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trabalho processo penal

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Aluna: Beatriz Alves de Paula 
R.A: 201679032 
 
 
Atividade Direito Processual Penal 
 
 
 
1 –Como estão classificadas as penas restritivas de direito? Explique 
As penas restritivas de direito subdividem-se em duas categorias: consensuais que são 
as que a aplicação depende da concordância do agente e não consensuais sendo as penas 
impostas pelo Estado. Esta ultima subdvidindo-se em mais duas categorias, sendo diretas 
aquelas que o juiz dá direto, sem nenhuma outra imposição de pena ou substitutivas que são 
dadas em substituição após o juiz já ter prolatado a sentença de privação de liberdade. 
 
2 – Quais são os requisitos para a substituição das penas privativas de liberdade por 
restritivas de direito? Explique detalhadamente 
Para analisar os requisitos para substituição de penas, temos que analisar os requisitos 
objetivos e subjetivos. Tem-se como requisitos objetivos a pena, que deve ser igual ou 
inferior a 4 anos, caso o crime seja doloso e sem limite de pena caso seja culposo; 
ademais o tipo do crime deve ser levado em consideração, pois não é valido para crimes 
que foram feitos com violência ou ameaça a alguém. Como requisitos subjetivos, tem-se 
a exigência de que o réu não tenha sido condenado reincidente em crime doloso, e 
analisada a culpabilidade, os antecedentes, a conduta ou a personalidade do agente, 
motivos e circunstâncias recomendarem a substituição. 
 
3 –Discorra sobre a penal de multa e sua forma de cálculo. 
A pena de multa é uma pena pecuniária que atinge o patrimônio do réu, esta pena é 
fixada pelo juiz em dias-multa e o valor pago é revertido em favor do fundo 
penitenciário para melhorias como construção, reforma e ampliação de presídios. 
Seu cálculo é feito seguindo três etapas: 
1. encontrar o número de dias multa; 
2. encontrar o valor de cada dia-multa e; 
3. multiplicar o número de dias multa pelo valor de cada um deles. 
O valor é fixado tendo em vista o salário minimo vigente na data da infração e a 
capacidade econômica do réu, quanto mais bens possuir maior são as quantidades de 
dias-multa, conforme artigo 60 do Código Penal, levando em consideração as 
circustâncias do artigo 59 do Código Penal e usando o sistema trifásico para imposição 
de pena. 
 
4 – Quais as espécies de medida de segurança? Quais os sistemas de aplicação? 
Explique 
A medida de segurança possui duas espécies, que são detentiva e restritiva. A detentiva 
é aquela em que o condenado fica em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico 
(art. 97, CP), obrigatória para crimes apenados com reclusão. A restritiva é para crimes 
apenados com detenção e nela o condenado fica em tratamento ambulatorial. 
Admite-se o sistema vicariante e duplo binário. A legislação vigente adotou o sistema 
vicariante, sendo assim, o semi-imputável terá a pena reduzida em 1/3 a 2/3 ou a 
medida de segurança, desta forma as penas privativas de liberdade e a medida de 
segurança não podem ser aplicadas à mesma pessoa, conforme artigo 98 do Código 
Penal. 
 
5 –Quais os pressupostos para aplicação das medidas de segurança? Explique-os 
Os pressupostos são ter o individuo praticado um crime e existir potencialidade para 
novas ações dolosas, tem que ter provas de que houvera a prática de um crime por 
parte do agente e inclinações para que o individuo pratique novos crimes o grau de 
periculosidade varia em inimputabilidade (art. 26, caput ) e imputabilidade com 
responsabilidade penal diminuída (art. 26, parágrafo único). 
 
6 –Discorra sobre a classificação do condenado, seus critérios e a diferença do exame 
criminológico. 
O condenado deve ser classificado de acordo com a seus antecendentes e a sua 
personalidade, é feita a análise da folha de antecedentes do condenado, vistoriando seu 
passado, análise de sua personalidade englobando a conformação fisica, o 
temperamento e seu caráter. 
Embora o exame de classificação seja mais amplo que o criminológico, este analisa 
apenas a personalidade e os antecedentes do condenado, enquanto o criminológico é 
mais específico fazendo análises mais profundas com base na análise psiquiátrica do 
exame, checando a periculosidade do agente. 
 
7 –Discorra sobre os direitos políticos do preso. 
A Constituição Federal tras em seu artigo 15, III, que os direitos politicos do preso 
podem ser suspensos durante o cumprimento de sua pena, desta forma este não pode 
votar e nem ser votado. 
 
8 – Quais as espécies de assistência de que o preso tem direito do Estado? Explique-as. 
O artigo 11 da Lei de Execuções Penais, tras consigo as assistências que o Estado dá ao 
prisioneiro, que são: assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e 
religiosa. 
Material: consiste em direitos a alimentação, vestuario e instalações higiênicas. (art. 12, 
LEP), seguindo também o tratado que garante os direitos humanos, mesmo aos 
encarceirados, podendo estes trabalhar em serviços de remissão, onde podem trabalhar 
na cozinha dos presídios, na limpeza e etc. 
Saúde: assitencia de caratér curativo ou preventivo, compreendendo atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico (art. 14, LEP), caso necessário esses podem ser 
trasportados a outros lugares para realização de cirurgias por exemplo. Direitos válidos 
também às encarceiradas grávidas ao pré-natal e pós parto, extensivo ao recém nascido. 
Jurídica: feita pela Defensoria Pública, sendo integral ao preso, dentro e fora dos 
presídios de maneira gratuita, destinado aos presos que não possuem recursos de pagar 
um advogado, conforme artigo 15 e 16 da LEP. 
Educacional: o Brasil adota a teoria de que a pena não é apenas uma punição, mas 
também uma forma de reeducar o preso, desta forma a educação é um principio 
fundamental não apenas da Constituição Federal, mas também ao encarceiramento, de 
acordo com a Lei de Execuções Penais o preso deve completar os níveis de ensino, 
fundamental, médio e possui também a possibilidade de ensino técnico. 
Social: elencadas no artigo 23 da LEP, ela que assegura que o preso possa conviver em 
sociedade após o encarceiramento, feito através de assistentes sociais que abrangem 
sua familia, o trabalho, atividades comunitárias e etc. 
Religiosa: o artigo 24 da LEP e a Constituição Federal em seu artigo 5º, VI, trazem a 
liberdade de crença religiosa que se estende também à prisão, onde os prisioneiros 
podem cultuar, tanto em suas celas quando em locais apropriados, bem como posse de 
livros dentro da prisão.

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