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direito processual do trabalho 1 (1)

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Faculdade Evangélica de Goianésia
Jaraguá, 24 de setembro de 2020
Acadêmica: Ana Júlia Borges Martins 
1. Comente sobre o princípio da conciliação na justiça do trabalho. Cite exemplos.
A conciliação nasce como um método alternativo para se obter soluções consensuais entre as partes envolvidas, sem a obrigação de recorrer ao Poder Judiciário. Dessa forma, é imprescindível a viabilização de mecanismos que proporcionem aos interessados, a composição de soluções para os seus litígios. Não obstante, sejam perceptíveis as razões que muitas vezes induzem as partes à judicialização dos conflitos.
Importante refletir de maneira breve, acerca dos meios de solução de conflitos, quais sejam, a mediação, arbitragem e a conciliação, as quais podem representar mecanismos para a edificação de soluções de litígios, sem a necessidade do recorrer ao Poder Judiciário para o ajuizamento de ações, e que têm como pretensão proporcionar o alcance da pacificação social.
Conforme conceito disciplinado no Manual de Mediação Judicial (SOUZA et al., 2016), a mediação “é um processo auto compositivo segundo o qual as partes em disputa são auxiliadas por uma terceira parte neutra ao conflito ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para se chegar a uma composição”.
Ademais, trata-se de um método de resolução de conflitos, no qual se amplia um processo composto por vários atos procedimentais, pelos quais uma terceira pessoa imparcial busca facilitar a transação entre as pessoas envolvidas no conflito, capacitando-as a melhor compreender suas posições e a encontrar soluções que se compatibilizam aos seus interesses.
A arbitragem, por sua vez, pode ser definida, consoante conceito estipulado no Manual de Mediação Judicial (SOUZA et al., 2016), “como um processo privado, no qual as partes ou interessados buscam o auxílio de um terceiro, neutro ao conflito, ou de um painel de pessoas sem interesse na causa, para, após um devido procedimento, prolatar uma decisão visando encerrar a disputa”.
E, por fim, a conciliação, que também tem conceito expresso no Manual de Mediação Judicial (SOUZA et al., 2016), é definida “como um processo auto compositivo breve no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, neutro ao conflito, ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para assistilas, por meio de técnicas adequadas, a chegar a uma solução ou a um acordo”.
Nesse contexto, pode-se afirmar que a conciliação, é um meio alternativo e eficiente de solução de conflitos, uma vez que utiliza-se de várias técnicas que buscam chegar a um consenso entre as partes, conforme evidencia o autor Aiston Henrique de Souza, no Manual de Mediação:
Atualmente, com base na política pública preconizada pelo Conselho Nacional de Justiça e consolidada em resoluções e publicações diversas, podese afirmar que a conciliação no Poder Judiciário busca: i) além do acordo, uma efetiva harmonização social das partes; ii) restaurar, dentro dos limites possíveis, a relação social das partes; iii) utilizar técnicas persuasivas, mas não impositivas ou coercitivas para se alcançarem soluções; iv) demorar suficientemente para que os interessados compreendam que o conciliador se importa com o caso e a solução encontrada; v) humanizar o processo de resolução de disputas; vi) preservar a intimidade dos interessados sempre que possível; vii) visar a uma solução construtiva para o conflito, com enfoque prospectivo para a relação dos envolvidos; viii) permitir que as partes sintamse ouvidas; e ix) utilizarse de técnicas multidisciplinares para permitir que se encontrem soluções satisfatórias no menor prazo possível (SOUZA et al., 2016).
Diante disso, analisa-se um cenário de evidência à conciliação das partes, considerando as recorrentes demandas judiciais e de uma premente necessidade de solução alternativa que possibilite a redução desse número de demandas que abarrotam o Poder Judiciário. Logo, busca-se por métodos alternativos e consensuais adequados para se pôr fim aos litígios, dentre os quais se destaca a conciliação, como forma de solução dos conflitos trabalhistas.
Conforme conceitua Schiavi (2016, p. 40) "a conciliação judicial trabalhista, é forma de solução do conflito trabalhista, mediante o ingresso do conciliador entre as partes, o qual as aproximará buscando a solução dos conflitos mediante concessões recíprocas".
Nesse sentido, salienta-se que o conciliador tem uma intervenção ativa na negociação das partes, na medida em que pode apresentar eventuais soluções para aquele conflito. A conciliação baseia-se na autonomia privada, tanto no que respeita à iniciativa, como ao processo de negociação.

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