de produto. No iogurte, os ingredientes não 30 lácteos poderão estar presentes na proporção máxima de 30%. A fermentação se realiza com cultivos de bactérias e o soro de leite não é obrigatório, também não é permitida a adição de gordura vegetal. O iogurte e a bebida láctea possuem as mesmas características nutricionais, que variam mais de uma marca para outra do que entre os dois produtos. A diferença maior e que confere vantagem ao iogurte é que ele contém mais bactérias benéficas ao trato intestinal, pois a bebida láctea é composta apenas por metade de leite fermentado. 11. CARNES Carne Bovina Todos os cortes possuem o mesmo valor nutritivo. Não é correto afirmar que a carne de primeira é melhor do que a de segunda. O que existe na verdade são formas corretas de preparo. Na figura temos o desenho esquemático do boi com cortes de carne. 1 - Pescoço: corte com mais gordura. 2 - Acém: corte do lombo de boi, dura e gordurosa. 3 - Peito: constituído de músculos e fibras duras. 4 - Braço, pá ou paleta: corte formado por músculos, com muitos nervos e gorduras. Tutano: Sustância rosada, mole e gordurosa que se encontra dentro dos ossos longos. 5 - Fraldinha: corte pequeno de fibras longas, é a parede da carne que forra o abdômen. 31 6 - Ponta de agulha: é a parte constituída pelas últimas costelas, com músculos duros e fibras grossas e compridas. 7 - Filé Mignon: corte macio localizado ao longo do dorso do animal. 8 - Ponta do contrafilé 9 - Contra filé: carne macia, redonda, ao longo da parte externa, na coluna vertebral. 10 - Capa de filé: textura desigual e muitos nervos. 11 - Alcatra: forma alongada e fibras semelhantes ao coxão mole. 12 - Patinho: partes menos macias do alcatra, indicado para assados e cozidos. 13 - Coxão duro ou chão de fora: músculo grande e fibroso. 14 - Coxão mole ou chão de dentro: músculo do interior da perna arredondado, com fibras curtas e consistência macia. 15 - Lagarto: parte da coxa do boi, fibras longas. 16 - Músculo: corte formado por músculo, de consistência mais rija. 17 - Perna com osso buco 18 - Aba de filé: corte menos macio que o filé mignon. 19 - Maminha de alcatra: corte macio 20 - Picanha: macia, usado em churrasco. 21 - Cupim: corte com bastante gordura. Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. 32 Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. Carne Suína 33 1. Acém 2. Paleta 3. Lombo com osso (carré) 4. Costela 5. Pernil 6. Joelho 7. Pé 8. Barriga Aplicação em técnica dietética Frito, assado, ensopado, cozido, grelhado, croquete, à milanesa, picado, refogado, elaborado (feijoada). Ovinos (cordeiro, carneiro, ovelha) A carne ovina abrange três tipos do mesmo animal: Cordeiro de leite: carneiro com menos de três meses. Cordeiro : carneiro de três à 12 meses. Carneiro: animal adulto. A carne é de textura lisa, macia, coloração rosa-avermelhada de consistência firme de poucas gorduras. Nos animais mais velhos a gordura é mais escurae abundante, e a carne mais vermelha. Cortes: Pernil, Paleta, Lombo, Carré, Selle, Medalhões, Bistecas, Costelinhas, T-Bone, Peito, Pescoço. Podem ser preparados assados, fritos, grelhados, churrasco, recheios, molhos, picado. Caprinos Carne de cabrito de dois a três meses de idade. Animais Jovens possuem a carne insípida e os muito velhos, carne escura e desagradável. O leite de cabra e seus derivados também são muitos utilizados. 12. AVES Os tipos mais comuns de aves são de frango, peru, pato, marreco, ganso, faisão, galinha d´angola, codorna, perdiz, pombo e chester. O frango é a ave mais comum. Pode ser classificado em quatro grupos, conforme o tamanho e a idade do animal: • Frango de leite ou galeto: aproximadamente 600g de peso e três meses de idade. • Frango comum: Chega a pesar mais de 1kg e tem entre 3 e 7 meses. 34 • Galo e galinha: aves adultas com mais de 7 meses e cerca de 1,5 kg. • Frango capão: é o frango castrado para que possa engordar mais . Cortes Peito, coxa e sobrecoxa, asa, miúdos, pés, pescoço. Philip. Silva Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Edição digital. 2015. 13. PEIXES (PESCADOS) São todos os amimais aquáticos que servem de alimento para o homem. Podem ser marinhos ou de água doce. • Marinhos (água salgada): pescada, merluza, sardinha, atum, bacalhau, linguado, tainha, cação, namorado, badejo, corvina, salmão, cavala, bonito, camarão, lula, lagosta, siri, polvo e ostra. • Água doce: Pirarucu, lambari, pintado, dourado, traíra, corimbatá, pacu, surubim, tambaqui e tucuaté. • Podem ser classificados em: peixes, mariscos, cetáceos e quelôneos. • Peixes: possuem esqueletos cartilaginoso ou ósseo e apresentam guelras. Ex: tubarão, pescado, badejo. • Mariscos: Possuem corapsça duras e pigmento esverdeado (crustáceos). Ex: camarão, lagosta. • Apresentam conchas ou não (moluscos) Ex: escargot, mexilhões, ostras. Os moluscos que não apresentam cochas possuem coluna vertebral cartilaginosas como lula e polvo. Cetáceos: São mamíferos, dos quais pode-se aproveitar o óleo, a pele e os ossos. Ex: baleia Quelônios: Apresentam carne com carapaça. Ex: tartaruga. 35 Sabe-se que o pescado é tido como o alimento que mais é susceptível à ação microbiana. Vários são os processos que concorrem para a determinação dos pescados: · Ação do suco digestivo: Enquanto o animal esta vivo a parede do intestino resiste a eles, mas depois de morto, as paredes são destruídas e os sucos digestivos chegam aos tecidos. · Enzima nos tecidos: Quando o peixe morre eles se tornam destrutivas, amolecendo, digerindo e desintegrando a carne. · Desenvolvimento bacteriano está presente no trato intestinal, guelras os demais fatores na deterioração do pescado. Aplicação em técnica dietética Podem ser usados em molhos, a dore, empanados, frita, grelhado, caldo, ensopado, espeto, assado, recheado, à milanesa, casquinha e gratinado. Características Sensoriais Peixe: superfície lisa com escamas aderidas; relativo brilho; olhos brilhantes; salientes e transparentes; odor suave; carne firme; ventre roliço e firme; guelras róseas ou vermelhas. Crustáceos: aspecto geral brilhante e úmido; corpo curvado naturalmente e firme; carapaça ardente; olhos vivos, cheiro suave e característico. Moluscos: vivos, com valvas fechadas e retenção de água incolor, cheiro agradável, carne úmida, bem aderente ao corpo, aspecto esponjoso de cor clara. Polvo, Lula: pele lisa e úmida, olhos vivos, carne consistente e elástica. Camarões: carne firme, cheiro e sabor agradável. 14. EMBUTIDOS O sabor dos embutidos depende da composição, pois podem ser utilizados várias carnes e diversos temperos. O processo de fabricação também influi no sabor. Os processos mais conhecidos são: secagem, defumação e cozimento. Depois de prontos, com o objetivo de apurar o sabor os embutidos passam por um processo de maturação. Alguns embutidos: Bacon Chouriço Presunto Linguiça Paio Mortadela Fiambre Apresuntado Salame Salsicha Lanche 36 Outras carnes Avestruz, búfalo, capivara, chester, codorna, coelho, pato, rã, faisão, ganso, jacaré, javali e galinha d`angola. 15. OVOS Conceito: Corpo unicelular formado nos ovários dos animais. No Brasil os ovos consumidos são os de galinha. Composição estrutural: Clara, casca e gema. Valor nutritivo: Fonte de proteína e vitaminas. A quantidade de minerais depende da alimentação da ave. A gema é composta em média 35% gordura, 15% proteína e 50% água.Cerca de 5% da gordura é colesterol. A clara é composta por 10% proteína, 90% água. Armazenamento - Conservados por 9 ou 10 meses em temperaturas de 0 a 4ºc Classificação de acordo com o peso. Tipo industrial< 42g Pequeno 43-49g Médio 50-54g Grande 55-62 Extra 63-72g Jumbo > 73g Aplicação em técnica dietética. Ovo quente, cozido, frito, mexido, omelete, gemada, com acompanhamento ou ingrediente de uma receita. Atualmente pode-se encontrar ovos industrializados na forma líquidos ou desidratados. 16. LEGUMINOSAS Conceito: Grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso. Classificação: Existem várias espécies, como feijão (preto, roxinho, fradinho, mulatinho, branco, jalo, rosinha, verde, canário, azuki), lentilha, grão-de-bico, soja, fava, amendoim. Para cocção pode ser utilizado o calor úmido ou calor seco. Aplicação em técnica dietética Normalmente cozidos, em sopa, caldo ou salada. 37 17. ÓLEOS E GORDURAS Conceito: Os óleos e as gorduras são substâncias insolúveis em água, de origem animal ou vegetal. Fontes: Grãos ou sementes como, soja, girassol, canela, algodão e amendoim. Como exemplos de origem animal podem ser citados banha, toucinho, manteiga e bacon. Tipos de óleos e gorduras: - Óleo Vegetal: Extraído de sementes, é refinado por processos industriais para perder cor, sabor e odor originais. Pode ser usado para fritar, refogar, temperar ou como ingrediente. - Óleo Misto: Óleo composto de azeite de oliva e óleo de soja. Costuma ser usado para temperar saladas, pois confere sabor e odor. - Azeite de Oliva: Comercialmente classificado em virgem e refinado. • Virgem: obtido do fruto da oliveira apenas por processos mecânicos. Possui custo mais elevado e sabor mais acentuado. • Refinado: obtido pelo refinamento do azeite de oliva virgem. Sabor, aroma e coloração mais suaves. • Óleo de oliva: mistura do azeite virgem e do refinado. Aplicação em técnica dietética: Usado principalmente como tempero em saladas, molhos e emulsões, serve para regar alimentos como pizza e refogados. Banha: gordura proveniente dos tecidos gordurosos dos suínos. Muito utilizada na preparação de massa podre. Esta massa serve para preparar tortas e empadas. Gordura Vegetal Hidrolisada: gordura sólida obtida por hidrogenação dos óleos vegetais. Quase não apresenta odor e sabor. Toucinho: Tecido gorduroso do porco com o respectivo couro. Pode ser consumido frito, como ingrediente para acentuar o sabor. Bacon: Tecido gorduroso salgado e defumado, junto com o couro, porém entremeado com a carne do lombo. Usado para conferir sabor as preparações. Manteiga: Derivado do leite e obtido por meio do batimento do creme de leite. Consumida em forma de acompanhamento em torradas e pães, também usada em bolos e tortas. 38 Margarina: Preparada com óleos vegetais, gordura Láctea, leite, soro do leite e aditivos. Pode ser utilizada como substituta da manteiga. Existe também a margarina líquida que possui características similares a sólida. Creme Vegetal: Produtosimilar à margarina, muito usada em preparações culinárias devido ao teor de gordura. Maionese: É uma mistura de água e óleo emulsificada com ovos. Utilizada em molhos para lanches e saladas. Absorção de gorduras: Os principais fatores para a absorção de gorduras são o tempo de duração do aquecimento, a quantidade de gordura, a composição do alimento e a forma de apresentação. - A absorção pode ser obtida pela fórmula : Quantidade de óleo absorvido (g) = (peso inicial do óleo (g) ) – [(peso final do óleo em g) + (peso do óleo absorvido em papel g]. - Para se estimar 0% usa-se a fórmula. % absorção do óleo = Quantidade de óleo absorv (g) x 100 Peso final da preparação (g) Óleos e gorduras x tipos de preparação: - Frituras: Óleos vegetais, temperatura 180 a 200ºC. - Bolos, tortas, empadas: margarina ou manteiga. - Pães: gordura vegetal. - Biscoito: gordura vegetal hidrogenada. 18. AÇÚCARES Conceito: É o termo empregado para designar os carboidratos mais simples. Propriedades: - Poder edulcorante. - Solubilidade: proporcional ao aumento da temperatura. - Cristalização: estado físico modificado para forma de cristais, ocorre em soluções supersaturadas. - Ponto de fusão: aquecimento do açúcar refinado até ficar líquido. - Caramelização: aquecimento do açúcar provoca a evaporação de água e a formação de uma calda que em constante aquecimento torna-se escura. (170ºC) Tipos de açúcar: - Refinado - Demerara - Cristal - Confeiteiro - Tabletes 39 - Mascavo - Melado - Líquido Produtos de Confeitaria: - Caramelos - Pastilhas - Sorvetes - Marzipã - Marshmallow Aplicação em técnica dietética Podem ser consumidos direta ou indiretamente em: Forma de adoçante, em bolos, sobremesas, doces, sucos, iogurtes, tortas e xaropes. 19. CALDOS, MOLHOS E SOPAS CALDOS: Conceitos: Preparação líquida resultante da cacção de alimento com temperos. O caldo completa os ingredientes de preparações como molhos, sopas e cozidos. Tipos de caldo: - de carne - de galinha - de peixe - de legumes - consomê Molhos: Conceito: Preparações líquidas ou cremosas, utilizadas como acompanhamento de diversas preparações, tornando-as mais úmidas e saborosas. Tipos de molho: - Engrossados: Rox, branco, bechamel, velouté, branco picante, queijo, cogumelo, vinho, salsa e carne. - Com amido: Escuro básico, espagnole, chsud-fraid, oriental. - Emulsionados: Holandês, béarnaise, maionese, picante. - Reduzidos: Carnes e cacção. - De manteiga: Beurre blanc. - Líquidos: Vinagrete, campana, primavera. - Tomate: Sugo, bolonhesa, italiana, calabresa, napolitana. 40 - Para massas: Pesto, funghi, putanesca. - Regionais: Tucupi, cabidela, tacacá. - Doces: Baunília, chocolate, especiarias, agridoce. Sopas Conceito: Preparações de consistências líquidas ou semi-líquida, composta por caldo acrescido de demais ingredientes como cereais, legumes, etc. Tipos: - Mista: Combinação de vários ingredientes - Purê: Elaborada com purê de vegetais. - Creme: Purê de vegetais + molho bechamel - Velouté: velouté de creme + purê +gema crua - Típicas: Ministrone, caldo verde,etc. 20 INFUSOS E BEBIDAS As bebidas são todos os tipos de líquidos consumidos com ou sem a presença de outros alimentos. São parte integrante do cardápio, e compreendem água, sucos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Podem ser divididas em bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas. O valor nutritivo das bebidas é muito variável, pois possuem diferentes composições (PHILLIPI, 2006). Na classe de bebidas alcoólicas estão inclusas todas as bebidas que possuem este ingrediente (álcool) em sua composição, podem ser destiladas (exemplos, Cachaça, Rum, Tequila) ou fermentadas (Vinho, Champagne, Cerveja, Saquê). Dentre as bebidas não alcoólicas estão os infusos (café e chá), leite puro ou com chocolate, sucos, refrigerantes, refrescos, vitaminas e milk-shakes (PHILIPPI, 2008). Infusos são os líquidos resultantes do processo de infusão; os mais conhecidos são o café e o chá. A infusão consiste em colocar água fervente sobre alguma substância, geralmente vegetais aromáticos, deixando ficar tudo em repouso, até que o líquido tenha absorvido o flavor (essência, aroma e sabor). Os infusos mais usados são café, chá preto e mate. Servidos geralmente quentes, têm ação estimulante, levando calorias ao organismo, ativando a circulação, além de conterem substâncias que são estimulantes químicos e diuréticos, tais como derivados de purinas, cafeína (trimetilxantina), teobromina, taninos, etc. O valor calórico destas infusões decorre do açúcar que a elas se acrescenta e da temperatura em que são ingeridas. 41 GLOSSÁRIO DE TERMINOLOGIAS EM TÉCNICA DIETÉTICA à americana: tipo de serviço de mesa para ocasiões informais onde as próprias pessoas se servem. à francesa: tipo de serviço de mesa mais sofisticado com serviço de “garçons”. Também chamado de Serviço Diplomata. à inglesa: tipo de serviço de mesa derivado do à francesa. Pode ser de dois tipos: direto (a refeição vem pronta) e o indireto (utiliza-se uma mesa de apoio para preparar a refeição na frente do cliente). à la: a maneira de, nome de pessoa, nome ingrediente. à la bourgeoise: preparação com acompanhamento de toucinho defumado frito em quadradinhos, cebolas brancas pequenas e cenoura em bolinhas. à la bourguignonne: cozido com cogumelo, cebola e vinho tinto de Borgonha. à la carte: a maneira do cardápio. à la cocotte: ovos assados no forno com molho de tomate ou outros. à la florentine: peixe e miúdos com molho feito com espinafre. à la ivoire: molho francês preparado com caldo de cocção de frango ou peixe. à la king: à moda do rei. Designa qualquer tipo de ave (principalmente frango), carne ovos ou peixe servido com molho branco, cogumelos e pimentão. à la mode: a moda de; carnes enroladas com bacon, refogadas com legumes e cozidas em molho. à la napolitana: temperados com tomate e azeite de oliva. à la newburg: molho com creme batido, gemas de ovos, temperado com vinho tipo madeira ou xerez. à milanesa: envolver em farinha de rosca e ovo para fritar ou assar. abafar: alimento, óleo, sem água em fogo brando. abatumado: solado ou pesado. adicionar: acrescentar ingredientes. aferventar: cozinhar lentamente em água ou em outro líquido fervente. agitar: mexer com vigor. al dente: massa cozida em consistência mais dura. alourar: dourar ao fogo, deixar com tom dourado. allumettes: modo de cortar legumes em forma de palitos de 1,5 a 2 mm de largura e 5 a 6 cm de comprimento. 42 amaciar: deixar mais tenro. amassar: misturar vigorosamente os ingredientes da massa com as mãos (pão, macarrão etc.). anglaise: alimento cozido em água fervente ou simplesmente assado. antepasto: antes da refeição. ao ponto: cocção em ponto perfeito, entre bem e malpassado. apurar: processo culinário; ação; fogo brando (caldo, molho); fogo alto (doces). aparador: mesa de tamanho variável, menor que as mesas comuns, utilizado como apoio na hora de servir as refeições. aspic: nome dado à gelatina com caldo de carne (cozida por muito tempo) ou peixes, aves ou legumes aos quais se acrescenta gelatina para dar consistência. atar: amarrar com fio forte ou barbante. Ex.: carnes. aquecer: baixo calor sem ferver. banho-maria: aquecer ou cozinhar recipiente com água em ebulição com outro contido com alimento. Pode-se usar o forno ou a chama direta do fogão. bardear: colocar bacon em volta da carne e atar em seguida. bater: misturar ingredientes com
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