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Hemostasia Cirúrgica

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Julia Silva
TECNICA CIRURGICA
Hemostasia
Conjunto de manobras, manuais e instrumentais, que tem por objetivo deter ou prevenir uma hemorragia, ou impedir a circulação do sangue em uma determinada área por tempo limitado.
Razões para se controlar a hemorragia: 
· Risco de morte do paciente (choque hipovolêmico);
· Hipóxia tecidual (cérebro, coração e rins);
· O sangue dificulta a visualização de estruturas anatômicas e tecidos;
· A hemorragia pode afastar as bordas da ferida causando retardo na cicatrização;
· O sangue é um meio de cultivo para micro-organismos e pode favorecer um processo infeccioso.
Boas práticas para controlar uma hemorragia: 
· Realizar a hemostasia plano a plano;
· Hemorragias capilares são controladas com uso de compressas;
· Vasos sanguíneos de grosso calibre são imediatamente pinçados e ligados;
· Evitar englobar tecidos juntos aos vasos sanguíneos.
Fatores que contribuem para a hemostasia:
· Queda da pressão sanguínea (muita atenção!!!);
· Compressão excessiva nos vasos pelos tecidos e órgãos vizinhos;
· Elasticidade e contratilidade das paredes dos vasos sanguíneos;
· Formação do coágulo.
Fatores que dificultam a hemostasia:
· Alterações na elasticidade e contratilidade das paredes dos vasos sanguíneos;
· Coagulopatias;
· Movimentação do órgão ou tecido que sangra;
· Aumento da pressão arterial.
Tipos de hemorragias
· Quanto à localização
· Internas à perda de sangue para o interior do corpo, geralmente se acumulam em cavidades (torácica e abdominal).
· Externas à perda de sangue para fora do corpo.
· De acordo com o vaso que sangra:
· Arterial - Vermelho vivo, com fluxo rápido e forte, sincronizado com o pulso.
· Venosa - Vermelho escuro, com fluxo baixo, lento e contínuo.
· Capilar - Hemorragia lenta e superficial.
· Parenquimatosa - Não é possível determinar o vaso sangrante e sua natureza.
· De acordo com o tempo em que ocorre:
· Imediata - Aparece imediatamente após a ruptura do vaso sanguíneo.
· Retardada - Aparece depois de algum tempo decorrido após o ferimento do vaso.
· Recorrente - Ocorre em até 24 horas após ato cirúrgico, devido a uma hemostasia deficiente.
· Secundária - Ocorre após 24 horas do ato cirúrgico, devido a eliminação do trombo ou queda da ligadura.
Tipos de Hemostasia
· Preventiva – para que não ocorra a hemorragia;
· Temporária - São as pinças hemostáticas utilizadas antes da ligadura do vaso sanguíneo;
· Definitiva - É aquela que se deixa aplicada definitivamente no vaso;
Métodos de Hemostasia 
· Métodos Físicos
· Métodos de compressão circular – promovem hemostasia preventiva e temporária, normalmente aplicada em extremidades como membros e cauda por meio de faixas, torniquetes, manguitos e bandas.
· Compressão digital - É um método de hemostasia temporária que consiste em fazer pressão do dedo sobre o vaso;
· Compressão indireta - É a pressão realizada com gaze, algodão ou compressa sobre um foco hemorrágico;
· Pinças hemostáticas - Promovem tanto uma hemostasia temporária quanto preventiva ou definitiva;
· Ligadura - Aplicada a pinça no vaso que sangra, sob a mesma passa-se o fio com o qual se faz a ligadura do vaso;
· Transfixação - Com um fio provido de uma agulha atraumática faz-se passar diretamente através do vaso;
· Eletrocoagulação - É a passagem de corrente elétrica de alta frequência através de um corpo que oferece resistência;
· Métodos químicos 
· Tópicos - São produtos que aplicados diretamente na ferida sangrante, controlam as hemorragias capilares (Percloreto férrico, Alúmen); 
· Esponja de fibrina absorvível à utilizada para hemorragia em órgãos parenquimatosos, é absorvida em poucas semanas, também atua como método físico;
· Adrenalina à vasoconstrição - Uso local;
· Vitamina K - participa na síntese da protrombina.

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