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License-461961-96022-0-4 1 COMPETÊNCIAS REQUERIDAS DO LÍDER/GESTOR Levando em conta as mudanças que têm ocorrido em uma atualidade de alto grau de complexidade, é preciso que haja profissionais com qualificações que os tornem capazes de lidar com a adaptação das empresas, produzindo resposta ao ambiente de negócios frente às mudanças que nele ocorrem. Assim, você pode perguntar: quais seriam as competências desenvolvidas pelas pessoas imprescindíveis para esse novo cenário? Você deve concordar que as empresas devem se tornar (ou já estão) mais flexíveis, adaptáveis às mudanças, socialmente mais responsáveis, buscando o desenvolvimento sustentável, portanto, podemos deduzir que as pessoas devem desenvolver características idênticas a essas. Devemos aprender competências globais. Mas, o que seria isso? Vejamos. IO QUE É APRENDIZADO DE COMPETÊNCIA GLOBAL? Conforme Rhinesmith (apud VERGARA, 2014), há um ciclo de aprendizagem de competência global desenvolvido a partir do tripé: mentalidade global, característica pessoal e competência, ou seja, é uma visão sistêmica ou holística do desenvolvimento e aprendizado da pessoa. Entenda da seguinte maneira: as pessoas de mentalidade global são aquelas que ampliam sua imagem, desenvolvem aceitação da vida e de suas contradições. Tais contradições devem ser apreciadas, ponderadas e geridas, pois devemos aprender a lidar com o inesperado e as surpresas, valorizando o trabalho em equipes multiculturais, a diversidade e ver nas mudanças, oportunidades. Às pessoas que possuem essa mentalidade, as ambiguidades não causam desconforto, pois elas estão abertas a si mesmas e aos outros. Elas repensam seus limites, significados e atos, constantemente, e mudam de direção e conduta no sentido de se desenvolver amplamente. License-461961-96022-0-4 2 Podemos afirmar que as características dessas pessoas são: Conhecimento – técnico e do negócio, ajudam a gerir o processo competitivo; Conceituação – implica uso do pensamento abstrato, isto é, conhecimento conceitual que ajuda enfrentar as complexidades atuais; devem ter a capacidade de conciliar síntese e análise; Flexibilidade – é uma característica que permite lidar com as mudanças do ambiente de forma rápida, trabalhando, principalmente, com os processos em detrimento das regras e procedimentos; Sensibilidade – ser capaz de conviver com as diferenças individuais, ser emocionalmente estável e integrado, ter a mente aberta para receber outros pontos de vista, adotando o questionamento das suposições, valores e convicções; Julgamento – é uma qualidade da pessoa em trabalhar com as incertezas, as quais se apresentam cotidianamente nas decisões gerenciais; Reflexão – oferece perspectiva necessária para gerir o aprendizado contínuo. Segundo Rhinesmith (apud VERGARA, 2014, p. 37), competência é “uma capacidade específica de executar a ação em um nível de habilidade que seja suficiente para alcançar o efeito desejado”. Observe que mentalidade e características pessoais são o “ser” da gestão, enquanto que a competência é o “fazer” da gestão. License-461961-96022-0-4 3 EMPRESAS E PESSOAS QUE OPERAM NA COMPLEXIDADE DO CENÁRIO ATUAL DEVEM DESENVOLVER CARACTERÍSTICAS IDÊNTICAS, A FIM DE SE MANTEREM COMPETITIVAS COMPETÊNCIA – O “FAZER” DA GESTÃO Você pode estar se questionando: se mentalidade global e características pessoais são o lado “ser” da gestão, então, se somarmos mentalidade e característica, teremos a competência como o lado “fazer” da gestão, certo? Sinto dizer, mas está errado. A mentalidade somente será competência quando transformada em comportamento. Seguindo a mesma linha, a característica pessoal não é competência. Melhor demonstrar através de um exemplo: uma pessoa sensível às diferenças individuais não necessariamente aplicará essa sensibilidade no trabalho em equipe. A sensibilidade será competência gerencial se, e tão somente se, o gestor utilizá-la para conhecer a si mesmo e aos outros e puder criar, desenvolver e manter equipes de trabalho (VERGARA, 2014). As competências podem ser descritas em seis tipos de gestão, segundo Rhinesmith (apud VERGARA, 2014, p. 38), conforme demonstrado no Quadro 3. Vejamos. Fonte: elaborado pela autora, 2016. COMPETÊNCIAS CAPACIDADES Gestão de competitividade Utilizar as informações coletadas em base global Gestão de complexidade Uso do pensamento sistêmico, condição de lidar com interesses concorrentes, contradições e conflitos. Gestão de adaptabilidade Estar disposto a lidar com as mudanças e ter flexibilidade Gestão de equipes Lidar com múltiplas habilidades funcionais e origens culturais e níveis diferentes de experiência. Gestão de incerteza Conviver com mudanças contínuas, equilibrar fluxo e controle e preparar-se para a mudança. Gestão do aprendizado Aprender sobre si mesmo e ser facilitador do aprendizado do outro. License-461961-96022-0-4 4 Essas competências devem se apresentar de forma combinada, ou seja, o indivíduo deve desenvolver todas elas e, após o desenvolvimento, aprimorá-las. É justamente a diversidade das competências que a pessoa desenvolve que fará dela um gestor ou líder diferenciado e competitivo no mercado de trabalho. É hora de romper com antigos paradigmas. Renove-se, reinvente-se e estará em equilíbrio com as necessidades pessoais e de mercado! A diversidade das competências que a pessoa desenvolve fará com que ela seja gestor ou líder diferenciado e competitivo no mercado de trabalho. DESCONSTRUINDO O MODELO DE KATZ Você já ouviu falar do modelo de habilidades de Katz? Bem, talvez não com esse nome, mas certamente já ouviu dizer que, para ser promovido, o colaborador deve desenvolver habilidades conceituais, principalmente quando irá ocupar cargo de nível de supervisão, intermediário e de alta direção (VERGARA, 2014). Por isso, há um interesse acentuado em cursos de liderança, gerenciamento e coaching, todos voltados para o comportamento humano nas organizações e um “como fazer” para “motivar” as pessoas. Fique atento: o fato é que as empresas já não apresentam estruturas tão claras e limitantes de cargos. Logo, essa forma de pensar já não encontra mais condições de uso. A complexidade das relações organizacionais com o mundo requer agilidade, iniciativa e o enfrentamento de riscos. É um processo dinâmico, no qual a linha de atuação do gestor fica cada vez menos visível, ou seja, não se pode distinguir na linha temporal quando, especificamente, o gestor deverá adotar esta ou aquela postura. Resumindo, ele deverá usá-las em espaços em que as diversas competências se fizerem necessárias (VERGARA, 2014). Assim, o que propõe Rhinesmith (apud VERGARA, 2014, p. 39) é que a adoção do modelo de Katz “compromete os esforços da gestão de pessoas para um mundo tão diferente da época na qual ele foi proposto. É como se andássemos de carroça numa via expressa”. License-461961-96022-0-4 5 Esse é o ponto “X” da questão das mudanças e da sobrevivência das organizações. É necessário rever as regras e os procedimentos da gestão de pessoas, no sentido de acompanhar as necessidades globais. A GESTÃO DE PESSOAS DEVE ESTAR ALINHADA ÀS MUDANÇAS GLOBAIS E PROPOR UM NOVO DESENHO DE CARREIRA QUE PERMITA O DESENVOLVIMENTO DE MÚLTIPLAS COMPETÊNCIAS, INCLUSIVE RECOMPENSANDO O ALCANCE DE OBJETIVOS DE FORMA JUSTA.
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