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1 RESUMO FEITO POR SARA ESPELHO STORCH DOENÇAS DO PERICÁRDIO CLASSIFICAÇÃO KIRKLIN: 1) Pericardite Constritiva Crônica 2) Doença Pericárdica Efusiva 3) Outros tipos de pericardite PERICARDITE CONSTRITIVA CRÔNICA: Processo inflamatório crônico que envolve os dois folhetos do pericárdio, levando a espessamento dos mesmos e compressão dos ventrículos. Tem colabamento das membranas e em um processo mais intenso, pode ter calcificação da membrana pericárdica. Espessamento, principalmente da membrana pericárdica parietal, associado a um espessamento da membrana pericárdica visceral = fibrose. Fibrose do pericárdio parietal e dos dois folhetos de pericárdio visceral. No início o espaço pericárdico contem fluido que pode ser hemorrágico. Com o avançar da patologia ocorre a fusão dos folhetos e a constrição miocárdica. Atrofia e fibrose do miocárdio. FISIOPATOLOGIA: O saco pericárdico normalmente apresenta uma pressão subatmosférica. Essa pressão sofre mínimas variações durante o ciclo cardíaco. No começo a adição de pequena quantidade de liquido no espaço pericárdico muda pouco a pressão, com a adição rápida de mais fluido a pressão aumenta progressivamente, e no final, pequenas quantidades de fluidos aumentam muito a pressão intrapericárdica (princípio da pericardiocentese). A elevação da pressão intrapericardica influenciam diretamente no débito cardíaco. A constrição das cavas e do átrio é o principal mecanismo. A função do VD e do VE são alteradas (diminui volume sistólico final). Alteração na curva de volume e elasticidade do VD e do VE leva a uma queda do debito cardíaco. Este pericárdio espessado limita a expansão dos ventrículos durante a diástole. "Os ventrículos são incapazes de encher devido às limitações físicas impostas por um pericárdio rígido, espessado e, algumas vezes, calcificado. A característica fisiopatológica principal da constrição pericárdica é a dependência interventricular exagerada e o enchimento ventricular diferencial com a respiração. "Goldman-Cecil ETIOLOGIA o Desconhecida o Tuberculose:bacilo da tuberculose. o Radioterapia Mediastínica o Artrite Reumatóide o Sarcoidiose o Trauma o Cirurgia Cardíaca (CABG) APRESENTAÇÃO CLÍNICA: Os sintomas podem evoluir de 3 semanas até os 12 meses do quadro de pericardite. Depende do local onde a compressão está maior. De forma geral, afeta a diástole. "Os pacientes com constrição pericárdica usualmente apresentam manifestações de pressões venosas sistêmicas elevadas e baixo débito cardíaco. Normalmente, os pacientes desenvolvem distensão venosa jugular acentuada, congestão hepática, ascite e edema periférico, mas seus pulmões permanecem claros. Por causa dos sintomas clínicos proeminentes de ascite e anormalidades enzimáticas do fígado, os pacientes podem ser avaliados para doença hepática antes que a pericardite constritiva seja reconhecida." Goldman-Cecil o Fadiga o Dispnéia e ortopnéia o Turgência jugular o Hepatomegalia o Edema e ascite o Pulso paradoxal EXAMES COMPLEMENTARES: Exames radiológicos são o que realmente fecham diagnóstico. Hipoproteínemia severa com queda da albumina e da gamaglobulina 2 RESUMO FEITO POR SARA ESPELHO STORCH o RAIO X o ECG: Alterações não específica na onda T e segmento ST (90%); QRS de baixa voltagem (40%); Arritmia atrial (30%). Diagnóstico eletrocardiográfico diferencial entre pontos isquêmicos (IAM, angina) da pericardite. o ECO: Excelente para demonstrar o acúmulo de líquido pericárdico. Pouco específico no diagnóstico da pericardite constrictiva crônica. Mais útil na pericardite efusiva o TOMOGRAFIA: Espessamento pericárdico. Distingue a Pericardite Constrictiva da Pericardite Efusiva. Exame ideal. o BIÓPSIA PERICÁRDICA: Para diferenciar pericardite constrictiva da cardiomiopatia restritiva e diagnosticar a Etiologia. A toracotomia deve ser inicialmente a anterolateral esquerda, na altura do 5° espaço intercostal, desde a linha para esternal esquerda até o músculo grande dorsal na linha axilar posterior. A incisão deve seguir a borda superior da costela inferior evitando o feixe intercostal. Pega fragmento do pericárdio que está aderido (cuidado com a dissecção) e não lesar nervo frênico. Melhor acesso as cavidades esquerdas. Se for uma pericardite global, é melhor fazer a esternotomia. TECNICA OPERATÓRIA: ESTERNOTOMIA: Com ou sem CEC. O pericárdio é aberto anteriormente e a dissecção é feita superiormente, lateralmente e inferiormente. O pericárdio é ressecado a cerca de 2cm do nervo frênico. RESULTADOS: Mortalidade Hospitalar 5%. Sobrevivência: 1 ano (90%) ;5 anos (75%); 10 anos (65%);20 anos (55%). DOENÇA PERICÁRDICA CONSTRITIVA EFUSIVA: A inflamação do pericárdio provoca o acúmulo de quantidades variáveis de líquido pericárdico. Apresenta densas pontes de fibrina entre os folhetos (tipo de pão e manteiga). O pericárdio visceral e parietal estão envolvidos. O líquido no espaço pericárdico pode estar loculado. "Em alguns pacientes (<10%) que apresentam tamponamento cardíaco, a pressão atrial direita elevada e a distensão venosa jugular não se resolvem após a remoção do fluido pericárdico. Nesses pacientes, a pericardiocentese converte a hemodinâmica típica do tamponamento para a da constrição. Assim, a restrição de enchimento cardíaco não ocorre somente em função da efusão pericárdica, mas também da constrição pericárdica, envolvendo predominantemente o pericárdio visceral. "Goldman-Cecil MORFOLOGIA: Apresenta densas pontes de fibrina entre os folhetos (tipo de pão e manteiga). O pericárdio visceral e parietal estão envolvidos. O líquido no espaço pericárdico pode estar loculado. 3 RESUMO FEITO POR SARA ESPELHO STORCH FISIOPATOLOGIA: Tamponamento cardíaco é pouco frequente (última instancia do derrame). Acúmulo lento de líquido. Tem baixo débito cardíaco e perde a função. ETIOLOGIA: Doença renal; Diálise; Neoplasias; Trauma; Desconhecida APRESENTAÇÃO CLÍNICA: o Dor no peito o Febre o Queda da pressão arterial o Turgência jugular o Hipotensão Arterial o Hipofonese de bulhas o Tamponamento cardíaco o Pulso paradoxal ** TRÍADE DO DERRAME PERICÁRDICO COM TAMPONAMENTO CARDÍACO: urgência, pode evoluir com AESP EXAMES o Laboratório: leucocitose o Rx de Tórax: Aumento da silhueta cardíaca o Ecocardiograma: faz o diagnóstico e pode guiar uma punção terapêutica o ECG: supradesnivelamento do ST ou as alterações da pericardite constrictiva crônica TRATAMENTO: Sintomas importantes e persistentes depois de 7 a 10 dias de tratamento médico. Tamponamento cardíaco. Pericardiocentese com controle hemodinâmico, eletrocardiográfico e ecocardiográfico. Indicada, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Corresponde à retirada do líquido acumulado no pericárdio. Pode ser feita de forma eletiva para diagnóstico de alguns derrames pericárdicos ou na emergência no caso de tamponamento cardíaco. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45º. Posteriormente deve localizar apêndice xifoide,a esquerda do processo xifóide é feito um botão anestésico com anestesia local. Punciona saco pericárdio e o local de inserção da agulha (0,5cm à esquerda e 0,5-1cm inferiormente à margem costal). Introduzir a agulha (30 - 45º) em direção ao ombro esquerdo. Pode ser realizado às cegas ou guiado por USG. Caso não exista disponibilidade de US, monitorar com ECG, se houver elevação do segmento ST ou extrassístoles indica que a agulha está no epicárdico, deve ser recuada. PROCEDIMENTOS o Janela pericárdica subxifoidea o Janela pericárdica por toracotomia anterolateral. o Pericardiectomía total ou parcial. Procedimento (drenagem + biópsia) é realizado precisa da biópsia do tecido cardíaco. Também realiza quando o paciente apresenta pus ou sangue na cavidade Palpar o processoxifóide do paciente e 2cm acima e 3 a 4cm abaixo deve-se fazer incisão. Disseca musculo inferior ao xifóide até o conseguir palpar pericárdio com o dedo (tem sensação do batimento cardíaco). Coloca 3 a 4 fios para puxar pericárdio e fazer janela pericárdica (drenagem e biópsia). Coloca dreno sentinela que permanece de 24 a 48h até não drenar mais nada. RESULTADOS: Curativos nas etiologias desconhecidas; Palitivos nas doenças malignas; Recorrência ou constrição pericárdica (10% )
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