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MATERIAL DE APOIO PRÁTICA TRABALHISTA

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MATERIAL DE APOIO PRÁTICA TRABALHISTA
(Material de apoio para elaboração de peças práticas)
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO: A justiça do trabalho é parte que integra o poder judiciário (art.92 CF) composta pelo TST, Tribunais Regionais do Trabalho e juízes do trabalho (Art.111 CF)
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO 
STF
 
STJ 	TST STM TSE
 
TRF TJ TRT TJM TRE
 
JUIZ FEDERAL JUIZ ESTADUAL JUIZ DO TRABALHO JUIZ MILITAR JUIZ ESTADUAL 
1 JURISDIÇÃO: É o poder pode-dever de o Estado dizer o direito. Ela é uma e atribuída a todos os órgãos do poder judiciário 
2 COMPETÊNCIA: É a delimitação da jurisdição, atribuindo a cada órgão o exercício de sua atividade. Assim, cada órgão somente exerce a jurisdição dentro da limitação feita pelas regras de competência 
3 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: Existem regras que determinam as formas de competências da Justiça do Trabalho. 
4 COMPETÊNCIA MATERIAL: Estabelecida pela regara do Art. 114 CF. Importante relembrar que o STF na ADI 3.395-6 determinou a suspenção de toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causa que sejam instauradas entre o poder público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico administrativo. 
5- COMPETÊNCIA TERRITORIAL: Também chamada de competência em razão do local define a competência da justiça do trabalho para julgar as ações relativas a conflitos ocorridos em um espaço geograficamente delimitado. A regra na Justiça do Trabalho é que a competência das varas do trabalho é determinada pelo local onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviço ao empregador, ainda que tenha sido contratado em local ou no estrangeiro (651 CLT) estendendo-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário (Art. 651 § 2º CLT) . 
Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
O artigo trata da competência em razão do lugar (ratione loci), determinada pelo local da prestação do serviço do empregado (brasileiro ou estrangeiro) no Brasil, como regra geral, assumindo ele o polo ativo (como reclamante) ou passivo da ação (por exemplo, figurando como reclamado em um inquérito judicial para apuração de falta grave), mesmo que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso ou no estrangeiro. Se o trabalhador prestou serviços no Brasil, em locais diferentes, não concomitantes, durante o contrato de trabalho (por exemplo, três primeiros meses do contrato em Curitiba e nos meses seguintes em Salvador), a competência é do último lugar trabalhado (no exemplo, Salvador). Nesse caso, é irrelevante o local onde estão localizadas sede, agência ou filial da empresa, ou onde se fixa o domicílio do trabalhador, pois a competência não se dá pela lei do local do contrato ou pelo domicílio. Objetiva, a lei, facilitar a produção de provas para o obreiro, permitindo contato mais aproximado com testemunhas e situações que envolvem o litígio.
Sempre é bom lembrar: essa competência é relativa e, portanto, prorrogada caso a incompetência não seja arguida pelo interessado no primeiro momento em que se manifestar nos autos (art. 65 do CPC/2015 e art. 114 do CPC/73). Não pode ser declarada de ofício, como, aliás, preconiza a Súmula n. 33 do STJ. Se o trabalhador prestou serviços no Brasil em diversos locais concomitantemente, há tese doutrinária de que o trabalhador poderá ajuizar a reclamação em qualquer dos locais (regra geral do caput), exceto no caso do agente ou via­ jante comercial, que tem regras específicas, estabelecidas no § 1º deste mesmo artigo e na hipótese do § 3º deste artigo, na qual a realização de atividades fora do lugar da contratação é inerente ao ramo da empresa.
EXCEÇÕES: 
 AGENTE OU VIAJANTE COMPETÊNCIA Vara da localidade onde a empresa tenha 
 agência ou filial e que o empregado esteja filiado 
	 DOMÍCILIO DO TRABALHADOR OU LOCAL MAIS PRÓXIMO
 Local da celebração do contrato
Empregado com atividade fora competência 
do local de contração 	
 Local da prestação do serviço
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a está o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. Este parágrafo trata do caso de agente ou viajante comercial, ou seja, do empregado que exerce suas atividades simultaneamente em locais diversos, típico caso do vendedor que apresenta e vende o produto em várias localidades. A hipótese gera três possibilidades. Em primeiro lugar, deve ser observada a competência da Vara na qual a empresa tenha agência ou filial e da qual o empregado seja subordinado; caso não seja possível estabelecer a competência, e somente se essa primeira hipótese não for viável, por não haver subordinação a alguma agência ou filial, ou agência ou filial estabelecida, será competente a Vara da localização na qual o empregado tenha domicílio; por fim, a terceira hipótese é a da localidade mais próxima. Entende-se que a localidade mais próxima é a mais perto do domicílio do trabalhador, por terem sido as demais possibilidades deste parágrafo superadas. Não se trata de uma opção das partes, mas de norma cogente, a ser observada por elas obrigatoriamente conforme as regras anteriores.
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida no artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário O caput fixa a competência da Vara do Trabalho da localidade da prestação de serviços do empregado brasileiro ou estrangeiro (a lei não diferencia), quando essa prestação ocorreu no Brasil, ainda que haja contratação em local diverso do qual os serviços foram executados, no próprio Brasil ou no estrangeiro. Este parágrafo dá prioridade àquilo que eventual convenção internacional (existente entre o Brasil e o país no qual houve o litígio) dispuser sobre competência, no caso de trabalhador brasileiro que presta seus serviços em agência ou filial no estrangeiro, apenas aplicando a competência da Justiça brasileira residual­ mente. Então, verifica-se que, no primeiro caso (caput), o trabalhador brasileiro ou estrangeiro labora no Brasil e, no segundo (§ 2º), o trabalhador brasileiro (nato ou naturalizado, pois a legislação não distingue) labora em agência ou filial no estrangeiro (de empresa brasileira ou estrangeira, pois o legislador não identificou). No caput, está se admitindo competência da Justiça brasileira, ainda que o trabalhador tenha sido contratado no estrangeiro e a norma alienígena fixe outro critério de competência. Na hipótese deste parágrafo, a Justiça brasileira não será competentese houver convenção internacional afastando-a ou se o trabalhador for estrangeiro e o dissídio tiver ocorrido em agência ou filial no estrangeiro. Se o trabalhador for brasileiro, trabalhar no estrangeiro e não houver convenção internacional impedindo a competência brasileira, ela é atribuída a nossa Justiça, devendo a ação ser ajuizada perante a Vara onde o em­ pregador tenha sede, se a empresa for brasileira; se estrangeira, onde houver agência ou filial no Brasil; caso essas inexistam, a competência é definida pelo local onde o trabalhador foi contratado no Brasil para seguir para o exterior.
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Este parágrafo estabelece uma faculdade ao empregado, de ingressar com a ação trabalhista no local da prestação de serviços ou no local da contratação caso o empregador realize suas atividades fora do lugar estabelecido no contrato, tácita ou expressamente. Esse é o caso típico de atividades cuja natureza tem como característica o constante deslocamento para seu exercício, como feiras, exposições, desfiles, circo, apresentações teatrais, musicais etc. Este parágrafo não conflita com o caput do artigo, pois tal opção para o trabalhador não ocorre nos demais casos; somente quando o empregador desenvolve suas atividades nos moldes expostos. Este parágrafo é exceção e as exceções devem ser interpretadas restritivamente. Como exemplo, podemos citar as diversas funções exercidas por uma companhia de teatro: a secretária, que sempre trabalha no mesmo escritório da empresa, promoverá a ação naquela base territorial, mas os empregados que participam montando os cenários das peças em vários lugares, sempre na incerteza do local da prestação de serviços, têm a faculdade prevista neste parágrafo. A análise do caso concreto dirá se a opção do trabalhador é cabível na espécie em tela.
REQUISITOS DA PETIÇÃO OU RECLAMÁTORIA TRABALHISTA
Segundo o art. 787 da Consolidação das Leis do Trabalho, a reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. A reclamação trabalhista escrita deverá apresentar os seguintes requisitos, em obediência ao § 1º do art. 840 da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista):
a) o endereçamento (designação do juízo);
b) a qualificação do reclamante e do reclamado; 
c) a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;
d) o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor;
e) a data e a assinatura do reclamante ou do seu representante. 
Nos termos do § 3º (Lei n. 13.467/2017), os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º do art. 840 da Consolidação das Leis do Trabalho deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. Com efeito, comparando-se esses requisitos com os da petição inicial estabelecidos no arts. 319 e 320 do Código de Processo Civil, conclui-se que a exigência da Consolidação das Leis do Trabalho é menor, em virtude dos princípios do jus postulandi e da simplicidade característicos do processo do trabalho:
Art. 319 CPC. A petição inicial indicará:
 I – o juízo a que é dirigida;
 II –os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
 III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV – o pedido com as suas especificações; V – o valor da causa; VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
 § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
Art. 320 CPC. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Em tese, a Consolidação das Leis do Trabalho não exige os seguintes requisitos:
 a) fundamentos jurídicos do pedido; 
b) valor da causa; 
c) protesto por provas; e
 d) requerimento de citação do réu. 
Todavia, vale ressaltar que, na 2ª Fase do Exame de Ordem, é aconselhável elaborar a reclamação trabalhista com todos os requisitos, incluindo os previstos no Código de Processo Civil. 
DENOMINAÇÕES UTILIZADAS NO AMBITO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
NOMENCLATURAS: No âmbito da justiça do trabalho a designação correta as partes correspondem a Reclamante (Autor) e Reclamado (Réu – empregador) 
Os artigos 839, e 840 CLT definem os requisitos da petição inicial trabalhista, ou como sugere a melhor nomenclatura a reclamatória trabalhista. Sendo eles: designação do juízo (endereçamento), a qualificação das partes (cabeçalho) a breve exposição dos fatos (causa de pedir), e o pedido – certo determinado e com a indicação de seus valores, data e a assinatura do advogado. 
No endereçamento, o advogado está tratando da competência da justiça do trabalho para processar e julgar a demanda. 
No cabeçalho, o advogado vai qualificar o reclamante e reclamado (autor e Réu), dizer que a procuração está anexa e nominar a peça. 
Na “breve exposição dos fatos”, o advogado, na pratica vai apenas narrar os fatos passados pelo cliente em seu escritório ( em tratando-se de exame de OAB será a mera cópia do enunciado da questão, logo o que pontua é a CAUSA DE PEDIR A ARGUMERNTAÇÃO JURÍDICA OU TESES APRESENTADAS AO FATOS NARRADOS). 
Nos pedidos serão elencados os pleitos referentes àquela ação fundamentada na causa de pedir delimitando o seu valor. IMPORTANTE: EM SEDE DE EXAME DE OAB, NÃO SERÁ COBRADO DO CANDIDATO VALORES SENDOS OS MESMOS APONTADOS PELAS FAMOSAS RETICÊNCIAS (...) 
1 Endereçamento: Não qualquer problema no uso de abreviaturas na prática forense por exemplo. Mas quanto a exame da OAB recomenda-se a designação completa. 
EXCELENTÍSSIMO = EXMO.
SENHOR = SR. 
A presunção na elaboração de peça prática em sede de exame da OAB é a de que a há mais de uma vara do trabalho na localidade, por isso não sendo dirigida a determinada vara, sendo seu destino o setor de distribuição 713 CLT. 
Observar a regara regra do Art. 112 CF nas localidades não abrangidas por jurisdição de vara do trabalho. 
Modelo: EXCELENTISSOMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA... VARA DO TRABALHO DE...... 
 EXMO. SR. JUIZ DO TRABALHO DA... VARA DO TRABALHO DE... 
 EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA... VARA... DA COMARCA DE...
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES MODELO 
Nome, nacionalidade estado civil, profissão, identidade ou ID, cpf e ctps e endereço.
(Nome do reclamante), nacionalidade..., estado civil..., profissão..., identidade..., cpf..., ctps, endereço..., vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado ao final firmado, com procuração anexa, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em desfavor de: (nome do reclamado) CNPJ..., endereço..., com fundamento nos artigos 839 e 840 CLT, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
Ou
(Nome do reclamante), nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito sob identidade nº..., e sob cpf nº..., com ctps...., residente e domiciliado na rua....nº.. bairro.... endereço..., vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado ao final firmado, com procuração anexa, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em desfavor de: (nome do reclamado)..., empresa pública de direito privada inscrita no CNPJ nº..., com endereço na rua... bairro..., com fundamento nos artigos 839 e 840 CLT, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
CAUSA DE PEDIR: É constituída da narração dos fatos e da fundamentação jurídica 
CAUSA DE PEDIR:FATOS + DIREITO
 OBS: deve-se extrair dos fatos as bases jurídicas: artigos sumulas orientações jurisprudenciais, e seu conteúdo deve ser EXPLORADO, ou seja, extrair do comando a fundamentação da peça 
INTERESSE DE AGIR – refere se a pretensão – lesão perpetrada. Assim a pretensão nada mais é do que o interesse de agir (principal condição da ação) A busca nesse sentido será quanto a descobrir a lesão ao reclamante seja na atuação advocatícia seja em exame de OAB. 
DICAS DO PROFESSOR PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA:
1º Passo – Identificação dos dados principais do problema 
• nome das partes; 
• função/profissão; 
• datas de admissão, extinção do contrato individual de trabalho e ajuizamento da exordial;
• motivo da extinção do contrato individual de trabalho; 
• remuneração e salário; 
• duração do trabalho e intervalos; e 
• outras peculiaridades, como, por exemplo, insalubridade e periculosidade, transferência etc.
2º PASSO: IDENTIFICAÇÃO E PREVISÃO LEGAL DA PEÇA PROFISSIONAL; ENDEREÇAMENTO, PROCEDIMENTO E OUTRAS PECULIARIDADES DA PEÇA 
• Em tese, este passo auxiliará na elaboração dos Preâmbulos das peças; 
• Utilizar as réguas processuais ministradas em sala de aula e marcar os atos processuais do problema. O próximo ato é o que você deverá fazer. Exemplo: se o problema mencionar diversos atos, reclamação trabalhista, audiência, contestação e, por fim, sentença, a próxima peça será um recurso (embargos de declaração ou recurso ordinário);
• Mencionar a previsão legal da peça. Exemplo: Reclamação Trabalhista Tradicional – art. 840, § 1º, da CLT, combinado com o art. 319 do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC;
• Apontar o endereçamento; 
• Mencionar o procedimento (rito). Nas iniciais, escrever qual é o procedimento; e
• Consignar outras peculiaridades da peça, como, por exemplo, preparo (custas e depósito recursal).
3º Passo: TESES (fundamentos jurídicos, legais, jurisprudenciais e doutrinários – trata-se do passo mais importante, que levará à aprovação)
4º Passo pedidos ou conclusões: 
Exercício: Elaborar peça processual conforme o caso abaixo assinalado, considerando apenas o endereçamento cabeçalho, fatos e causa de pedir. SEM A FORUMALAÇÃO DE PEDIDOS.... 
João foi contratado pela empresa ABC para exercer o cargo de auxiliar de serviços gerais, mediante salário mínimo mensal, trabalhando oito horas por dia, de segunda a sábado, com intervalo de 40 minutos para repouso e alimentação, sem jamais ter recebido horas extras ou indenização. Demitido sem justa causa o obreiro recebeu tempestivamente todas as verbas rescisórias. Na qualidade de advogado de João elabore a peça processual cabível. 
Direito material: Constituição federal art. 7, XIII, art. 71 da CLT. 
AULA 03 -04 PETIÇÃO INICIAL TRBALHISTA
Questão Problema: David Guetta trabalhou na empresa Daft Punk Ltda., no período de 2-2-2000 a 2-2-2012, quando foi despedido sem justa causa. Trabalhava nos horários compreendidos entre 6h00 e 14h00, 14h00 e 22h00 e ainda entre 22h00 e 6h00, revezando semanalmente, sempre com intervalo de 30 minutos para refeição e descanso. Percebia como último salário a quantia de R$ 1.000,00 por mês. Prestava serviços na função de caldeireiro, sem nunca ter recebido qualquer equipamento de proteção individual. Quando despedido não recebeu nenhuma verba rescisória. 
Questão: Como advogado de David Guetta, promova a ação adequada à tutela dos direitos do cliente.
Lembrar da formulação dos 4 passos: 
1º Passo – Identificação dos dados principais do problema 
• nome das partes; perguntar ao problema se ele nos traz as informações relativas à nomenclatura das partes. Em caso positivo preenchê-lo, em negativo colocar reticencias (...)
• função/profissão; 
• datas de admissão, extinção do contrato individual de trabalho e ajuizamento da exordial;
• motivo da extinção do contrato individual de trabalho; 
• remuneração e salário; 
• duração do trabalho e intervalos; e 
• outras peculiaridades, como, por exemplo, insalubridade e periculosidade, transferência etc.
2º PASSO: IDENTIFICAÇÃO E PREVISÃO LEGAL DA PEÇA PROFISSIONAL; ENDEREÇAMENTO, PROCEDIMENTO E OUTRAS PECULIARIDADES DA PEÇA 
• Em tese, este passo auxiliará na elaboração dos Preâmbulos das peças; 
• Utilizar as réguas processuais ministradas em sala de aula e marcar os atos processuais do problema. O próximo ato é o que você deverá fazer. Exemplo: se o problema mencionar diversos atos, reclamação trabalhista, audiência, contestação e, por fim, sentença, a próxima peça será um recurso (embargos de declaração ou recurso ordinário);
• Mencionar a previsão legal da peça. Exemplo: Reclamação Trabalhista Tradicional – art. 840, § 1º, da CLT, combinado com o art. 319 do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC;
• Apontar o endereçamento; 
• Mencionar o procedimento (rito). Nas iniciais, escrever qual é o procedimento; e
• Consignar outras peculiaridades da peça, como, por exemplo, preparo (custas e depósito recursal).
3º Passo: TESES (fundamentos jurídicos, legais, jurisprudenciais e doutrinários – trata-se do passo mais importante.)
4º Passo pedidos ou conclusões:
POSSÍVEIS TESES APLICADAS AO PROBLEMA EM QUESTÃO.
1 - TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO 
 Art. 7º, XIV, da CF: jornada de 6 horas.
ART. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
• Art. 73, § 5º, da CLT (adicional + hora ficta) X Súmula 60 do TST (adicional noturno). 
DO TRABALHO NOTURNO 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.
• Súmula 423 do TST: por negociação coletiva, a 7a e 8a hora não é remunerada como EXTRA. 
Súmula nº 423 do TST - TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
• Súmula 213 do STF: adicional noturno em regime de revezamento. 
Súmula 213 – Enunciado: É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento.
• Súmula 675 do STF: não descaracterização do sistema de turno ininterrupto. 
Súmula 675 Enunciado: Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da Constituição.
• OJ 395 da SDI-I/TST: hora noturna reduzida. 
OJ -395. Turno ininterrupto de revezamento. Hora noturna reduzida. Incidência.
• OJ 275 da SDI-I/TST: horista faz jus às horas extras, quando inexistir instrumento coletivo fixando jornada diversa.
OJ - 275. Turno ininterrupto de revezamento. Horista. Horas extras e adicional. Devidos
2 – INTERVALO INTRAJORNADA PARA REFEIÇÃO E DESCANSO Lembrete: por medida de segurança, saúde e higiene, o empregado tem direito a interromper suas atividades, dentro da jornada de trabalho, para se alimentar e descansar. 
Art. 7º - XIII e XIV, da CF + art. 58 da CLT: jornada de 8 horas diárias e 44 semanais (o que ultrapassar este período será considerado serviço extraordinário com acréscimo de 50%). 
Note-se que poderá haver compensação bem como redução mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho (ACT/CCT). 
• Art. 71, caput, da CLT: jornada acima de 6 h = no mínimo 1 hora de intervalo. 
• Art. 71, § 4o, da CLT: se desrespeitado, pagamento, de natureza indenizatória,apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% – Dispositivo alterado pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017). atenção artigo 611-a, III, da Clt – “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (...) intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas.” 
• Art. 71, § 5º, da CLT: em alguns casos pode ser fracionado – Acordo Coletivo de Trabalho/Convenção Coletiva de Trabalho (motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins de serviço de operação rodoviários e empregados de transporte coletivo de passageiros. 
• Súmula 118 do TST: quando não previsto em lei caracteriza tempo à disposição do empregador sendo remunerado como horas extras. 
Atenção: algumas disposições constantes na Súmula 437 do TST violam o disposto do art. 71, §4º, da CLT, em decorrência das alterações promovidas pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017)
3 – TESE INSALUBRIDADE - são atividades que exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
Possível fundamentação: 
• Art. 7º, XXII e XXIII, CF: previsão legal – é um direito. 
• Art. 189 da CLT: atividades insalubres (insalubridade) – agentes nocivos à saúde. 
• Art. 190, CLT: Ministério do Trabalho – determina o quadro de atividades insalubres, normas, limites de tolerância, meios de proteção etc. 
• Art. 192, CLT: alíquotas/graus – Salário Mínimo. 
Atenção: Artigo 611-a, XII, da Clt: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (...) enquadramento do grau de insalubridade. 
• Art. 195, § 2º, CLT: obrigatoriedade de perícia. 
• Súmula 80 do TST: a eliminação da insalubridade mediante fornecimento de equipamentos de proteção. 
• Súmula 448 do TST: perícia + classificação da insalubridade na relação oficial emitida pelo MT; limpeza de escritório/residência não caracteriza ativ. Insalubre, item II da Súmula. 
* Note-se que a atividade penosa, ainda não regulamentada na legislação infraconstitucional trabalhista, é aquela que tem como pressuposto o serviço intenso, extenuante, causador de grande desgaste (art. 7º, XXIII, da CF e art. 189 da CLT). atenção artigo 394-a da CLT: “ Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada gestante deverá ser afastada de: 
I atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; 
II atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; 
III – atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação.
4 - TESE AVISO PRÉVIO: consiste na comunicação que uma parte faz à outra com a finalidade de externar sua intenção de findar o contrato de trabalho. O aviso prévio pode ser concedido tanto pelo empregador quanto pelo empregado e a iniciativa da comunicação partirá daquele que deseja cessar o vínculo de emprego.
Possível fundamentação da tese: 
• Art. 7º legal.
• Art. 487, § 1º, da CLT: projeção.
• Lei n. 12.506/2011 (aviso prévio proporcional ao tempo de serviço). 
• Súmula 441 do TST: proporcionalidade. 
• OJs 82 e 83 da SDI-I/TST: final do contrato de trabalho, baixa na CPTS; prescrição.
5 – FÉRIAS 
Ao empregado é admitido. Doze meses depois, tem direito às férias por haver completado o seu período aquisitivo. 
A partir de então se inicia o período concessivo (que também tem doze meses para serem gozados, sob pena de pagamento em dobro).
Possível fundamentação da tese: 
• Art. 129 da CLT: previsão legal. 
• Art. 130 da CLT: proporcional em caso de faltas. 
• Art. 130-A da CLT: concessão das férias em regime de tempo parcial – REVOGADO pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017).
• Art. 133 da CLT: hipóteses de perda ao direito de férias. 
• Art. 133, § 2º
• Art. 134 da CLT: concessão e época das férias. 
• Art. 139 da CLT: férias coletivas. 
• Art. 142 da CLT: remuneração e abono de férias. 
• Art. 146 da CLT: cessação do contrato de trabalho. 
• Art. 7º, XVII da CF: previsão constitucional de férias e do adicional de 1/3.
6 - FÉRIAS PROPORCIONAIS 
significa a apuração de 1/12 avos para cada mês ou fração igual ou superior a 15 dias. 
Considera-se a data de admissão e o mês trabalhista (aquele que sempre tem trinta dias).
Possível fundamentação da tese: • Súmula 171 do TST: é devido, salvo na dispensa com justa causa (art. 147 da CLT).
• Súmula 261 do TST: mesmo demitido com menos de 12 meses, deve pagar férias proporcionais. 
* Válido também para os domésticos (art. 17, §1º, da lei complementar n. 150/2015). 
7 - REFLEXOS 
Lembrete: pedir sempre que tiver verbas rescisórias não pagas.
Verba diária (Exemplo: horas extras) 
Sigla para memorização! ADDFF – Aviso prévio, Descanso semanal remunerado, décimo terceiro salário, Férias + 1/3, FGTS. Verba mensal (Exemplo: insalubridade, periculosidade, adicional noturno) 
Sigla para memorização! ADFF – Aviso prévio, décimo terceiro, Férias e FGTS.
VERBAS RESCISÓRIAS
DISPENSA COM JUSTA CAUSA (ART. 482 DA CLT)
Saldo de salário; – 13º salário vencido;
Férias vencidas ou integrais + 1/3. 
ATENÇÃO: nova hipótese de falta grave – art. 482, “m”, da CLT – incluído pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017).
DEMISSÃO (ART. 477 DA CLT)
Saldo de salário; 
13º salário vencido;
Férias vencidas ou integrais + 1/3 
13º salário proporcional
Férias proporcionais + 1/3.
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA OU RESCISÃO INDIRETA (ART. 483 DA CLT)
Saldo de salário;
 Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; 
13ºsalário vencido; 
Férias vencidas ou integrais +1/3;
Saldo de salário: são os dias trabalhados no último mês da dispensa e não pagos. 
Férias vencidas ou integrais: são aquelas já adquiridas e não gozadas. Conta-se da data da admissão. Férias proporcionais: data de admissão – mês trabalhista. Superior a 14 dias, contar 1/12 avos. 
13º proporcional: para cada mês ou fração maior ou igual a 15 dias, contar 1/12 avos. 
Aviso Prévio: art. 7º, XXI, da CF/88, art. 487 e ss. da CLT, Lei n. 12.506/2011 e Súmula 441 do TST. Até 1 ano incompleto = 30 dias / + 1 ano completo = + 3 dias (Lei n. 12.506/2011). Até o limite de 90 dias. Projeção do Aviso Prévio: sujeita-se contribuição para o FGTS; a baixa na carteira é somente no término do aviso e a prescrição inicia-se no seu término (art. 487, § 1º da CLT; Súmula 305 do TST; OJs 82 e 83, SDI - do TST).
Indenização compensatória de 40%: pedir nos casos de dispensa sem justa causa ou rescisão indireta. Liberação do FGTS e Seguro-desemprego: na dispensa sem justa causa e rescisão indireta.
Multa do art. 467 da CLT: quando houver verbas rescisórias incontroversas, elas devem ser pagas na primeira audiência, sob pena de aplicação de multa de 50%.
Multa do art. 477, §§ 6º e 8º, da CLT: trata-se do atraso no pagamento das verbas rescisórias, com incidência da multa na proporção de um salário – prazo para pagamento das verbas rescisórias – até DEZ dias contados do término do contrato.
Pedidos das verbas rescisórias ao final da peça
a) Saldo de salário xxxx dias – mês/ano; 
b) Aviso Prévio de xxxx dias; 
c) 13º Proporcionais (xx/12);
d) Férias integrais (xx/12) + 1/3; 
e) Férias proporcionais (xx/12) + 1/3; 
f) Multa 40% FGTS; 
g) FGTS sobre verbas rescisórias; 
h) Liberação das guias para saque do FGTS e SD; 
i) Multas dos arts. 467 (verbas incontroversas) e 477, § 8º da CLT atraso no pagamento VR)

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